sábado, 19 de julho de 2014

TDAH: PAIS E FILHOS





Meu 'irmão' Walter Nascimento está em profunda dor. Segundo suas palavras, seu filho " muito TDAH, caiu". Pra quem não é portador, ou não convive conosco, cair para um TDAH é cometer erros típicos de nossas piores características: impulsividade, procrastinação, acídia (nome científico da preguiça), falta de foco, má memória, etc... Em geral cometemos os mesmos erros, aliás, essa é uma característica do TDAH que me esqueci de mencionar acima; não aprendemos com nossos próprios erros.
Não sei qual das falhas o filho do meu 'irmão' Walter cometeu, mas sei que ele pode se sentir um privilegiado. Seu pai, é um TDAH diagnosticado, um TDAH em tratamento, um TDAH com pleno conhecimento de tudo aquilo que seu amado filho está passando.
Lembra-se, Walter, de quantos tombos você tomou e teve de reerguer-se sozinho?  E pior, enquanto estava lá embaixo ainda tinha de ouvir as críticas de parentes e amigos?
Hoje, não; seu filho pode se sentir abraçado, acalentado, aconchegado e compreendido por um pai que sabe EXATAMENTE pelo que ele está passando. Ele não será bombardeado pelos pais, como você, eu e vários outros TDAHs  fomos; claro, a sociedade sempre cobrará um preço por isso. Mas ele não estará só. Nem você.
O TDAH deu ao Walter uma oportunidade de ouro de dar a mão ao seu filho, de aproximar-se ainda mais dele, de poder transmitir a experiência por ele vivida e mais ainda, de poder minorar a dor e o sofrimento do filho.
Nada disso elimina a dor de ver um filho em momento de frustração e decepção. Nada disso vai evitar que nossos filhos tenham recaídas e falhas em virtude da doença. Mas lembremo-nos: NÃO SOMOS CULPADOS POR TRANSMITIR A DOENÇA A NOSSOS FILHOS. O TDAH é uma doença biológica, e como tal está fora de nosso alcance impedir que seja transmitida a nossos filhos. Mas podemos exercer um papel fundamental; o papel de guia. Aquele que vai ensinar-lhes o caminho das pedras e evitar que repitam infinitas vezes os mesmos erros.
Claro, não conseguiremos sempre. É da doença uma certa 'atração' pela tragédia, pelo sacrifício 'consciente', ou atitudes que nos coloquem na posição de vítimas e coitadinhos.
Mas poderemos estar por perto; poderemos dar a mão sempre que precisarem.
Força Walter! Você hoje é o símbolo desse blog e sua dor o mote desse post; mas sei que , em breve, ambos, você e seu filho darão a volta por cima. Com certeza seu filho sairá mais forte e confiante, pois saberá que o pai é o seu guia e o ajudará a evitar quedas cada vez mais dolorosas e de consequências mais devastadoras.
Sua dor é a minha dor, a dor de todos os pais e mães portadores de TDAH e que veem em seus filhos a herança nefasta da doença. Não somos culpados; somos vítimas, tanto quanto nossos filhos; façamos da doença uma ponte para estreitarmos nosso amor e nosso relacionamento com aqueles que amamos.

45 comentários:

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  2. Pessoal, vou colocar aqui um texto grande, mas, se preferirem, assistam à palestrad o Padre que mencionei no post passado, pois o texto se trata de uma transcrição de algumsa partes da palestra. Colocarei aqui apenas para fazer uma "propaganda" do ue há lá, com a ressalva de que eu não acho que nós sejamos preguiçoss ou acidiosos. O que eu penso é que, como qualquer outra pessoa, temos algum grau de acídia, pois esta tem lá seus graus, mas que, e alguma forma, o TDA-H provoca um simulacro ou potencializa esse problema, dado a tantas frustrações decorrentes desse vício de ficar imaginando tantas coisas.

    Outra possibilidade poderia ser o fato de nós acharmos que a vida funciona de maniera muito mais simples, e que, por isso, ficamos imaginando que as coisas se dão na velocidade do pensamento. Por isso, estudar a realidade, como ela se dá, e, infelizmente, se frustrar com isso, pode aumentar as suas chances de cura. É oque o Padre chama de dar o passo da realidade", que é um passo difícil, mas... o que vocÊ já tentou até agora que realmente resolveu o seu problema?

    Com vocês os trechos, mas antes, o link para o site do Padre Paulo:

    https://padrepauloricardo.org/cursos/doencas-espirituais-um-olhar-que-cura

    São dois podcasts, um falando sobre a doença (Preguiça ontológica), e o outro falando sobre a terapia da doença. Gostaria MUITO que vocês dessem uma olhada.

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    1. EU me esqueci de dizer que imaginamos a vida de forma mais simples por causa de novelas e filmes, em que, por mais que a pessoa trabalhe e tenha sus estresses, o que interessa para o filme e novela não são essas partes, mas as partes mais prazerosas, portanto essas histórias não nos passam o verdadeiros sentimento que o personagem está passando, daí a GRANDE ILUSÃO DE TUDO! Na terapia da Gula também é falado sobre Jejum de Fantasia. Recomendo darem uma olhada, pois há muita gente gulosa por aí, e gula não é algo relativo à comida, mas à uma atitude espiritual diante de qualquer coisa que lhe gere algum desejo mais ou menos forte, e que começa pela Fantasia.

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    2. O tdah é muitas vezes interpretado pelas pessoas próximas como preguiça, porque uma pessoa com tdah e uma pessoa preguiçosa tem atitudes muito parecidas.
      Mas o preguiçoso age assim por escolha, e quando ele quer mudar, ele consegue sozinho.
      Já a pessoa com tdah sofre muito com as próprias atitudes que tem. Ela quer uma coisa e faz outra, tudo por causa da desatenção.
      Fe

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    3. Sim, eu sei. O preguiçoso age assim, mas ele tem consciência da sua preguiça, pois ele consegue decidir não fazer as coisas de forma consciente. O TDA-H posterga as coisas de forma mais sutil. Ele sabe que tem que fazer as coisas, mas a mente dele decide não fazer, ou então decide fazer logo depois de uma tarefa antes. Ocorre que por uma sutileza dela, ela já passa a pensar em outra coisa, e depois em outra, e depois em outra, cira um cenário na própria cabeça longe da realidade, depois volta, não se lembra nem o que pensou há 2 segundos, e já passa para outro pensamento, e vai embora. É uma mente fugidia, preguiçosa quase que ontologicamente.

      Apesar da sua consciência saber disso, ela não tem muito controle da mente, pois esta está cheia de pensamentos prazerosos que convencem a consciência a se deixar levar.

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    4. Lembrando que a consciência não concorda com tal atitude, visto a própria dificuldade que isso gera na vida da pessoa.

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  3. Trechos da Palestra sobre a Acídia
    [...]
    Nos casos mais graves de Acídia, a pessoa não tem nem mais força para sair da cama de manhã. Sair da cama de manhã é uma operação de guerra. Conseguir arranjar força em algum lugar para se levantar. Nos casos mais graves ainda, a pessoa não tem nem coragem para tomar banho, para fazer os atos mais simples da vida. Os atos mais normais começam a ser extremamente cansativos e problemáticos. Acídia!

    Parte Irracional da alma
    [...]
    Só que acontece que existe a parte irracional da alma. Aquilo que nós temos em comum com os animais. O que é que nós temos em comum com os animais? Duas coisas: uma capacidade de desejar e uma capacidade de nos irarmos, de ficarmos com raiva. Os animais desejam. E eu não estou falando só de desejo sexual. Eles têm desejo por coisas.

    O Desejo na ALMA HUMANA

    Claro que a nossa capacidade humana de desejar, porque ela está unida também com a nossa faculdade racional, nossa capacidade de desejar se manifesta de forma muito mais ampla do que entre os animais. Então, por exemplo, os animais não são capazes de manifestar o desejo deles através de uma poesia. Por exemplo, existem músicas, que vocês poderiam fazer uma lista das que vocês preferem, que manifestam o desejo de uma forma extraordinária.

    [...]
    O Desejo nos ANIMAIS
    Mas esse desejo, que é por Deus em nós, seres racionais, nos animais irracionais é o desejo do sexo, o desejo da comida, o desejo do conforto, o desejo de ter o seu território. Os cachorros saem demarcando o seu território, “esse território aqui é meu!”.

    A IRA
    E existe também a outra parte, a parte da Ira. Essa capacidade de nós estarmos irados, que também é um dom de Deus, a Ira com um dom de Deus, para nos defendermos.

    [...]
    O QUE É ENTÃO A ACÍDIA?

    A Acídia se manifesta nas duas realidades. Tanto no desejo, quanto na Ira ao mesmo tempo! Então ela pega de cheio toda a nossa parte irracional. Tanto no desejo, como na Ira.

    [...]
    Por que é que eu disse que a Acídia envolve tanto o desejo como a Ira? Porque a característica típica da Acídia, para você saber se você está com manifestações acidiosas, vamos colocar em uma frase só, para ficar bem fácil. Típico da Acídia é: odiar o que eu tenho e desejar o que eu não tenho. Em uma frase...

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    1. [...]
      Por causa desse ódio e desse desejo é que a Acídia é uma doença aparentemente contraditória. Embora eu tenha dito para vocês que ela é uma Preguiça, ao mesmo tempo ela pode se manifestar em um imenso ativismo.

      É preguiça na hora de rezar, na hora de realizar o seu trabalho, mas muitas vezes se manifesta em um extremo ativismo, da pessoa que não pode parar quieta em lugar nenhum. Irriquieta.

      [...]
      Os monges antigos viam como manifestação claríssima da Acídia, o fato de o monge querer abandonar a própria cela – o quarto do monge é chamado de cela. Querer abandonar a própria cela na hora da oração, na hora que ele tem que ficar ali sozinho, ele se sente irriquieto, ele quer sair. E começa a criar desculpas muito plausíveis: “Não, eu preciso falar com fulano a respeito de tal problema”, “Eu preciso resolver isso, fazer aquilo”. Ele fica irriquieto, ele quer sair.

      [...]
      Eu não tenho dúvida de que, por exemplo, muito da falta de decisão vocacional dos nossos jovens é também um fenômeno acidioso. O jovem faz uma faculdade, mas não é aquilo. Então ele tranca a matrícula e faz outra. Tranca e faz outra. E faz três, quatro, cinco, e não acerta nunca. Porque ele odeia o que é, e deseja o que não é. Ele está em um lugar, mas com o coração em outro lugar. Então aqui o fato desse estar irriquieto.

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    2. A VAGABUNDAGEM DOS PENSAMENTOS

      Santo Tomás de Aquino nos lembra que ninguém consegue habitar a Tristeza, e por isso é um fenômeno típico da Acídia a vagabundagem. Vagabundagem que não é necessariamente vagabundagem física, mas muitas vezes vagabundagem espiritual. Na internet, por exemplo, clica, clica e nunca está bem. Não pára em site nenhum. Passou três horas na frente da internet, e não sabe o que viu, porque não ficou em lugar nenhum.

      O controle remoto da televisão, se houvesse cento e trinta canais, ele passaria todos os cento e trinta, sem assistir a nenhum. É incapaz de ficar em algum lugar. É incapaz de repousar, de ficar quieto. Mas depois iremos ver como nós podemos resolver esses males. A palestra de hoje é somente uma tentativa de descrever essa doença espiritual, que vocês já estão vendo que não é uma doença de monges, é uma doença nossa. É uma doença bem atual.
      [...]
      É a dor do parto de um nascimento de um homem novo, de uma mulher nova!

      Por isso eles (Os Santos Padres), embora pintem com todas as cores escuras e realísticas a Acídia, eles não deixam de nos encher de ânimo e de esperança. Porque embora ele dure mais do que os outros, é passageiro. Não existe mal que não passe! Que não cesse!

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  4. Me explique porque você esta colocando esse texto aqui? Tem algo haver com tdah,ou você está dizendo que somos preguiçosos sem limites? E que eu não consegui entender muito e não consigo ler textos grandes assim,como o seu.

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    1. É o que eu falei acima. Não precisa ler, ou não precisa ler tudo. É uma espécie de "propaganda" para que vocês vejam a similaridade com o TDA-H. Não quero xinga-los de preguiçoso, embora a Acídia seja também conhecida como a Preguiça Ontológica, como se o Ser da pessoa fosse necessariamente preguiçoso. Talvez esse termo seja irônico ou algo não crônico, mas temporário e duradouro, porém, com a boa notícia de que tem cura. Portanto, convido-os novamente a irem ao site do Pe. Paulo e assistirem pelo menos a palestra da Acídia e da sua terapia em seguida. Depois, se quiserem, e também recomendo que o façam, assistirem a palestra sobre a Gula, já que TDA-H também é uma pessoa que quer muita coisa ao mesmo tempo, lembrando que Gula não é só querer comer muito, mas querer mais do que necessita.

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    2. Alexandre, este aí que nos chama de "VAGABUNDOS DO PENSAMENTO", e que diz que somos preguiçosos ontológicos, eu deixo para você responder, até porque eu disse que a "ira" não é uma das minhas característica de TDAH, e, então, não posso me contradizer.

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  5. Alexandre e Fernanda,

    Este blog, já seria fantástico somente com os textos do Alexandre, mas, quando é complementado pela participação, sincera, honesta e de boa fé dos nossos iguais, resulta numa peça chave para nós, portadores do TDAH.

    Por isto, tudo que escrevo aqui, até as “molecagens” sempre tem um propósito de ajudar outros TDAHs. Até quando faço as brincadeiras, ou conto minhas “abestalhadices”, o faço para demonstrar que, mesmo aos 50 anos, o TDAH nos faz parecer imaturos perante os outros, pois, a final, qual seria o veio de 50 anos que ainda faria tal coisa, a não ser um veio TDAH?.

    Além do mais, quando vi o Sail, tão jovem, tão inseguro, e já tão triste, não resisti em fazer “graças” para tentar tirar ele do “baixo astral” em que ele estava. Mas, sempre fiz e faço com sinceridade e, de certa forma, com uma certa exposição exagerada. Mas, este blog me deu muito, e me sinto na obrigação de retribuir.

    As vezes, quero dizer, também, que não adianta ter 100 anos de vida, pois nunca seremos "maduros o suficiente", "experiente o suficiente" para vencer o TDAH, ou para ter respostas prontas para esta ou aquela indagação do TDAH ainda em fase de descoberta. Estamos e estaremos sempre aprendendo, um com os outros, daí a beleza deste blog, que é a de permitir que, através de nossos depoimentos, nossas “quedas”, nossas vitórias, enfim, dos relatos de nossas vidas, possamos uns ajudar aos outros.

    O texto acima, verdadeiro e do fundo do meu coração, serve também para dizer “muito obrigado” pela demonstração de carinho e solidariedade de vocês.

    Estou ainda muito comovido por meu filho. Mas vou aproveitar deste espaço para, logo mais, passar um pouco da minha jornada como pai de um TDAH, hoje já com 21 anos.

    Para finalizar, gostaria de reproduzir um texto que escrevi, em junho passado, sobre os meus dois filhos. Vejam se vocês descobrem quem é o filho que é TDAH (omiti certos dados, por motivos óbvios):

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  6. Aí vai o texto.


    PAIS QUE SOFREM - PARTE I.

    A ideia era simples, racional e inteligente: Aproveitaríamos uma breve parada na nossa viagem de férias em São Paulo para comemorar o aniversário de XXXXX,, e, com isto, diminuir um pouco a dor da distância.

    Então, ele chega …

    Em quarenta e oito horas ele nos mostra um vídeo em que é jogado ladeira à baixo dentro de um carrinho de supermercado, e se estatala no chão, depis nos afaga, sobe ao palco de um bar/teatro junto com outros aniversariantes do dia e tem que fazer um “funk” misturando as palavras “estrogonofe”, “farina” e “cú”.

    “Será que ele consegue, será que não?”; “vai travar?”. Pois bem, não só ele consegue fazer o tal “funk”, como faz com tanta criatividade que é eleito o melhor de todos. Nos beija …

    No dia do seu aniversário, ele nos emociona com as muitas demonstrações de carinho de seus amigos, feitas dos modos mais criativos e hilários possíveis, mostrando o quanto é querido por todos.

    XXXX é assim, um tsunami de emoções.

    A sensação que temos é que ele chega, arrebata nossos corações sem qualquer cerimônia, e os leva para se divertir em uma montanha russa, daquelas de longas espirais e com poucos momentos de tranquilidade. Depois, tão gentilmente como pegou, ele devolve nossos corações, mas estes, claro, já não são os mesmos.

    Então, tão rapidamente quanto ele chega, ele se vai ….

    E aquela ideia tão simples, tão racional, tãooooooo inteligente de diminuir a saudade? bem, … não deu certo, pois, com a volta de XXXXX para XXXXX, imediatamente percebemos que a saudade ficou maior e o coração mais apertado.

    Ô alegria sem fim, ô saudade sem fim …

    PAIS QUE SOFREM - PARTE II.

    Respiramos fundo, recompomos o coração, pois agora vamos ter que enfrentar a jornada em busca do outro filho, aquele que não abraçamos há um ano, aquele que não quer voltar e quer seguir sua vida há muitos milhares de quilômetros dos pais e do seu país.

    Aquele que, depois de semanas implorando uma notícia, que pelo menos responda se está tudo bem ou não, responde com uma mensagem em que diz: “s”, ou seja, “sim”, estrachalando o curacao da mão aflita de saudades.

    Ô alegria sem fim, ô saudade

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  7. Boa Tarde amigos, bom pois é assim que eu ja os considero.
    Faz 6 meses que conheci meu namorado, comecei a namora-lo e até então foi tudo muito bom, até eu começar a notar o jeito dele e do filho dele, pois sou estudante de psicologia e quando estamos na faculdade temos a mania de analisar tudo e todos rsrs.
    O filho dele foi o primeiro que notei, inquietação com tudo, pra falar é sempre gritando, quando deitamos para assistir um filme, ele não para e fala o filme do começo ao fim e todos tem aquela mania de ficar "Xiuuuu Caio" rsrsrsrs. Ele sente muito ciumes do pai, me responde mal, as vezes da uma ma resposta que não sei como sai aquilo de uma criança, mas relevo. Eu e meu namorado abrimos uma loja de suplementos, somos viciados em academia e o Caio ficou aqui com nós, ele tem 11 anos e não deixava nossos clientes falarem, atropelava, se intrometia e dava palpite onde não sabia o que estava falando rs.
    Bom, com essa atitude resolvi então entrar na internet e procurar com Artigos Psíquicos Infantil e então encontrei sobre o TDAH, tudo, completamente TUDO que falava era o Caio escrito. Quando coloquei "Como lidar com esse tipo de trantorno" apareceu esse blog, mostrei ao meu namorado e vimos que ele também tem TDAH. Ansioso demais, não espera nada, gente em 3 dias ele montou essa loja, nao esperou nem a massa corrida secar para pintar a parede rsrsrsrsr.
    Semana retrasada tinhamos terminado, ficamos uma semana longe, pra ele era tudo ou nada e eu achava q ele nao me amava ou nao se inportava, mas hoje entendo tudo que ele passa e sente. Não desisti de procurar, estou estudando muito sobre isso e tentando achar formas de lidar com os dois, pai e filho. Não esta sendo facil, mas tenho pedido pra Deus todos os dias invadir meu coração para me dar entendimento e sabedoria para ajuda-los e também me ajudar com essa situação.
    Depois da semana que foi onde eu achei tudo isso, tenho tentado ser mais paciente, nao rebater nada do que ele fala e compreender as formas com que ele age. Mas o filho dele nao sei se vou conseguir, além do menino ter TDAH os pais por serem separados nao dão educação a ele, isso fica muito dificil.
    Que dicas vocês me dão para eu lhe dar com tudo isso? Vocês podem me ajudar? Não quero desistir de nada disso, porque amo demais meu namorado e com tudo acho que vale a pena sim seguir em frente.
    Deixei meu nome e meu e-mail, caso puderem me ajudar.

    Obrigada Amigos!
    fernanda.lgrr@yahoo.com.br

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    1. Oi Fernanda,

      eu sou o Walter Nascimento, cuja impulsividade TDAHniana não dá tempo para o Alexandre responder primeiro.

      Aqui, neste blog, tem uma montanha de mensagens falando de como conviver com o TDAH (nenhuma bonita, infelizmente). O próprio Alexandre já escreveu alguns posts sobre isto.

      O mais recente se chama: "MEU AMOR É TDAH! E AGORA?" Vá aí na lateral esquerda e, no mês de junho, procure o título acima.

      Tem também um blog de uma tarada (se ela lê isto ela vai contratar a CIA e o FBI para me localizar e mandar me matar) por TDAH. rsrsr

      Explico, ela é muito apaixonada por um TDAH e sofre feito cão danado com ele.

      O blog dela é: http://relacionamentotdah.blogspot.com.br

      No mais, anoto um pequeno deslize seu, natural de quem não tem costume de lidar com o TDAH, mas fatal para quem quer ser psicóloga, que é quando você escreve "além do menino ter TDAH os pais por serem separados nao dão educação a ele, isso fica muito dificil."

      Esta expressão, "os pais não dão educação para ele", nos induz a acreditar que nós, pais, somos culpados por tudo nos filho. Isto não é verdade e, atenção, o TDAH é uma doença. Você diria isto se o filho dele tivesse síndrome de Daw, ou outra patologia mental? Pois é, amiga, vá revendo os seus conceitos e, quem sabe, você vira uma especialista em TDAH e volta para tratar todo mundo neste blog? vai dar uma grana braba.

      Estou tomando coragem para escrever como eu, sendo TDAH, mas sem saber, quis "dar educação" a meu filho TDAH (enquanto ninguém sabia que que ele tenha esta doença).

      Como fui duro com ele, chegando a dar palmadas e "sandalhadas" para educar ele e, claro, além de ter que carregar está dor para túmulo, isto não serviu para mais nada, muito menos para "educa-lo".

      Sei que, às vezes, escrevemos de forma livre e somos mal interpretados, (fizeram isto comigo recentemente) mas, enfim, aproveito "mote" da sua frase para aclarar um pouco as coisas.

      Enfim, vou ver se escrevo a minha relação com meu filho, antes e depois da nossa descoberta do TDAH. A coragem tem que ser grande, pois foi e continua sendo muito sofrido.

      Sucesso.

      OBS: Pergunta que nunca deixo de fazer: "Eles estão tomando a medicação?" e eu sempre faço um adendo: "Se eles não estiverem, esqueça, você não vai conseguir conviver com eles."

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    2. Olá Walter, não estão ainda, faz 1 semana que descobrimos e meu namorado pretende procurar ajuda ainda essa semana.
      Em relação a educação que eu digo, mesmo você tendo TDAH tenho certeza que você nunca arrotou, soltou seus pums na cara de alguém e não falava que mataria seu irmãozinho caso você tivesse mais um. O Caio infelizmente não sabe o que é não, pois os pais tem dó, porque nao estão juntos e acham que o menino é carente, mesmo o pai sendo presente todos os dias e morar com a mãe. O menino pede dinheiro todos os dias e o pai sempre dá, quando vamos ao mercado ele "toma" o troco da mão da caixa e não devolve ao pai e ele permite esse tipo de situação.
      No meu ver, nunca aprovei palmadas e nem gritos, odeio esse tipo de coisa, pode ser porque quando era pequena, mesmo merecendo, levei bastante gritos e palmadas, então hoje nao aceito esse tipo de coisa com os filhos. Acho que a voz sendo firme e muito bem colocada ao filho você consegue resolver muitas coisas, pois quando me imponho sem desrespeitar o caio ele me ouve e consegue me respeitar.
      Bom foi isso que eu quis dizer com a frase que os pais nao dão educação.
      Voce ter TDAH é uma doença e eu respeito e quero mto ajudar, porém a educação voce consegue sim dar, ensinar um Obrigado, Com licença, Por favor, respeitar os mais velhos, isso é fundamental e qualquer um consegue aprender. Nao culpo jamais ninguem, pois tenho prima com sindrome de down e dois primos com deficiencia auditiva e comecei a fazer psicologia por causa dos mesmo, para que eu consiga explica-los que eles nao tem culpa de nada nem ao menos os pais e assim fazer com que eles sigam a vida normal, pq sao perfeitos por Deus.
      Jamais culpo ninguem de qualquer coisa. Isso nem ao menos se passou a minha cabeça.

      Obrigada pela ajuda e aguardo respostas.

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    3. Fernanda,

      Veja como é proveitosa uma conversa/debate quando ela(e) é de boa fé com foco na ajuda. Os seus esclarecimentos são absolutamente pertinentes e, já agora, assino em baixo de tudo o que você falou.

      Se é uma coisa que jamais toleraria seriam estas que você mencionou. "Doideira" e "má educação" lá em casa tem um ponto que ninguém ultrapassa, que é a falta de respeito com os outros, principalmente com os mais velhos.

      Que eles tentam, e muito, passar dos limites, lá isto eles tentam, mas a "rédea"é curta.

      Mais uma vez, anoto uma questão ligada ao TDAH, que é o "deixa pra lá" e a falta de energia para impor metas e dedicar-se ao seu cumprimento, sejam estas que metas foram, inclusive as referentes à educação dos filhos.

      Lá em casa, deu muito certo porque eu definia as metas educacionais com minha esposa e ela, de forma cotidiana e de reiterada, perseguia estas metas com nossos filhos. Eu, igual ao Leão, só entro quando a coisa está preta, e aí na base do olho no olho e na da "na minha casa o macho sou eu" ou seja, na "brabeza".

      Se deixasse 100 por cento comigo, eu ia acabar fraquejando e os meninos iam acabar me dominando.

      E, ai, sabe qual é o grande problema? advinde quem é que tem que assumir o papel de "educadora", do pai e do Filho (di filho dos outros, pra piorar)? Exatamente. É você.

      Você tem força, e espaço, para assumir este papel? Desta resposta resulta se o seu relacionamento terá futuro ou não.

      Fernanda, falo tudo isto pela minha experiência de vida, mas, óbvio, é a minha experiência, não quer dizer que é a certa.

      Adoro debates como o nosso, franco e com espírito construtivo. Aprendo muito com eles.

      Sucesso, e... não me dê "trela" não, eu falo muito. rsrsrs

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    4. Walter encontrei aqui no blog e nessa nossa conversa aquela luz no túnel que estava quase sumindo.
      Em relação a educar ele eu faço o que posso, pois meu namorado sabe que eu odeio criança mal educada e esse ano pretendemos nos casar. Então ja deixei bem claro que se realmente assumirmos esse papel de marido e mulher nao aceitarei esses tipos de mal criação.
      Por esses dias mesmo o filho dele me mandou msg pedindo para que eu explicasse configurações do celular, eu com toda gentileza expliquei, o menino me respondeu que conseguiu e só, então enviei uma msg de voz falando " Que bom que conseguiu Caio, de nada!", meu namorado estava ao lado começou a rir e me chamou de "Grossa", então olhei pra ele e falei que eu nao tinha sido grossa e sim foi grosseria do filho dele nao ter agradecido por uma gentileza minha, então ele concordou. Mas na mensagem seguinte o filho dele mandou "Obrigado Fe, muito obrigado, esta bom assim pra você?" Entao responde: "Na educação, estará sempre ótimo pra mim, é assim mesmo que eu queria". E na proxima msg ele me mandou ja normal, sem rancor e falando outros assuntos.
      Sou do tipo que imponho meu limite e mostro o que gosto e nao gosto. Quando ele falta com higiene na minha frente eu digo que nao gosto, mas o pai vai e faz logo em seguida para acobertar o q o filho fez, imagina o quanto é dificil para mim rsrsrsr.
      Quando colocam ele de castigo, parece q ele nem esta, pois ele fica na rua brincando de futebol com os amigos, tem o tablete dele normal e o celular, no meu tempo eu tomava uns gritos palmadas e ficava sem nda, até eu aprender que aquilo nao se podia fazer. Acho que regras toda casa tem que ter, independente se a criança tem algum tipo de transtorno ou nao. Minha prima com sindrome de down, agradece, pede com licença, minha tia faz fono nela então ela fala normalmente, fez fisio facial entao ela nao tem a boca caída, age normalmente, como se nda tivesse acontecendo e quando ela apronta, ganha castigo como qualquer outra criança.
      Limites é pra qualquer um Walter, e infelizmente meu namorado e a ex esposa dele nao entende.

      Acho que Deus me colocou nessa família com uma missão e aqui estou para cumpri-la independente do que eu tiver que passar.

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    5. Fernanda,

      Fico feliz pelo meus irmãos TDAHs (pai e filho) terem te encontrado. A tua personalidade é que vai coloca-los no rumo certo.

      A sua tenacidade vai inculcar na cabeça deles o "certo" e isto vai dar a eles o norte que todo TDAH precisa. Nós somos meio que aquelas biritas de aeroporto, que muda de lado com a mínima mudança do vento.

      Sabe quando na bíblia chama Pedro e diz: "Pedro, té es a Rocha sobre a qual construirei a minha igreja"? Pois é, você precisará ser esta rocha, e isto fará um bem incrível para meus irmão, quer eles saibam disto ou não.

      Minha esposa é igualzinha a você, de vez em quando ela reclama porque diz está cansada de "fazer o papel de Megera", sendo sempre a que diz "o não". Ela ameaçou que ia mudar e que ia a passar a fazer igual a min, dizendo sim para tudo e deixando tudo "prá lá".

      Eu respondi: "Tá doida? Tá maluca? quer arruinar a família? se você fizer isto a casa desmorona em menos de três meses".

      Bem, não foi ASSIM, com estas palavras que eu falei com ela, porque, se fosse, não estaria vivo aqui para conversar com você. Mas foi mais ou menos este contexto.

      No mais, lá em casa não se xinga, não se leva namorada para dormir, meus filhos, inclusive o de TDAH de 21 anos não da sequer uma Porrinha na minha frente, enfim, dá sim para educar o TDAH, só tem que ter alguém de fibra, como você demonstra ter.

      Vou repetir uma frase que disse outro dia para uma candidata a esposa de um TDAH, citando Che Guevara: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás".

      OBS: Olha Aêêêê Alexandre, fui da Bíblia à Che Guevarra, tô afiando o verbo, viu. Se melhorar mais arrisco abandonar seu Blog e montar um só meu.

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    6. Obrigada por todas as palavras Walter, saiba que vou guardar tudo e vou tentar vir aqui diariamente encher o saco de vocês.
      Continuem atualizando aqui, espero que ajudem muitos, assim como tem me ajudado a entender vocês que se tornaram meus parceiros de blog.

      Abraço.

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  9. Parte 1

    Olá Alexandre, meu nome é igor e tenho 24 anos. Sou formado em análise e desenvolvimento de sistemas e 'trabalho' como programador.
    Não me considero hiperativo, mas tenho muita falta de foco quando tento trabalhar ou estudar.
    Já tentei diversas tecnicas para manter o foco:
    - Comprei o curso Produtividade Ninja, mas não consegui terminar.
    - Tentei tecnicas como Pomodoro, mas não deu certo, só me frustrava mais
    - Tenho um quadro branco no meu quarto, que uso pra anotar tarefas diárias. Só que fico frustrado por escrever diversas coisas, e quando tenho que trabalhar, não consigo.
    Entrei em um circulo vicioso, pois acordo, faço esteira, tomo café, e quando vou começar a trabalhar, fico procrastinando e quando o faço de fato, me surgem diversas vontades: levantar pra tomar água, ir ao banheiro, etc.
    Quando começo de fato a trabalhar e estudar, tenho foco por uns 20 minutos e quero fazer outras coisas.
    Eu ADORO minha área, gosto de tecnologia e não sei o que faria sem ela.
    Tenho centenas de ideias, algumas muito boas, outras nem tanto.
    Tenho cerca de 4 projetos engavetados, pois não consigo começar, e quando começo, no dia seguinte travo.
    Mas me frustro ao pensar que o que pessoas normais demoram 2horas pra fazer uma tarefa em programação, eu demoro 2 dias. Sempre foi assim. O pior de tudo, que sempre penso em trocar de profissão.... até me falarem pra ler sobre TDAH...
    Minha cabeça explodiu, não fazia ideia que pessoas sofrem o mesmo que eu, procrastinação, memória ruim, atraso, problemas no relacionamento por causa da rotina e não ser mais brilho na pessoa que estou.....
    Quando consigo terminar alguma coisa, fico muito feliz, e fumo cigarro, mas está aí outro problema, sou impulsivo. Não fumo 1 ou 2 cigarros, fumo 8, 10, 12 cigarros seguidos. Isso me destrói. Quando estou triste demais, fumo, quando estou muito feliz fumo.
    Quando bebo, bebo bastante. Depois de beber bastante e fumar bastante, fico 5 dias sem beber ou fumar.
    E no fim do dia, depois de ter falhado no meu trabalho, depois de ter falhado na promessa de parar de fumar(ter jogado o restante do cigarro fora), fico frustrado e me animo, pq penso que no dia seguinte tudo será diferente, será melhor. No dia seguinte, acontece a mesma coisa, não consigo trabalhar, fumo/bebo, jogo cigarro fora e penso que no dia seguinte será melhor. Ja cheguei a gastar 20,00 por dia em cigarro durante uma semana. Já fumei 20 cigarros seguidos.
    Quando lí sobre Deficit de atenção, encontrei um novo mundo, um mundo de pessoas que sofrem o mesmo que eu.
    Um outro sintoma é a péssima localização. Não sei me localizar. Se eu for 5 vezes em um lugar, não saberei chegar na sexta vez. Isso desde sempre. Meus pais ficam bravos comigo, dizendo que ando olhando pro chão, mas eles não entendem. Meu irmão mais novo é muito melhor que eu em tudo.
    Pergunto pro meu amigo, como ele conseguiu desenvolver 80% do sistema em 2 meses, ele disse que é só focar 5horas do dia. Eu disse que demoraria 1 ano pra fazer o que ele fez....

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    1. Parte 2
      Me considero com um grande potencial, sou uma usina de ideias e ânimo, mas me frustro por não conseguir completar o que comecei.
      Na faculdade, gravava algumas aulas pra ouvir na volta pra casa, isso me ajudou.
      Em 2015, pretendo ter conhecimentos necessários para entrar em uma empresa, sei quais conhecimento preciso ter, mas me falta conseguir estudar. Estou fazendo um curso gratuíto de uma tecnologia muito boa. É dividido por semanas, estou vendo que irá vencer e não conseguirei terminar.
      Eu entendo uma empresa não querer contratar uma pessoa que demora horas/dias pra fazer algo. Eu tambem não contrataria, mas quero melhorar. Sei que posso ser muito melhor do que sou hoje.

      Considero que sei me comunicar muito bem, mesmo mudando de assunto e atropelando as coisas(tive que revisar esse texto algumas vezes rs). Me dou bem no inglês, e sei o que preciso estudar pra atingir o topo.

      Gostaria sinceramente da sua opnião e saber se o que sinto pode ter relação com TDA, DDA. Quero saber sua opinião e dos demais leitores. Seria muito útil

      Descobri que tenho convênio médico por causa do meu pai, liguei no convênio e marquei com neurologista pra amanha(22/07).
      Vou contrar pra ele, tudo isso que relatei aqui e ouvir a opinião.
      Não tenho medo de usar remédio tarja preta pro resto da vida, desde que eu consiga focar 4, 6 horas por dia pra desenvolver meu trabalho e justificar quem paga meu salário.
      Não quero mais me frustrar diariamente =(
      Abraços, igor

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    2. Também demoro muito pra tudo, porque não consigo prestar atenção no que faço. Não tenho dificuldade de concentração, trabalho com barulho sem problema. Mas se faço correndo, sempre falta algo. Isso irrita algumas pessoas, porque parece enrolação ou que to fingindo que trabalho...rs. Acabo sobrecarregando meus colegas de serviço por causa da minha lentidão, o que irrita mais ainda.

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    3. Igor,

      Quando você ler isto, na volta do neurologista, vai saber por mim: VOCÊ É PORTADOR DE TDAH. Bem vindo ao clube, irmão.

      Tudo que você relata, e outras coisitas mas, tudinho, é TDAH.

      Va lendo o blog, comece pelos primeiros, os que Alexandre conta a infância e adolescência dele. Se você não disser: "este sou eu, igualzinho", eu rasgo meu diploma de médico. (detalhe, não sou médico. rsrsrsrsr)

      Se o neurologista não te diagnosticar como TDAH, esqueça
      ele e procure outro. Tem um monte de neurologista que nem sabe o que o TDAH é. (culpa desta merda de país atrasado em que vivemos).

      No mais, quando você escrever novamente, procure focar em apenas um dos seus sintomas, pois aí fica mais fácil agente opinar. Mas tudo que você relatou, todos nós, TDAHs temos, com maior ou menor intensidade, mas temos.

      Quanto à tarja preta, é encucação sua. O metilfenidato (ritalina ou concerta) vai te ajudar muito. Não vai te "curar", mas vai te ajudar muito, principalmente no quesito "concentração".

      Já a "procrastinação", esta é F..., é uma luta minha que dura 540 anos e, no máximo, empato. Vence-la? nunca consegui.

      Sucesso, e vá por mim, que tenho 50 anos, e filho com 21, não largue este blog. Ele vai te dar muitas respostas através das experiências comuns.

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    4. Igor, mano veio, guenta as pontas.

      Tudo o que você está passando todos nós já passamos um dia. Sabe qual o melhor consolo que eu te posso dar? é a verdade: tudo isto que aconteceu com você é normal e vai acontecer outras tantas vezes.

      Todo mundo vai duvidar do seu TDAH, até alguns profissionais de medicina e de psicologia. Vá se acostumando.

      O certo é isto aí que você vai fazer, procurar um profissional que tenha experiência com o TDAH, aí sim, você pode dar credibilidade ao que ele disser.

      Mas, atenção, o TDAH, embora não tenha cura, tem tratamento. Tem que mesclar o tratamento psicológico com o farmacológico, que é o Metilfenidato (pode ser da marca CONCERTA ou RITALINA, de curta ou longa duração, de 10 até 54 miligramas).

      A psicóloga somente pode até o diagnóstico do TDAh e o tratamento psicológico (claro), mas ela não poderá prescrever o Metilfenidado, pois somente um médico (psiquiatra ou neurologista) podem passar a "receita".

      Confirmado o seu TDAH, aqui vai uma dica importante: a psicóloga vai puxar você para fazer um monte de sessões por semana, além da medicação. Seria ideal você fazer realmente os dois, mas se a grana não der, opte pela medicação.

      A medicação, diferente das sessões psicológicas, vai te dar uma resposta imediata e te dar um tempo maio, com mais estabilidade, para você buscar outros tratamentos.

      O Metilfenidato é como você estar com o pneu do carro furado, no acostamento. Você coloca aquele estepe fininho, para poder chegar na borracharia. Sem o estepe você não chega, mas somente com o estepe fininho não dá para ficar rodando muito.

      No mais, não deixe de ler este blog do Alexandre, e vá logo lendo os posts anteriores, veja o que um irmão Sail passou quando foi com a mãe em uma médica e a médica esculhambou o TDAH. O caro se "desmanchou", igualzinho a você. Vá la ver.

      No mais, fique por aqui, a gente chora, a gente reclama, a gente até briga, mas a gente se diverte muito também.

      Sucesso irmão.

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    5. Walter, muito obrigado pelas informações e apoio.
      Fui na psiquiatra e ela me diagnosticou. Realmente outro nível. Muito diferente do médico do convênio. Me passou medicação e encaminhamento pela Psicóloga. Realmente quero ser normal e irei fazer tudo isso.
      Muito gravo pela força. Já comprei a Rita, 20mg. Talvez eu tome hoje. Preciso muito trabalhar.

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    6. Igor,

      Tá vendo aí? o que foi que eu disse? Cara, depois o povo fica duvidando quando eu digo que , de Balé Clássico a Pilotar Nave Espacial, eu sei tudo. rsrsrs

      Mas Igor, atenção: NÀO SUMA. Você vai ter uma longa jornada pela frente. Você vai ter reações colaterais com a RITALINA; vai ter que ajustar a dose, pois dificilmente a gente acerta de primeira; vai descobrir que ela é fantástica para algumas coisas, mas não ajuda em outras; enfim, tá no começo de uma longa jornada.

      Fica por aqui que a gente te ajuda, e você ajuda a gente e os novos e velhos TDAHs que aparecerem.

      Tem que ser uma irmandade. NÃO SUMA feito o Alexandre, fingindo que assoberbado de trabalho na nova função no novo emprego, mas que está, na verdade, é procrastinando mesmo. TÁ OUVINDO ALEXANDRE???????

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    7. Volto amanhã com um longo encurtado comentário,perdão pelo vácuo.

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    8. Saiiiiiiillllllll! cadê você, homi?

      Igor972 já conversou com a mãe dele; já foi no médico; já foi em outro médico; e até já começou o tratamento.

      E você?

      Já até criei um bolão para ver quando você ia acabar sua procrastinação e conta aos pais.

      Manda notícias.

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    9. Opa, voltando aqui pra agradecer ao Walter.
      Muito obrigado mesmo!
      Estou tomando a ritalina LA 20mg....a...peraí, quantos dias mesmo?.....hahhaahhha
      Bom, sempre tomo de manhã quando começo a trabalhar realmente as coisas parecem que ficam menos chatas hahah
      Consigo ficar mais tempo trabalhando, mas ainda tenho boas dispersões(obvio que é algo que preciso melhorar e lutar).
      Acho que não senti nenhum efeito colateral.
      Esses dias saí com meus amigos, comprei cigarro fumei uns 5 durante a conversa e larguei. Acredito que isso é uma melhora. Não estou tão impulsivo quanto antes.

      Acompanhando o blog aqui :D

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    10. Serio amanhã eu escrevo o que eu to planejando há 2 semanas.

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    11. Sail, a procrastinação, você já sabe, é um traço marcante no TDAH.

      É a parte do TDAH que mais me trouxe destruição e desgraça na minha vida.

      Mas ..., cara, em você a procrastinação parece ter uma intensidade muito mais forte ainda do que em mim!

      Eu já tô achando a minha de bom tamanho. rsrsrs

      OBS: No bolão que eu fiz eu marquei que você ia contar no final da copa de 2018. Óh lá em, não vá me derrubar do bolão. rsrsrs

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    12. Igor, trabalho mesmo setor que vc, tenho 23 anos, sou TDA E TB. Digamos que eu tenho uma experiência de 5 anos de tratamento. Meu e-mail é : vu_eder1@hotmail.com.

      Cerca de 3 anos foram de tratamento ERRADO
      Podemos trocar experiências, e também posso te contar a aprendizagem de vida, a experiência boa e ao mesmo tempo perturbadora que tenho sobre a vida que poucos sabem. Hoje, porém, sei levar isso numa boa. Mas é terrível num primeiro momento saber o quanto a neurofisiologia faz termos tendências desde que nascemos, de todas as formas que você possa imaginar.

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  10. Alexandre sou daqui de Juiz de Fora e eu queria saber se você tem algum médico para indicar.. Eu já fui diagnosticada com TDAH mais o médico em que fui não me falou nada sobre a doença queria voltar ao médico.

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  11. Alexandre e Walter,

    excluir meu comentário sem querer, essa mania de clicar nas coisas sem ler da nisso! Agora não lembro o que eu tinha escrito kkkk

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  12. Tirinha tudo a ver :) https://www.facebook.com/objetosinanimadoscartoon/photos/a.246591588759209.61835.246582585426776/676227522462278/?type=1&theater

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  13. ATENÇÃO aí meus irmãos do TDAH!, o anônimo aí em cima é mais um "MAU-CARATER" que de vez em quando aparece por este blog.

    Pilantragem pura, se finge de TDAH para vender um lixo que diz que você vai usa e transar com todas as garotas mais lindas do mundo.

    Caras, se você caírem nesta e comparem esta porcaria, vocês vão me matar de vergonha. Não façam isto não.

    Além do mais, não conheço TDAH solteiro ou sem namorada. Conheço TDAH separado, divorciado, todo enrolado com mil mulheres, NÃO É, ALEXANDRE?

    Aliás, já que o Alexandre não tá lendo nada que a gente escreve, deixa eu aproveitar: O Alexandre é o nosso herói, não somente pelos posts dele, mas, principalmente, porque o cara é muito "doce", parece feito de "açúcar". Na última contagem ele já estava com 06, isto mesmo, 06 ex-mulheres, e crescendo.

    Vá ter um "feromônio" doce assim, lá na casa da ...

    Taí, se o Alexandre escrevesse um livro sobre como conquistar as "minas" eu até que comprava.

    Alexandre, m i s e r a, tá igual ao Sail, é? na procrastinação, é?

    Cadê você?

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  14. Poxa , por incrível que pareça sofro de TDAH , meu querido Walter , por que tanta agressividade ? Me chamando de mau caráter ? ... quem é você Walter ? Bom , não estou obrigando a ninguém comprar nada

    Aliás , daqui a pouco tenho minha sessão de terapia comportamental no Leblon , sofro com isso todo dia , mas como eu disse , é dia a dia nesta luta e estou conseguindo ... Abraços do Amigo Pablo , não anônimo rs

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  15. Pôxa ... eu escrevi um bocado e ..perdi tudo, para sorte do Pablo.

    Quando eu tiver tempo eu escrevo de novo.

    Até lá, fala séééério Pablo! que conversa é esta?

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  16. Walter, preciso de ajuda, tenho como comorbidade a ansiedade, por isso, melhoro absurdamente por uns dias com a rita comum, mas depois de cerca de 1 semana começa a piorar muito a ansiedade depois causando-me até angustia. Sei que estou exigindo demais de vc, e que vc não é o profissional da área mas, enfim, eu o acompanho a um certo tempo e creio que vc poderá dar-me de novo um conselho. Tenho nova consulta marcada para esta semana e tive que parar com a medicação, e é impressionante como volto a ser desorganizada

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  17. Olá Walter

    Estava com saudade de passear por aqui! Voltei e este é o primeiro post que li...

    Chorei... pois tava lembrando desse tempo que passei fora, e de como o relacionamento de um TDAH com os demais membros da família se dá de forma característica, e, mais que isso, a importância do apoio dos pais....

    Às vezes me pergunto: "E se todo mundo fosse TDAH? e se os problemáticos fossem os comuns neurotípicos inexpressivos que nos julgam como mal-caráteres?"

    De certa forma, fiquei chocada com a simplicidade do meu pai em aceitar o diagnóstico, embora ainda não admita (ou não quer parar pra pensar...)

    Desde as suspeitas de sempre, reforçadas pelas TDAHzices da adolescência nos idos de 1998, esta música linda sempre me acompanha e expressa o que às vezes sinto, do quanto a estrutura familiar e o apoio/amor dos pais se torna importante, seja o filho TDAH ou não.

    É preciso amar... as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se você parar... pra pensar, na verdade não há..... você culpa seus pais por tudo, isso é um absurdo... São crianças como você... o que você vai ser quando você crescer?...."

    Pelos coments que li acima fico feliz, pois está se vendo o lado positivo da situação, que apesar de muito difícil nos dá força para um encorajamento e enfrentamento do mundo, me reconheci em vários deles.

    Evolução e felicidade para todos nós
    Grande Abraço
    Patricia

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  18. Sou TDAH e meu Psiquiatra mudou minha medicação e com isso fiquei com 1 caixa e meia de ritalina 10mg sobrando, se alguem tiver interesse whatsassp (77) 8160-6037

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