O post de hoje tem tripla inspiração. Partindo de três mulheres diferentes, como são diferentes os locais onde vivem; Chapada Diamantina, Região Serrana do Rio e Londres...
De Londres vem a música de Adele num show maravilhoso no Canal Bis.
Da Chapada Diamantina vem a luta de Emily contra o TDAH. Marido, filhos e todos os erros e inconstâncias do TDAH. Inúmeras tentativas infutíferas em vários negócios diferentes foram minando sua auto estima. Enchendo-a de insegurança e medo.
Mas TDAH jamais desiste. E se mulher, aí que não desiste mesmo. Pois bem, Emily montou o Vitrola, uma hamburgueria gourmet. E se descobriu!
Hoje, via WhatsApp, ela comentava: sou capaz de montar 40 hambúrgueres sem errar nenhum. Isso, para um TDAH é como ganhar na mega sena da virada! O nome disso é motivação! TDAH motivado é sinônimo de produtividade, perfeição, criatividade à flor da pele; resultado!
A chave é: Motive-se!
Faça o que ama!
Da Região Serrana saiu todo esse post.
Confesso que estava com preguiça. E ela me ligou e cobrou: hoje é o Dia Internacional da Mulher, os seguidores do blog estão esperando algo novo.
E aqui estou eu.
Em geral com jornada dupla, no trabalho e em casa, a mulher com TDAH vê suas tarefas multiplicadas por mil. Lembro-me de uma portadora de Belo Horizonte que encontrou uma fralda suja dentro da geladeira. E correu na lixeira para resgatar a mamadeira que ali jogara no lugar da fralda suja. Ainda existem milhares de outras mulheres lutando em silêncio contra o TDAH, conhecendo ou não o que as afeta, sabemos que a luta é insana, cruel e sem tréguas. E muitos de nós, maridos, não ajudamos, não compreendemos, e ainda cobramos excessivamente.
O resultado dessa equação dolorosa, são momentos de silencioso desespero, explosões descontroladas e desgastantes repetições dos mesmos erros sob a chuva de críticas da família.
Deveria existir um dia Internacional da Mulher com TDAH. Deveria ser feriado. Mas feriado de verdade, onde seria proibido criticar suas falhas, seus esquecimentos e suas infindáveis tentativas de acertar dessa vez.
Na verdade seria o Dia Internacional do Respeito à Mulher TDAH.
Começaríamos com um dia. Depois dois, dez, vinte, cento e vinte dias... Até o dia em que todos os dias do ano forem de respeito às mulheres com TDAH.
Nesse dia teremos vencido todos os preconceitos com o transtorno.
Afinal, são as mulheres que nos constroem desde o nascimento; e respeitadas, passarão naturalmente esse respeito às gerações futuras.