quinta-feira, 28 de abril de 2011

EEEEEEEEEEEEEEHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Hoje foi um dia muito especial; consegui solucionar duas questões que eu procrastinava há muito tempo.
E o pior -  ou melhor - ambos os casos foram coisas fáceis e amistosas de solucionar. Uma delas até me ajudou muito.
É muito estranho esse mecanismo que crio em minha  mente, adquiri quase uma antipatia de uma pessoa que contratei para solucionar questões que me favorecem. Em alguns meses foram bastante favoráveis em outros, menos; mas sempre favoráveis. Em dezembro saí de lá um pouco decepcionado com os resultados que ele me apresentou. Desde então, nunca mais voltei ao seu escritório. Nesses dias ele testou minha capacidade de persistir neste acerto de contas; só consegui ser atendido na terceira vez que fui lá. Também fui sem avisar ou marcar. Mas eu estava decidido a resolver esta pendência esta semana, e resolvi.
A segunda pendenga, era quase uma visita social a uma pessoa que trabalhou comigo por doze anos e agora está passando por um momento difícil. Fui na sua casa, batemos um bom papo, acertei algumas questões que estavam em aberto, e pronto. Tudo resolvido. Estou até mais leve.
Agora só me restam duas outras questões. Em uma delas sou credor, o acerto me é favorável; mas adio desde dezembro, ou novembro. Meu crédito vai se esvaindo e continuo adiando. Esse é o meu próximo objetivo: resolver as duas ' procrastinadas' até a primeira quinzena de maio de 2011.
Quando resolvo questões velhas como essas, sinto-me aliviado, alegre e vejo que o bicho nem é tão feio como parecia, não posso é repetir o mesmo erro. Aprender a resolver de bate pronto, sem adiamentos é a questão crucial.
Este o próximo passo a ser discutido com a Luciana Fiel.

terça-feira, 26 de abril de 2011

ESTRATÉGIAS DE VIDA





Adote algumas estratégias que facilitem sua vida. Após meu diagnóstico passei a observar o que mais me estressa, irrita ou me confunde.
Vamos a algumas delas:

1) O TEMPO: um dos maiores fatores de estresse para mim é o tempo. Estou aprendendo a não marcar horários próximos demais ou que não me permitam preparar-me com tranquilidade.
Se sua vida lhe permitir, marque seus compromissos com um intervalo de tempo razoável.
Evite colocar horário para você mesmo. Vivo me estressando por marcar hora para cumprir tarefas. Hoje, se marco um horário para que eu mesmo cumpra, verifico antes se me dá folga suficiente ou se eu realmente preciso marcar essa hora ou se é mania da minha cabeça.

2) DINHEIRO: Muito cuidado com o dinheiro! Evite talões de cheque e cartões de crédito. Se possível, pague suas coisas à vista, em dinheiro. Mas atenção: não ande com muito dinheiro no bolso. Aquele monte de notas dá uma impressão de riqueza e poder terrível, você acaba gastando o que não deve. Portanto, nada de cartões, cheques ou muito dinheiro. Leve uma vida de frade beneditino.

3) ESQUEÇA OS OUTROS: Nós, TDAHs, temos uma péssima mania de nos compararmos aos outros, de competir com outras pessoas. Mesmo com desconhecidos que sequer sabem que estão competindo conosco. Não se compare. Na vida tudo é relativo. Se você é um rico que mora em bairro de milionários, vai se sentir um pobretão. Se você se mudar para um bairro proletário, vai ser o ricaço do lugar, corre o risco de ser assaltado ou sequestrado. Não se compare, ou pelo menos tente não se comparar.

4) CONFIRA: Não confie em sua memória. Se seu cérebro ficou em dúvida, confira. Se não, se você tem certeza absoluta, confira duas vezes. Na maioria das vezes em que tenho a mais absoluta certeza de alguma coisa, estou errado.

5) CRIE HÁBITOS: Crie hábitos em sua vida e cumpra-os. Deixe as coisas sempre no mesmo lugar, da mesma forma, na mesma posição. Facilite encontrá-las, lembrá-las, usá-las. Claro, não é fácil no princípio, mas você tem que ter estratégias e motivação para manter. Engane-se. Crie uma importância que o objeto ou a atitude não tem, mas passará a ter. Eu faço isso com várias coisas. Arrumar minha cama, tirar a mesa, nunca me esquecer de minha carteira, do celular. Para isso, não esquecer as coisas, tenho um amigo que possui uma estratégia interessante: ele contou com quantos objetos ele sai normalmente. Carteira, celular, chave, dinheiro. 1, 2, 3, 4. Ao sair de qualquer ambiente ele conta seus bolsos: 1,2,3,4. Os quatro objetos imprescindíveis estão nos bolsos? Então posso sair.

6) TRATE-SE:  Tome seus remédios corretamente. Leve seu tratamento a sério. Para isto também use estratégias. Por exemplo: eu mesmo faço meu café da manhã, por isso deixo meus remédios na cozinha, onde posso vê-los facilmente ao acordar. A dosagem da tarde é mais difícil, por isso coloquei dois lembretes no celular que apita às 12 e às 13 horas; diariamente. Inclusive aos sábados domingos e feriados.

7) CUMPRA: De nada adianta traçar estratégias e não cumpri-las. Claro, o simples fato de conseguir traça-las não significa que conseguirá cumpri-las. Mas esforce-se. E não se culpe ou se puna se não conseguir cumpri-las. Refaça-as ou tente novamente. Não desista. Passo por isto diariamente, cumpro várias, outras parcialmente; alguns dias são de absoluto sucesso, noutros a sensação de insucesso é muito forte. Mas, um novo dia vai nascer e com ele a certeza de que cumprirei minhas estratégias. Se não der, amanhã tentarei novamente.
Precisamos facilitar a nossa vida, diminuir nossos estressantes.
E você, o que faz para reduzir seus momentos de tensão e estresse?

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O BOTAFOGO TEM TDAH! ou EXISTEM COISAS QUE SÓ ACONTECEM AO TDAH






Pra quem não gosta, ou não entende de futebol, o título deste post pode parecer bobagem. Mas, para mim que torço - e sofro - com o Botafogo, ou para aquelas pessoas que acompanham futebol vão entender o que quero dizer. A instituição Botafogo de Futebol e Regatas é portadora de TDAH.
Os sintomas são claros, evidentes, inclusive com o sofrimento, com a interferência prejudicial ao longo da vida.
Vamos lá:

Sentimento de inferioridade: Sua imensa e apaixonada torcida tem medo! Vamos ao estádio, sentamo-nos diante da TV com esperança, nunca com confiança. Dentro de nosso peito o medo da derrota inesperada, do vexame que tantas vezes se repetiu, pulsa, instiliando-nos desconfiança e descrença. Assistimos aos jogos como crianças assistem a filmes de terror, fechamos os olhos ou viramos o rosto nas cenas mais difíceis. As derrotas absurdas, os vexames históricos, as auto sabotagens, alimentam esse sentimento de inferioridade que acompanha a instituição e sua torcida.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A HIPERATIVIDADE É CONTAGIOSA ?



Hoje aconteceu um fato muito interessante. Pela manhã, fui à casa de uma moça encomendar um trabalho decorativo em madeira. Há muito não a via e jamais estive em sua casa, o que exigiu algumas voltas pela rua para encontrar o endereço. Bati campanhia e fiquei aguardando. Já achei interessante sua forma de me receber, olhou por uma fresta do portão, sorriu meio amarelo e gritou: cadê a chave do portão? Imediatamente um cãozinho começou a latir e pular incessantemente. Alguém respondeu-a, lá do fundo (também aos gritos), que não sabia da chave. Dois ou três minutos depois o portão foi aberto e ela sorridente foi dizendo: eu estou pagando tudo direitinho, hein! Achei graça, não fora ali para cobrar e sim encomendar um trabalho. Mais aliviada ela encaminhou-me à sala (que estava uma bagunça) pedindo desculpas e ajeitando as coisas jogadas em cima do sofá. Logo surgiu seu filho, também aos gritos, e depois seu marido -este bem menos agitado. E o cachorrinho que parara de latir, corria de um lado para o outro, dava saltos de mais de um metro de altura, enquanto a moça gritava com seu filho para que afastasse o cachorrinho. Enquanto eu lhe mostrava o desenho do que eu queria, ela conversava com o marido, perguntava ao filho onde havia colocado sua carteira, e me dava informações sobre como deveria fazer o trabalho que eu lhe propunha.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

SOLIDARIEDADE À JULIANA SARDINHA


Recebi ontem uma notícia muito triste: Juliana Sardinha autora do Site DICAS BLOGGER, deixou a internet por problemas pessoais.
Quero deixar aqui registrada a minha solidariedade e os meus votos de que a Juliana supere seus problemas e, se possível, volte a nos brindar com seus conhecimentos e suas dicas sobre o BLOGGER, que tanto me ajudaram a transformar esse blog numa ferramenta melhor e mais completa.
Juliana Sardinha, obrigado e tenha fé, você vai superar suas dificuldades.
Um abraço do seu 'aluno'

Alexandre Caldas Schubert

O TDAH E AS PRESSÕES DIÁRIAS.


Junte num único dia as demandas práticas e burocráticas para a  concretização de um novo projeto, mais o resultado de algumas procastinações da vida passada, mais as responsabilidades da vida pessoal, minha e de minhas filhas, mais a necessidade de treinamento que tenho para esse novo projeto, e teremos como resultado dias de absoluta pressão durante toda essa semana. O que imaginei resolver na segunda e na terça feiras dessa semana, ainda não terminaram, e hoje é sexta. Dei alguns passos interessantes, inclusive quanto à solução de velhas pendências de minha vida pregressa; o novo projeto caminha bem, dentro das possibilidades permitidas pela estúpida burocracia brasileira e particularmente estúpida em Minas Gerais; o treinamento está caminhando, mais lentamente do que preciso, mas não parou.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A PROCRASTINAÇÃO É UMA ESTUPIDEZ.



Alguns comportamentos são especialmente difíceis de se combater. A procrastinação é um deles. Elegemos algumas situações ou pessoas e criamos um fantasma em torno delas. A partir daí, evitamos enfrentá-las ou mesmo lembrar de sua existência. Hoje, mesmo após um período extremamente favorável do meu tratamento, ainda tenho três ou quatro questões que procrastino evitando até mesmo, lembrar-me delas. O pior, é que na maioria delas sou credor, a situação me é favorável. Mas criei uma barreira mental contra elas, achando que mesmo sendo credor, posso me prejudicar, ou adiar indefinidamente a solução dessas questões. Ao adiá-las, acabo me prejudicando, invertendo situações que me eram extremamente favoráveis, simplesmente por não querer estar com determinadas pessoas (que nada me fizeram de mal) ou por que criei em minha cabeça que apesar de me ser favorável, temo me decepcionar com o resultado final.
Aí está uma característica forte do TDAH, da minha personalidade e que está particularmente difícil de resolver.
Em minha última sessão de coaching, estabelecemos a solução destas questões como metas. Terei de solucionar essas questões em caráter definitivo, com prazo certo e rápido.
Como podemos criar essa sensação de antipatia de determinadas questões. Me sinto desconfortável só de pensar nessas coisas. Mas esse é o problema da procrastinação, adiamos mas não esquecemos em definitivo. O problema ronda nossa vida e sempre reaparece para nos assombrar. Tornamos a empurrá-lo para debaixo do tapete, mas fica aquele montinho que volta e meia nos faz tropeçar. O sentimento vai piorando à medida que não solucionado, o problema cresce um pouco a cada dia.
Essa semana é a combinada com minha coach para a solução. Ontem adiei novamente e hoje não sei se terei 'tempo' para solucioná-los. Estou envolvido em outro projeto e eles fazem parte de uma página da minha vida que quero virar, mas que só vou conseguir se enfrentá-los e solucioná-los. Mas enfrentá-los, é um pouco de volta ao passado, por isso adio enfrentá-los e adio a virada definitiva dessa página.
Estúpido, não?
Obs.: Só de escrever este post fiquei incomodado em relembrar essas situações e saber que tenho de resolvê-las ainda nesta semana.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

NÃO PARE O TRATAMENTO, ELE FUNCIONA.


Qualquer coisa feita a longo prazo pressupõe demora nos resultados. Um tratamento médico de longo prazo é difícil, entediante e, muitas vezes , com resultados quase imperceptíveis.
Imagine para um TDAH fazer um tratamento de longo prazo! Uma das características marcantes do TDAH é não saber esperar, outra é a prioridade ao prazer imediato; some essas duas característica e teremos um forte candidato a abandonar qualquer tratamento médico. Mesmo sendo o tratamento do TDAH
Em minha última sessão de coaching, manifestei minha satisfação com o atual momento de meu tratamento e discutimos o período em que questionei sua eficácia. Minha coach me informou que é grande o número de homens que abandonam o tratamento. Tanto o suporte psicológico quanto o tratamento medicamentoso.
Fiquei pensando nisso. Infelizmente o TDAH não é uma doença matemática; um mais um, dois. No adulto então, é muito mais difícil de ser tratada. Temos comportamentos arraigados há décadas e os repetimos automaticamente. Mesmo o tratamento à base de remédios, surte efeitos diferentes em cada pessoa. O mesmo medicamento pode surtir efeitos diversos na mesma pessoa, somente mudando a forma de tomá-lo.
No meu caso, a mudança de forma de tomar a ritalina, mantendo a mesma dosagem, mudou completamente minha percepção de seus efeitos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

EXPOR MEU TDAH, PRA QUÊ?



Sempre me perguntei por que algumas pessoas abriam sua vida íntima na televisão ou em outros meios de comunicação. Muitas vezes critiquei essa exposição, e em situações específicas ainda critico.
Não há dinheiro que me faça participar de um Big Brother.Além de ser um péssimo programa, expor a própria vida daquela forma acho degradante. Expor-se ao julgamento público por dinheiro é - para mim - inaceitável.
Mas, de repente, passei a expor a minha vida pela internet. Todos os sentimentos, os defeitos, as emoções, estão expostas para quem quiser ver. Por que?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

COMO PERDER SEUS AMIGOS EM DEZ LIÇÕES.



Já li tanto, já pesquisei tanto sobre TDAH, que hoje em dia tenho dificuldade em lembrar aonde li essa ou aquela informação. Claro, não anoto nada, nem salvo nos favoritos. O que também não adiantaria nada por que nunca, jamais em tempo algum lembro-me de procurar algo  nos favoritos.
Mas, voltando à vaca fria, num desses milhares de artigos que boiam na internet sobre o assunto, o médico diz que o portador de TDAH tem dificuldade em fazer e manter amigos. Quanto à primeira parte da afirmativa eu sou o oposto. Sou uma pessoa alegre, simpática, falante, desinibida, e faço amizades com uma facilidade absurda. Quanto a mantê-las, sou um desastre.

sábado, 2 de abril de 2011

VOCÊ TEM TDAH? ESCREVA UM BLOG, AJUDA NO TRATAMENTO.




Dia desses recebi um email de minha médica dizendo que vinha acompanhando meus posts e que já estava na hora de termos uma nova consulta. Na consulta ela comentou que detectou em meus posts uma grande variação de humor que não vinha sendo freada pela ritalina.
Discutimos sobre o assunto longamente. Fomos até na infância e, decidimos alterar minha medicação e posologia. Confesso que foi muito bom. Do receio do princípio, nada restou. Tenho estado mais animado, mais confiante e mais tranquilo.