No auge de uma discussão um marido ou esposa TDAH pode estar pensando em outra coisa completamente diferente. Quem sabe naquela ruga que surgiu no lábio superior do cônjuge que grita à sua frente. Ou simplesmente no jogo de futebol que está deixando de assistir; ou ainda se lembra de que deveria ter comprado filtro solar, com esse sol escaldante que anda fazendo...
Horas depois, se perguntado sobre respostas que deu naquele momento, sobre afirmações feitas enquanto pensava em outra coisa, o TDAH vai negar veementemente. Não aceitará jamais ter dito isso ou aquilo. Mas disse! O cônjuge se lembrará de detalhes: de como estava sentado, os gestos que fez, as palavras que usou. O TDAH vai negar! Vai negar peremptoriamente. Mas estará errado!
Ou não...
Imaginemos a situação oposta: O TDAH convivendo com um cônjuge manipulador, vingativo e com ótima memória.
Quem garantirá que essa cena realmente existiu? O cônjuge manipulador, que já conhece bem seu/sua TDAH, manipulará sua péssima memória (ou a absoluta ausência dela, em alguns momentos) e lhe inculcará culpa, remorso e dor. E extrairá enormes ganhos com isso.
Poderá obter obediência, submissão, colaboração...
TDAHs não são fáceis de se conviver; podem ser inconstantes, irritadiços; temperamentais; indiferentes, desligados, desmemoriados, e muitos outros defeitos que podem lhes ser imputados.
Mas podem também ser presas fáceis de cônjuges manipuladores.
Portanto, comecem a prestar atenção ao cônjuge. Se ao fim de cada discussão for forçado a capitular, e se ao fim de cada capitulação tiver de pagar um preço ao seu cônjuge; seja em obediência, em submissão ou em perda de liberdade; cuidado você pode estar sendo manipulado!
Nós, os TDAHs podemos estar errados; mas precisamos estar atentos. Não somos vilões, somos vítimas. Vítimas de uma doença que poderia cegar-nos, fazer-nos surdos ou diabéticos; mas nos fez desatentos, titubeantes, impulsivos, mas também intensos, carinhosos, apaixonados e apaixonantes. Não merecemos ser manipulados por pessoas sem escrúpulos, que usam sua boa memória para nos encher de culpa e obter vantagens de nosso transtorno.
Ou não...
Imaginemos a situação oposta: O TDAH convivendo com um cônjuge manipulador, vingativo e com ótima memória.
Quem garantirá que essa cena realmente existiu? O cônjuge manipulador, que já conhece bem seu/sua TDAH, manipulará sua péssima memória (ou a absoluta ausência dela, em alguns momentos) e lhe inculcará culpa, remorso e dor. E extrairá enormes ganhos com isso.
Poderá obter obediência, submissão, colaboração...
TDAHs não são fáceis de se conviver; podem ser inconstantes, irritadiços; temperamentais; indiferentes, desligados, desmemoriados, e muitos outros defeitos que podem lhes ser imputados.
Mas podem também ser presas fáceis de cônjuges manipuladores.
Portanto, comecem a prestar atenção ao cônjuge. Se ao fim de cada discussão for forçado a capitular, e se ao fim de cada capitulação tiver de pagar um preço ao seu cônjuge; seja em obediência, em submissão ou em perda de liberdade; cuidado você pode estar sendo manipulado!
Nós, os TDAHs podemos estar errados; mas precisamos estar atentos. Não somos vilões, somos vítimas. Vítimas de uma doença que poderia cegar-nos, fazer-nos surdos ou diabéticos; mas nos fez desatentos, titubeantes, impulsivos, mas também intensos, carinhosos, apaixonados e apaixonantes. Não merecemos ser manipulados por pessoas sem escrúpulos, que usam sua boa memória para nos encher de culpa e obter vantagens de nosso transtorno.
Exatamente isso Alexandre, que tristeza em me ver nessa situação, vc n tem ideia da dor que sinto, de como está meu coração. Vc descreveu tudo, até nos detalhes. Ontem mesmo disse isso p ele, que da forma que terminou parece que sou um monstro e ele uma vítima de uma louca. Ele pensa que n lembro de nada do que foi dito mas tem coisas que eu me lembro e é nesse momento que percebo a manipulação. Tenho que baixar a cabeça, aceitar que tenho que viver presa. Em anos de relacionamento eu percebi que essas coisas são as vezes sutis, quando me dei conta estava em uma vida que n era escolha minha e o parceiro dava a entender que era melhor assim, meu Deus. Se fosse um estranho seria tão mais facil lidar com isso, mas são pessoas que conhecem nosso intimo, que amamos e é isso que mais doi.
ResponderExcluir"essas coisas são as vezes sutis" Exato são pequenos movimentos que vão acontecendo durante os anos e passamos a aceitar com algo normal/natural. Temos que ter consciência disso.
ExcluirParabéns pelo texto Alexandre, realmente muito elucidativo. Muitas pessoas estão sujeitas a manipulações, devido às descobertas de suas debilidades perante seus parceiros. De fato é preciso real atenção a isso.
ResponderExcluirOi Suzy, nosso esquecimento nos torna vítima fácil dos manipuladores.
ExcluirNão é só com parceiro(a), vale pra tudo: família, amigos, colegas de trabalho... quanto mais nos conhecem, mais sabem como atingir e dominar. Eu passo por isso a vida toda, mesmo fazendo de tudo pra esconder das pessoas o que realmente sou.
ResponderExcluirSe aproveitam mesmo e muito. Se aproveitam da falta de memória pra acusar de algo que não fizemos, transformam alguma frase mal formulada em uma acusação de inveja, ou transformam uma frase dita com inocência em uma intenção comprometedora, nos induzem ao erro, eu já passei por todo tipo de manipulação desde criança. Sempre fui joguete na mão de muitos. Um apronta comigo e eu caio... outro vê que deu certo, e faz igual... outro finge que quer me defender e me induz ao erro também, e por aí vai. E eu caio em todas.
E o que me dá mais raiva, é que eu nunca fui ingênua. Eu normalmente percebo a dissimulação e a mentira antes da maioria das pessoas. Enquanto muitos se deixam influenciar pelo carisma das pessoas, eu sempre tive facilidade de julgar racionalmente as pessoas, sem me deixar influenciar pela aparente simpatia de algumas pessoas manipuladoras, enquanto muitas pessoas inteligentes se deixam cativar por elas.
ExcluirMesmo sendo racional, sempre caio quando me induzem ao erro. E quando estou sendo controlada e dominada, tento desesperadamente escapar, mas não consigo... o outro parece que sempre consegue pensar mais rápido.
Qualquer um está sujeito a ter a mente manipulada por uma pessoa esperta. Eles não escolhem, eles são assim com todos, nem pai e mãe não escapam. Mas com certeza, os desatentos são os mais fáceis de manipular e controlar.
ExcluirO pior é que são as pessoas mais próximas, aquelas que deveriam nos apoiar é que nos manipulam...
ExcluirMe identifiquei muito com os sintomas. Sempre me achei diferente das outras pessoas, cresci pensando que não era normal, me sentia burra. Nunca consegui prestar atenção em uma aula por mais de 10 minutos e a consequencia disso é que precisava estudar mais que os outros sempre. Comecei ler mais sobre meus sintomas e agora não me sinto só. Você foi diagnosticado por um neurologista ou psicologo? Porque existem outras doenças com sintomas parecidos...Seu blog é muito importante, minha ansiedade infelizmente não me deixa ler tudo
ResponderExcluirOlá!
ExcluirFoi por uma neurologista, o psicólogo não pode receitar...
Obrigado
geralmente voce procura um nero ou psiquiárico, mas as terapias podem ser feitas com os psicologos ou psiquiatras. E compartilho de tudo qque voce disse, sempre sentava na frente, copiava tudo, mas normalmente nao conseguia me concentrar por muito tempo, me sentia pessima, burra e incapaz. Sempre tinha que estudar mais que os outros, e ainda mais que tem aqueles que estudam super pouco, tiram notas boas, porém conseguem prestar bem atenção nas aulas. Hoje, como ja sei o real motivo, não me culpo mais.
ExcluirPrimeiramente gostaria de agradecer-te por ter este blog, e se me permite gostaria de falar sobre mim brevemente.
ResponderExcluirDescobri a não mais que duas horas atrás ser portador do TDAH, em pouco tempo pesquisei profundamente sobre esse transtorno e fiz inúmeros testes enquanto ligava os pontos de minha infância, pré-adolescência e atualmente minha vida adulta ( não me recordo se 24 anos já se encaixa como adulto kk ), com isso fiquei pasmo ao ver que muitas coisas indicadas como sintomas me afligiam e afligem sem que eu me desse conta do quão sério isso era e é.
E o modo como você relatou sua vida nesta postagem ( http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2011/02/12-sintomas-do-tdah-em-adultos.html ) eu comecei a rir comigo mesmo como se eu estivesse lendo uma matéria sobre mim, com leves alterações de locais e ocasiões.
Algo que me fez também rir ( para não chorar ) foi a difícil vida amorosa e a sensação de inferioridade, de me achar feio e indigno de qualquer garota bonita, algumas vezes uma ou outra garota bonita que demonstrava interesse em mim acabava pedindo para uma amiga ou algum colega mais próximo de mim para dizer que queria sair comigo ou o famoso "ficar" e eu negava que aquilo fosse real, sempre alegava que era impossível uma garota bonita gostar de um cara feio, baixo, que tirava notas ruins e que ficava isolado de tudo e todos.
Fazia isso com bom humor mas sendo bastante sincero com a minha auto estima abaixo de zero, acredite que mesmo hoje jamais namorei ou me relacionei com alguém por não me ver capaz de ser interessante para a pessoa, e tem um momento da minha vida que faz eu me odiar até hoje que foi em um show que fui com amigos e um deles me apresentou uma garota linda, conversei com ela e ao fim do evento acabamos indo para sua casa e eu simplesmente tive um surto em minha mente que aquilo não iria dar em nada, que estava me iludindo e que ela não queria nada comigo, acabou que dormimos juntos e nada mais. Dias depois meu colega me liga me xingando de A a Z por ter jogado fora uma chance que nem mesmo ele tinha tido com essa garota, e o "sortudo" aqui acabou jogando fora por "bobeira".
Lembrando deste fato eu começo a rir mas também em preocupo bastante por que eu tenho esperança de um dia me casar e constituir uma família, mas vejo que este transtorno já me atrapalhou muito, eu mal saio de casa, raras vezes que fui a um evento, ao cinema, teatro ou qualquer lugar com aglomeração de pessoas. Depois dos 22 anos senti isso piorar, me afetou no serviço ( era garçom ) onde eu comecei a sentir meu temperamento oscilar além do normal, meu pavio sempre foi curto e ao longo do tempo se tornou ainda menor.
Em resumo ( me desculpe o texto gigante, se não conseguir ler vou entender, talvez nem mesmo eu tenha coragem de revisa-lo kk ) gostaria de agradecer por este blog e informar tão bem sobre este transtorno e como ele te afetou e sobre prevenções cotidianas. Agora sinto que tenho mais convicção sobre o que me aflige e que necessito buscar auxilio médico, ainda mais agora que fui aprovado em um concurso público para trabalhar como Auxiliar de Professor em uma escola primária, já me vejo desesperado pensando em tudo o que poderia ou pode acontecer, a mente devaneia de forma insana agora. kk
Obrigado, forte abraço.
Oi, Alexandre. Gostei da abordagem do texto. Gostaria de aproveitar o fato de ele falar sobre relacionamento para lhe fazer algumas perguntas porque já li vários textos deste blog( quase todas as postagens, acho) e fiquei com algumas coisas martelando na minha cabeça.
ResponderExcluirEu já li textos seus em que você fala do rastro de destruição que foi deixando atrás de si a cada relacionamento findo. Há uma postagem, inclusive, em que você menciona que o choro das suas ex companheiras quando você dava a notícia que estava indo embora o irritava.
Há postagens, também, em que você diz que foi pai muito jovem e que nunca foi muito presente para sua filha mais velha. Diz que quando ela ainda era criança, mudou-se de cidade e sempre que regressava, não a visitava.
Ainda menciona que, mais tarde, a iniciativa de retomar a relação pai e filha não foi sua, mas dela.
Achei muito interessante a forma sincera com que você fala dos seus defeitos, mas não pude deixar de observar a frieza na forma com que se relaciona com as pessoas.
Por favor, não pense que eu estou o julgando, porém confesso que fiquei estarrecida com algumas atitudes com as pessoas com quem já se relacionou e fiquei me perguntando se você fez tudo isso impulsionado pelo TDAH ou você já traz consigo uma tendência para agir assim potencializada por esse transtorno sem que ele seja, no entanto, um fator determinante para isso?
Sim porque eu penso que o TDAH como traz consigo a impulsividade possa atuar potencializando características do indivíduo que não compõem a base estrutural do transtorno.
Por exemplo: imaginemos que um determinado indivíduo tenha uma tendência inata para ser um assassino. A presença do TDAH nessa pessoa poderá, devido a impulsividade, o levar a matar mais vezes movido por um sentimento de ódio, vingança, etc.
Contudo, o TDAH sozinho não faz de ninguém um assassino.
Então fiquei pensando se não seria uma característica sua gostar de viver vários relacionamentos... Acho muito interessante uma fala em que você diz que, aos 13 anos de idade, disse a sua mãe que seria o melhor marido do mundo e que, na sua visão, você o foi porque quando ama, atira-se em um relação de corpo e alma, fazendo sua parceira se sentir a mulher mais amada do planeta.
Quando você disse a sua mãe que seria um bom esposo, será que, nessa idade, já não percebia em si uma necessidade de viver vários relacionamentos e não quis admitir isso para você mesmo?
Olhe, por favor, não pense que estou julgando. Só estou querendo entender determinadas coisas que li aqui. Você não acha que toda essa euforia sua no início do relacionamento não se assemelha a de uma criança com um brinquedo novo que, após brincar com ele algumas vezes, atira-o a um canto do quarto sem nem se lembrar mais dele?
Honestamente: fico com a impressão de que o outro é apenas um brinquedo para satisfazer sua necessidade de ter alguém, de estar acompanhando. Quando a adrenalina passa, quando o outro já não lhe é mais uma novidade, você logo parte em busca de um novo brinquedo, que o faça sentir a mesma euforia de antes, feito uma criança que quer explorar todas as possibilidades possíveis de experimentar o mundo a sua volta, não se apegando a nada justamente para manter acesa sua ânsia por conhecer e experimentar novo.
Confesso que achei sua forma de se relacionar bem egoísta não só com o sexo oposto, mas em todos os níveis como com a sua filha, por exemplo. Você retornava à cidade em que morava e não a visitava...
Isso quer dizer que tinha outras prioridades, que não vê-la e se tinha outras prioridades era porque, naquele momento, sua filha ocupava o último lugar nessa lista... Provavelmente ela não era o maior dos seus amores naquela época...
Então fiquei pensando: o TDAH realmente pode fazer isso com o portador ou ele apenas irá potencializar determinadas peculiaridades que possam levar a pessoa por ele afetada a agir assim?
Vc fez a análise dos relatos questionou aspectos típicos de um tdah como se exclusivos do Alexandre. Posso falar pois os vivi. Todo relacionamento, afetivo ou não, para um tdah é muitíssimo estimulante até que outra coisa lhe roube o entusiasmo.
ExcluirSobre deixar de visitar quem lhe é importante é uma consequência da ansiedade, que nos congela com os intermináveis "e se isso", "e se aquilo".
Portanto, independente da individualidade de cada um, o TDAH pode sim nos levar a atitudes como as que vc se referiu.
Marcelo
Oi, Marcelo, também tenho TDAH e, como portadora, não me identifico com algumas coisas que o Alexandre fala aqui sobre relacionamento, muito embora me identifique com outras. .
ExcluirPor isso, resolvi perguntar se alguns dos problemas que ele apresenta nessa seara é só TDAH ou se pode haver mais coisa por trás disso. A gente não pode esquecer que todo indivíduo, paralelamente ao TDAH, tem uma personalidade própria, a qual gera para o indivíduo peculiaridades, idiossincrasias onde o TDAH agirá somente maximizá-las.
Você disse que deixou de visitar pessoas que lhe eram importantes por ficar ansioso. OK, a ansiedade pode ser uma comorbidade do TDAH, porém ela não ocorre sozinha, sem um gatilho que a acione. Palavra de quem tem como comorbidade o TAG.
Então cabe aqui perguntar: por que você ficava ansioso na hora de ver algumas pessoas de quem gostava? medo de julgamentos, o que você temia acontecer nesse momento?
Acho que valha a pena refletir sobre isso, Marcelo. Ademais o Alexandre nunca explicou por que não visitava à filha. Então não sei se o motivo poderia ser um desses e "se isso e se aquilo..." Se realmente houve essas indagações, também não sabemos por que elas foram mais fortes do que o desejo de cumprir corretamente a função de pai, tornando-se mais presente.
Não conheço sua história nem a do Alexandre. Tudo o que sei sobre o Alexandre é baseado naquilo que ele relata em seu blog e lendo algumas coisas aqui não fiquei convencida de que algumas atitudes dele em alguns relacionamentos foram apenas uma manifestação do TDAH, mas um indício de algo que pode estar além do transtorno, sendo apenas potencializado por ele.
Digo isso porque já faço terapia há dois anos. Entenda também que eu não afirmei nada. Apenas fiz perguntas ao Alexandre, deixando bem claro a forma como eu vejo algumas das colocações dele. No entanto, a depender do que ele responda, caso queira fazer isso, a minha leitura sobre esse aspecto pode, sim, mudar.
Meu intuito aqui foi somente fazer perguntas, gerar debate e ampliar meu conhecimento sobre a doença.
Infelizmente muitas coisas são bem desenhadas na teoria, mas em nossa mente TDA não fica assim tão claro. Talvez um psicólogo bem treinado pudesse ajudar, mas infelizmente não consegui encontrar um que pudesse me ajudar plenamente. Seu interesse pelo transtorno é até interessante, mas conversar com um psicólogo num blog público não me parece adequado.
ExcluirMarcelo
Marcelo, eu não tenho simplesmente interesse em TDA. Eu sou TDA e só uma observação: eu não sou psicóloga. Eu apenas faço terapia há dois anos com uma psicóloga especialista em TDAH e melhorei bastante com isso.
ExcluirBeijos!
Oi Fabíola, Marcelo e Anônimo!
ExcluirClaro que nem tudo sempre é TDAH. MAS ė importante nos lembrarmos de que nossa personalidade foi moldada pelo TDAH. Desde à infância... Por isso tudo o que fazemos é permeado pelo TDAH.
Olá Alexandre, estou vivendo isso. Tenho absoluta certeza de que sou TDAH pois meu filho é, sabe a minha vida tá um tormento eu me afastei de tudo e de todos vivo isolada. Meus relacionamentos sempre foi um desastre sempre enganada, mesmo sendo uma pessoa racional consigo cair em armadilha as pessoas sempre pensam mas rápido do que eu quando se refere a maldade mentiras. Nas discussões eu não lembro de muitas coisas. Só sei que estou vivendo uma das piores fases dá minha vida na noite de réveillon liguei pra meu marido que trabalha a noite é o cel dele atendeu sozinho eu liguei pra desejar feliz ano novo e ouvir ele conversando com o colega mexendo com outras mulheres e como ele sabe que sou esquecida chamou 4 amigos contou um monte de mentira falando que sou doente dá cabeça, sustentou na minha cara que é mentira. Já notei que ele ta usando o fato de eu ser esquecido querendo me confundi. Qualquer briga grita aos berros que sou doente! Pq sabe que isso me abala odeio chamar atenção isso me paraliza e ele já descobriu. Porém não consegui me dobra facilmente.Com nojo até de olhar pra cara. Ele me faz me sentir a vilã. Todos onde moro acredita nele por fazer escândalos e contando mentiras em voz alta tenho pânico de gritos é algo Perturbador pra mim mas aí ele consegue me manter acuada e isolada. Desculpa o texto.
ResponderExcluirMuito pesada sua situação. Não sei o que eu faria. Aliás sei, cairia fora. Acho inadmissível viver mal. Só consigo ser produtivo, fazer as coisas decentemente se estiver bem com a pessoa que amo. Eu já teria juntado minhas coisas e caído fora.
ExcluirAbraços
Alexandre
Uma vez fiz isso. Sou do tipo que,encheu minha cabeça caiu fora.
ExcluirQuerida anônima,
ExcluirSe todo o mundo está sujeito a cair numa relação abusiva, imagina nós distraidinhos. Não desculpo o texto, não, que você não tem culpa. Tenho horror também a brigas, gritos e tom de voz alterado me sensibilizam profundamente, o ambiente fica totalmente insuportável. A meu ver, seu marido está se aproveitando do seu TDAH para abusar de você. pesquise no Google sobre uma "técnica" de manipulação psicológica chamada gaslighting. Tem link aqui https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaslighting . A situação do ano-novo parece se encaixar perfeitamente. Temo que você vá se identificar. Não é simples se livrar de uma situação abusiva, talvez não seja de uma hora para outra que você decida deixar seu marido, mas a meu ver é algo que você precisa fazer. Porque pessoas psicologicamente abusivas não mudam. Agem diferente por uma semana, depois voltam ao padrão. Ele vai dizer que você é louca por deixá-lo, que ninguém vai te querer por ser uma doente, que ele é santo por te aturar, não caia nessa. O vilão é ele, ele é muito mais doente que você jamais poderá ser, porque até quando você age errado por causa do TDAH, você nunca faria isso para "fazer os outros de louco". Espero que meu texto tenha ajudado, e espero que ajude você a ganhar forças para sair dessa.
Um grande abraço
Débora
Nossa! Como eu passei por essas situações na infância. Concordava com a minha irmã que eu estava errada falando é, sim, é.. Ela brava e eu viajando. E descobri o tdha com com 24 anos. Nossa, como eu sinto paz por me centrar com o uso da ritalina.
ResponderExcluirMelhora muito, né? Ficamos mais atentos e cometemos menos erros
ExcluirMooorrro de inveja de quem melhora com Ritalina! Semana passada perguntei ao meu neuro se não é possível que eu tenha algum outro transtorno além do déficit, porque eu não sinto muita diferença entre tomar remédio e não tomar
ExcluirTenho 46 anos,só descobri meu problema com 44.Mesmo assim passei mais de um ano achando que isso significava apenas desatenção.Entretanto o meu casamento acabou,desgastado por anos de conflitos.Voltando ao meu país,descobri este site (www.universotdah.com.br)e me vi descrito em quase todas as linhas.Sou português e era casado com baiana. Tive de retornar ao meu país porque nunca consegui estabilidade financeira para viver sozinho.Apaixonei-me pelo Brasil e pela Baía e agora sofro mais ainda em meio a uma cultura com que nunca me identifiquei.Minha ex esposa dizia desde o início que se tinha apaixonado por mim por eu ser o português mais brasileiro que havia conhecido.Mesmo assim não conseguimos ficar juntos.Nunca me dei bem com a forma de ser dos portugueses,fechada,anti-social e impositiva demais para mim.Agora,depois de cinco anos vivendo em Salvador onde sempre que podia fugia pras praias da Linha Verde e onde aprendi como se pode viver de uma forma tão diferente, sinto-me cada vez mais só,mais isolado, esquecido e estigmatizado. Só aqui comecei a procurar informação sobre o tdah e o que encontrei me derrubou.Perceber o quanto afinal essa porcaria afectou TODA a minha vida todos esses anos,me roubou amigos, namoradas, relacionamentos, empregos.Como até aspectos de meu jeito de ser,como a honestidade,sinceridade e frontalidade, que pensava serem traços de personalidade positivos acabaram por se revelar na sua forma exagerada apenas mais uma rasteira desse transtorno.Em tudo que leio vejo-me referido menos numa coisa, a superação. Todos os testemunhos que encontro são de pessoas que conseguiram vingar na vida e ser alguém. Tenho 46 anos, vivo na casa de meus pais que não me respeitam falando que nunca cheguei nos pés de minha irmã, não consigo estabilidade financeira para viver sozinho. Não consigo pensar em viver sozinho porque a solidão me mata mais do que tudo, mas sempre que estou com as pessoas,faço e falo tanta merda sem pensar, caio tantas vezes no ridículo que não consigo sentir-me igual aos outros e acabo por me isolar e me sentir ainda mais só. Faço amigos em 5 minutos e transformo-os em apenas conhecidos em 3.Sinto-me a pessoa mais imatura que conheço. Não me sinto com mais de 25 anos e mesmo assim acho que uma pessoa dessa idade é mais madura do que eu. Tenho 46 anos e se olho para uma mulher da minha faixa etária nem consigo sentir-me ao nível dela,não vejo nada em mim que possa lhe interessar.Sinto tão pouco a idade que tenho no corpo que só dou por mim a olhar para mulheres na casa dos 30 até lembrar que tenho quase 50.Sinto-me inadequado para qualquer uma delas e nem consigo lembrar da frase em que dizemos que queríamos voltar atrás sabendo o que sabemos porque acho que não conseguiria ser melhor porque não consigo ser de outro jeito.
ResponderExcluirNão tenho condição financeira para conseguir manter os tratamentos que preciso e se tento fico ainda mais sem grana e sou ainda mais estigmatizado por não me saber sustentar sozinho. Ouço os meus poucos amigos me falarem que casei com uma mulher para ser sustentado por ela.Ouço de minha mãe que se não fosse ela era ainda menos do que sou, que sempre arrumo uma mulher para me sustentar, primeiro ela, depois minha esposa que não me aguentou, que quando ela morrer será minha irmã a vítima e que a sorte de minha sobrinha é que eu morrerei antes de chegar a vez dela.E nas histórias de superação que vejo nos que são como eu,vejo-me ainda mais para baixo por nem isso conseguir fazer.Sinto que minha vida não valeu mesmo nada porque olho para trás e vejo uma vida que não soube viver, olho para mim no espelho e vejo uma pessoa que continua a não saber fazê-lo e quando olho para a frente só vejo um futuro que não quero pois não sei como fazê-lo diferente do que foi até agora.
Como não sentir que não vale a pena continuar? Tenho vontade de desistir da vida e cada vez que penso nisso eu sei que gosto de viver e de amar as pessoas.Como saio disto??? Como sobrevivo, como continuo?
Você acaba de descrever a minha vida. Ontem passei o maior perrengue. Meu filho de 16 anos passou na federal e eu fui preencher os papéis e conhecir uma pessoa que queria a vaga de meu filho na escola técnica que eu já tinha matriculado pra filha dela. Até aí tudo bem já que eu preciso fingir o tempo todo que estou legal, que não estou anciosa, que enquanto a pessoa conversa comigo eu estou pensando em várias coisas, bom... Comecei a preencher os papéis e ela ficou lendo junto comigo fiquei confusa nervosa competir erros de grafia meu marido diz que fiquei visivelmente abalada pq na parte do preenchimento de questões psicológico tiver que falar sobre o TDAH do meu filho e as pessoas daqui de onde moro não sabem. Ela gostou muito de mim, muitos gostam de mim pra caramba com 10 min não mas. Então eu já não sabia mas o que estava escrevendo a ansiedade e o nervosismo de está dividindo com um estranho o problema do meu filho me deixou mal e fica muito visível e eu fico mal pq ficou visível enquanto escrevia e conversamos eu ficava bolando na minha mente inquieta uma maneira de não levar ela pra sala dá psicóloga e dá psicopedagoga na hora de entrega os papéis. Deixei ela pediu pra ir mas eu já que não tinha tbm muito conhecimento com meu marido então disse logo! Não fiquem aí! volto já! mesmo sabendo que ia demora horas e esqueci que meu BB estava com eles com fome e com sede. Fui entregar os papéis preenchido cometi erros, mas, aceitáveis e só tinha duas pessoas na sala enquanto conversávamos e eu preenchia mas papéis entrou 3 pessoas pronto! Foi o caos comecei a acompanhar a conversa dos outros não conseguia entender o que tava escrito mesmo lendo vários vezes esqueci de levar alguns documentos. Sair de lá fui pra sala dá psicopedagoga entrei esqueci de comprimentarar as pessoas até me deram água pois notaram meu norvoso coisa que eu não consigo notar é até me assusto quando dizem que estou. Realmente sou um desastre de pessoa ficou muito nítido o meu problema eu não sigo a leitura do início até o fim eu vou pulando com isso não entendo tudo tenho que lê e relê um desgaste terrível se alguém tiver olhando pior não entendo nem o que está escrito. Há dois dias estava conversando na porta de casa e não gosto de conversar com muitas pessoas pq não consigo acompanhar as conversas aí passo não entender ai chegou uma vizinha beleza embora eu já não estava entendendo direito o que ela estava falando alguma vezes minha mente é muito acelerada não consigo acompanhar tudo e se a pessoa fala rápido aí que entendo menos. Então chegou mas duas pessoas aí foi a derrota! Eu não lembro de toda a conversa a minha colega mas próxima que tenho chegou me deu parabéns pelo meu filho que passou e eu esquecir de agradecer, somente três pessoas eu fiquei super nervosa não ouvia direito as conversas essa colega minha mas próxima foi embora se despediu dizendo ela, e eu não vi. Quando olhei pró lado e vi ela já estava bem longe tomei um susto!!E tive vontade de sumir dali. Tenho vontade de sumir. As pessoas no geral não gostam muito de mim, sou muito esquecida,falo merda, sou sincera no momento que não devia ser, aí os outros me acha fria as vezes pareço não escuta direito fico tentando agradar o tempo todo sou pavio curto irritadiça. Minha vida é um marasmo me sinto uma menina embora tenha 39 anos eu não ajo como uma pessoa dessa idade por isso me isolei se eu conseguisse fingir bem,mas eu não consigo então melhor eu viver assim não suporto mas as críticas desculpe o texto sei que esta péssimo.
ExcluirOlha, temos a característica de olhar de maneira mais crítica do que a realidade quando falamos de nós mesmos. Amigo português, cheguei a ser um empresário respeitado o perdi tudo, somente aos 50 anos descobri que amo consertar celulares. Aprendi essa profissão depois de velho. Procure algo que te desperte atenção e desejo de fazer. Você vai encontrar.
ExcluirCrítica é algo difícil de conviver, principalmente quando parte de quem nos deveria apoiar. Um apoio psicológico seria muito benéfico.
Abraços
Alexandre
Boa noite, colega. Já está sendo medicado? Após eu começar a tomar a ritalina passei a perceber melhor as coisas. Acredito que estando medicado vc passa a estar "mais presente" em sua própria vida, então amadurece. E a esperança é que com o tempo passe a se entender e se policiar no sentido de não cometer os mesmos erros nos relacionamentos. Tanto amorosos como amizades.
ResponderExcluirBoa sorte.
Marcelo
Vdd, Marcelo, o tratamento é fundamental.
ExcluirTomo ritalina não tenho mais lapsos de memória, mas ainda não fui diagnosticada com TDAH, nunca fui hiperativa, ao contrario tenho um cansaço absurdo, depressão e fadiga. Vi os anos passarem por mim, as pessoas ao meu redor (marido) com suas conquistas, eu com minha inveja e como mera expectadora das vitorias alheias sem saber pq eu não conseguia terminar coisas, ou crescer profissionalmente ou lembrar de coisas simples, ou mesmo concluir a minha especialização. Escrever um texto então, Jesuizzz uma tortura, sem saber pq procrastinei minha vida e hoje colho os frutos dessa merda toda. Uma vida improdutiva. Essa semana irei a outra psiquiatra, com fama de indiferente, apenas por uma receita de ritalina. Mas a ritalina não faz milagres mas ajuda, não chego mais na cozinha sem saber o que fui fazer lá. É como viver num buraco de KAFKA.
ResponderExcluirDescobri seu blog por acaso, não é fácil ler um texto por mais de 2 min sem querer fazer outras coisas ao mesmo tempo.
A primeira vez que fui num psiquiatra foi anos antes do meu diagnóstico de TDA (sem hiperatividade). Não posso dizer que vc é TDAH, mas alguns psiquiatras não "acreditam " em TDAH, então qualquer um que se consultar com esses não terá TDAH na avalaição deles. Pra ter um diagnótico positivo procurei um pasiquiatra especialista em TDAH.
ExcluirA ritalina não cura nem resolve todos os nossos problemas, te ajuda muito, mas ainda vai precisar de outros apoios, luta, leitura e tudo isso a cada dia.
Boa sorte.
Marcelo
Valeu o apoio, Marcelo!
ExcluirUm abraço
Alexandre
Me afasto assim que percebo a possibilidade de manipulação. À menor intuição, fujo e me desligo. Estar cercada de pessoas que te querem bem é a solução pra isso. Estes sim, sabem como você é e te amam assim mesmo, com todos os defeitos e efeitos.
ResponderExcluirMas tenho que reconhecer que é preciso uma trajetória pra conseguir perceber e também evitar os manipuladores.
ExcluirTem uma outra questão também, as vezes, o conjuge acaba piorando nosso estado de desorganização entrando na nossa rotina sem levar em consideração a dificuldade e o tempo que levamos para nos organizar e nos manter assim.
ResponderExcluirpor exemplo, voce constroi metas, calendarios, organiza e lista as tarefas, se motiva, e quando vai tentar executa-las, a outra pessoa trás as demandas da propria vida e joga no seu colo, como se ja nao fosse dificil lidar com o proprio fracasso diario, ainda tem as demandas afetivas e as demandas dos problemas da outra pessoa da relação. E o TDAH na maioria das vezes, vai automaticamente reagir, direcionando toda a sua atenção para ajudar e atender a demanda da outra pessoa, afinal, falta de foco e desatenção é uma "habilidade inata" do TDAH.
e no final como ficamos?
mas um dia sem conseguir concluir aquele livro, aquele estudo, aquela tarefa, aquele trabalho, aquelas ideias, aquele cronograma de sucesso meticulosamente organizado que será só mais algumas toneladas de fracasso acumulado nas nossas costas.
isso cansa, talvez por isso, as vezes, não ficamos nas relações e no final das contas ainda saímos de violões.
a solidão acaba sendo atrativa.
Isso do conjuge jogar as demandas dele no seu colo... me identifiquei. Por décadas eu permiti isso, tenho culpa também, e pior é que nem me arrependo. Pois tenho sorte: meu marido sempre teve muita paciência comigo. E mais ainda depois da descoberta (libertadora) do tdah na minha vida. Triste num primeiro momento, agora ele já está conformado: é quase certo que não cumprirei mesmo o que prometo, que não me lembrarei do que eu não deveria esquecer, que eu não concluirei o que inicio, isso caso eu iniciasse o que eu planejei ou sonhei... Hoje em dia rimos quando digo: prometo que TENTAREI melhorar (balela...esquecerei com certeza)
ResponderExcluirConcluindo, a carga de um conjuge de alguem com tdah é muito pesada, deixa jogar um pouquinho no seu colo, estou errada será?
não se entendi bem.
Excluiro que eu estava dizendo era no sentido de que as vezes a outra pessoa da relação que nao é portadora do TDAH atrapalha não só manipulando, mas também, consciente ou inconscientemente, trazendo as demandas da propria vida e rotina e tornando uma demanda da pessoa com TDAH, e nos paramos tudo que estamos tentando construir e manter vivo para resolver os problemas dessas pessoas, e no final, elas andam e nos continuamos com nossos projetos e tarefas parados, por que se já é dificil lidar com a propria cabeça desorganizada e com pouca memoria, imagina tendo que resolver as demandas de outras pessoas também.
precisamos reagir defender nossos projetos e sonhos de nos mesmos e dessas outra pessoas, é uma vigilanciana constante, o que sinto é que no final o que fica é uma sensação de cansaço.
Creio que há um pouco de egoismo nisso dependendo dá forma como o cônjuge não TDAH age, se o cônjuge não TDAH age pra ajudar e compreender seu parceiro pq o parceiro TDAH tendo noção disso tbm não possa ajudar o não TDAH? Sei que é mais difícil, mas se realmente gosta dá pessoa e percebe que ela ajuda, compreende e tem paciência pq não ouvir seu parceiro que tanto lhe ajuda? Acho que só assim um ajudando o outro os relacionamentos TDAH vão adiante.
ResponderExcluirTalvez um egoismo necessário as vezes, questão de sobrevivência... E Silas, entendi vc, existem manipulações menos cruéis que as relatadas antes, mas danosas tb. Já me cobrei muito, hoje sou conformada com minhas "não-realizações", acredito que vc não seja, e deixaste claro que está cansado, desejo que não desanime e continue sua luta ok?
ResponderExcluirComo bem escreveu o Alexandre "TDAs não são fáceis de conviver", mas qualquer relação humana é complicada. Quem dera todos os TDAs fossem rodeados somente por pessoas de bem...
ops... tdaHs
ResponderExcluirIsso é tudo verdade,passei a vida toda assim sendo manipulada, e horrível. Inclusive a perda financeira eu tive por causa desse tipo de gente manipuladora.
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