Quem acompanha esse blog sabe que eu não defendo as 'vantagens de ser TDAH'. São tão poucas e tão menores do que as desvantagens...
Mas numa época que se fala tanto em respeito às diversidades, jamais vi tanta intolerância com quem pensa e age diferentemente da maioria.
E nós, TDAHs, muitas vezes somos diferentes; inconscientemente diferentes.
E nessa época de intolerância , costuma aflorar uma característica meio kamikaze de nossa personalidade: Enfrentar os críticos. Eu pelo menos adoro...
Isso é gasolina nas chamas da intolerância.
Hoje prega-se a justiça pra se manter as desigualdades; discursa-se pela mudança que traga apenas o velho de volta.
Eu exijo o sagrado direito de ser diferente!
Quero saltar do rebanho sem ser patrulhado pelos donos da verdade.
Não aceito mais apelidos; não aceito mais sorrisos de falsa cumplicidade; não aceito que mudem de assunto quando falo do meu TDAH.
Você erra, falha, mente e me aponta o dedo acusador como se fosse perfeito.
Separar suas roupas por cor no guarda roupas não te faz melhor do que eu. Controlar seu saldo bancário com precisão não faz de você um ser humano melhor do que eu. Lembrar-se com detalhes de tudo não faz de você um super herói. Talvez te faça mais útil ao sistema do que eu. Melhor não!
Aí você começa a pensar, quem mudou a face do mundo foram os obcecados, os hiperfocados, os criativos, os lunáticos de todos os gêneros.
Nenhum membro de manada deu alguma contribuição importante para a humanidade e sim quem dela se desgarrou.
Não estou defendendo o TDAH, mas o respeito aos TDAHS.
Somos nós que fazemos a diferença, o diferente. Enquanto você apenas segue, conformado, àquelas pessoas que caminham â sua frente.
Quantos de você trucidaram os diferentes apenas por serem diferentes? Desde Platão e sua caverna, milhões...
Não se esconda na coletividade para poder urrar sua intolerância; não blasfeme contra quem caminha em sentido oposto. Tente pensar com sua própria cabeça e lembre-se: Se todos pensássemos da mesma forma, ainda estaríamos nas cavernas... E sem as pinturas rupestres, o primeiro passo criativo de um ser humano.