Nota do Autor (Atualizada em 2025): Encontrei esta paródia perdida nos meus arquivos e não pude deixar de compartilhar. Inspirado no mestre Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta), fiz essa letra para contar como foi crescer TDAH em Juiz de Fora, na terra do Itamar Franco, quando a gente era chamado apenas de "insolente". É uma forma leve de olhar para uma história de "muita derrota e pouca glória". Alô, sambistas de plantão: quem topa gravar esse som comigo?
PARÓDIA DO SAMBA DO CRIOULO DOIDO DE STANISLAW PONTE PRETA
Os mais velhos certamente se lembrarão de Stanislaw Ponte Preta (pseudônimo do jornalista Sérgio Porto). Uma de suas obras mais conhecidas foi o SAMBA DO CRIOULO DOIDO, uma enorme gozação com a história do Brasil. Há tempos atrás eu fiz uma paródia desse samba e, nem sei por que, não a publiquei.
Publico agora e peço a todos um favor: se algum de vocês fazem parte, ou conhecem quem faz parte, de um grupo de samba ou pagode, eu gostaria de fazer um vídeo de samba pra postar no blog. Cantado é mais legal do que lido.
Aí vai; gostei bem do resultado: em negrito está a minha versão, abaixo dela a letra original.
(foi em Diamantina, onde nasceu JK)
Que a ironia do destino me fez nascer TDAH
(e a princesa Leopoldina arresolveu se casar)
Era o Brasil, de JK presidente
(mas chica da silva, tinha outros pretendentes)
E um menino hiperativo era visto como insolente
(e obrigou a princesa a se casar com Tiradentes)
La, la, la,la, la, la, laia,
(o bode que deu vou te contar)
(La,la, la, la, la, laia)
A vida começou a complicar
(o bode que deu vou te contar)
Impulsividade,
( Joaquim José)
Desatenção.
(que também é)
Hiperatividade
( da Silva Xavier)
Eu era ligado na tomada
(queria ser dono do mundo)
Prenúncio de uma vida complicada
(e se elegeu Pedro segundo)
Era pipa e pião, era briga de rua, pulava carniça,
(das estradas de minas seguiu pra são Paulo e falou com Anchieta)
Futebol na calçada, banho de enxurrada, não tinha preguiça,
(o vigário dos índios aliou-se a d Pedro e acabou com a falseta)
Era irrequieto, sonhava acordado, andava no teto,
(da união deles dois ficou resolvida a questão)
Um TDAH não descoberto
( e foi proclamada a escravidão)
Assim eu conto a minha história
(assim se conta esta história)
Muita derrota e pouca glória
(que é pros dois a maior glória)
Não fiquei casado com ninguém
(D. Leopoldina virou trem)
E hoje não tenho nem um vintém
(D Pedro é uma estação também)
Oooooo o meu tratamento enfim chegou
(oooooo o trem tá atrasado ou já passou)
"Reflexão de 2025: Se a história do Brasil já é uma confusão, imagine a história de um TDAH não diagnosticado. 'Andar no teto' e 'sonhar acordado' eram a nossa rotina. Se você é de Juiz de Fora ou de qualquer lugar desse Brasil e tem um pandeiro na mão, entre em contato! Vamos transformar esse post em música real.
Para entender a história real (e não a paródia) do TDAH, dê um pulo no site da
. ABDA O que achou da letra? Consegue ler sem entrar no ritmo do samba?"
