sábado, 2 de novembro de 2013

O TDAH NÃO SOU EU






Não sou conformismo
Sou experimentação
Não sou estabilidade
Sou inquietação
Não sou aceitação
Sou revolução
Não sou lago
Sou arrebentação
Não sou fúria
Sou paixão
Não sou represa
Sou explosão
Não sou hermético
Sou exposição
Não sou descanso
Sou transformação
Não sou certeza
Sou indefinição
Não sou morte
Sou mutação
Não sou vida
Sou transição
Não sou artista
Sou criação
Não sou sabedoria
Sou interrogação
Não sou coletivo
Sou solidão
Não sou TDAH
Sou libertação

26 comentários:

  1. Querem saber quem vocês são? Esses dois vídeos do Professor Clóvis de Barros Filho ode ajudar um pouco. Ademais, recomendo todo material que encontrarem sobre o professor que encontrarem na internet:

    A diferença entre Vaidade e Orgulho (Parte 1)
    Este primeiro vídeo é menos importante, mas não é inútil.

    https://www.youtube.com/watch?v=Z5_H6xmA9mU

    2. A diferença entre Vaidade e Orgulho (Parte 2)
    Aqui está a parte que mais importa, mas não deixem de assistir a primeira.

    https://www.youtube.com/watch?v=mX0bInPGrDQ

    Obs.: Não se assustem com os links de Youtube, não sou descrente do problema de vocês.

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    1. Muito bons os vídeos!
      Descobri que fui muito tempo vaidosa, porque minhas conquistas não tinham muito a ver com quem eu verdadeiramente era ou passava. Tive que calar minha impulsividade, me moldar em alguém previsível e sem sal, sufocando minha vontade de gritar e falar algumas verdades...
      E quando meu psiquiatra me alertou pra isso, todo esse orgulho q achava q sentia de mim, se transformou em decepção e vergonha... como pude fazer isso comigo? E o pior, pq ainda não consigo sair dessa armadura de defesa criada? Pq tenho tanto medo de descobrirem que tenho mais limitações eu aparento ter?
      É, acho q vou ter que me aceitar, pq aí se o mundo não o fizer isso terá um valor muito baixo perto da liberdade alcançada em saber que vc se basta.
      Valeu!
      Ah, Alexandre, amei seu texto!
      Como sempre muito próximos do que sentimos.
      Abraços,
      Aline.

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    2. NÃO DEIXEM DE LER ISTO!!!

      http://demografiaunicamp.wordpress.com/2013/10/30/porque-os-jovens-profissionais-da-geracao-y-estao-infelizes/

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  2. O TDA-H e a prática da respiração para ACALMAR A MENTE


    A mente vive de linguagens aprendidas no passado, dessa maneira, ao nos identificarmos com aquilo que pensamos, estamos sempre nos furtando a experiência presente. A mente se estrutura baseada em crenças. Cremos que somos de uma determinada religião, torcedores de um certo time de futebol, adeptos de uma tendência política; e vamos, com essas idéias, criando uma falsa sensação de pertencermos a um grupo.

    Vamos criando uma falsa noção de nós mesmos, perdendo a chance de nos percebermos em toda a nossa riqueza. A meditação atua no sentido oposto, e vai aos poucos diluindo nossas crenças, libertando-nos da estreiteza de visão e revelando a nossa capacidade de nos percebermos tal e qual somos.

    É normal nos contentarmos em pensar que somos o que indica a nossa posição social. Por exemplo, sou um médico, ou um engenheiro, ou um funcionário de uma empresa ou qualquer outra coisa. Mas, e se eu deixasse de ser esse profissional, continuaria sendo eu? Sim, claro.

    Quem sou eu então? Com frequência procuramos adjetivos para nos qualificar: sou um bom filho, um bom pai, um bom funcionário. Mas, se perco minha família ou meu emprego, continuo sendo eu, então, sou algo mais do que um filho ou funcionário. Muitas vezes, nossa mente nos leva a nos identificarmos com nosso corpo.

    Fazemos ginástica, cuidamos de nossa alimentação, dizendo a nós mesmos: “estou cuidando de mim”. Mas, se perdermos um braço, continuaremos sendo nós mesmos, se perdermos ambos os braços, e até as pernas, continuaremos sendo nós mesmos, inteiramente.

    Acabaremos percebendo que não somos nosso corpo, mas algo mais.
    Todas essas, são idéias que a mente cria de nós mesmos, e acabam substituindo o REAL CONTATO, provocando o desconhecimento de quem somos em essência.

    Dentre os muitos caminhos para “desmontarmos” a idéia da mente acerca de nós mesmos, existem as meditações baseadas na RESPIRAÇÃO.

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    1. A MENTE É POR NATUREZA CONTROLADORA


      Ela tenta controlar nossa realidade emocional e com isso, acaba interrompendo a fluidez das funções vitais, emocionais e físicas. O despertar do corpo vital pela respiração acaba possibilitando o liberar dos corpos vital, emocional e físico do corpo mental.Quando essa liberdade acontece, a respiração é capaz de nos libertar de condicionamentos que antes bloqueavam a nossa lucidez.

      Pela respiração podemos em um primeiro momento acalmar a mente e isso é muito valioso para que possamos nos tornar livres dela. Não conseguimos nos jogar de um trem em velocidade, mas, de um trem lento, conseguimos saltar até com um certo conforto. A mente é um trilho do trem, nossa consciência “total” é o outro trilho. Os dois andam sempre paralelos, parecem que se encontrarão no horizonte, mas, se você chegar perto do horizonte, perceberá que eles não se encontram lá e entende que não se encontrarão nem mesmo no infinito. Para conhecer essa outra dimensão da consciência, é necessário saltar do trilho da mente. Nesse ponto, a respiração já começa a ajudar, aquietando-a.

      A respiração é uma companheira interessante que carregamos conosco, mas não a usamos em todo o seu potencial. Algumas das funções de nosso corpo são ativadas com o nosso comando consciente. Por exemplo, posso pedir ao meu braço que se levante e pegue a xícara de chá para mim, posso pedir às minhas pernas que se movam, e me levem para a rua. Outras funções vitais, como a digestão ou os batimentos do coração, que nos acompanham diariamente, acontecem de forma independente de nossa vontade consciente.

      A respiração se situa entre o mundo da vontade consciente e o nosso universo inconsciente, que funciona independente de nossa mente. Dessa maneira, ela se torna uma ponte valiosa entre o mundo que conhecemos e a parte que desconhecemos em nós.

      A respiração em parte pode ser controlada pela vontade consciente e em parte é independente dela. Posso decidir respirar profunda e lentamente, posso prender o ar ou não ao final de uma inspiração. Isso eu posso decidir, mas não posso pedir ao meu corpo que pare de respirar até que eu morra. 

      A respiração pode servir como ponte para que nossa consciência e capacidade de observação passem do palpável ao impalpável. A simples atitude de separar uma hora por dia, sentando-se confortavelmente e se dedicar somente a testemunhar a própria respiração já pode servir de passaporte para a ampliação da consciência, levando-a à sua potencialidade máxima. 

      Como a respiração é um elo permanente entre o impalpável e o palpável, começamos por observar sua dimensão mais óbvia. Podemos observar o ar entrando e saindo de nós, o momento em que a onda do ar acaba de entrar e faz a volta para sair, ou como a barriga se mexe durante a respiração. Qualquer pensamento que passe pela cabeça nesse momento, devemos deixá-lo existir, sem brigar com ele. Em vez de tentar reprimi-lo, simplesmente trazemos o foco da atenção para o momento da respiração, e tentamos perceber o pensamento menos nítido do que percebemos a respiração. Como se ele estivesse desfocado.

      AOS POUCOS, UMA REVOLUÇÃO SEM PRECEDENTES ACONTECERÁ EM NÓS. Poderemos experimentar momentos da maior liberdade que um homem pode experimentar: A LIBERDADE DA PRÓPRIA MENTE!

      Se durante a viagem da vida a mente é como um dos trilhos do trem e a consciência plena o outro, cada respiração sua torna-se como um dormente que liga – a cada entrada e saída do ar – um trilho ao outro. Qualquer dormente desses pode servir como a desejada ponte entre a consciência comum e a extraordinária. Incluindo o da respiração que você está fazendo nesse momento.

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  3. Para quem ainda não leu, Ana Beatriz fala sobre seu TDA-H (o dela):

    http://vidacomtourette.blogspot.com.br/2011/11/entrevista-ana-beatriz-barbosa-silva.html

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  4. O Despertar Da Consciência

    Toda a humanidade vive em um sono profundo.

    “Todo ser humano pode chegar à experiência da realidade. Todo ser humano tem direito às grandes vivências. Contudo, tem-se que começar por despertar a consciência.

    O primeiro que se necessita para despertar consciência é saber que se está dormindo. Isso de compreender que se está dormindo é algo muito difícil, porque normalmente todas as pessoas estão absolutamente convencidas de que estão despertas. Quando um homem compreende que está dormido, inicia-se então o processo do autodespertar.

    Estou dizendo algo que ninguém aceita. Se a qualquer homem intelectual se lhe dissesse que está dormindo, pode ter certeza de que se ofenderia. As pessoas estão plenamente convencidas de que já estão despertas.

    Elas trabalham dormindo, sonhando... manejam carros dormindo, sonhando... casam-se dormindo, vivem dormindo, sonhando... e não obstante, estão totalmente convencidas de que estão despertas.

    Quem quiser despertar a consciência aqui e agora, deve começar por compreender os três fatores subconscientes chamados: identificação, empolgação, e sonho.

    Todo tipo de identificação produz fascinação e sonho.

    Nós vamos andando por uma rua, de repente se encontra com aqueles que vão protestar por algo em frente ao Palácio do Planalto, p. ex.
    Se não está em estado de alerta (auto-observação) identifica-se com o desfile, mescla-se com as multidões, empolga-se e em seguida vem o sonho, o frenesi: grita, xinga, lança pedras, faz coisas que em outras circunstâncias não faria, nem por um milhão de dólares. A emoção toma conta, ela vira combustível para pensamentos raivoso, emoções que nos levam a tomar atitudes irracionais, impulsivas, de momento.

    Esquecer-se de si mesmo é um erro de incalculáveis consequências. Identificar-se com algo é o cúmulo da estupidez porque o resultado vem a ser a empolgação e o sonho. É impossível que alguém possa despertar consciência se se deixa fascinar, empolgar, se se cai no sonho."

    Nossa constituição psicológica de um modo geral é:

    3% de essencialmente livre, porém adormecida.

    97% de essencialmente adormecida aprisionada nos defeitos psicológicos.

    Isto significa que não temos absolutamente nada de consciência desperta, que vivemos adormecidos todo o tempo.

    Mas podemos indagar:

    Como posso estar adormecido se agora estou lendo este texto, se posso user o computador, realizar os afazeres domésticos, etc.?

    Primeiramente precisamos entender as grandes diferenças entre consciência desperta e adormecida.

    A primeira grande diferença é que uma pessoa desperta é AUTOCONSCIENTE, isto é, percebe todos seus processos internos. Isso significa que ela permanece em AUTO-OBSERVAÇÃO continuamente, e que não se identifica com as coisas e fatos externos.

    Obs: “Identificar-se” no contexto do curso significa não estar em auto-observação. Quando uma pessoa NÃO está em auto-observação necessariamente ela está identificada com algo, seja externo (objeto, fato, etc.) ou interno (pensamentos ou emoções).

    Quando uma pessoa desperta sua consciência, ela acorda para o mundo. Por isso uma pessoa de consciência desperta não necessita praticar técnicas para se projetar, ela naturalmente o faz no momento que desejar, percebe como ocorre todo o processo do desdobramento das coisas e tem total controle sobre si mesma em qualquer situação em que esteja.

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    1. E uma pessoa de consciência adormecida, o que lhe ocorre? Vamos fazer uma analogia em relação ao que vimos nos parágrafos acima.

      Uma pessoa de consciência adormecida não é AUTOCONSCIENTE, isto significa que não consegue ou tem dificuldades em permanecer em auto-observação.

      Uma pessoa que não despertou do sono da consciência está adormecida aqui e em todas as situações da natureza. E se estamos adormecidos e sonhando no mundo, não temos as percepções que uma pessoa desperta tem.

      Por isso não é à toa que cometemos muitos erros, já que agimos, tomamos decisões, etc. com a consciência adormecida. Quanto mais adormecida esteja a consciência, mais passíveis de cometer erros estamos.
      Quanto mais adormecida esteja a humanidade em geral, mais veremos atos de violência, guerras, barbáries, etc.
      Se os seres humanos tivessem pelo menos um pouco de consciência desperta as guerras seriam totalmente impossíveis.

      Na verdade só a prática pode realmente nos mostrar e fazer entender essas diferenças. Também é importante ter em conta que a natureza não dá saltos, e que o processo do despertar da consciência é LENTO e GRADUAL como o crescer de uma árvore, e requer esforço CONTÍNUO para isso.

      E como fazer para despertar a consciência?

      Praticando especialmente a auto-observação e a morte psicológica, e também a meditação.

      A morte psicológica e a meditação são os meios definitivos para o DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA.

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  5. Dicas para quando for ter que ler algum texto/livro:

    Claro, procure sempre ler algo do seu interesse.

    Se for alguma obrigação ler aquilo e não for do seu interesse, procure a ligação que ele possui com algo do seu interesse, e já o leia vendo a importância que ele tem para você.

    Se tiver que ler todo o livro, dê uma olhada no sumário antes e já veja os capítulos mais interessantes. Em pesquisas de mestrado e doutorado, muitas pessoas não leem o livro todo, vão direto ao capítulo que lhes interessa.

    Tudo bem que eles já são pessoas que dominam o assunto muitas vezes, mas no nosso caso também pode ser que não seja muito diferente. Nossa capacidade cognitiva está intacta, apenas temos uma mente barulhenta e muito fugaz, com mais dificuldade de controlar. Não somos burros.

    Quando for direto ao capítulo pode ocorrer de alguns conceitos novos aparecerem e estarem nos capítulos anteriores. Mas não se desespere. Aqui está o segredo: já que você já foi ao capítulo mais interessante, então você já ficou com a curiosidade aguçada por aquilo, portanto não será tão difícil de procurar sobre o assunto no próprio livro (caso esteja fácil de achar como claramente separado em um capítulo apenas para ele) ou até na internet (em algum site específico sobre o assunto).

    Nesse momento aquele conceito tornou-se algo a se buscar, a curiosidade agora ficou aguçada para que se possa continuar aquele capítulo tão interessante. Se você tivesse tentado iniciar o livro desde o princípio, poderia muito bem ter perdido o interesse no resto, e o clímax do livro mesmo não estava no início.

    Há livros que nos despertam interesse já no começo, claro, mas há os que não são assim.

    Wikipédia ajuda muitas vezes, mas todos devem saber que não é 100% garantia, certo? Porém serve como uma introdução ao tema. Lá você lerá sobre contextualização do assunto, nomes de estudiosos do assunto relacionados e até curiosidades que futuramente poderão ser averiguadas conforme vai se estudando, além dos links no final da página que nos levam a sites que possam nos dar mais confiança.

    Espero ter ajudado.

    Abç

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  6. O sentido da AUTO-OBSERVAÇÃO

    Todos nós possuímos um precioso sentido que é a AUTO-OBSERVAÇÃO, mas que pelo seu total desconhecimento e conseqüente desuso está atrofiado.

    FELIZMENTE, conforme vamos voltando a usar este sentido, ele vai novamente se desenvolvendo e é como se fossemos abrindo gradualmente uma janela em nós mesmos, a qual por muito tempo permaneceu fechada e que agora permite que um pouco de luz entre e ilumine nosso mundo interior, e dessa forma vamos conseguindo enxergar pouco a pouco TUDO o que ali existe.

    Quanto mais exercitamos esse sentido mais a janela se abre e consequentemente mais luz entra, e assim vamos enxergando cada vez mais e mais coisas que até então estavam "ocultas" (atenção às aspas, elas estão lá e sempre estiveram, e o mais importante é que ainda estão) e que nem remotamente suspeitávamos que existiam.

    Esse sentido é chamado de auto-observação e compreender este tema é FUNDAMENTAL. Não é possível nos conhecermos a fundo sem utilizar o sentido da auto-observação.

    Mas afinal, o que vamos observar em nós?
    Através da auto-observação iremos ver e sentir o que se passa nos centros da máquina humana, nos cinco centros inferiores que possuímos. E como veremos nesta lição, nestes centros a todo instante algo está ocorrendo, e na maioria das vezes sem nosso conhecimento e muito menos consentimento.

    E como fazer a auto-observação?

    Não há uma técnica para se fazer a auto-observação.

    Simplesmente, conhecendo quais são os centros da máquina humana (INTELECTUAL – EMOCIONAL – MOTOR – INSTINTIVO – SEXUAL), passamos a observá-los, ou seja, dirigimos nossa atenção para estes centros a fim de percebermos quais sentimentos e pensamentos estão se manifestando ali.

    Para isso NÃO É NECESSÁRIO parar de fazer o que estamos fazendo, seja em casa, no trabalho ou em qualquer lugar que se esteja.

    Praticando a auto-observação você verá que este sentido nos permite ver e sentir extraordinariamente o que se passa dentro de nós e, ao mesmo tempo, ter total atenção no mundo exterior e AO QUE ESTAMOS FAZENDO!

    Na verdade, como a prática lhe mostrará, consegue-se ter muito mais ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO no que estamos fazendo quando estamos em auto-observação. Ao dirigir a nossa atenção para nossos centros devemos observar o que está ocorrendo ali.

    Quando se está começando a praticar a auto-observação é mais produtivo observar apenas os centros INTELECTUAL e EMOCIONAL, ou seja, nossos PENSAMENTOS e SENTIMENTOS, pois são através deles que conseguimos perceber mais claramente os nossos DEFEITOS PSICOLÓGICOS EM AÇÃO.

    Conforme o sentido da auto-observação vai se desenvolvendo, vamos passando a perceber a manifestação dos defeitos também NOS OUTROS CENTROS (MOTOR, INSTINTIVO E SEXUAL).

    Os defeitos psicológicos atuam nos centros da máquina humana nutrindo-se da energia destes centros e causando muitos malefícios físicos e psicológicos.

    Quando dizemos atuam, isso significa que provocam, dependendo do centro e da natureza do defeito psicológico, certos tipos de pensamentos, sentimentos, etc., às vezes incrivelmente amargos e dolorosos o suficiente para causar um profundo sofrimento.

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    1. A título de exemplo, relacionamos abaixo o que podemos observar de mais comum em cada um dos cinco centros da máquina humana:

      CENTRO INTELECTUAL: pensamentos mórbidos e negativos, para com você mesmo e para com as outras pessoas, como a ira, a luxúria, a inveja, a cobiça, a desonestidade, a traição, o roubo, a maledicência, etc.

      CENTRO MOTOR: basicamente neste centro o que podemos observar são movimentos feitos mecanicamente, de forma automática, sem ter atenção sobre eles.

      Um exemplo clássico é quando dirigimos um carro e ao mesmo tempo estamos pensando em várias outras coisas e, no entanto, continuamos a trocar as marchas, acelerar, frear, etc., tudo feito de forma automática.

      Agora podemos nos perguntar: Por que uma pessoa ultrapassa um sinal vermelho sem se dar conta e provoca um acidente?

      Por que uma pessoa atravessa a rua sem perceber que um carro está vindo em sua direção e é atropelada?

      Essas coisas só acontecem porque as pessoas não estão CONSCIENTES de seus movimentos, de seu CENTRO MOTOR. Precisamos nos esforçar por fazer os movimentos com atenção.

      CENTRO EMOCIONAL: emoções negativas de todo o tipo como o ódio (ainda que sutilmente disfarçado), a inveja, o medo (não importa do que seja), a angústia, a ansiedade, a impaciência, o apego a coisas e pessoas, preocupações, sentimentos exagerados, etc.

      Um mesmo defeito psicológico pode atuar, por exemplo, primeiro no CENTRO EMOCIONAL, depois no CENTRO INTELECTUAL e em seguida no CENTRO MOTOR. Por exemplo, quando alguém diz algo que não gostamos.

      Ficamos bravos (CENTRO EMOCIONAL) e logo pensamos em reagir ou ficamos pensando em muitas coisas que deveríamos ter falado, feito, etc. (CENTRO INTELECTUAL).

      Podemos ficar mais identificados ainda com a situação e fazer gestos ou mesmo brigar. Observe neste exemplo que toda a máquina humana foi controlada pelo EGO como se fosse uma MARIONETE, passando a controlar primeiramente o CENTRO EMOCIONAL, depois o INTELECTUAL e por fim o CENTRO MOTOR.

      Se estivermos em AUTO-OBSERVAÇÃO veremos que isso acontece A TODO MOMENTO.

      CENTRO INSTINTIVO: neste centro o que observamos é o exagero ou abuso de certos instintos naturais.

      Vejamos por exemplo o instinto materno, que faz com que naturalmente uma mãe zele pela sobrevivência de seu filho. O abuso deste instinto seria expresso na forma de uma superproteção por parte da mãe, fazendo com que ela cuide e se preocupe exageradamente com seu filho, mesmo quando este já possui idade suficiente para cuidar de si mesmo.

      Mais comum é o abuso do INSTINTO de sobrevivência, que entre outras coisas, nos diz que devemos nos alimentar para sobreviver.
      Neste caso os DEFEITOS PSICOLÓGICOS atuam fazendo com que a pessoa se alimente em demasia, comendo muito mais do que necessita para sobreviver. É o conhecido defeito da GULA.

      CENTRO SEXUAL: abuso das energias sexuais. A energia criadora do sexo é infinitamente a mais poderosa que possuímos e que o ego gasta bestamente vendo filmes, cenas, anúncios, explícita ou implicitamente pornográficos ou imorais, pensamentos mórbidos, conversas desonestas, etc.

      O abuso das energias sexuais leva, ao longo do tempo, à IMPOTÊNCIA SEXUAL.

      No começo conseguimos nos auto-observar MUITO POUCO, talvez algumas vezes por dia apenas. Isso varia de pessoa para pessoa, depende do quanto está ATROFIADO este precioso sentido.

      Porém, com a PRÁTICA, esse tempo de auto-observação vai gradualmente aumentando e passamos a nos autoconhecer cada vez mais, jogando mais luz em nosso interior e vendo como realmente somos interiormente.

      E quando estamos em AUTO-OBSERVAÇÃO e percebemos a atuação de algum DEFEITO PSICOLÓGICO, o que fazer para que este seja ELIMINADO?

      Pratique muito a AUTO-OBSERVAÇÃO, exercite e desenvolva este sentido porque dele dependerá sua mudança interior.

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  7. Eu queria saber se todos aqui possuem o raciocínio mais rápido que a média das pessoas, se isso é característica do todos os TDA-H. Pois se for isso, então pode ser que fique realmente mais difícil de silenciar a mente, já que esta é muito barulhenta por ir de um assunto ao outro com muita rapidez, de modo que não dê tempo de ficar em um só pensamento por um período maior.

    Queria aprender a diferenciar uma pessoa sem grandes problemas com a mente, de uma com grandes problemas, como é o caso do TDA-H. Se assim o for, na verdade trata-se de uma característica do cérebro do TDA-H que os outros não têm em sua maioria (eu acho), e, talvez, não devamos entender essa característica como um defeito, mas como uma qualidade mal utilizada. O que acham?

    Ou será que esse raciocínio veloz seja apenas para aqueles que possuem hiperatividade e não para os que são apenas dispersos?

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    1. Vc é show! Maria Bonita

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    2. Você tem o raciocínio rápido?

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    3. Maria Bonita diz: sinto que tenho muitas ideias ao mesmo tempo, sinto que sou criativa e que sou um ET porque tenho a impressaõ que vejo o que quase ninguém ve, ou sente...acontece muitas vezes de pensar em alguma situação e sentir muito mais além do que aquilo que realmente é...terei um cerebro exagerado? serei dramatica? sonhadora? romantica? maluca????????, sei lá...mas o que é raciocinio ráppido??? entender depressa alguma coisa?????? nãooooooooo, não tenho, eu só consigo entender se visualizar com a mente, senão não vai...meus professores muitas vezes me pergutam -Voce está em transe mediunico??????? e eu respondo, não, estou tentando ver...e eles me dizem -conseguiu?? aí sim ou não. Mas penso muito e tento varios raciocinios ao mesmo tempo...aí quando entro em depressão acho que é por falencia cerebral. não me acho uma pessoa com inteligencia acima da media e muito menos com mais conhecimento que meus colegas, diria que meu QI é de loira kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, mas me explique o que vc quer dizer com raciocinio rapido...Maria Bonita

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    4. Então, não sei se existe raciocínio rápido, ou se é uma pessoa que consegue pensar sobre um assunto de forma tão otimizada, que ela não perde tempo pensando mais sobre ele, pois percebeu rapidamente que aquilo ali só se trata disso ou daquilo e nada mais, o que não significa raciocínio rápido, ou melhor, pensamento rápido. Ela simplesmente já sacou o que é aquilo e já parte para o que já se pode depreender do assunto.

      Não necessariamente uma pessoa possui o dobro de pulso de pensamento por segundo que alguma outra pessoa. É apenas um raciocínio otimizado.

      Eu também já senti muita dificuldade em entender as coisas. Eu via que todo mundo entendia as coisas com facilidade, e eu não. Ficava lá, procurando dentro da minha mente as coisas. E não achava. O que eu precisava para compreender aquilo (qualquer coisa)? Também não sei.

      Só sei que só consegui esse raciocínio rápido na minha área. Eu entendo as coisas muito mais rapidamente quando estou na minha área. As coisas se encaixam muito mais rapidamente.

      Daí percebi que se eu tenho algum interesse por alguma outra área do conhecimento, eu devo chegar a ela pela minha área.

      Por exemplo. Se eu quero entender como funciona o mercado de trabalho, eu primeiro tento entender como ele funciona na minha área. Daí também eu vejo como as pessoas se relacionam na minha área, como se dá o conhecimento na minha área?

      Como é a troca de conhecimento entre os profissionais?

      Daí você percebe que há os estagiários que trabalham por conhecimento (nem todos e nem por tanto), e que o chefe não ensina tudo o que ele sabe, só o necessário para o que ele quer. Os segredos do negócio ficam com ele. Ele só os solta quando convém. Existem os profissionais formados com certa experiência dentro da empresa que soltam alguns conhecimentos que o chefe não solta.

      Enquanto isso, você, que está dentro da sua mente, perde uma série de informações e conhecimentos. Isso é mais um motivo para não ficar dentro da sua mente, e sim olhar para fora. Porém, claro, com calma, não será de uma hora para a outra.

      Eu não sei falar tanto sobre esses assuntos de mente, mas para mim me parece que ela ´simplesmente um enorme papel em branco onde se escrevem as memórias. Portanto, não há nada de novo nela, só coisa antiga, de onde você retira as experiências e fatos para poder enfrentar o novo que acontece todo dia, o tempo todo.

      O aprendizado se dá olhando para fora, não para dentro.

      Quando você (o TDAH) tem alguma ideia nova, é porque ele mesclou coisas velhas com coisas velhas. Ele criou algo novo, mas com coisas velhas. Não estou dizendo que isso é ruim, pelo contrário, mas é só para que vocês tentem entender que vocês etão dentro da mente, que também é fonte de criação, de coisas novas, mas o real tem muito, muito mais coisas novas para cada um. E a gente ignora.

      Nossa memória acaba se tornando seletiva e só olhamos para fora quando nos interessa.

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  8. Gostei muito do post e das respostas, tento aprender um pouco mais a cada dia pois sou bipolar com tracos de tdah... abraco a todos! Coveiro bipolar blogg - www.coveirobipolarmoribundo.blogspot.com

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    1. Oi Fabbão, obrigado por sua participação.
      Um abraço
      Alexandre

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  9. Tem uma música de uma banda chamada Awolnation com o nome Sail, é baseada na descoberta do vocal da banda sobre seu deficit de atenção, recomendo ouvir e ver o clipe também, muito legal.

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    1. Obrigado pela dica, depois poso minhas impressões.
      Abraço
      Alexandre

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  10. A arte de amar é um livro de Eric Fromm, no qual ele fala sobre concentração e ficar só consigo mesmo.

    http://dharmalog.com/2013/10/21/paradoxalmente-capacidade-ficar-so-condic%CC%A7a%CC%83o-capacidade-amar-erich-fromm-classico-arte-amar/

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  11. Separei as partes mais importantes do artigo da Superinteressante cujo link se encontra no final deste comentário, para aguçar vossas curiosidades:

    As mentiras que o seu cérebro conta para você
    [...]
    Com R$ 1,10, você pode comprar um café e uma bala. O café custa R$ 1 a mais do que a bala. Quanto custa a bala? Responda rápido. Dez centavos, certo? Errado.
    [...]
    Tem mais: o que você enxerga não é o que está acontecendo - e sim o que vai acontecer no futuro. É sério.
    [...]
    A filosofia considera o ser humano um animal racional. Mas o que sabemos é que apenas em certas circunstâncias e à custa de muito esforço conseguimos ser racionais
    [...]
    Para avaliar todas as variáveis envolvidas, muitas delas subjetivas, o cérebro tenderia a ficar sobrecarregado. Por isso, ele usa atalhos. "Os nossos problemas são resolvidos no piloto automático, através de soluções que a cultura já embutiu no nosso cérebro
    [...]
    Tendemos sempre ao otimismo =)
    Os testes mostraram que as mesmas estruturas cerebrais são ativadas para recordar o passado e imaginar o futuro. Só que, ao imaginar o futuro, os voluntários criavam cenários magníficos - era o cérebro tentando colorir os eventos sem graça. "Cerca de 80% das pessoas têm tendência ao otimismo, algumas mais do que outras
    [...]
    Quando você decide alguma coisa, na verdade o cérebro já decidiu - com uma antecedência que pode chegar a 10 segundos.
    [...]
    Parágrafo final
    O indivíduo não é livre para escolher", afirma Renato Zamora Flores, professor de genética do comportamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O cérebro restringe previamente as suas possíveis opções e, pior ainda, escolhe uma delas antes mesmo que você se dê conta. É possível lutar contra isso. Lembra-se daquele outro tipo de pensamento, o lento-analítico? Basta colocá-lo em ação. E isso você consegue tendo calma, refletindo sobre as coisas e duvidando das suas escolhas e opiniões. Os truques do cérebro são poderosos, mas não invencíveis. Agora que você sabe como funcionam, está muito mais preparado para lidar com eles - e se tornar realmente livre para tomar as próprias decisões.

    http://super.abril.com.br/ciencia/descubra-mentiras-seu-cerebro-conta-voce-690379.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super&fb_action_ids=313555215404699&fb_action_types=og.likes&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582

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    1. Rafael P. escreve: Boa noite Anônimo! Você poderia ter a gentileza de se apresentar e dizer se tem TDAH ou alguém próximo de você tem? Você está nos dando informações interessantes, mas um pouco jogadas, sem explicação. Não estou entendendo porque você está fazendo isso. Devo ter perdido alguma parte do blog. Nos explique, se possível.
      Um abraço, Rafael P.
      Alexandre, como anda amigo? Abração!

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  12. estou muito triste com o tdah nao estou mais suportando as minhas derrotas ainda nao estou em tratamento tudo em minha vida da errado acabei de ser demitida do emprego porconta da minha desatençao estou me sentindo humilhada nao sei mais o que e viver estou no fundo do poço desde criança sofro com esse disturbio mais nao sabia porque era diferente das outras criança eu estou quase de depreçao na minha cidade nao tem ABDA nao tenho nemhum apoio procurei medicos do SUS mais a fila de espera e longo na minha familia nao so eu e meu irmao de 6 anos meu patrao me falou que eu nao dava pra trabalhar em logar nenhum porconta da minha distraçao e desatençao quando foi esses dias errei ao prencher os documentos ele disse que minha mente nao da pra trabalho que eu nao presto atençao em nada vivo no mundo da lua e que eu sou inseguinificante e derrotada. nao durmo direito depois de ouvir aquelas palavras o sentimento de incapacidade me toma e eu so sei chorar ja perdi varios empregos por conta disso nao sei se quero mais trabalhar nao sei qual profissao exercer estou com vergonha de mim nao sei o que fazer tudo pra mim da errado as marcas do passado me faz me sentir ainda pior o que eu faço qual rumo quall direçao devo seguir sofro com disturbio de aprendizagem a minha mente nao entende as coisas sou um verdadeiro fracasso e nada mais.

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    1. Olá Denise.Isso é normal com muita gente aqui. O negócio é desenvolver os seus melhores talentos, aqueles que você mais gosta. Quando você fizer isso, procure experimentar qual é a área dentro da sua área que você faz melhor. Quando estamos exercitando nossos alentos com prazer, nós temos uma atenção às vezes até maior do que a das pessoas sem o distúrbio.

      Você só tem TDAH ou tem mais alguma coisa junto? Dislexia, por exemplo. Ou sempre conseguiu ler as coisas normalmente, porém, repetindo sempre o mesmo parágrafo várias vezes?

      Lembre-se que isso é normal até em quem não tem TDAH. E é até um dos motivos de as pessoas não acreditarem em nossa condição, ok? Não espere das pessoas compreensão, elas não compreendem. No máximo dão algum voto de confiança, por ver que você está triste, que fica saindo de um emprego e indo para outro o tempo todo. Alguma coisa está errada, mas eles não compreendem praticamente nada do que se passa conosco, ok?

      Procure também, ao invés de ficar relembrando o sofrimento do passado apenas por relembrar, pois isso não resolve nada, no máximo, procure entender o que aconteceu nessas situações e procurar alguma solução. isso ajuda de alguma forma.

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