Hum, essa viagem vai ficar mais cara do que eu imaginei, dava pra pagar o IPTU atrasado.E se eu desistisse? Ligo e e falo que tô sem grana... Não, que minha mãe adoeceu...Mas vai ser uma decepção, duas semanas planejando...Eu já sabia que ia me enforcar; hotel, avião, e eu nem tô contando aquelas comprinhas típicas de cidade turística...Ai meu Deus, tenho de cancelar essa viagem, não posso gastar isso tudo.Posso pagar só o minimo do cartão mês que vem e vou rolando. O juro vai me comer pelo pé.mas eu mereço um descanso também! Sei lá qual foi a última vez que fiquei uma semana descansando.Dou um, duro danado... mereço...E ela também é linda... se eu não for ela vai achar que sou um pé rapado. Mas sou... Mas tenho crédito, posso rolar o cartão...E o show em setembro? O Marcão me chamou pra ir com ele. Porra vai ser muito legal. Muita mulher bonita, sol, mar...Minha mãe disse que ia dar sol hoje, mas tem cara não. Tá gelado...E ainda assim fui beber gelado ontem e minha garganta tá doendo. Eu deveria operar essa merda dessa garganta, tirar logo isso. Ihhhh mas o plano de saúde tá atrasado. Amanhã eu pego o dinheiro do IPVA do carro e pago o plano de saúde; o governo não cobra muito nada. Eu não sei se eles apreendem o carro. Amanhã vou ligar pro meu parceiro, Dr. Rodrigo e perguntar. Parceiraço aquele cara, nem parece advogado famoso, humilde pra caramba. Mas humildade também deveria ser obrigação de todo ser humano, ninguém é melhor do que ninguém.Ihhhhh, viajei!Volta pras contas, mané!E se eu barateasse o hotel. Falo com ela que tava lotado aquele hotel que eu havia dito. Lotado na baixa temporada. kkkkkkk, imagina, alugo uma pensão bem fuleira, kkkkkkkk, eu queria ver a cara dela, toda riquinha, de roupa de marca, bolsa Louis Vuitton na pensão da tia Maria. kkkkkkkk. Igual aquela que eu fiquei em Passatempo, kkkkk, o colchão era um colchonete em cima do estrado, aiaiaiai, minhas costelas batiam o tempo todo no estrado da cama. kkkkkk. Ô vida difícil... esse negócio de representante é difícil, a gente sai viajando por aí, ninguém sabe pelo que a gente passa. É uma vida dura... nego acha que é legal viver viajando... lembro de um cara que conheci em Nepomuceno que dormia no bagageiro da Parati dele pra economizar. Deve tá rico, mas com um problemão na coluna. kkkkk. Nessas alturas deve andar de quatro.kkkkk.De quatro tô eu por causa dessa menina e vou gastar o que não tenho. Foco, idiota, foco. Prestenção...Não, faço assim: rolo o cartão e arrumo um bico à noite, uns três dias na semana faço um bico aí. Sei lá, qualquer cenzinho ou duzentinho que entrar já ajuda.Mas bico de quê? Aonde? Isso eu vejo depois. Se eu não achar nada eu tento fazer umas horas extras na companhia. Mas lá não pagam hora extra. Ah sei lá, eu dou um jeito de aumentar minha renda.É isso aí, vou fazer a viagem por que eu mereço, tô cansadão, preciso relaxar, quero muito pegar essa menina linda... a grana? Pego alguma coisa pra vender nas horas vagas... é posso fazer isso. Odeio vender qualquer coisa, mas, quem sabe, carro apertado é que canta.... Minha avó é que falava isso. Era o carro de boi... kkkkk quanto mais apertada a roda no eixo, mas o carro rangia e assoviava, e isso era lindo aos ouvidos roceiros dela. kkkkk Pois é, eu sou assim, quanto mais apertado eu estiver, melhor eu canto. kkkkk De mais a mais a prefeitura que se dane, o dia que eu tiver dinheiro eu pago o IPTU. kkkkkIhhh o telefone..Claro minha querida, já reservei o hotel que vimos na internet... Caro nada, tranquilo... Isso, uma semana de vida de reis... Você merece... E eu também né?Jantar hoje? Ah naquele restaurante novo? Claro que vamos... Então deixa eu me arrumar por que lá é muito chique. rsrsrs Nada, bobagem, aperta um pouquinho só, fica tranquila...tchau, beijo...Ai meu Deus, e esse restaurante agora...Que vontade de morrer meu Deus...Onde fui me meter... Acho melhor sumir dessa mulher.. sumir da vida... eu deveria ter nascido numa favela, sei lá, na roça...
Essa é uma pálida ideia do bombardeio de pensamentos contraditórios que sofremos ao tomarmos uma decisão.Na vida real, são mais rápidos, se sucedem sem intervalo; em alguns casos ficamos quase atordoados com esse bombardeio.O pior de tudo é que, na maioria dos casos, o diabinho sempre vence.
É uma batalha do bem contra o mal, do imediato contra o perene, do prazer contra a necessidade.
Uma batalha que se trava em nosso interior a cada decisão que precisamos tomar; a Maria que está insatisfeita com o curso de química; a Anônima que pensa em abandonar o namorado; cada um de nós é o palco dessa guerra em que só existe um perdedor, nós mesmos. Ainda que tomemos a melhor decisão, resta-nos o desgaste mental e a enorme dúvida de termos ou não tomado a decisão correta.
Dá um cansaço...
Alexandre,
ResponderExcluirSe fôssemos comentar somente a respeito dos gastos, da garota bonita, do hotel caro, do restaurante chique, seria fácil, para mim, a resposta.
Encontrar alguém que viva numa realidade mais humilde e compartilhar, inclusive, dos momentos de perrengue financeiro. Se ela é chique e tem uma bolsa tal e gosta de coisa chique e tal, este vai ser só o começo do afundamento no poço financeiro. É melhor que ela saiba agora que é um "perrapado" do que ter que fingir que tá podendo e se prejudicar por isso. Nada melhor do que poder falar abertamente algo do tipo: hum, aquele restaurante novo? mas estou meio sem grana. O que acha de fazermos um jantarzinho romântico aqui em casa? Se ela não gostar, melhor saber do quanto ela é materialista agora, do que depois que já se prejudicou por isso.
Mas, no fim das contas, acho que foi mais a respeito do bombardeio de pensamentos. Por vezes o Li fala: O quê? O quê você disse? Desculpa, Si! Só tava o corpo aqui, o espírito tava em outra galáxia. hahahahhaha E eu, e eu... dava qualquer coisa pra saber exatamente sobre este bombardeio de pensamentos que fizeram ele ir pra outro lugar tão longe.
Um abraço,
Simone
P.S.: Como será que faço pra não ser mais anônima? Não sei mexer direito em blogs.
Simone,
ExcluirVocê que já é expert em tdah, vai entender quando eu disser que amanheci no IMPULSO de escrever para você, para te dizer que “Eu sou Ô CARA”.
Isto porque, de unha encravada, à piloto da NASA, eu conheço de tudo e, consequentemente, tudo que eu falo é o certo.
Quer prova?
Lembra quando você chegou no blog, toda chorosa: “pobrezinha de mim por ter de aguentar um TDAH”? de início todo mundo mandou você chutar os o... de Li (inclusive o Alexandre), e eu fui o único que disse para você largar ele não (se bem que tem umas coisa que você diz que ele faz que até eu tenho vontade de dizer "umas coisinhas" para ele).
Li, você me deve esta, cara.
Pois bem, desde o Post passado do Alexandre que eu vi em seus comentários que esta fase já está superada superada, pois ali, bem lido nas entrelinhas, fica claro o carinho, o zelo, e o bem querer que você tem para com ele. Mais, que a despeito do TDAH do Li, você ainda tem prazer de está ao lado dele, externando aquilo que eu acho de mais fundamental em um relacionamento, que é gostar de tocar na pele do parceiro e, igualmente, de ser tocado por ele. (Estou falando de carinho, galera, não daquiiiiiiilo, que já é outra coisa. Posso divagar? Não? Vai assim mesmo: “Dizem que sexo é igual a pizza, e que pizza é igual a sexo: mesmo quando é ruim, ... é bom”. (essa nem eu achei graça, mas deixa aí)
Enfim, Simone, isto é, e correndo o risco de ser piegas, a exteriorização do sentimento do amor. Você repete que o ama, e para mim isso vale pouco, a prova do seu amor por ele vem das atitudes que você, diariamente, toma em relação a ele, até mesmo quando briga com ele, aliás, principalmente por isto, pois demonstrar que você quer ver o crescimento pessoal dele.
Ou seja, você está FERRADA, o Li VENCEU, você jamais vai conseguir deixá-lo. Aceite, Aceite, Aceite, Aceite, Aceite, Aceite, Aceite, Aceite, Aceite, Aceite, Aceite, Aceite. rsrsrsrsrrs
Nos, TDAH somos INELARGÁVEIS.
Nos conheceu, já era, vai se apaixonar pela gente. Vai se moer de raiva, vai se enfurecer com as nossas atitudes, vai pirar de ficar falando sozinha e sem a gente (aparentemente) dá a menor atenção, mas jamais vocês, não TDAHs, vão conseguir nos largar.
Só te resta fazer o que você já está fazendo, e muito bem, que é procurar conhecer o TDAH e ajudar o LI.
Grande abraço, dê um milhão de beijos no Li (Li, seu miserável, agora você me deve 1.000.000), e não desanime na luta pela melhora do Li.
Simone, não deixe de ler o comentário seguinte, lembre-se: você não é TDAH, portanto aguenta mais um pouco de concentração.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirSimone,
ExcluirEu não disse que amanheci no impulso de escrever para você, pois é, Lá vai mais um comentário.
Considerando que eu sou o Sr. Sabe tudo;
Considerando que você disse que vem lendo muito sobre o TDAH para ajudar no seu relacionamento com o LI, e que todas as suas perguntas e comentários neste blog demonstram que você já tem um entendimento muito bom e claro sobre o TDAH;
Considerando a sua experiência de vida ao lado de um TDAH;
Considerando, por fim, que percebo em você uma aptidão em escrever, pois o faz com clareza, e conhecimento;
Fica uma sugestão: crie um blog específico sobre pessoas que convivem com um TDAH. Do mesmo jeito que me faz muito bem, e me ajuda muito, esta entre iguais aqui no blog (Vida Longa e próspera para o Alexandre), com certeza uma troca de experiências entre você e outras(os) companheiras(os) de portadores de TDAH fará um bem danado.
De cara você já teria a adesão da minha “Lineuzinha”, mas eu não ia lê não, pois com certeza vai ser “pau puro” na gente.
Aliás, a esta altura, com toda a sua bagagem de conhecimento, eu já entendo que você está mesmo é O B R I G A D A a fazer alguma coisas pelos seu “seus iguais”.
Fim do impulso, grande abraço a todos.
Oi, Walter.. hahahhaha.. divertido, viu?!
ExcluirPrimeiramente, expert em TDAH? De forma alguma... hahahhaha.. por isso estudo tanto, não me canso de estudar e este blog é um dos meus melhores estudos. Li muitas teorias, mas necessito compreender o que passa na cabeça de um TDAH, necessito saber dos sentimentos de um TDAH. Preciso conhecer o Li. Não consigo saber dos pensamentos e sentimentos dele pq ele não é hiperativo, ele não expõe pensamentos e sentimentos. É muito difícil pra mim "ler" ele o tempo todo. Chega a ser torturante isso, e este blog, me ajudou e ajuda muito, neste sentido.
Quanto ao Li ter vencido e eu não largar ele, hahahhaha, realmente, tirando a brincadeira do vencedor de lado, eu não tenho tanta certeza de que não vou deixá-lo. A situação está mais que crítica, estou sofrendo diariamente, chorando todos os dias, tristeza profunda me invade diariamente. Nas últimas semanas ele piorou muito, está me magoando demais todos os dias e está muito difícil pra mim. A única coisa que está me segurando de fato é que preciso tentar com o medicamento... PRECISO.. não terei paz se abrir mão dessa pessoa que amo tanto, sem ter tentado esta última "cartada". Com tantos depoimentos de melhora dos sintomas após o início do tratamento com medicamento me deixa, ainda, esperançosa. Então preciso tentar.
A respeito do Blog, não seria má ideia. Já li vários comentários de pessoas "não TDAH" que convivem com TDAH e também fica meio perdido, sem saber o que fazer e tal.
Eu ainda estou estudando, não tenho respostas, sou só uma estudante do assunto e alguém que ama, como nunca, um ser humano, maravilhoso, que é TDAH.
Mas vou pensar nisso sim. Até mesmo para uma troca de experiências com mulheres/homens que tem seus parceiros TDAH, como é o caso da sua "Lineuzinha", que tem experiência em lidar com tudo isso, depois de tudo que passaram juntos.
Obrigada,
Um Abração.
P.S.: Se eu mandar der 1 milhão de beijos no Li e disser que veio do blog isso, ele já vai querer me matar. Algo do tipo: OOOOOOOO QUÊÊÊÊ????????? VOCÊ ESTÁ ME EXPONDO PARA OS OUTROSSSSSSSSSSSSSS???????? hahahhahahah
Simone
Oi Simone, boa noite!
ExcluirRealmente a intenção do post foi a de falar dos pensamentos que nos bombardeiam, mas na realidade, tudo o que você disse a respeito das despesas são racionais demais para quem tem TDAH. Isso pra gente é dificílimo.
Quanto ao comentário do Walter sobre a sua situação com seu marido, não mudei em nada minha opinião. A partir do momento que a pessoa é diagnosticada e recusa o tratamento, eu acho que sua responsabilidade termina aí. Não concordo com esse negócio de seguir amando o outro em detrimento de sua saúde mental e de sua própria felicidade.
Viu Walter, você disse que era difícil discordar de mim? Nem tanto...
Abraços
Alexandre
Caro Alexandre,
Excluir0 mote do seu post é a “Batalha Interior” e, para mim, não existe melhor exemplo do que o do Li.
A síntese da nossa discordância é que você entende que o Li, na medida em que ele toma conhecimento da doença que o acomete e é informado de que ela, a doença, tem tratamento, ele passa a ser absolutamente responsável por levantar as nádegas do computador e ir buscar o tratamento adequado, emprego, etc. etc..
Disto conclui-se do seu pensamento que, se ele assim não age, merece ser levado para o inferno, devidamente amarrado com cordas de espinhos e de cabeça para baixo, e, ainda, de quebra, com a Simone amarrando o cabo do computador nos bagos dele.
Este foi o pensamento majoritário no blog que eu vi sendo externado para a Simone.
O Lí sabe que está errado? claro que sabe.
O Li, todos os dias, quando a Simone sai de casa pela manhã, não sofre horrores de angústia, por saber que, à noite, quando a pessoa que ele ama chegar em casa vai ter a enorme decepção de encontrar um “inútil”, “incompetente”, “um ser desprezível, que nem sequer tem condições para procurar emprego” jogando computador? Claro que sofre. Ele fica se punindo minuto a minuto, o dia inteiro.
Dentro da cabeça do Li ele discute com a Simone, e, sempre na cabeça dele, ele ouve as criticas que a Simone faz ou que ele pensa que ela faz. A coisa chega a um ponto que, à noite, quando ela chega ele já está enraivado, e qualquer coisa é motivo para ele explodir e ser agressivo com a melhor coisa que o Li provavelmente vai achar na vida dele, que é a Simone, e ele sabe disso. Ele sabe do amor que a Simone sente por ele, e o paradoxo de, sabendo disto, afastar a Simone com as suas atitudes.
No dia seguinte, tudo começa de novo. Isto é um inferno que o Li vive na terra.
Então, porque ele escolhe este caminho errado?
Porque ele não faz o obviamente certo, fácil, tranquilo de mudar a vida dele?
Ele não faz porque tem uma doença mental, chamada de TDAH.
Simples assim.
Alguns TDAHs conseguem sair desta prisão em que ele se encontra, claro, mas daí a dizer que é fácil, é outra coisa, e que se não agir assim ele merece se lascar, é outra.
Ele precisa de ajuda ou de muita sorte, ou dos dois.
Já quanto a Simone, ela não é enfermeira ou a mãe de Li, e, portanto, não está obrigada a ficar com ele, como não estaria obrigada a conviver com alguém que precisasse ficar, todos os dias, o dia inteiro, fazendo hemodiálise em um hospital.
Uma pessoa que precisasse de hemodiálise diariamente poderia ser chamada de “irresponsável” se não conseguisse um emprego?
O Li é é doente. Simone já sabe disto. Simone fica com ele se quiser ficar. Mas, se for embora, o que é um direito sagrado dela, e ela não pode se sentir culpada disto, que se vá por não conseguiu conviver com a doença do seu amado, mas que não se vá dizendo que o seu amado é um irresponsável, um moleque, e que por isto merece toda a sorte de castigos.
Uma coisa é certa, o Li, com a doença dele, sozinho, sem ajuda de ninguém, não vai sair desta, digam o que disserem, pois, nesta hipótese, ele tem tudo é para se F....
Simples assim.
Querido amigo Walter, concordo com tudo o que você disse, a única coisa que eu gostaria de de te lembrar é que a Simone existe. O raciocínio é muito válido se só pensarmos no Li, mas ao mesmo tempo é um raciocínio egoísta. A Simone também tem direito a uma vida saudável, a ser feliz; se não puder ser com o Li, paciência.
ExcluirUsando seu próprio exemplo, a Simone não pode ser responsabilizada pela morte de um paciente renal crônico que se recusava a fazer a hemodiálise, ainda a acusava pela piora em seu quadro geral.
Passei pelo que o Li está passando muito antes de ouvir falar em TDAH, sei exatamente do que se trata, mas sei também que não podemos morder a mão que nos alimenta; assim como sei que mesmo se sentindo humilhado, derrotado, o Li tem que sair de casa em busca de um emprego. Naquele tempo não havia computador e seus joguinhos, eu ficava em casa horas lendo, assistindo TV, mas saía um pouco todos os dias, fingia estar procurando, e às vezes procurava mesmo. Até que um dia eu achei.
Não quero crucificar o Li, mas também não posso aconselhar à Simone a carregar uma cruz que não é dela.
O Li precisa ao menos fingir que está tentando, precisa ao menos ser grato à esposa que o está ajudando, de tanto fingir, uma hora ele arruma um emprego de verdade.
Nenhum de nós conhece o relacionamento do casal, não podemos dizer que a Simone é uma santa vítima de um carrasco com TDAH, mas também não podemos dizer o oposto, só de estar aqui discutindo e tentando, podemos depreender que a Simone está lutando por seu marido e seu casamento.
Mas condenar a Simone a carregá-lo nas costas eternamente, e ainda ouvindo desaforos, acho que é sacanagem.
Pensemos em nós TDAHs, mas não nos esqueçamos que podemos ser cruéis, frios e implacáveis com quem nos cerca; e aí, amigo Walter, não podemos criticar àqueles que se desoneram desse gigantesco fardo que é conviver com um TDAH.
Abraços
Alexandre
Alexandre,
Excluirnos nossos comentários tem a "tese" e a "antítese", cabe agora aos demais leitores fazerem a "síntese".
Toda discussão que travo tem este objetivo, e é você quem está propiciando isto a todos nós, daí porque a minha gratidão a você.
Vida longa e próspera.
Grande abraço a todos.
Bom dia, Alexandre e Walter!
ExcluirEstava lendo os comentários que fizeram e penso sobre os dois casos:
- Não quero desistir do Li, sem tentar, no mínimo, o tratamento com medicação. São 10 anos de muito caos e muitas coisas boas, não quero abrir mão justamente agora que descobri o TDAH. Gostaria muito que ele fizesse o tratamento.
Nosso relacionamento, neste momento, está péssimo, massssssssssssss.. há uma esperança: consegui marcar uma consulta pra hoje, justamente hoje. A médica disse que vai receitar o medicamento, ou seja, pela primeira vez ele vai tomar o medicamento específico para TDAH. Mesmo que qualquer medicamento não faça milagres, a expectativa é boa, os relatos são bons acerca dos sintomas pós medicação. Estou feliz por ter a chance de tentar isso.
Por outro lado, tenho em mente também que quero ser feliz. Não vou me sujeitar a infelicidade por muito mais tempo, se ele não quiser continuar se tratando e se esforçando pra isso. Hoje há ZERO de esforço. E se eu realmente desistir devido a falta de esforço dele ou devido a minha infelicidade ao lado dele, não irei ter nenhum sentimento de culpa ou arrependimento: o amo demais, mas sou um indivíduo, tenho a minha vida, por mais que queira compartilhar com ele, e não vou me sujeitar a ser infeliz por ele. Também me amo.
Obrigada pelos comentários... sempre me faz pensar e analisar.
Um abraço,
Descobri como faz pra não ser mais anônima.. hahahahha
Excluir1.000.000% de acordo.
ExcluirTorço por vocês.
Ei? Simone, esta foto é sua mesmo?
ExcluirSe for, além de ser inteligente, escrever bem, ser esforçada, dedicada, apaixonada, você ainda é muito bonita.
E o Li ainda fica nessa? Bobeando?
Já vou começar a passar para o time do Alexandre.
Pensando bem, qual é o sexo dos seus amigos que mandam você largar o LI? se for masculino, com certeza tem "interesses próprios e escusos".
Aí galera, as reclamações quanto ao meu comentário devem ser enviadas para a ABDA.
ABRE O OLHO LI!!!!!!
Excluirkkkk, brincadeira Simone, mas que o Walter tem razão, ah isso tem...
Abração
Alexandre
hahahhaha... Walter, Alexandre, agradeço o elogio. Os amigos que falam sobre eu seguir com minha vida e deixar o Li são de ambos os sexos. hahahhaha
ExcluirMas no final das contas, isso aqui é só carcaça.. pode ser uma carcaça bonita ou não, mas aqui dentro... ahhhhhhhhh.. aqui dentro vale muito mais...
Não sei se eu e o Li vamos durar muito mais não. Está sendo difícil para ambos.. extremamente difícil. Da parte dele é difícil pq lhe falta percepção sobre tudo e sente dor por isso, e da minha parte, pq ele não tem percepção e vive me magoando com atitudes e palavras.
Nossa briga de ontem foi pq ele quer comprar um computador mais potente. Voltou a trabalhar há pouco tempo. Não recebeu nem 1 salário inteiro, que é bem baixo, por sinal, e quer comprar um computador potente. Veio me questionar, com toda pompa do mundo, o pq eu havia gasto 1000,00 do crédito dele nesta fase em que esteve desempregado (desde abril). Fui tentar explicar pra ele (de novo), que todas as vezes que ele fica desempregado e eu tenho que assumir todas as contas, que vou dando os meus pulos e me virando conforme posso, mas que gastei 1000,00 com a autoridade de quem poderá pagar, nem que seja um valor menor, até matar a fatura. Nesta fatura tinham gastos com varejão, padaria, açougue, cerveja também e gasolina, opssssssssssssssssss.. GASOLINA????? como assim gasolina??? gasolina eu não gastei, o carro é seu... se vc fosse me levar e buscar no trabalho todos os dias de carro, aí sim vc deveria colocar gasolina como sendo gasto NOSSO, mas não, vc só me leva até o terminal central de ônibus todas as manhãs e vai me buscar todos os dias no trabalho. Vc já foi boa pra mim, viu, Si! Agora não é mais.
Gente, não é fácil. Tento não levar a sério algumas coisas, relevar, mas é difícil. Com certeza não sou nenhuma santa e tenho 1 milhão de defeitos, mas faço o que posso e não posso por ele. Quando falta percepção desse tipo e tento explicar pra ele, com toda delicadeza do mundo, ele acha que estou querendo ofender, esfregar na cara que sustentei e o que fiz. Não, nunca quis e não é essa minha intenção. Só gostaria, realmente, que ele percebesse as coisas que faço por ele e as coisas que ele faz e fala. Não espero nem que me agradeça e nem que peça perdão por qualquer tipo de reconhecimento de algo que não foi legal fazer ou dizer. Só que ele perceba.
Enfim... mais uma vez eu aqui desabafando. Ele começou tomar a Ritalina hoje. A médica receitou de fato na data de ontem. Não vou negar: existe expectativa de melhora. Estou torcendo para que algo melhore, mas já estou preparada para o fim do nosso relacionamento.
Um abraço,
P.S.: É impressionante como ler os comentários de todos e interagir com vocês me ajuda a ter uma compreensão melhor sobre tudo isso. Obrigada.
Simone,
ExcluirComeçando pelo fim, essa interação também tem feito um bem danado pra mim, razão pela qual sou imensamente grato ao Alexandre por nos proporcionar isto.
Quanto ao Li, qual foi a dosagem que receitaram para ele? Ele está efetivamente tomando? ele foi alertado quanto aos efeitos colaterais que normalmente ocorrem com a medicação, principalmente no início do tratamento?
Acredite quando eu digo que, traço ou não do TDAH, realmente não sei, várias vezes me pego preocupado com vocês, ao ponto de ficar "viajando" pensando no que está acontecendo, e me tocam as notícias, boas ou más, como às vezes não me tocam dos meus amigos "reais", chego à ter lágrimas nos olhos ou rir escancaradamente em locais públicos ao ler as notícias no meu celular.
Veja só o nó da cabeça da gente TDAH! e olha que estou na casa dos cinquentinhas anos, quando a "maturidade" psicológica tinha que imperar. É dose, viu!
TDAHisse minha ou não, e já que agora a moda do Alexandre é letra de música (detesto isto, mas não diga a ele não), lá vai uma, cantada por alguém que óbvio não lembro o nome do cantor nem o título, nem nada a não ser a seguinte frase:
"ME DÊ NOTÍCIAS, NÃO VÁ EMBORA ..."
Abraçasso (ops, olha a praga, mas essa eu sei que é de Caetano) a todos.
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH... vou ter que começar escrevendo assim... estou em CHOQUE... hahahhahaha
ExcluirVamos lá: Alexandre!!!! Também sou imensamente grata por este espaço. Está sendo maravilhoso pra mim. Estava 100% sozinha nessa. Como eu já disse: as pessoas que me amam, que estão presentes na minha vida, que sabem o que passei nesses 10 anos, que sabem que descobri o TDAH do Li há 3 meses, enfim, essas pessoas só querem que eu me livre deste “problema” e não conseguem, de forma alguma, entender este amor que me motiva a aguentar um pouco mais, a ter esperança, a estudar o assunto, a tentar ser paciente, a empurrar um pouco mais pra não jogar 10 anos de uma história cheia de altos e baixos pro ar, simplesmente fácil assim: me livrar do "problema". É sempre a mesma frase formada: Si, vc é bonita, inteligente, tem sua casa, seu trabalho, é de bem com a vida, seu filho já tem 19 anos, está na faculdade, empregado, encaminhado na vida... PÁRA de perder tempo e ficar sofrendo ao lado do Li. Você já fez tudo que poderia fazer por ele. Não afunde sua vida por causa dele. Siga com sua vida.
Ahhhhhhh, mas eu o amo... e o que faço com esse amor aqui dentro do peito? Abandono assim? Só isso? Mas justamente agora que descobriu a raiz dos problemas, não vai nem tentar uma última vez? Enfim... tô aqui, ainda... e ontem foi o primeiro dia de relacionamento do Li com a Ritalina. Já a considero minha amiga e aliada, pelo pouco que vi. Foi por isso que comecei a escrever daquele jeito, estou em choque. Pela primeira vez, depois de semanas, consegui sentir paz dentro da minha casa. A médica receitou a mais fraquinha para começar, a de 10 mg. Disse para ele iniciar com 2 doses diárias e, caso se sentisse bem e necessidade, que tomasse a terceira dose. Obviamente eu li e reli a bula enorme por várias vezes. Estava muito preocupada com os efeitos colaterais. O Li nunca gostou de tomar remédios, nem para dor de cabeça e estava bastante relutante para iniciar o tratamento com um medicamento desse nível, pois bem. Ontem pela manhã separei dois comprimidos para ele: um para depois do café e um para ele tomar após o almoço. Tomou a dose matinal enquanto eu o levava para o terminal central de ônibus. Nos despedimos (daquele jeito), ele estava terrivelmente mal humorado porque queria/quer comprar o bendito computador potente para fazer os freelas de edição de vídeo, mas agora não dá, preciso recuperar o fôlego financeiro. Passei a manhã toda preocupada com ele, pensando se estava tendo algum efeito colateral, se estava se sentindo bem, se estava fazendo algum efeito positivo e tal. Na hora do almoço ele me ligou, bravo, querendo saber se já recebi meu salário para comprar o computador. Falei que não dava e ele desligou na minha cara. Ligou em seguida bravo novamente perguntando se mudei a senha eletrônica da conta dele, falei que não e perguntei se ele estava se sentindo bem, desligou novamente na minha cara. Pensei: acho que o efeito colateral da irritação está em ação, associado ao mau humor que ele já estava tendo. Fui buscá-lo a tarde no trabalho, entrou no carro, perguntei se ele estava bem, se havia sentido algum mal estar e ele se limitou a responder que não, que não sentiu nada. Ficamos em silêncio até chegar em casa. Ele estava completamente agitado: trocava toda hora a música, trocava cd, se remexia no banco, balançava a perna, etc. Detalhe é que ele é TDA sem hiperatividade. continua...
Continuando...
ExcluirChegando em casa, fui separar o lixo, pois era dia de lixeiro, silencio completo, foi tomar banho. Enquanto retirava o lixo, vi o alumínio de um comprimido de Ritalina jogado na pia, ou seja, ele tomou a terceira dose por conta própria. Na hora pensei que deve ter feito muito bem, pois ele detesta tomar medicamento e tomou, por conta própria, a terceira dose. Saiu do banho, preparou um lanche, foi para o computador, colocou uma seleção de músicas maravilhosas de quando nos conhecemos, começou a trabalhar na edição de vídeo e ficava assobiando. O QUÊ????????? Depois de semanas terríveis de mau humor, brigas, discussões, ele estava ouvindo aquelas músicas e assobiando????? Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh... pra mim, aquele som se igualava a um coral de 1000 anjos.. hahahhahahahhaha... fui limpando a casa, ligada nele e rindo, feliz, em paz. Mais tarde tentei um diálogo perguntando se ele havia percebido algum sintoma, bom ou ruim, da Ritalina. Ele respondeu cinicamente que não.... hahahhaha... Era óbvio que um bem estar tomou conta dele e que algo mudou.
Enfim... foi só o primeiro dia, mas fiquei feliz por ele e por nós.
Walter, independente de TDAH ou não, acho terrivelmente chato ser adulto e levar tudo a sério e ter que se comportar assim ou assado. Não sou TDAH e me limito a ser adulta somente nas horas que preciso ter responsabilidade, que hoje considero a hora do trabalho e a manutenção do lar (pagar contas, limpar, arrumar, comprar comida, etc)... do resto, quero mais é ser criança mesmo... falar besteira, brincar, rir, levar a vida bem de boa... é extremamente chato ser adulto e ficar naquele bla bla bla bla bla.
Fico feliz em saber que pensa em nós, como estamos, se está dando certo ou não... na verdade eu também me envolvo aqui... também sinto dores por alguns, também dou risada alto lendo alguns comentários e me divirto. Parece ser só virtual, mas a realidade é que vai além disso e a prova é que, estamos aqui, comentando novamente e interagindo.
Mais uma vez, obrigada por tudo.
Um abraço.
P.S.: Preciso muitoooooooooo saber o que realmente sentem quando tomam a Ritalina. O Li não se abre, não fala. Gostaria muitíssimo de saber o que acontece ali dentro. Por favor, me falem.
Qual sua idade Simone, você é TDAH?
ResponderExcluirIMAGINE ISSO TODOS OS DIAS, A MUITOS ANOS.DIVERSAS SITUAÇÕES QUE PRECISAM SER DECIDIDAS E NÃO CONSEGUIMOS ALINHA-LAS E AI PERDEMOS TOTALMENTE O FOCO O DIA TERMINA E CARAMBA, NÃO RESOLVI NADA.CANSADA AINDA NA CAMA TENTO PLANEJAR O DIA SEGUINTE PRATICAMENTE EM VÃO, PORQUE O AMANHÃ CHEGA E COMEÇA TUDO DE NOVO...CANSA MESMO E NINGUEM ENTENDE
ResponderExcluirÉ pesado né Claudia...
ExcluirImagine chegar aos 50 anos convivendo com isso 24 hs por dia. É terrível.
Obrigado por sua participação.
Abraço
Alexandre
Oi, Anônimo. Não sou TDAH. Estou junto com uma pessoa há 10 anos, que é TDAH e que só descobri há 3 meses. Amo muito ele. É a pessoa mais maravilhosa que conheci na minha vida e a pessoa que mais amei na minha vida. Estou estudando o assunto, me informando, tirando dúvidas, tentando fazer o que posso e não posso para ajudá-lo e, consequentemente, nos ajudar. Tenho 35 anos.
ResponderExcluirSimone
Perfeito este texto, quase me vi na situação, não pelos fatos mas pelo bombardeio de pensamentos simultâneos que nos vem quando precisamos tomar uma decisão. E junta a dificuldade em dizer não, daí complica tudo... Comecei meu tratamento a 4 meses, meu neuro acha melhor começar devagar, daí estou tomando o Bupium (bupropriona) no começo até ajudou, mas tive que aumentar a dose para 2x ao dia e hoje já não faz o mesmo esfeito, as vezes esqueço até de tomar o remédio rsrs... Esperando a hora que ele me passar a Ritalina, espero que me ajude, pois é muito difícil passar por situações assim e pelas consequências delas também...
ResponderExcluirAdoro o blog, eu e minha namorada, que assim como a Simone dos posts anteriores, também acompanha para tentar me entender e me ajudar, estamos sempre ligados!
Daniel
Oi Daniel, obrigado pelas palavras de apoio.
ExcluirBoa sorte no seu tratamento, espero que tudo dê certo pra você. Você tem razão, é muito difícil dizer não.
Acrescido dos pensamentos vira um inferno.
Abraços
Alexandre
É todo dia assim. Eu penso tanto que esqueço de viver.
ResponderExcluirPasso horas bolando e tomando decisões mentais pra vida inteira, que duram no máximo, até o dia seguinte. Fico procurando A solução que fará meus problemas sumirem como mágica, é muito estranho. E sempre acabo no mesmo lugar.
Tem dias parece que vou explodir.
As vezes acho que não aceitei completamente o Tdah, vivo me comparando com os "normais", eles parecem tão satisfeitos com suas vidinhas. E eu não consigo ser como eles, nem me aceitar como sou. Cansa mesmo. (acho que fugi do assunto do post)
Maria, você é a Maria que eu sugeri o apelido de "Maria Bonita", em referência à companheira de Virgulino Lampião?
ExcluirAcho que sou outra Maria, comecei a postar recentemente
Excluirmas tbm sou "bonita" (brincadeira)
Maria, boa noite!
ExcluirEngraçado, na teoria (pensamentos) resolvo tudo, quando caio na vida real tudo desanda.
Aceitar-se é fundamental, Maria, até por que negar não elimina a doença. Comparar-nos aos 'normais' é normal (rs), eu também penso nisso, não se preocupe.
Abraços
Alexandre
Maria, eu não conheci pessoalmente a "Maria Bonita" não.
ExcluirÉ que ela entrou neste blog informando que tinha 50 anos, que estava descobrindo o TDAH agora e estava querendo iniciar o tratamento.
Como todos nós nesta situação, ela estava toda "deprê", cheia de comorbidades, etc., e os depoimentos eram mais ou menos na linha do seu, acho até que piores.
Quando ela começou o tratamento, os comentários dela mudaram, até na forma de escrever. Ficaram tão cheios de vida, tão fortes, tão alto astral que eu disse a ela para colocar o sobrenome de "Bonita", em referência à "Maria Bonita", mulher "arretada", esposa do cangaceiro Capitão Virgulino - O Lampião.
Ela aceitou, e depois nunca mais vi os comentários dela. Estou com saudades e queria saber como ela está.
Aqui não precisa por o e-mail,fica difícil encontrar a pessoa depois.
ExcluirParabéns pela matéria! Sou casada há dois anos. E tenho quase certeza que meu marido tem tdah, digo quase pq ainda não fomos no neuro pra confirmar, mas ele tem todos os sintomas. E os posts que leio aqui tem me ajudado muito a entender o que se passa na cabeça do meu marido. Achei que chegaríamos à nos separar de tantas brigas e conflitos pq eu achava que ele estava com má vontade sempre ou com preguiça. Agora estou entendendo um pouco mais e tentando ajudá-lo!
ResponderExcluirObrigada!!!
Boa noite, espero que consiga ajudá-lo, mas espero muito mais que seu marido se ajude. Tente mostrar a ele o único caminho possível, o do tratamento.
ExcluirAbraços
Alexandre
O pior de tudo nessas confusões mentais é que sempre expomos o problemas e buscamos "n" soluções que a princípio parecem resolvê-los, mas sempre terminam em nada. Realidade totalmente distorcida.
ResponderExcluirLídia
* os problemas.
ExcluirInfelizmente, você tem razão Lídia.
ExcluirAcabamos encontrando soluções parciais, incompletas ou infantis, que não resolvem nada.
Abraços
Alexandre
Ai cansaço, o bom e velho cansaço...
ResponderExcluirE quem pra entender a feira q rola na nossa cabeça...?
rs
Uma feira de emoções onde cada feirante grita mais alto que os outros e se instala o caos na nossa cabeça.
ExcluirAbraços
Alexandre
Olá Alexandre, tenho acompanhado seu blog a pouco mais de 3 meses e gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa de levar um pouco mais de informação a respeito do TDAH.
ResponderExcluirQuero muito te agradecer, pois o seu blog tem me ajudado muito. Tenho 48 anos e só agora em 2013 tive o diagnóstico de TDA sem hiperatividade.
Estou fazendo o tratamento com Ritalina e já posso dizer que coisas já começaram a mudar para melhor. É claro que não é só isso, você começa a entender muitas coisas e passa a criar alternativas e meios de conviver com o problema.
Um forte abraço.
Sil Calixto
Oi Limite da Lua, boa noite.
ExcluirObrigado por seus elogios. Informe-se o máximo possível sobre o TDAH e tente se policiar para pegá-lo em ação.
Um abraço
Alexandre
Uma colega minha, de tanto me dizer "preeeesta atençããããão" o dia todo, uma vez me disse..." você já contou quantas vezes por dia você ouve essa frase?"...kkk
ResponderExcluirÉ um saco, né?
ExcluirEu detesto essas 'brincadeirinhas', na verdade são críticas veladas.
Abraços
Alexandre
julgar situações, decisões, ponderar coisas controlar-se, as vezes sabemos que estamos fazendo errado agindo imprudentemente mais o desejo, a nossa volição nos toma de uma maneira que ficamos sem poder sobre nossas próprias ações é como ligar o automático pra fazer merda; necessitamos aprender a controlar nosso desejo nossos sentimentos isso nos aprisiona viramos escravos dos mandos e desmandos do nosso coração que nos engana e sempre nos conduz a problemas as vezes insoluveis... parabéns por este post alê. um forte abraço.
ResponderExcluirBoa noite, Gábory!
ExcluirQue luta né.Por mais que lutemos contra esses sentimentos acabamos derrotados.
Obrigado pelo elogio.
Abraços
Alexandre
Faz 8 meses que fui num médico e ele me receitou ritalina. Antes minha cabeça era essa confusão de pensamentos, várias coisas ao mesmo tempo, nada com começo meio e fim. Minha atenção era zero. Problemas no emprego, na faculdade, e paguei um preço alto por isto: 3 demissões, e pelo menos um ano inteiro indo pra faculdade e não passar em uma única matéria.
ResponderExcluirJá li em alguns depoimentos, aqui e em outros sites, de pessoas que parecem gostar de ser tdah, dizem ter mais criatividade, e até que gostam de ser diferentes. Também já li que grandes cientistas, compositores, artistas possuem traços de tdah. Sinceramente, não acredito nisto. Quem foi que diagnosticou eles? Eu não quero ser uma desmancha prazeres, mas não consigo ver glamour nenhum em ter uma doença mental, que se não for tratada, pode nos arruinar. É claro que sei também que cada um é diferente de outro, não estou generalizando.
Depois que comecei o tratamento, meu cérebro parece que silenciou, e vejo isto de maneira positiva. Só agora me sinto uma pessoa mais normal (dentro do meu conceito de normalidade). Agora consigo ir bem no meu trabalho, na faculdade, parece até que conquistei o respeito das pessoas. Minha vida melhorou muito!
No meu último emprego, me chamavam pelas costas, de "lenta", descobri só depois que foi demitida. É por esta e outras coisas, que tdah foi uma maldição na minha.
É isto. Espero não ter escrito nenhuma bobagem kkkkkkk. Gosto muito deste blog e das pessoas que escrevem aqui.
Ana R.
Concordo com você, Ana, não vejo nenhum glamour em ser TDAH. Assim como essa história de apontar como TDAH pessoas como Leonardo da Vinci e outras mortas muito antes da existência do diagnóstico do transtorno acho muito fantasiosas.
ExcluirNenhuma bobagem, Ana, nenhuma.
Abraços
Alexandre
ResponderExcluirHoje a tarde fui no neurologista, relatei minha dificuldade de atenção, concentração e fraco desempenho academico. Fiz até eletroencefalograma. Fui diagnosticada como tdah e com transtorno bipolar afetivo.
tdah não foi surpresa, mas TRANSTORNO BIPOLAR AFETIVO ?
Mais essa agora?
Pelo que sei transtorno bipolar é quando a pessoa tem muita variação de humor. mas o que significa o 'afetivo'?
Mas eu não tenho variação de humor. Não sou ninguem pra discutir recomendação medica, mas sinceramente não acho que tenho este transtorno.
Sera que volto no consultorio e digo a ele? Será que procuro outro me´dico? Fiquei na duvida agora.
Abraços Fernanda
Olá Fernanda, comigo aconteceu igualzinho. Tomei a liberdade de te dar um conselho. Pesquise sobre as diferenças entre bipolar e tdah, e procure outro médico.Tente lembrar como foi o início de sua vida escolar, as dificuldades que vc tinha de aprendizagem, concentração, foco, etc. Eu mesma tive que provar para ele que eu era TDA. A informação é a melhor coisa. Um abraço
ExcluirBoa noite, Fernanda!
ExcluirNão sou médico, mas jamais ouvi falar em bipolar afetivo. Procure outro médico.
Abraços
Alexandre
Puxa Alexandre, é simples:
ExcluirTranstorno Bipolar Afetivo é aquele que gosta muito de você! Problema é que ele não quer ir embora!
Fernanda, brincadeiras a parte, uma das comorbidades do TDAH é o TB! O bom é que para os 2 tem tratamento. TB é muito característico por oscilações de mania/euforia e depressão. Cada ciclo varia de 15 dias a anos. Pra tratar usa estabilizador de humor.
A maioria dos TDAH que descobrem quando adultos acaba colecionando comorbidades, advindo das frustações que temos por muitos anos em relação à vida profissional, relacionamentos e convívio social. Essa comorbidades devem ser tratadas em conjunto com o TDAH.
Devemos ter no médico um parceiro. Eu também levei meu diagnóstico "pronto" e meu médico não me achou petulante.
O que adianta ter Mais Médicos se eles cada vez estão com conhecimentos Mais Medíocres?
Abs,
Rafael P.
Olá pessoal
ResponderExcluirGostaria de saber se alguém daqui tem , com eu, muita falta de ânimo pra tudo. No meu caso, tenho desinteresse mesmo, pra mim é tudo tanto faz quanto tanto fez. Apesar de apresentar todas as características de tda sem h, quando era mais nova, era curiosa e atenta ao que acontecia a minha volta. Depois da adolescência, comecei a ficar a cada vez mais e mais indiferente, alienada a tudo que acontece ao mundo e à minha volta. Se algo na minha frente precisa ser corrigido, nem vejo nada. Já sou assim há muito tempo. Gostaria de saber se alguém aqui se sente assim, ou se é da minha personalidade mesmo.
Seu comentário virou um post. Você já viu, mas fica aqui o registro. São esses comentários minha maior inspiração para novos posts.
ExcluirObrigado
Alexandre
Hoje em dia, nem tenho mais os passatempos que tinha quando era mais nova, gostava de música, de artes. Só faço o que precisa ser feito, e mesmo assim, preciso que me motivem muito. Não ligo pra mais nada, não é tristeza, é mais falta de ânimo. Queria saber se alguém daqui costuma se sentir assim com frequência como eu. Não é recente, passei a maior parte da minha vida assim.
ResponderExcluirOi Anonimo, sou a Fernanda, escrevi logo acima. Você acabou de me descrever! Também tenho uma falta de animo pra tudo, pra mim tbém, tanto faz.
ExcluirAssim como vc, eu quando era criança, era bem ativa, curiosa, independente. Depois que cheguei na adolescência, fui ficando apática, com pouco vontade de sair ou conversar, mas mesmo assim, não era uma pessoa sozinha, que não tinha amigos, e tbém no meu caso não era tristeza, era só uma vontade de estar só.
Engraçado, estes dias me lembrei, que eu nunca mais comprei um cd, ou ouvi música pelo rádio, na adolescência eu adora música. Cinema, faz mais de 10 anos que não vou.
Eu gostava muito de ler, mas depois que comecei a faculdade, nunca mais li um livro de literatura, porque eu tinha que dar preferencia para os livros de estudo........
Vou começar a tomar ritalina na segunda feira, eu espero que pelo menos melhore minha vida acadêmica, sou tão desatenta que não consigo estudar, fico horas na mesma pagina, sem conseguir entender nada, minha cabeça sempre esta longe. Semana passada fui fazer uma prova sem estudar nada, não foi falta de tempo, eu tentava me concentrar nos livros e cadernos, por horas a fio, e não conseguia, até que desisti.
Se a falta de animo, de iniciativa estiver atrapalhando sua vida, acho que vc deve procurar um médico.
Fernanda
Esses dias me disseram "Você era a expert em música, e hoje você não ouve, como?" rs... Falta de iniciativa, sempre tive e muita, mas falta de interesse, não tinha. Depois da adolescência, sem motivo, começou... fiquei em dúvida se é um defeito meu, ou se também faz parte do tda.
ExcluirDurante muitos anos achei que este comodismo, e o fato de não me dar bem nos estudos, era uma característica da minha personalidade. E tbém muitas vezes me achava a criatura mais preguiçosa do universo. Mas fui ficando mais velha, e comparando minha vida com a de outras pessoas, e vi que tinha algo de errado comigo. Começava a pensar sobre estes meus comportamentos, tentava achar uma explicação do porque as coisas serem assim comigo, mas não chegava a conclusão nenhuma.
ExcluirMas como vc disse, se vc é tdah sem o h, procure se informar mais sobre o assunto.
Eu sei o que é ser uma pessoa acomodada, desinteressada por tudo, mas no fundo a gente sabe que este comportamento só nos prejudica.
Fernanda
Eu sempre achei que as características do tda eram do meu caráter mesmo. Já fui "chamada" de muita coisa, até de "má". Só acho estranho que mesmo quando estou motivada e me esforço, o resultado está sempre abaixo do esperado, com as mesmas falhas de atenção e esquecimentos totalmente absurdos.
ExcluirÉ isso que me fez pensar que tem algo a mais do que falha de caráter.
Às vezes acho normal quando a gente está entrando na vida adulta, esquecer alguns passatempos que tínhamos quando éramos mais novos. Já vi várias pessoas que acabam esquecendo as atividades que gostam pra se dedicar às obrigações. Mas acho meu desinteresse fora do normal, estou totalmente alienada à tudo e eu não era assim.
ExcluirExistem várias coisas diferentes aí, pelo jeito.
ExcluirQuando saímos da infância abandonamos várias coisas e adquirimos outras.
Eu mesmo adorava desenho animado e gibis, hoje detesto, acho uma droga. E muitas outras coisas.
O desinteresse é patológico, claro que não sei explicar, mas tomo conta de mim mesmo. Ontem aconteceu um fato que me lembrou esses comentários:
quando cheguei do trabalho, um lençol que eu havia colocado no varal caiu por conta do vento. Olhei, registrei e deixei pra lá, ao entrar em Parei o que começara a fazer, fui lá, peguei e dobrei o lençol e guardei-o. Sei que o exemplo é fraco, mas todos sabemos que esse desinteresse se dá nas grandes e pequenas coisas.
Abraços
Alexandre
Oi Alexandre,
ExcluirAbandonei alguns interesses, mas não adquiri novos e nem tenho interesse. Preciso ser muito motivada pra me mexer. Meu desinteresse é patológico, acho. Até coisas que me tiravam do sério e me "doíam" a alma, hoje tanto faz.
Amor
ExcluirBem, quem disse aí em cima sobre o Amor, na verdade eu sou movido por ele.
ExcluirAcredito na frase do João Bosco que diz: quem pode querer ser feliz, se não for por amor.
Abraços
Alexandre
eu juro que me assusto com o tanto que me identifico com esse blog, meu amigo.
ResponderExcluirAnônimo, não se assuste, trate-se.
ExcluirExperimente identificar-se com as soluções que dividimos, as conquistas que partilhamos.
Vem pro nosso lado!
Abraços
Alexandre
Me separei recentemente de um TDAH e ele me relatou o bombardeio de pensamentos, mas infelizmente tive que ver o relacionamento acabar para entender como mais ou menos lidar. Eu perdi para o TDAH o homem mais maravilhoso, sensível como poucos perdi para as certezas e incertezas.
ResponderExcluirOla, é muito difícil conviver com um TDAH, mesmo sob tratamento.
ExcluirLevante a cabeça e siga em frente.
Abraços
Alexandre