domingo, 28 de julho de 2013

TDAH, O TRATAMENTO NÃO É FÁCIL






Não, Simone; o tratamento do TDAH não é tão mágico quanto um par de óculos para quem é míope. Pelo menos no meu caso, mesmo o tratamento tendo mudado minha vida, ainda luto cotidianamente contra o TDAH e sua equipe de sabotadores. Creio, honestamente, que a idade em que fui diagnosticado - 50 anos - influi diretamente no resultado do tratamento.
Cinquenta anos de TDAH  não tratado criaram em minha personalidade defesas, artimanhas e comportamentos que não se apagam somente com o remédio. Eu precisaria (e preciso) de uma boa terapia, mas a grana não dá; me restam o blog e uma sistemática auto análise em todos os meus comportamentos. Praticamente tudo o que eu faço - e principalmente o que eu NÃO quero fazer - eu submeto a essa auto análise. É preciso fazer? É importante que seja feito? Se eu não fizer o que estarei perdendo? O que estou trocando por aquilo que deveria estar fazendo, vale a pena? Por exemplo: trabalho de uma forma bastante livre, tenho um netbook com acesso à internet à mão, se eu não me policiar acabo usando o net pra acessar o blog em lugar de trabalhar. Eu abasteço o Facebook da empresa de informações; e a vontade que dá de acessar o meu Face pra saber das novidades! Isso parece muito fácil pra quem não tem TDAH, nós temos nosso próprio cérebro como inimigo; ele nos alimenta de falsos prazeres imediatos, de desculpas para que façamos o prazeroso e não o necessário. Um comportamento quase infantil. E não é apenas nesse campo da vida que o TDAH atua; no relacionamento afetivo aquele jogo de sedução e conquista com outra mulher (ou outro homem) é plenamente justificado por nosso cérebro doente. Por mais que amemos nossos parceiros, nossa mente inunda-se de pensamentos negativos sobre nossos relacionamentos. As brigas, os defeitos, tudo isso surge diante de nossos olhos como a nos dizer: a pessoa que está diante de você não tem nenhum desses defeitos! Um estímulo ao prazer imediato alimentando o jogo da sedução.
Aí entra a auto análise de que falei; penso a médio e longo prazo. Vale a pena o risco ao meu relacionamento? Sou eu que quero manter esse jogo ou é a necessidade de prazer imediato do TDAH? Em 90% dos casos a culpa é da doença. Eu mudo meu rumo e sigo minha vida.
Acho quase impossível vencer o TDAH sem medicamento algum. A ritalina aumenta minha concentração, meu foco, minha disposição, minha memória. O resto é comigo e minha vontade de não repetir os mesmos erros. E confesso que caio muito, erro muito e repito muito dos erros passados; mas aprendi a me perdoar, a enxergar que tenho uma doença incurável e que, às vezes, parece invencível. Aí entra, de novo, o remédio; é ele quem me dá forças pra enfrentar e derrubar o que parecia invencível.
Estou me preparando para experimentar o Venvanse. Minha médica acredita que será muito melhor. Eu torço por isso, mas, se eu não me adaptar, não tem problema, volto pra minha ritinha, com ela, mais a força de recuperação que tenho, eu  enfrentarei o TDAH de novo.
Todos os dias da minha vida, se for preciso.

85 comentários:

  1. Oi o que mais me incomoda e que não tenho filtro, vem na minha cabeça e sai pela boca, sem pensar, magoo os outros e a mim mesma, tenho o pavio muito curto isso me faz sofrer, pois sempre enfio os pés pelas mãos

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    1. Sim Rosana, eu também sou um pouco assim. Ontem mesmo tive uma reação destemperada com minha namorada. É de repente, quase incontrolável. Isso quase não acontece mais, mas ontem escapou. É assim nossa vida, uma hora transborda.
      Abraços
      Alexandre

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  2. Vou para o venvanse tb e Pristiq (antidepressivo). Estou animada e confiante. Preco de ambos é salgadissimos mas se for para me sentir bem, deixo de comprar alguns sapatos rs.

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    1. Oi Vivi, creio que começo em setembro; tenho uma consulta marcada com minha médica dentro de duas semanas para avaliar se mudo ou não. Acredito que sim, tenho notado uma queda no efeito da ritalina.
      Ou não tenho conseguido mais notar esse efeito.
      Abração
      Alexandre

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  3. Alexandre, desejo a vc e a tod@s @s portadores do TDAH muita força. Vcs têm o TDAH, mas nao sao o TDAH. Quem nao tem pode apenas intuir o que é, mas, com certeza, pode enviar bons pensamentos e desejos a tod@s vcs. Cada dia é um novo começo, cada momento, uma nova oportunidade. Com carinho, Fernanda Azevedo

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    1. Oi Fernanda! Obrigado por seu carinho, é de gente como você que precisamos.
      Um abraço
      Alexandre

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  4. Tratando ou não, uma das coisas que ultimamente tem me tirando do sério é a falta de atenção.Esqueço "chapinha" ligada, botão do botijão de gás, deixando a cozinha com um cheiro horrível. Sem falar que sou inimiga dos trabalhadores da construção civil, sempre piso em uma calçada que está sendo pintada ou cimentada e percebo àqueles olhares "me fuzilando". Rsrsrs, pura distração.

    Lídia

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    1. A desatenção às vezes é até divertida, né Lidia, mas a verdade é que cada uma nos dá uma dor na alma. É mais um fracassinho em nossas vidas, mais uma amostra do TDAH de que ele não está morto.
      Vamos caminhando, né minha amiga?
      Abraços e obrigado
      Alexandre

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    2. Também tenho algumas dessas distrações. Mas me vigio tanto que às vezes acabo até corrigindo os esquecimentos dos outros também. Pra certas coisas como datas, compromissos, contas a pagar, eu tenho facilidade para lembrar, tanto que algumas pessoas até me pedem ajuda para lembrar dos compromissos delas também.( O calendário do celular me ajuda também..rs)
      Mas uma das coisas que mais esqueço, desde criança, é de recados que me passam. Esse não tem jeito, me passam três recados, eu esqueço dois ou três. Se não anoto na hora esqueço completamente. Por eu ter facilidade para lembrar outras coisas, fica parecendo que não faço o que pedem por malcriação e não por esquecimento. Esse também é um grande problema para mim.
      Fe

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    3. Que até as pequenas distrações dão uma "dor na alma", dão sim.
      Fe

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    4. Dessas distrações acima, uma que faço muito é pisar em sujeira de cachorro na rua. Ou andar "viajando" em posto de gasolina, sem me ligar nos carros que querem entrar ou sair. Ou ficar parada em uma passagem, bem no caminho dos outros, atrapalhando tudo. E muitas outras.
      Fe

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    5. São 'engraçadas' mas nos humilham, nos tornam incompetentes, idiotas.
      E reforçam aquela opinião que os 'trouxas' têm de nós; daqui a pouco eles vão errar, vão se esquecer, vão dar uma mancada. E damos.
      Duro isso.
      Abraços
      Alexandre

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  5. Poxa, vocês deveriam tá comentando aqui a respeito do DINHO, dos MAMONAS ASSASSINAS.

    Ele também era TDAH.

    Amo ser TDAH, e pretendo viver assim a vida toda.

    SOU FELIZ COMO EU SOU, e o segredo é aceitar quem você é, e aquietar esse espirito e essa mania de querer ser como os outros.

    Seja você, como você é.

    TENHO 22 ANOS, e muita coisa boa vem porai.

    Aguarde-nos.

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    1. Não quero te desanimar, mas aos vinte e dois anos você ainda enfrentou os piores problemas do TDAH.
      Quem,como eu, foi diagnosticado aos cinquenta anos acumulou uma enorme quantidade de fracassos, sofrimento e derrotas que nos tornam incapazes de se orgulhar de ser TDAH.
      Abraços
      Âlexandre

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    2. Não entendi. Quais são esses piores problemas que eu enfrentei?

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    3. Acho que o Alexandre quis dizer que vc ainda não enfrentou os piores problemas. Eu tenho trinta e agora sou bem diferente de quando tinha vinte e pouco, eu sonhava alto fiz muitas coisas que pensei que me levaria pro sucesso mas fracacei na maioria delas porque perdia o interesse e pulava pra outra coisa, e agora estou estacionada não consigo começar de novo sem perspectiva sei que não vou dar continuidade. Estou apavorada não vejo o futuro o TDAH é muito cruel com o passar dos anos o acumulo dos erros que cometemos nos destrói.

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    4. Com a idade, as responsabilidades aumentam, e se não as cumprimos corretamente, com a atenção e disciplina necessárias, vão atrasando a nossa vida cada vez mais e os problemas aumentam também.

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    5. As responsabilidades se tornam mais sérias, e se não cumpridas corretamente, por consequência, os problemas são mais sérios também.

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    6. Sim, foi exatamente o que eu quis dizer. você ainda é muito nova e os estragos ainda não são grandes, mas não glamourize o TDAH, ele é perverso e sacaneia a nossa vida. Dinho era TDAH, mas nem teve tempo de colocá-lo à prova. Minha médica também é, uma médica brilhante cuja vida pessoa e financeira era um caos; depois do tratamento conseguiu equilibrar o hiperfoco na medicina com uma vida pessoal e financeira muito melhor.
      Outra coisa, tratar-se não a deixa MENOS criativa, minha cabeça continua a mil.
      Abraços
      Alexandre

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  6. Entendi, Alexandre! De tudo que escreveu, percebi que tudo parte da aceitação e conhecimento do TDAH. A partir daí, fica menos difícil o processo de auto-análise e se possível, com ou sem medicamento, um auto-controle. Acho que são as duas coisas fundamentais que faltam no Li: Aceitação e Conhecimento do TDAH. Ele não aceitou ainda e não tem o menor interesse em estudar a respeito, o que dificulta qualquer auto-análise ou análise. Por vezes, como eu estudei bastante e continuo estudando o assunto, pego ele fazendo coisas devido ao TD. Muitas vezes me controlo e finjo que não vi, mas já outras, não consigo e falo pra ele: Veja, Li. Isso é sintoma do TDAH, tente perceber isso! Ae pronto, fica super/hiper/ultra mega bravo comigo. Isso se deve a negação e falta de conhecimento. Aos poucos vou imprimindo textos curtos a respeito e dando pra ele ler. Tb consegui marcar uma consulta pra ele com uma médica que descobri aqui em Pira que trata do TDAH (neurologista). Está marcado para 29/08. Se conseguirmos ficar juntos até lá, poderemos testar a melhora dos sintomas dele e o que isso influenciará diretamente no nosso relacionamento.
    Obrigada pelo esclarecimento.
    Um abraço,
    Simone

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    1. Oi Simone, Alexandre e queridos TDAHs. Rafael P.(desculpem mas não sei postar sem ser anônimo)
      É tudo isso que o Alexandre falou e mais outras coisas. Percebo nestas suas postagens Simone, que falou algumas vezes das reações do seu marido. Eu tinha esses estouros direto! Ninguém podia me falar nada que eu não gostasse que era uma grosseria doida. Pura falta de humor, ou melhor de estabilizador de humor. Por conta dos anos não tratados (indo pros enta=40) tive depressão, ansiedade maior, pânico, fiquei meio bipolar, etc. Faz apenas 5 meses que estou me tratando e hoje consigo ver o que era TDAH (ou ainda é) e o que era EU. Nunca mais tive nenhum tipo de crise em situações que com certeza aconteceria.
      Em certos acontecimentos minha reação tem convergência com o meu EU, aí paro e penso pra tentar arrumar as coisas. Quando é do TDAH aí desencano, sem cobrança e sem f...minha auto estima.
      Bom, hoje meu tratamento está puramente medicamentoso (tem algum TDAH rico? - porque 200 paus a sessão de neurofeedback ou uma sessão de TCC com profissional adequado não DÁ). Pelo meu quadro estar todo estranho tomo antidepressivo antidopaminérgico e estabilizador de humor. Mudei demais. Se só continuar assim já tá bom, mas a cada semana melhora um pouco. Agora tô juntando os cacos. Minha mulher me apoiou muito até hoje e vejo que ela ficou muito feliz com minha reviravolta. O relacionamento melhorou!
      Agora tenho uma ferramenta que me dá pelo menos um aviso antes de eu fazer m.... e na maioria das vezes tem dado certo. Quando não dá certo é tão pouco comparado com antes que fica até divertido!
      O problema é que somos fodões! Carismáticos e nos damos muito bem quando hiperfocamos! Então temos que nos policiar para não criarmos situações que sabemos que pode nos levar a fazer a escolha errada.

      Gente, é isso aí. Este espaço tem sido muito importante pra mim. Me ajuda demais. Não tenho coragem ainda de escrever um blog, mas no que eu puder contribuir aqui tamos aí!
      Simone, fé que as coisas vão melhorar! O medicamento é um bom começo e se acertar o tipo e a dose rápido melhor ainda!!
      Abraços!! Rafa
      PS. to com saudade da minha fama de "mundo da lua". faz mais de 2 meses que não causo algum acidente! de copo quebrado a batida de carro tinha um evento semanal pelo menos...

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    2. Oi Rafael! Bom te ter de volta.
      Desculpe o que vou dizer, mas não tenha saudades de ser o bobo da corte. Cada evento desses que você protagonizava era uma forma de aceitar a opinião negativa que todos tinham de você.
      No mais concordo com você.
      Obrigado por voltar aqui
      Abraços
      Alexandre

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    3. Oi, Rafael.

      Fiquei muito feliz em ler seu post. Tenho vários problemas com o Li, várias situações. Algumas eu expus aqui, mas outras não gostaria de expor. Não devido a situação, até gostaria de falar sobre, mas sim por expor o Li. Gostaria que fosse ele aqui lendo e expondo sobre si próprio, sobre as coisas que faz, porém ele não fará isso, uma vez que nem ele tem o bom senso e a percepção das coisas que faz. Pra ele é normal agir daquela forma ou falar sobre aquilo. Inclusive disse que eu preciso de uma psicóloga. Jamais negaria essa possibilidade, mas as coisas que ele faz e fala de "erradas", são tão óbvias, que não precisa de uma grande análise para qualquer um perceber o quão absurdas são.
      Voltando.... fiquei muito feliz de ler seu post e das reações/melhoras que tem percebido com o uso do medicamento, já que faz pouco tempo que se trata e acredito que seja mais fácil para ter uma lembrança e um parâmetro de comparação de antes / depois do medicamento. Preciso me apoiar, pelo menos nisso, para ter esperança de que as coisas vão melhorar. Estou bem cansada e desgastada para levar este relacionamento adiante sem ter a esperança de que algo de concreto possa realmente acontecer.
      Obrigada pelos seus comentários de sua experiência.
      Um abraço,
      Simone

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    4. Rafael,

      Aproveitando que comentou sobre bater o carro semanalmente: o Li ainda não tirou carta de carro, mas está para tirar. Como é para todos vocês dirigir o carro? Sem medicação e com medicação?

      Obrigada,

      Simone

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    5. Simone, claro que cada um é cada um, mas se o seu Li for igual a mim, aos 18, 19, 20 anos, sem medicação, eu não tomo carona com ele dirigindo não. kkkk

      Bati o carro do meu irmão no mesmo dia que ele havia comprado. Ele foi fara um plantão no hospital e me pediu apenas para eu lavar o carro e me fez jurar que eu não ia sair.

      Na volta do plantão achou o caro dele e mais dois de "cara torta". (Ele se ferrou legal. iiiiiiih, doeu muito esta lembrança, pois gosto muito dele. Droga.)

      Bati também o carro de meu pai, acho que uma duas vezes....

      Já "adulto", mas sem medicação, acho que já bati carros meus umas três vezes, sei lá, quem quer ficar contando.

      Tinha um dono de oficina, amigo de meu pai, que quando me via ia logo gritando: "Sóóóóóóóóóóóócio, cade? nunca mais bateu um carrinho pra eu consertar. Tô sentido falta."

      Engraçado? mas o acidente do carro do meu irmão poderia tranquilamente acabar em morte de alguem, pois foi sério.

      No mais, sem medicação não consigo dirigir por mais de três horas seguidas, pois por mais que tenha dormido, me dá um tédio, uma desatenção, um sono... enfim

      Com medicação fico totalmente concentrado e focado. Outro dia fui de São Paulo a Curitiba, sem parar, super bem.

      Mesmo medicado, todavia,as vezes eu saio de um local para ir ao escritório, e depois de perder todas as entradas possíveis, de repente, apareço na porta da minha residência. kkk

      Minha "Lineuzinha", quando está de carona, já sabe: "Pegue a direita", depois: "Peque a Esquerda", e, fatalmente: "EU DISSE E S Q U E E E E E E R D A". Digo logo: "Tô nem aí, faz de conta que estamos fazendo um City Tour".

      Bom humor, Simone; Bom humor, senão não dá.

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    6. Oi, Walter.

      Fiquei mesmo pensando a respeito do voltante e o TDAH, já que os comentários e posts sempre incluem os dizeres: distração, viajando, esquecimento, entre outros sintomas que são perigosos associados a direção. Eu tenho um carro, mas não tem seguro. O Li sonha em tirar carta e estamos fazendo essa programação para setembro, já que agora ele conseguiu um trabalho e vamos conseguir acertar as contas de meses de desemprego dele. Porémmmmmmmmm, me preocupo de deixar ele dirigir meu carro, sem seguro, e bater devido ao TDAH e sem medicação. Foi este o motivo da minha pergunta sobre o TD, a direção, com/sem medicação.

      Bom humor? Sim.. tenho muito, se não tivesse bom humor, muita paciência e muito amor, não teria chegado há 10 anos de relacionamento, e pior, sem saber que 90% dos motivos das brigas provinham do TDAH. hahahhaha.. vamos que vamos... tô aqui.. não tão firme e forte, mas com muito amor. :o)

      Obrigada, um abraço,

      Simone

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    7. Oi Simone, olha eu sempre adorei dirigir e sempre dirigi muito bem, inclusive antes de me saber TDAH.
      Não noto diferença em com e sem medicamento pois é uma coisa que me dá um profundo prazer.
      Quanto a colocar seu carro sem seguro na mão dele, acho melhor você pensar com muiiiiitttoooo cuidado.
      rsrsrsrs
      Abração
      Alexandre

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    8. Aehh....rsrs Alexandre, obrigado por me chamar atenção sobre como temos padrões que se enraizam na gente a achamos que somos assim (no caso de ser reconhecido como mundo da lua). Ótima percepção amigo!
      O que causam os acidentes e isso tem em muita pesquisa (americanas) é a distração e a impulsividade do TDAH. Já foi levantado que quem tem TDAH causa mais acidentes. Um perigo, hahaha. As kombis teimam em entrar na minha frente e as estradas são muito estreitas pra mim! rsrs Batidas ridículas - sempre ouvia depois: "como você conseguiu fazer isto?".... ainda bem que já consigo tratar como passado. Uma vez entrei numa contra-mão no centro de Ribeirão numa rua super movimentada, na frente dos guardas de transito - ainda me perguntei o que os carros estão fazendo em frente ao meu??? Aiaiai, tiveram que parar os carros para eu voltar de ré. Ouvi o bicho, mas não me multaram. Graças a Deus isto está ficando na história. Tá mudando - bem menos causos agora. Walter, quase sempre eu chegava em casa sem saber da onde eu vinha! Que coisa, né? E direto queria ir a um lugar e ia parar em outro.
      Outra coisa Simone que você disse e que me chama atenção é questão das respostas dadas a coisas que não queremos ouvir. Eu respondia sem deixar a outra pessoa terminar de falar com uma agressividade gratuita, sem noção. E era no intuito até de magoar a pessoa. E depois ainda fazia comentários muito estranhos, sarcásticos. Nossa, ultimamente peço desculpa a pessoas próximas todo dia, porque eles sofreram muito comigo. Sinto que a coisa saiu de mim!! kkkk. Diminui demais isto. Posso dizer que quase não acontece mais.
      Vale falar que meu medicamento é 24 horas, então to sempre medicado. Não me imagino mais voltando ao que era. Só a concentração que ainda tá devagar. To nem aí se for pro resto da vida. O meu verdadeiro EU é meu!!
      Hay que tener paciencia, pero no se desesperar nunca!!
      Abraços
      Rafael (voltando a ter bom humor)

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    9. Alexandre,

      Provavelmente terei que fazer o seguro, mesmo. Eu, modéstia parte, acredito que dirijo bem, também. Já tentei ensinar ele por diversas vezes. Tenho muita paciência para ensinar, mas todas as vezes ele fica extremamente nervoso e desiste.
      Fiquei até refletindo sobre isso, sobre ele ainda não ter tirado carta. Já tivemos, por diversas vezes, a chance dele tirar carta, mas nunca rolou de verdade. Somente agora, depois que descobri o TDAH e que ele vai passar com a médica, e se tudo der certo (espero que dê), ela passará a medicação, finalmente ele vai tirar carta. Fiquei pensando na possibilidade do anjo da guarda dele ter protegido ele até hoje.
      Enfim... espero que dê tudo certo. Ele fica muito incomodado na posição de carona. Para mim não tem problema nenhum em sempre dirigir, mas percebo que fere o ego de homem dele e compreendo isso.

      Um abraço,

      Simone

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    10. Oi, Rafael!

      Acredito que há uma grande semelhança entre você e o Li. Ele faz exatamente isso: me interrompe quando estou falando para ser grosseiro. Antes eu deixava pra lá pra evitar a confusão, hoje não tenho mais paciência com isso e continuo falando e ainda dou ênfase que não vou parar de falar pq ele me interrompeu e que vai escutar tudo até o final. Ele fica mais bravo ainda. Mas sempre me interrompe com uma grosseria e também é sarcástico. Fico muito feliz de ler seus comentários sobre essa percepção que teve após se medicar. Não quero, de forma alguma, que ele me peça perdão por tudo que fez ou falou. Eu não tenho nenhuma mágoa disso, agora. Antes, realmente, ficava pensando em tudo que ele fez durante esses 10 anos e não achava justo, sempre eu pensava: como ele é mal agradecido! como ele não percebe tudo que fiz e faço por ele e ainda reclama, exige, xinga? como ele consegue ter tanta falta de bom senso e percepção? como ele consegue deixar eu tendo monólogos e ser tão indiferente comigo quando estou falando? Hoje, depois de descobrir o TDAH, não tenho nenhum tipo de ressentimento ou mágoa e, como já disse outras vezes, fiquei muito feliz de ter descoberto isso. Conheço ele profundamente pra saber o quão bom ser humano ele é e sempre achei estranho essas atitudes ruins que ele tinha/tem, e todas... todas mesmo... são justificadas pelo TDAH.
      Claro que não remoer essas coisas do passado, não significa que eu tenha paciência para suportar os sintomas que percebo e reconheço hoje nele, e por isso, mais do que nunca, quero que ele realmente se trate para que eu possa finalmente conhecer única e exclusivamente a personalidade dele em ação, nem que seja por algumas horas apenas e nem que seja pra ele ter a percepção de tudo que fez e falou, durante essas horas. Me incomoda muito ele não perceber isso e achar absurda as coisas que falo pra ele.
      Enfim, mais uma vez, obrigada por compartilhar.

      Um abraço,

      Simone

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  7. Alexandre, é com grande carinho e adimiração a sua pessoa que eu resolvi gravar um audio, falando da minha vida, das minhas derrotas e como eu tento me erguer.

    O audio serve um pouco de incentivo aos jovens, que estão lutando e se sentindo incompreendido.

    Peço sua gentileza de conferir, e se possivel postá-lo aqui no site, como forma de post, é upado pelo o SoundClound, eles fornecem um código muito interessante de integração com post.

    Confira: https://soundcloud.com/danilo-alves/tdah

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    1. Danilo, fui lá conferir seu áudio, gostei muito de sua iniciativa e criatividade. Parabéns.

      Vou até enviar para meu filho ouvir, ele tem a sua idade.

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    2. A propósito, Alexandre, gostei muito da ideia de Danilo de possibilitar depoimentos em áudio, acho a ideia melhor que o chat aí de baixo.

      Se vira, cara.

      Hoje tô com a "macaca".

      Abraço a todos.

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    3. Oi Danilo, já te respondi via Facebook e repito aqui: tenho que pensar em como vou utilizar seu áudio, ele é bem longo. Gostei muito, mas você deu umas viajadas e preciso ouvir novamente pra dar uma filtrada.
      Obrigado
      Abraços

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    4. Walter, como substituir o chat por esse áudio, isso são gravações, e acho que não dá pra bater papo.
      Gostei de sua alta produtividade, sinal que você estava com saudade do blog.
      Abraços
      Alexandre

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  8. Olá, adoro esse blog, o mais curioso que percebo é a maneira que cada lida com o transtorno, vejo que a maioria aqui diz que o melhor tratamento é a aceitação, inclusive minha antiga psiquiatra/psicóloga, me dizia assim que sou mt dura comigo mesma, que o meu padrão de exigência é mt alto, que preciso me pedoar as vezes pois minhas atitudes são culpa do meu transtorno e que devo assumir isso para mim.
    percebo até que o alexandre sempre começa com "o tdah tal coisa..", como se fosse a própria personificação da doença, na minha opinião, assumir isso como meu EU, não faz nenhum bem, tento fugir desse rotulo o máximo que posso, digo sempre para mim mesma que sou uma pessoa absolutamente NORMAL, um pouco atrapalhada, distraída e impulsiva sim! mas que não tem problemas? todo mundo tem defeitos, tento o máximo não permitir usar o tdah como um alívio, uma medida de defesa do meu ego para minha eventual inércia e ou o meus fracassos, como me propôs a médica, pelo contrário, tento sempre assumir para mim "fracassei, de novo, pela 923928º vez, por culpa EXCLUSIVAMENTE minha" seja pq não me esforcei o suficiente, seja por algum deslize, sempre tento não deixar esse rotulo não incorporar em mim, até para não me render a inércia, e nem ficar com peninha de mim mesma, sou absolutamente normal, não sou diferente de ninguém, tenho a mesma capacidade que qualquer um!!~e não me rendo!!!! por mais que minha psiquiatra diga "olha para aquela criança e diga q ela não tem culpa, ela tem TDAH", com transtorno ou sem transtorno fui uma criança fracassada sim, o diagnostico dessa doença não muda absolutamente nada os fatos que ocorreram no meu passado, agora eu ficar conivente, me sentir mais incapaz dos que os outros pq os médicos me disseram que tenho deficiência de dopamina, e assumir isso para mim "sou pior q os outros, tenho TDAH, preciso me matar de esforço para alcançar o mesmo patamar que as outras pessoas" JAMAIS!!! nunca vou me permitir acreditar nisso, me irrita demais quando dizem que tdah tem dificuldade de aprendizado, para começar é dificuldade de prestar atenção, com foco, aprendo com mesma rapidez do que qualquer pessoa.
    e é isso que tento fazer, trabalhar o meu foco o máximo que posso, e o que mais tento mesmo, que para mim é o mais difícil é não me comparar com as pessoas!!! sinceramente, as vezes acho que nossa atitude como diagnosticados para o mundo deveria ser "não tenho dificuldade aprendizado coisa nenhuma! tenho capacidade sim! não sou pior que ninguém, posso ser distraído,impulsivo sim, as quem não tem defeito?" não difícil só pra gente, tá difícil pra todo, os defeitos das outras pessoas também as limitam, isso não é exclusividade do tdah, isso faz parte da nossa vida, não define nossa personalidade, tomo os remédios e tento melhorar minhas fraquezas, não como uma "tdah", mas como um ser humano que precisa evoluir, me recuso ter uma postura conivente! me recuso a dizer "que tenho mais dificuldade", não sou pior que ninguém, eu sei que parece discurso de recalcada, mas não vou deixar influenciarem minha auto estima e ate minha vida assim pelos "especialistas", minha dificuldade não é maior que a de ninguém...

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    1. PARABÉNS!!!!!
      Esse é o melhor caminho para jamais se tratar e melhorar. Mantenha-se assim e ao final da sua vida você terá uma enorme coleção de derrotas e fracassos para contar a seus netos e descendentes.
      A negação é a maior sabotagem que o TDAH pode fazer com um portador. E você caiu nessa cilada e a defende com unhas e dentes.
      Você não é burra, eu não sou, o portador de TDAH em geral possui inteligência acima da média.
      NÓS TEMOS UMA DOENÇA FÍSICA, quer você queira, quer não. O diabético pode negar seu tratamento e acabará por ficar cego ou ter um membro amputado,antes de morrer. Ou o hipertenso que mesmo após um derrame se nega a tomar o remédio da pressão.
      Continue em frente, o abismo está se aproximando e você ainda não percebeu.
      Boa sorte,
      Alexandre

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    2. infelizmente alexandre, nossa inteligência não é acima da média não...pelo contrário..

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    3. Leia mais e informe-se mais sobre o TDAH e verá que tenho razão. Você está confundindo inteligência com atenção.
      Isso que digo é comprovado pela medicina.
      Abraços
      Alexandre

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    4. Acesse o site da ABDA ( www.tdah.org.br) e lá você encontrará vários textos sobre TDAH e a maioria deles diz isso, o TDAH é déficit de atenção e não de inteligência.
      Acredite em você, provavelmente você tem alguma comorbidade, transtorno de humor, depressão, sei lá.
      Abraços
      Alexandre

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  9. gente, me desculpem se desanimei vcs, é pq me sinto assim mesmo, pq cansei da minha psiquiatra me convencendo que meu cérebro é uma sopa química, que eventuais alterações de neurotransmissores no meu lobo frontal define tudo que vivi na minha vida e me condena para o resto da vida, que se to tristinha "toma aqui antidepressivozinho pra regular sua serotonina", "presta atenção não? toma aqui um metilfelanato que regula suas dopaminas", não acho que é simples assim, e não acho que eles tem tanta propriedade assim para definir que temos uma incapacidade genética.
    sim, é claro, que o TDAH atrapalha atenção, traz impulsividade, mas não acho que eles devam nos estigmatizar assim! infelizmente, a impressão que tenho é que a psiquiatria está atrasadíssima, e sinto ainda que o diagnostico para eles é tipo "ah, burrinho, avoadinho, hum, tem TDAH". e nós, que passamos por isso na pele, sabemos que é uma visão completamente equivocada. mas é o que disse, não acho q deveríamos permitir as pessoas nos verem como deficientes ou como doença inventada pra desculpar o desleixo, a preguiça e a burrice. acho q deveria ser encarada como uma parcela da nossa vida que não determina o tipo de vida que optamos por levar, que somos normais! já cheguei a ver pessoa TDAH se inscrever em concurso publico nas cotas dos deficientes!!! ora, pessoas, nosso grau de cognição não é inferior do que o de ninguém, somos tão inteligentes e capazes quanto, podemos passar em concurso perfeitamente por nossos méritos! sem reservas de vagas!

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    1. Não precisa se desculpar, aqui ninguém desanima com esse tipo de comentário, já nos acostumamos. Interessante como uma pessoa aparentemente inteligente e bem informada cava sua própria sepultura.
      Uma sugestão: pare e pense na sua vida, em todos os erros que cometeu, em toda a sua luta para ser igual aos outros. Você adotou uma postura arrogante e auto destrutiva em relação ao TDAH e seus fracassos devem estar se acumulando; claro que você não vai admitir aqui depois de tudo o que escreveu, mas se você foi diagnosticada como TDAH, se você está procurando sobre o assunto na internet, o que você está procurando é SOCORRO. Socorro por tudo o que o TDAH está fazendo na sua vida, mas seu intelecto pseudo racional se nega a admitir. Seu orgulho de ser humano inteligente se nega a aceitar ser portadora de uma doença. E você é uma pessoa com uma doença mental, por isso está aqui.
      Não sei se estou sendo duro, até grosseiro, mas seu discurso é eivado de erros e miopia.
      Ninguém aqui ou em lugar nenhum aceitou ser inferior, muito pelo contrário, nosso discurso é de afirmação diante de uma sociedade, essa sim a maior responsável por esses estigmas que você tanto proclama. Este é um espaço de afirmação, de negação desse estigma.
      VOCÊ SE SENTE INFERIOR E POR ISSO ESPERNEIA TANTO.
      Aceite sua doença, trate-se e seja uma pessoa muito melhor do que é hoje. Pare de brigar com o inevitável; VOCÊ É TDAH, E PONTO FINAL! Sua negação é inócua e infantil. Aliás, a infantilidade é típica da nossa doença.
      Não se irrite ou se constranja com minha resposta, apenas sua postura me irrita um pouco; você parece uma pessoa inteligente e está se afundando por sua própria arrogância.
      VEM PRO NOSSO LADO, TRATADOS SOMOS IMBATÍVEIS!
      Abraço
      Alexandre

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    2. desculpe mais uma vez alexandre, realmente a última coisa que quis foi parecer arrogante! e claro, tenho total reconhecimento do esclarescimento e força que o seu blog proporciona para os TDAH. entendo que meu comentário deve ter sido irritante msm, por ser uma opinião diferente da habitual, escrevi por impulsão, e como vc sabe, essas coisas nunca dão certo. e por favor, jamais quis passar a imagem de" inteligentona", pseudointelectual, ou sei la o que seja.. apenas pessoalmente, PARA MIM, acredito mt que me colocar numa posição mais ativa me ajuda mais! mas foi totalmente equivocado da minha parte aconselhar isso para as pessoas, até arrogante mesmo, como vc disse, pessoas mt mais velhas, com mt mais experiência do que eu, e eu aqui querendo aconselhar alguém... ridículo mesmo...
      mas eu me trato sim, uso medicamento, faço tcc, mas infelizmente acho que o tdah passa a imagem de inferioridade sim, de burrice, e td vez que minha psiquiatra me diz para não culpar pois tenho tdah, uma doença incurável, penso que se for assim então, estou condenada!! enfim, tento não me apegar tanto a esse diagnostico!!
      e me desculpe mais uma vez pelo desserviço que prestei aqui, desestimulando as pessoas e tudo mais em um blog tão bacana que só ajuda quem precisa!

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    3. Não precisa se desculpar, mas na verdade não entendi muito bem sua posição. Se você se trata, automaticamente reconhece a existência do TDAH e por que age dessa forma?
      Entendi que você negava até mesmo o tratamento.
      Minha reação impulsiva deveu-se muito mais a seu discurso de negação do que divergência de opinião; na negação quem perde somos nós mesmos.
      Se você não se importar eu gostaria que você explicasse melhor seu discurso, que achei até meio raivoso contra o TDAH.
      Quanto ao comentário acima vou desconsiderar, afinal, a mesma impulsividade que você teve ao comentar eu tive para responder. Creio que por ser TDAH você entendeu minha postura. De qualquer forma, se a ofendi, perdoe-me, não foi minha intenção.
      Abraços
      Alexandre

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  10. eu sei que cada um opta pela maneira que melhor lida ao transtorno, mas de qualquer forma dou o conselho -- NÃO SE PRENDA A ESSE DIAGNOSTICO!!! ELE NAO DEFINE SUA VIDA, NÃO TE CONDENA!!!!
    Se vc acha que o seu filhinho ta indo mal na escola, não é pq ele burro e nem necessariamente tem TDAH, ele pode ter problemas emocionais, não ter se adaptado a escola ou ate msm ter o TDAH, mas isso não o torna burrinho, se vc ama seu filho, cuida da auto estima dele!!!!! pq isso mais que tudo, vai contribuir para o futuro em questão!
    e por favor, não endosse a qualificação que nos atribuíram, não o estigmatize!!!!!!!!!!!
    não reforce que ele que ele avoado pq tem o TDAH, POR FAVOR, não o torne autocomplacente!!!!!!!!!!! e PELAMORDEDEUS, tome o remédio, trabalhe a organização MAS NÃO SE PRENDA A ESSE DIAGNOSTICO, ele não define o seu filhinho!!! "cuidado com o que vc diz para seu cérebro, ele acredita!" -- cuidado em dobro para o q vc diz para o cérebro do seu filho!

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    1. Ser portador de TDAH não me faz melhor, nem pior, que ninguém.

      Me faz ser diferente.

      Me faz pensar e reagir de forma diferente que a maioria das pessoas pensam e agem em situações idênticas.

      Me conhecer, saber que tenho este comportamento diferente, saber que as pessoas esperam de mim comportamentos e atitudes diferentes das que tenho, me compreender e me perdoar, compreender e perdoar as pessoas ao meu redor, principalmente quando elas externam ficar "decepcionadas" com minhas atitudes, me fizeram muito mais feliz.

      Saber ser TDAH mudaram as "merdas" que fiz? não. As merdas que fiz me machucaram muito e aos meus mais caros familiares, de formas e modos de extrema dor.

      Isto é fato.

      Saber que tais atitudes foram influenciadas e facilitadas por deficiência de neurotransmissores me levantou a minha auto estima, pois, se não fosse assim, continuaria na certeza que tinha de que eu era um: Mau caráter, Ingrato, filho desalmado, amigo desleal, profissional desprezível, etc....

      Anônima, vc tem pessoas com 50 anos de idade, como eu o Alexandre, a Maria, e dezenas de outras pessoas que somente querem o bem dos seus iguais TDAH, é muita experiência juntas, todos nós querendo ajudar e com solidariedade no coração, todos, falando do benefício, para não dizer da Felicidade e grande alívio, de saber-se TDAH e realizar o auto perdão;

      Vc tem uma médica, gabaritada, dizendo e lhe explicando fisiologicamente o que é o TDA.

      Todos estão errados?

      Aceitar ser TDAH não é aceitar-se menor ou mais incapaz que outros, e aceitar ser diferente, medicar-se, tratar-se, para que estas diferenças não lhe destrua profissionalmente, socialmente,...e por aí vai.

      Lei este blog um pouco mais, os posts mais antigos e seus comentários, veja as tragédias humanas que frequentemente aparecem nos relatos relacionados ao TDAH, eles me cortam o coração e me vejo em vários deles.

      Mas você verá também que em muitos deles surge uma luz interior, uma enorme energia de vida, grande felicidade, força vital, etc. Tudo aflorando nos depoimentos de quem se aceita e se trata como TDAH.

      Será tudo falso???

      Sim, cada um sabe o que faz de sua vida, e tem o livro arbítrio para fazer dela o que bem entender. O meu filho sempre diz: "Deus deu a vida a todos para que cada um cuide da sua.

      Mas a função deste blog, acredito eu, é através dos testemunhos de vida de cada um, ajudar os outros a se posicionarem nas suas próprias dificuldades.

      Não digo ao meu filho TDAH que ele é "burrinho", até porque isto é falso. Digo a ele: "você tem criar estratégias para administrar a suas dificuldades de agendar compromissos, gerenciar a sua mesada, etc, por conta do TDAH", e, em seguida, discuto com ele as estratégias.

      Enfim, ... tenho dito.

      Grande abraço a você e a todos os demais deste blog, e que sejamos, todos nós, com, sem TDAH, muito felizes.

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    2. pois é, por isso que disse q é curioso, vc encara como um alivio, eu encaro como um estigma de incapacidade q não quero carregar e nem me conformar...
      mas vvc tem toda razão, falei por impulsividade, e estou mt arrependida dos meus comentários, cada pessoa é uma pessoa, ninguém ta dentro da psique de ninguém pra julgar qual a melhor maneira de encarar isso... me desculpem!!! de coração!!! principalmente se desanimei alguém do tratamento, se sem querer ofendi! fui mt imatura msm!!!!!!!!!!!! mas me desculpe a sinceridade, mas quando deixo escapar p alguém q tenho tdah, a impressão q tenho q já me veem como burra...

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    3. Eu concordo com a anônima, quem possui o TDAH não deve negá-lo, deve procurar o tratamento sim, mas ao mesmo tempo, não contar só com o remédio. Deve continuar se policiando como sempre fez. Deve-se evitar usar o fato de errar devido à uma dificuldade de manter o foco, como uma justificativa. Deve-se assumir a doença para si mesmo, mas não usá-la como justificativa e se cobrar menos por isso.
      Fe

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    4. alexandre, não sei como apagar meus comentários, mas gostaria que o fizesse, para não influenciar negativamente alguém que precisa de ajuda.. valeu..

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    5. Não gostaria de apagá-los, acho a discussão estimulante, inclusive essa sua atitude mostra a impulsividade típica do TDAH e de como ele age em você.
      Aceite sua doença, trate-se! Como disse o Walter em seu belíssimo comentário acima, somos diferentes, temos tempos diferentes de ação, apenas isso.
      Você nega o TDAH e só piora sua situação.
      A melhor maneira de tratar-se é aceitar e se policiar, é enxergar o TDAH agindo na sua vida e interromper essa manifestação da doença na sua vida.
      Se você quiser, e insistir nisso, eu apago, mas não gostaria, mesmo que eu tenha me arrependido de parte das minhas respostas. rsrsrs
      Abraços
      Alexandre

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    6. GRANDE WALTER!
      RETORNOU COM CHAVE DE OURO!!!!
      Parabéns por seu brilhante comentário, e obrigado por sua volta.
      Abração
      Alexandre

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    7. neste caso tudo bem, minha maior preocupação era realmente ter desestimulado alguém que entrou aqui procurando um conforto...

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    8. Esse espaço é pra isso mesmo, um espaço onde todos podemos externar nossas opiniões e principalmente nossos sentimentos. O debate não nos desestimula, o que nos desestimula são nossos erros, nossas falhas.
      Abraço
      Alexandre

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    9. Anônimo, concordo com o Alexandre, não tire seu comentário não, o debate nos enriquece.

      Acho que é o objetivo deste blog, promover debates.

      As vezes eu até sinto falta de umas discussões mais acaloradas para animar a leitura.

      Já tentei até divergir do Alexandre, mais é uma tarefa difícil, ainda mais que minha "Lineuzinha" disse que ele é muito "gentil" e "carinhoso" nos comentários". kkkk

      Mas estou à espreita... se ele vacilar, vou divergir dele também. kkk.

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    10. Sou da Campanha NÃO APAGA!!
      O que seria do azul se todos gostassem do amarelo?
      As pessoas aqui na maioria das vezes está procurando soluções e não conforto. Anonima, a impulsividade é um sintoma que atrapalha muito um TDAH. Não pense que para chegar aqui foi fácil. Ser diagnosticado depois de 13 anos pulando de médico em médico, usando todo tipo de remédio, terapias diversas, gastando o que não tem para tentar melhorar. Quem aqui não pensou um dia em aliviar seu sofrimento de uma maneira covarde? Levante a cabeça e siga. Você vai cair e terá que levantar e lá na frente vai se orgulhar de ter tentado! Temos 40, 50 anos e perdemos muitas "oportunidades", sempre fomos rotulados de "ele é tão inteligente, mas nunca dá certo, nunca termina nada!"
      Claro que conforto faz parte, mas se estiver fora da sua zona de conforto vai ter que ser virar!
      Nós criamos as nossas próprias armadilhas e o TDAH é louco para nos jogar na lama!
      Abaixo à auto-sabotagem!!

      to com a macaca hj!
      abraços,
      Rafael
      PS. tratamento é qualquer coisa que seja positivo e melhore sua condição. Um psiquiatra vai tender a tática medicamentosa e vai indicar terapia. Tem muitos outros tratamentos. Só depende da gente se dispor em fazer algum deles!! Quando parei de criticar e comecei a agir minha vida mudou!

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    11. Brilhante Rafael!
      Ta com a macaca, mas uma macaca com PHD em TDAH. kkk
      É isso meu amigo, nossa luta é feita de muitas quedas e reerguimentos. E jamais desistimos, essa é uma característica do TDAH, a força para se reerguer.
      Obrigado por sua brilhante participação.
      Viu Anônima, por que te pedi pra não apagar? O quanto todos nós aprendemos e pensamos graças aos seus comentários. Não desapareça por favor.
      Abraços
      Alexandre

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  11. Não é fácil mesmo. Parece que Tdah faz a gente enxergar as coisas sempre piores do que realmente são, assim tomamos decisões erradas na busca da novidade, da mudança.
    tô pensando em mudar de curso, faço quimica, com 70% já concluídos, mas sei que escolhi errado, e fui adiando a decisão de mudar (como sempre), até não aguentar mais. Dá um medo de largar tudo e descobrir que foi mais uma decisão no impulso.
    Fora as outras "coisinhas" que ele traz, como baixa auto estima, imaturidade, ainda tenho dificuldade de socialização,etc é muita coisa pra uma pessoa só.
    Alexandre, quero dizer que leio sempre seu blog, ele é de grande ajuda pra mim, tanto pelos seus posts quanto pelos comentários.

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    1. Pense, Maria!
      Muito cuidado! Essa insatisfação com o curso pode ser apenas a insatisfação gerada pelo TDAH em nossas vidas. Por que você escolheu esse curso? Vai trocá-lo por qual? Será que seu novo curso não te trará novas frustrações?
      Muito cuidado, somos insatisfeitos por causa de nossa doença.
      Pense se as razões que você está alegando são verídicas ou apenas uma forma de se 'enganar' e se auto sabotar.
      Isto está me cheirando a auto sabotagem.
      Abraços
      Alexandre

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    2. Oi Maria, tbém faço química, baita curso difícil né? Pra mim tbém faltam poucos matérias pra terminar, as vezes tenho vontade de largar tudo e fazer outra coisa, mas daí vem as dúvidas. E se no novo curso surgirem as mesmas dificuldades? E se de novo eu me desanimar, e se o problema for eu?
      Eu me imaginava sendo uma grande cientista no futuro, rsrsrs, mas quando me deparei com tanta coisa difícil, deixei um pouco de sonhar.
      Mas admito que depois que comecei a fazer um tratamento para tdah, meu desempenho acadêmico melhorou bastante, mas mesmo assim, as vezes fico desanimada sem saber o que fazer.

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    3. Anonima e Alexandre, o curso é difícil d+ tem quase td de engenharia e as disciplinas de educação (o meu é licenciatura tbm). Fora o medo de errar que tenho qdo tô no laboratório, fico tão tensa que acabo errando mesmo. As pessoas do curso tbm, são totalmente normais kkk Td está me incomodando.
      A Rita me ajudou muito quanto aos estudos e meu desempenho melhorou tbm, mas eu avacalho comigo mesma, ás vezes tomo remédio, ás vezes não. Sou minha pior inimiga.
      Quanto á mudança de curso estava/estou querendo mudar pra Geologia, pela descrição do curso e da profissão parece "perfeito" pra mim. Olha que sonho: "atividade do geólogo, que vai ter de acampar em lugares distantes, conhecer populações diferentes e lidar com a solidão da vida de pesquisador."
      Lá no fundo, eu sinto que tô certa, preciso gostar muito de uma coisa pra conseguir fazê-la, senão não sai nada. Vcs tbm são assim ou será imaturidade minha? Talvez eu deva virar hippie kk

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    4. Oi Maria, no começo do tratamento eu também avacalhava e não tomava o remédio todo dia, no começo, eu achava que ritalina era um remédio que devesse ser tomado só para estudar pra uma prova, por exemplo.

      Hoje eu tomo de segunda a sexta, e as vezes no final de semana quando tenho muita coisa pra estudar. Ao contrário do que muita gente diz, o remédio não nos torna mais inteligente, mas no meu caso, eu consigo ficar mais horas estudando sem me entendiar, antes isto era impossível, qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo me distraia. Outra coisa, agora consigo aprender algo durante as aulas, antes eu só ia pra responder chamada. Foi uma pena eu ter procurado médico meio tarde, mas antes tarde do que nunca.

      Sabe Maria, como eu escrevi antes, as vezes tenho vontade de largar o curso e partir pra outra faculdade, mas eu já deixei tanta coisa pela metade, que hoje, mesmo não estando muito feliz, acho que a melhor coisa pra mim, é terminar este curso de Química. Quem sabe depois, penso em outra opção pra mim.
      Já abandonei duas faculdades, uma de engenharia da computação, e outra de engenharia eletrica, as duas eu abandonei porque achava tudo muito dificil, vivia cheia de dp.

      Maria vc quer fazer geologia, mas antes dá uma olhada na grade curricular deste curso. Pelo que sei tem muito calculo e física (minhas maiiores dificuldades) pensa bem antes de fazer a escolha, veja quais são as suas dificuldades, pra não trocar 6 por meia duzia.

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    5. Maria, somos mesmo nossos piores inimigos, e somos mesmo imaturos.
      Insisto em que você pese melhor suas razões e avalie melhor seu desempenho. Não seria o caso de se formar em química e pós graduar-se em geologia?
      A descrição do curso de geologia parece legal, mas meio utópica, meio idealizada, não te parece?
      Nenhum de nós está em seu lugar ou vive sua vida para interferir na sua decisão, mas já jogamos tanta coisa fora, Maria, que tememos que você faça o mesmo.
      Pense com calma.
      Achei sensacional a intervenção da amiga anônima, sempre sonhei com esse papel pro blog, que as pessoas interajam entre si, se ajudem mutuamente. Obrigado a ambas.
      Abraços
      Alexandre

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  12. Alexandre, aqui é a Chris K.; quero agradecer a você e ao Elias por terem me respondido quando comentei no post anterior. É bom ler uma palavra de consolo de pessoas que passam pelo mesmo problema que eu.
    Agora estou mais calma, hehehehe É que quando escrevi anteriormente, era madrugada, eu estava com insônia, sentindo uma ansiedade, sentindo uma urgência de tudo!

    Eu não sei se com outras pessoas aqui acontece isto, mas as vezes tenho uns momentos de ansiedade tão grande, que não consigo dormir, nem comer nem fazer nada, chego a ficar com dor no pescoço e nas costas, de tão rígidos que ficam meus músculos. Só fico com uns pensamentos fixos na cabeça, isto me invade de tal forma que não consigo relaxar.
    Outra coisa, desta vez vou fazer o tratamento certinho,, todos os dias, antes eu era muito relaxada, tomava o remédio um dia sim, dois não. Como você sempre diz, não é bom a gente ficar se sabotando hehehe

    Chris K.

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    1. Boa tarde, Chris K.!
      Será que sua ansiedade não é uma comorbidade? Você toma algum ansiolítico? Converse com seu médico sobre as comorbidades.
      Tratar-se corretamente é a melhor solução, cuide-se e seja muito mais feliz.
      Abraços
      Alexandre

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  13. As brigas, os defeitos, tudo isso surge diante de nossos olhos como a nos dizer: a pessoa que está diante de você não tem nenhum desses defeitos! Um estímulo ao prazer imediato alimentando o jogo da sedução.


    alexandre, não entendi esta parte do teu texto. Poderia explicar melhor?

    obrigada,

    Júlia.

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    1. Oi Júlia!
      O que eu disse foi que muitos de nós tem uma certa 'necessidade' de paquerar, trocar olhares, conversar sobre sexo e outros assuntos com outras pessoas que não sejam seus parceiros fixos. Esse jogo de sedução é um prazer imediato que pode destruir o relacionamento estável que temos e que queremos manter. Para alimentar nosso comportamento auto destrutivo, impulsivo, nosso cérebro inunda nossos pensamentos com os piores momentos de nossos relacionamentos, como que para fazer crer que o alvo da sedução é melhor do que nosso parceiro fixo.
      Espero que tenha me explicado melhor.
      Um abraço
      Alexandre

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  14. Olá, pessoal
    Um artigo que achei interessante

    " TDAH - Sintomas frequentemente confundidos com irresponsabilidade.

    Antes de mais nada gostaria de elucidar que o que me motivou a escrever essas linhas foram os frequentes relatos de pacientes portadores de TDAH que diziam se sentir irresponsáveis perante a família, o trabalho ou a vida acadêmica.

    Embora os comportamentos relatados por essas pessoas sejam iguais ou muito semelhantes aos dos tidos "irresponsáveis", o que motiva os referidos comportamentos é de ordem completamente adversa.

    Uma vez que o TDAH é concebido como um transtorno de origem neurobiológica que se caracteriza por uma desregulação nos sistemas dopaminérgicos e noradrenérgicos e que esses são responsáveis pelo controle da atenção, organização, planejamento, motivação, cognição, atividade motora, funções executivas e sistema emocional de recompensa, todos os comportamentos, que embora muito se assemelhem com os comportamentos de um "irresponsável", acontecem a revelia do querer dessas pessoas, e o que é pior, acontecem sob a luz de seus próprios julgamentos, pois muitas vezes condenam e julgam ações semelhantes.

    Agora falaremos um pouco sobre as pessoas tidas como "irresponsáveis"; são pessoas que geralmente provém de uma educação inadequada onde os valores e a ética frequentemente são deturpados. Comportamentos como: atrasar contas e procrastinar tarefas são adotados de forma "consciente", ou seja, a pessoa decide por agir dessa maneira.

    Embora a motivação e o nível de consciência da ação sejam diferentes, o resultado, a grosso modo, é o mesmo, o que torna a vida dessas pessoas ainda mais difícil, pois além de desaprovarem seu próprio comportamento, são julgados o tempo inteiro como se fossem realmente irresponsáveis.

    Sendo assim, se faz importante a busca pelo tratamento, que não dá conta de curar o transtorno, mas auxilia o indivíduo no desenvolvimento de estratégias para lidar com essa condição de forma a minimizar esses comportamentos tão indesejáveis.

    Um indivíduo pode viver a vida inteira se auto-depreciando e pagando um preço muito alto pela ausência de informação e de tratamento, por isso, se você se identifica com as descritas situações, busque a ajuda de um profissional.

    Texto por Viviane Cornachini"

    Fonte http://www.tdah.net.br/artigo2.html

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    1. Legal, gostei muito do texto e creio que posso pensar num post sobre esse assunto, que aliás domino muito bem. rsrsrs
      Quem não é TDAH não imagina quão tortuoso pode ser nosso pensamento, e quanto somos dominados pela doença.
      Ainda nos chamam de irresponsáveis; mas agimos como tal.
      Abraços
      Alexandre

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  15. Concordo com a anônima, tenho uma filha de 6 anos diagnosticada e optei por não utilizar a medicação, ao invés disso a coloquei na psicopedagoga, e trabalho mt sua disciplina e organização, e seu rendimento melhorou demais! e penso da mesma maneira, não abaixo meu nível de exigência com ela e nem me torno complacente pois confio na sua capacidade para acompanhar qualquer criança da mesma idade, e acredito que isso fortalece sua autoestima e não ficar passando a mão na cabeça reforçando que suas atitudes frutos do sintomas de sua déficit de atenção, gostei do que você disse, aliás vou reproduzir para minha filha, que ela tem o TDAH, mas as outras crianças também têm problemas e isso faz parte de ser normal. carinhosamente, Fabiana

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    1. Bom dia, Fabiana!
      Realmente, na criança uma estrutura de apoio e cobrança é capaz de superar as falhas do TDAH. O problema é que na vida adulta já forjamos uma personalidade meio beligerante, e na maioria das vezes não aceitamos cobranças e nem mesmo ajuda.
      Respeito a opinião da anônima, mas a partir do momento em que ela a expôs aqui eu tenho o direito de concordar ou discordar dela; e discordo. A melhor maneira de nós, adultos, nos ajudarmos é reconhecendo nossa doença e combatendo-a. Negar sua existência e sua influência em nosso comportamento somente dificulta nossa vida.
      São estratégias diferentes para adultos e crianças.
      Abraços
      Alexandre

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  16. Pessoal,

    Estou vendo que houve alguns desentendimentos com relação a "se render" ou não ao TDAH e tb uma má interpretação, ao meu ver, das declarações do Alexandre.

    Estou apenas estudando ainda, tentando entender o assunto, afinal acabo de descobrir que o meu marido, após 10 anos de muitos altos e baixos, tem TDAH. Sim, descobrir isso foi maravilhoso. Quantas e quantas coisas ruins passamos e consigo hoje saber que tudo foi devido ao TDAH. Não é questão de se apoiar ou não no diagnóstico ou usá-lo como pretexto para continuar ou não cometendo os mesmos "erros". Acontece que vai muito além de querer ou não ter o transtorno, aceitar ou não, ele simplesmente está lá. É físico, é químico, não tem como negá-lo. Mas, há tratamento: medicamento, terapêutico, tem os outros mais modernos também que nem sei dizer o nome técnico em que se encaixam. Enfim, sem procurar os tratamentos disponíveis (remédios, terapia, etc), sem utilizar inúmeras técnicas disponíveis (essas sim estão diretamente ligadas ao esforço de cada um, porém acredito que o medicamento também ajude a colocá-las em prática), não irão conseguir se livrar do TDAH. Vai muito além de apenas não querer ter e renegar isto.

    Quanto a inteligência, se vcs entrarem no site www.universotdah.com.br, irem na seção TDAH em adultos e depois irem em “benefícios”, poderão ver a quantidade de pessoas extremamente inteligentes e bem sucedidas que foram/são portadoras de TDHA: Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Thomas Edison, Salvador Dalí, Walt Disney, Agatha Christie, John Lennon, Johm F. Kennedy, Steven Spilberg e vários outros.

    Acredito que aceitar o TDAH, se perdoar quando conseguir ter a percepção que cometeu um erro devido ao distúrbio e seguir em frente, se esforçando para evitar novamente o erro é fundamental.

    Eu e o Li, por diversas vezes, estudamos física quântica juntos. Ele é extremamente inteligente, criativo... faz coisas e pensa em coisas que jamais imaginei. Uma pessoa considerada "burra", jamais conseguiria fazer o que ele faz e só ele faz.

    Enfim, estou estudando ainda, mas é o que penso até o momento sobre isso.

    Além disso, achei esse vídeo de entrevista com "uma das maiores especialistas do Brasil em TDAH, a psiquiatra Maria da Conceição Rosário, professora adjunta da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)", que responde várias perguntas, sendo que neste vídeo está bem específico para o assunto em discussão. Se puderem, assistam este e os demais, estão bem esclarecedores:

    http://veja.abril.com.br/noticia/saude/16-perguntas-para-entender-o-transtorno-de-deficit-de-atencao-e-hiperatividade#tabs

    Abraço,

    Simone

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    Respostas
    1. Simone, adorei seu comentário, embora eu tenha uma certa restrição a acreditar nessa 'glamourização' do TDAH apontando pessoas como Leonardo da Vinci, Thomas Edson e outros como portadores.
      Não vejo o menor glamour em ser TDAH, desculpe o termo mas acho uma bosta, mas saber-me doente fez uma enorme diferença.
      Mas o seu apoio ao LI é sensacional. Você é uma grande mulher, parabéns!
      Abraços
      Alexandre

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    2. Oi, Alexandre!

      A intenção nem foi mesmo do "glamour". Realmente não tem nada de legal nisso, afinal, estamos falando de falta de saúde, de um "defeito" no funcionamento do cérebro.

      Citei esse site e os nomes no intuito de apresentar um parâmetro de comparação para aqueles que estavam falando que o portador de TDAH é burro, incapaz, inferior. Pura falta de conhecimento de si próprio ou do assunto, com uma bela soma de insegurança e baixa auto-estima.

      A inteligência e capacidade desses caras que citei, bem como a do Li, são inquestionáveis, assim como a de todos.

      Obrigada.

      Um abraço

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  17. Olá Alexandre!!

    Obrigada pela elucidação! Realmente tinha entendido outra coisa totalmente diferente e vc explicou bem.

    Tenho uma consulta marcada dia 17/08 para ver se tenho tdah. Pelas coisas que leio aqui, parece que tenho!!
    E provavelmente sofro com isso desde pequena sem saber, me julgando e criando uma autoestima das piores.

    Seus textos são ótimos, pra mim são terapia sabia?

    Adoro quando vc escreve sobre como as pessoas portadoras desta doença se sabotam! É aí que me identifico com a doença.

    É um auto-conhecimento muito proveitoso!!

    Obrigada!

    Júlia =)

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    1. Boa sorte, Júlia!
      Conte conosco sempre, esse blog é feito pra isso mesmo; um painel de discussão livre e democrática.
      Estaremos sempre aqui à sua espera para apoiá-la no que precisar.
      Abraços
      Alexandre

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  18. CHEGUEI DE VIAGEM E RECEBI UMA BOA NOTÍCIA: NA CAPITAL BAIANA TEM RITALINA CAINDO DO CÉU.

    Várias farmácias me ligando, informando a chega do medicamento e querendo confirmar minhas reservas.

    Comprei cinco caixas (só por precaução) porque eu tomo mesmo é o CONCERTA. kkkkkk

    OBS: Se for notícia velha, paciência, é que eu estava viajando.

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    1. EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
      Pelo menos alguém deu alguma notícia boa a respeito do abastecimento de ritalina.
      Abraços, amigo!
      Alexandre

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  19. ola! descobri o blog hoje e fiquei muito feliz em ler tantos relatos que eu mesmo poderia ter escrito! tenho 30 anos e sou musico, e por toda minha vida fui imobilizado por uma "incapacidade de tocar minha vida" e pelos julgamentos do tipo: nao quer nada com a hora do brasil, ou, t a vendo, musico nao é trabalho... enfim, enfim, continuei lutando pra fazer o que amo sem ter sequer noçao da existencia do tdah. ate que minha sogra ( essa nao é aquela do Dicró) visse uma reportagem e me encorajasse a procurar ajuda. amanha faz uma semana que comecei a tomar a ritalina 2 x ao dia. na primeira manhã foi absurda a diferença. como o oculos pro milpe. hoje passei o dia mais euforico de todos e agora a noite pela primeira vez depois do inicio do tratamento me deu um down. acho que por que descobri que acabando o efeito do remedio o tdah volta intacto. é isso mesmo ou eu estou enganado? gostaria de saber sobre a impressao de voces no inicio do tratamento. obrigado! cecel alves.

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    1. Boa noite, Cecel!
      Cara, esse é uma das melhores características do medicamento, o efeito dele não é residual, você não vicia. Muita gente só toma nos dias úteis, eu quase não tomo aos domingos.
      Isso é bom, Cecel, você pode se dar um tempinho sem remédio, dá uma desencharcada.
      Não desanime, amigo, isso é típico da doença, desacreditar de tudo e de todos.
      Força, amigo, estamos aqui pra isso!
      Se desanimar me escreva, não fique sozinho!
      Abração e boa sorte!
      Alexandre

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  20. Olá pessoal... Que bom que encontrei esse blog... Acredito que sou tdah, já me tratei um tempo e parei pois não me sinto bem com remédios e eis minha questão: existe algum tratamento natural, holistico para o tdah? Grata desde já...

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    1. Infelizmente não. Pelo menos aqui no blog, e através de minha médica jamais fiquei sabendo de nada que funcionasse realmente sem remédios.
      Uma boa terapia pode reduzir os efeitos negativos em sua vida...
      Abraços
      Alexandre

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  21. Olá Alexandre , encontrei teu blog há alguns dias atrás por buscar na internet uma maneira de tentar manter minha concentração, uma vez que sou dispersa fora do normal, pesquisas e pesquisas eu encontrei uma resposta de que isso poderia ser uma doença, fiquei preocupada e receosa e mais ainda quando pesquisei mais e respondi a alguns questionários que infelizmente indicaram uma alta porcentagem de sintomas que estão ficando ao passar dos anos mais evidentes e me atormentando cada vez mais, e decidi por fim procurar auxilio de um profissional, por culpa desta possível doença minha mente trabalha de forma louca e muitas vezes sem eu querer ou perceber e isso me torna bastante criativa , irei procurar um profissional (apesar que já devia ter feito isso, e fico arrastando pra depois), mas será que o tratamento irá me tornar menos criativa ou irá acentuar minhas qualidades, digo conseguirei ter algo mais claro sobre minhas muitas ideias, agradeço pela disposição em manter este blog, é muito bom!


    Meu nome é Tainara ,peço desculpa pelo anonimato mas a paciência é um difícil exercício a cada dia mais e mais (rs) .

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  22. Olá,

    Tenho 20 anos, curso Biologia e fui diagnosticada com TDA ha uns meses. Eu nunca entendi o porque na infancia eu era a "burra" da turma, sendo que passava horas e horas em cima dos livros. Sofria punições físicas e psicológicas dos meus pais, que falavam que eu tinha preguiça de estudar, tbm fui muita humilhada por professores em sala de aula.
    Depois de muito choro, humilhação, e de desistências (sim, eu smp comecei cursos que eu amava de paixão, e deixava-os pela metade). Conversando com uma amg, que tb tem TDA, me orientou a procurar um neurologista, que me receitou a ritalina. Meus pais até hoje acha que o TDH é uma doença que eu inventai pra chamar atenção deles, mas só eu sei o que eu passei durante a infância e passo até hj!
    Sou muito pessimista, triste, e vivo querendo terminar meu relacionamento.
    Encontrei no blog um caminho pra tentar me entender.
    Só fico ainda chateada, que mesmo com o tratamento eu sinto vontade de desistir da faculdade porque estou prestes a reprovar :(

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  23. Olá pessoal.
    Tenho 34 anos e hoje matei minha curiosidade em saber, se eu possuo ou não TDAH; pois fiz a primeira consulta com uma médica neurologista, que ao término de alguns testes disse, vc tem fortes traços de ter sim a doença. O indicado e começar o quanto antes o tratamento, mas antes pedirei alguns exames complementares, como eletrocardiograma, eletroencefalograma e exames sanguíneos para começar com o medicamento. Está minha curiosidade remonta desde a época de lançamento do então extinto Orkut, onde li bastante relatos sobre está doença em comunidades e grupos de associações de DDA/TDAH, foi então que me ascendeu a luz para a doença, mesmo assim demorei para procurar ajuda médica, pois tinha em mente outra idéia deturpada da doença, que pelo fato de me auto diagnosticar TDAH, era o cara mais inteligente e esperto em relação a quem não é portador. Com o passar dos anos e das cabeçadas que dei, vi que isso realmente atrapalha e muito. Eu ainda não comecei com os medicamentos mas estou bastante esperançoso, afinal cansei de ser o cara chato, que pensa que sabe tudo, que não aceita críticas e nem não como resposta, gerando muitas vezes uma grande e irremediavel tempestade desnecessária. Sou casado e minha esposa espera um lindo bebê, hoje minha razão de querer ser uma pessoa melhor a cada dia, com foco e determinação como sempre pensava que tinha. Só que não! Esperança no tratamento e ansioso para começar. Aos novos diagnosticados ou auto diagnosticados como eu, não deixem de ir ao médico regularmente, independente se isso seja financeiramente difícil, tenha pelo menos uma certa periodicidade ainda que mais distante uma consulta da outra. Paz e foco a todos.

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    1. Obrigado, amigo! E boa sorte. Você começa agora uma longa jornada. Tenha foco e fé, você vai conseguir.
      Se precisar, estamos aqui.
      Abraços
      Alexandre

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