Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro!
Fernando Sabino
Uma pessoa mais do que querida me instou a não me conformar com o rótulo de TDAH.
"Somos muito mais do que um rótulo," ela me disse.
Sim, somos!
Mas somos também o que fazemos com os nossos rótulos.
Posso sentar e me amofinar com o rótulo de TDAH.
Ou posso erguer-me, enfrenta-lo e subjuga-lo!
Ou ainda mais, usar esse rótulo ao meu favor.
Esse blog só existe por que um dia fui diagnosticado portador de TDAH.
No sábado, dia 03 de setembro, estarei lançando em plena Bienal do Livro de São Paulo meu primeiro livro de literatura infantil. Qual o tema do livro? TDAH, hiperatividade, tratamento e superação.
Após o diagnóstico mergulhei numa profunda jornada de auto conhecimento que me permitiu parar de tomar qualquer remédio para o TDAH.
Depois do diagnóstico mudei minha vida radicalmente.
Depois do diagnóstico consegui colaborar para o alento do sofrimento de muita gente angustiada por não conseguir entender os descaminhos de suas vidas.
Eu não sou um rótulo, eu sou um sobrevivente a ele.
Com a indestrutibilidade típica dos TDAHs, enfrentei meu rótulo e mudei minha vida.
Minha vida hoje, rotulada, é muito melhor e mais produtiva do que antes.
A dor e o pânico do diagnóstico deram lugar à luta pelo recomeço e à tranquilidade da aceitação.
Não! Não aceite rótulos! Eles não nos definem; mas podem ser a porta de entrada de uma nova vida!
Hoje, do fundo do meu coração, agradeço a esse rótulo. Antes dele eu andava a esmo na vida.
A vida à deriva...
Gratidão ao TDAH...