(Tirinha extraída do blog Jornal Tdah Dda)
Claro, todas elas ajudam, auxiliam, reforçam, mas o que as pessoas não entendem é que NÓS NÃO TEMOS O CONTROLE TOTAL DAS NOSSAS MENTES.
De nada vale um conselho para eu me organizar, pra limpar as gavetas, pra me livrar da culpa, minha mente não pensa assim; e pronto.
Existem coisas que fiz no passado de que me envergonho até hoje; algumas são idiotas, infantis, mas quando lembro delas me sinto incomodado. Outras graves, de que me arrependo, mas não consigo esquecê-las. Não controlo isso. Locais que frequento, pessoas que convivo, músicas, livros, filmes, tudo isso me reporta àquele período da vida em que cometi esse ou aquele erro. Como controlar isso? É igual abandonar um vício, tudo te lembra o maldito... Alie-se a isso a culpa inerente ao TDAH que é multiplicada pelo sem número de lambanças que cometemos ao longo da vida.
Perdoe-se!
Já me perdoei, mas isso não apaga nada da minha mente. Nem da de ninguém, na verdade.
Aos leitores e colaboradores do blog: TDAH é doença biológica, física, do corpo, da matéria. Uma vez medicado, posso até conseguir controlar esse ou aquele impulso. Sem remédio, mal consigo ler esses comentários longos, que dirá praticá-los.
No blog JORNAL TDAH DDA, existe um manual de sobrevivência do TDAH que é simplesmente sensacional. Ali estão todas as técnicas e atitudes necessárias para uma melhor convivência com você mesmo. Mas só funcionará se você estiver medicado. Do contrário, você vai se esquecer rapidinho do que leu e tudo vai por água abaixo.
Tudo, absolutamente tudo funcionará melhor medicado. Ah, mas Alexandre: a prima da vizinha, da amiga, da avó, da faxineira do meu tio conseguiu controlar seus impulsos através da meditação...
Tem gente que ganha na mega sena, que um tumor desaparece, que consegue levitar... Não podemos pautar nossa vida e nossa doença pelas exceções. Se assim fosse nem precisava de médico, só curandeiro e livros de auto ajuda.
Respeito e agradeço a essas pessoas que tentam nos ajudar, é uma forma de carinho, de atenção. Pena que não seja muito útil. Claro, algumas coisas extraímos, ou sempre aprendemos, mas pro TDAH, não ajuda muito...