quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O TDAH E A ESCOLHA DA SOLIDÃO




A chuva que, finalmente, cai lá fora; uma velha música do Pink Floyd e o cachorro enrolado aos meus pés são minhas únicas companhias há dias.
Com a família viajando no fim de semana, me esbanjei na solidão. No domingo não troquei uma palavra com ninguém. Passei o dia consertando celulares e tablets, ouvindo música, assistindo TV e lendo.
Hoje, pensando em meu fim de semana, constatei que, ainda que eu more no mesmo condomínio a quase dezesseis anos, nunca entrei na casa de nenhum vizinho. Não tenho a menor simpatia por vizinho. Tremo de medo que eles tomem intimidade comigo e passem a frequentar minha casa. Isso seria uma tortura para mim.
Tenho um colega de trabalho que me ligava todos os domingos pra me convidar pra fazer churrasco na casa dele, essas coisas. Depois de mil e uma desculpas ele percebeu que eu não iria jamais e desistiu.
O maior problema é que sou uma pessoa extremamente sociável, simpática e de fácil entrosamento; isso faz com que as pessoas creiam que quero sair, beber, divertir. Mas sou sociável apenas superficialmente; para consumo externo. Invariavelmente saio do serviço e venho pra minha casa. Mesmo sozinho, venho pra minha casa. Não é que eu não goste das pessoas; até gosto, mas trocar a minha companhia pela de outras pessoas não tenho vontade.
Já falei muito disso aqui, mas esse comportamento é um dos que não consigo alterar nem com remédio. E minha opção pela solidão é tão forte que volta e meia surpreende a mim mesmo.
E não me sinto incomodado por ser assim, mas vem aumentando. Saio cada vez menos, participo cada vez menos de festas e eventos. Sempre prometo a mim mesmo mudar, melhorar, ficar mais sociável; rá, nada disso acontece.
Tenho dificuldade em compreender a vida dessas pessoas rodeadas de amigos, convites, reuniões; sempre desconfio de que são infelizes e estão ali por obrigação; para suprir uma incompatibilidade com eles mesmos.
Sabe aquela vida de propaganda de cerveja, cheio de gente risonha e feliz? Me parece isso: propaganda.
A companhia agora mudou de Pink Floyd para Rihana; reclamar de quê?
A chuva passou, o cachorro foi lá pra sala, mas a Rihana continua ao meu lado.
Cocaine, do Eric Clapton; estou em ótima companhia.
Ah, domingo uma das coisas que fiz foi mudar a aparência do blog. Parece que a grande maioria dos meus parceiros TDAHs nem notaram. Apenas o amigo Siege B. e um amigo anônimo perceberam. Mas mudou pouco, né mesmo? kkkkkkk
Não tem convite pra churrasco, festa ou comemoração que me faça sair de casa alegremente.
Vou; mas quando vou é quase arrastado.
Isso se eu não conseguir uma boa desculpa.

30 comentários:

  1. Alexandre, bom dia ao amigo e a todos os Meus Iguais aqui do blog.

    Em primeiro lugar, notei sim as alterações do blog e, sim, estão ótimas, visualmente mais organizado e fácil de interagir e, sim, você está de parabéns. (tá bom assim ou quer que elogie mais? carência é fogo ...rsrsrsr)

    Em segundo lugar, vejo nas suas palavras um espelho, à exceção da medicação, pois quando a tomo, realmente passo a ser possivelmente sociável, e consigo até ir a um "barzinho", fora dela ..... sou imprestável como companhia social.

    Só uma coisa em relação à solidão: EU ADORO. Na minha solidão cabe bem minha amada esposa, e meus amados filhos. Até meus pais e meus irmãos, igualmente amados, que moram perto de mim, passo meses sem ir ao encontro deles. Amigos e demais parentes, vixe.... nem pensar.

    Ficar sozinho comigo mesmo, com o TDAH que habita em mim, nunca é monótono, pois tem festa, viagens, reclamações, brigas feias, verdadeiros 'barracos". Enfim, eu me divirto muito comigo mesmo.

    Alexandre, nos filmes sobre penitenciárias, aparece sempre uma cena em que os guardas, ou o diretor do presídio, ameaçam o preso dizendo: "se você fizer algo errado, vai para a solitária", e o preso fica morrendo de medo, pois parece ser um castigo horrível.

    Em penso, penso, penso mais um pouco, .... eu demoro de pensar..., e não entendo o temor da "solitária", pois para mim sempre pareceu ser o melhor local de um presídio.

    Aliás, tem vezes que tenho vontade de ir a um presídio, bater na porta e perguntar ao diretor: "Vocês, por acaso, não teriam aí uma solitária vazia, não? juro que não vou incomodar muito não."

    Abraços à todos.

    P.S.: aháááá, agora peguei o desgraçado do computador. Quando cliquei no "publicar" sumiu todo o texto, mas, como já tinha acontecido isto várias vezes antes, agora eu sempre salvo o texto antes de clicar, aí é só "control C, control V".

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, Walter, essa é a minha preocupação: é normal ser tão anti social? É saudável? Eu também adoro, e nem a Ritalina me tira de casa.
      Agora, sabe que eu não tinha pensado nisso! Acho que vou la na penitenciária saber como conseguir uma solitária.
      kkkkk
      Abração
      Alexandre

      Excluir
  2. Olá Alexandre,

    Raramente comento no seu blog, embora receba seus posts por e-mail, mas desta vez eu não consegui deixar passar em branco.

    A solidão nunca foi um empecilho para mim, desde pequena considerava normal ficar em casa sozinha quando minha mãe ia trabalhar, no entanto hoje sei que ela é essencial para mim. Isso ficou mais claro quando comecei a morar com outras pessoas (eu + 3). A falta de espaço me deixa nervosa.

    As pessoas clamam para que sejamos extremamente sociais, mas isso me desgasa. Gosto de realizar as coisas com liberdade e espaço para o meu ritmo, e isso nunca foi um impedimento de viajar, conhecer novos lugares....

    O meu namorado (também TDAH) ainda fica muito preso nessa necessidade de ser sociável, e às vezes, me obriga a ser também,.... mas aos poucos, fica claro que correr atrás dos outros ou se obrigar a fazer esse papel não é uma boa escolha.

    Me parece que essa carência social é muito presente em pessoas fracas e eu nunca me dei bem com isso e com pessoas assim (com o tempo parece que a amizade de esvai).... Os que ficam são aqueles que sabem lidar com essa independência e eu me sinto feliz assim :)

    Não tenho certeza se essa postura “anti social” (cada vez mais proeminente) é boa ou ruim. Às vezes fico triste quando paro para analisar que tenho poucos amigos e cada vez estou mais longe deles, mas em contra partida, me sinto bem "perdendo tempo" com as coisas que eu considero importantes para mim.

    Enfim, obrigada pelo post. Esse dilema me afeta muito...

    Abraços!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Katherine, obrigado por participar do blog.
      Desde a adolescência eu sonho com a solidão. Eu sonhava em comprar um morro ( com a forma aproximada do pão de açúcar) e construir minha casa lá no topo e muraria todo o pé do morro. Isolamento total e garantido.
      kkkkkk
      Abração
      Alexandre

      Excluir
  3. Obs: Alguém de SP tem o psiquiatra para me indicar? Agora estou com um convênio decente e gostaria de indicações.

    Obg!

    ResponderExcluir
  4. Acompanho o blog mas é a primeira vez que comento.
    Me sinto muito assim também. Meu TDAH é perceptível desde muito criança. Fiz tratamento psicológico mas o que resolveu mesmo (pra mim) foi o tratamento medicamentoso.
    Quando tomo a medicação eu nem me conheço. Saio falando sem parar, sou extremamente sociável, fico até cansada de mim mesma. Mas quando não estou sob efeito da medicação qualquer interação social me cansa muito. É um esforço enorme ter que ir numa reunião de família, ir na casa de amigos. Quando chego em casa me sinto esgotada.
    Muito disso vem da parte que não consigo acompanhar os diálogos de forma constante, conversas paralelas sempre me chamam atenção, especialmente se o "causo" for muito longo (nessas horas me imagino pulando pela janela ou saindo correndo e gritando). Essa questão das pessoas felizes também é algo que se passa pela minha cabeça, parece muitas vezes uma obrigação social, uma cota que deve ser cumprida mensalmente.
    Sinto falta de poucas pessoas, pra ser sincera, 3 no máximo e meu cachorro. Só consigo conviver em paz com essas pessoas pq elas me entendem e me conhecem bem. Conseguem respeitar meu jeito de ser e não me fazem "sofrer" com o convívio.
    Percebo que estou me afastando cada vez mais das pessoas, não por não gostar de gente, mas pq cada vez mais prefiro ficar comigo mesma.
    Adoro o blog!

    E.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi E., que bom que você adora o blog. Fico muito feliz.
      Nem a Ritalina me faz mais sociável. E o engraçado é que sou uma pessoa ótima de papo, simpático, alegre, (modesto, rsrsrs)...
      Mas não gosto de sair de casa e encontrar pessoas.
      Abração
      Alexandre

      Excluir
  5. Também sou isolada, sempre recuso convite às festas, comemorações, churrascos, etc. Quando saio do meu”comodismo” para ir a algum evento tenho a impressão de que volto pior, mais triste, desanimada, enfim, posso ficar dias em casa, sem me aborrecer ou preocupar com esse tipo de situação. Nos colégios ou faculdade, sempre rejeitava as solicitações dos professores e colegas para alguma festividade, fui apelidada de “antissocial” e “eremita” por causa disso, porém não me sinto incomodada. Gosto de ficar comigo mesma e estar em um ambiente onde meus pensamentos possam fluírem sem nenhuma interferência.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu mundo é minha casa e minha família. Gosto da companhia de minha esposa e filhas, irmãs e pais, ponto.Ao contrário de você, muitas vezes quando vou a algum lugar eu gosto. Me dou super bem, converso e me divirto. Mas sair de casa é uma missão quase impossível.
      Obrigado
      Abraços
      Alexandre

      Excluir
  6. Não vejo nada de errado em ser uma pessoa caseira, gostar de estar perto só da família, não curtir badalação e não ter muitos amigos. Até admiro quem é assim, mais seletivo e que prioriza a família acima de tudo. Pessoas assim têm uma vida mais segura. Mas no meu caso, me isolo até da minha família. Sinto grande conforto em estar só na minha companhia, e ao mesmo tempo, nunca gostei de ser assim. Gostaria de ser mais carente e me interessar mais pelos outros, ao invés de ficar só no meu mundo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Resumindo, pra mim, ser caseiro e família é ótimo.. mas ser solitária e viver em outro mundo, emocionalmente me sinto bem assim, mas, racionalmente, não concordo e preferiria ser mais apegada às pessoas.

      Excluir
    2. Pois é, eu amo estar sozinho mas racionalmente eu sei que interagir mais é bom. Até por interesse... kkkkkk
      Mas quebrar a inércia é dificílimo.
      Abraços
      Alexandre

      Excluir
  7. Simplesmente me descreveu, o melhor de ser solitário e gostar de ser solitário, pois um ser solitário que não gosta da solidão e certamente um depressivo. Teve uma vez, no programa da Ana Maria Braga uma associação para pessoas solitárias, tipo alcoólatras anônimos rs, da até do dó dessas pessoas, ''Vô telefonar 0800 para conversar com um atendente para me sentir melhor kk, sou insensível mesmo, mas parando de brincadeira, aceitar a solidão e algo bastante difícil mesmo, se a pessoa não tiver auto conhecimento nem auto-persuasão e ainda for influenciado pelo meio social '' Ser solitário e ruim, ser sociável e bom'' a coisa desanda.

    Engraçado que já tive o mesmo pensamento do Walter, Uai como um bom mineiro, desde que quando ficar na solitária e ruim? kk Me de um livro que fico lá de boa e ainda não faço confusão nenhuma rsr.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quero ficar na solitária não, lá e tudo escuro. #Sai solitária.

      Excluir
    2. As vezes eu acho que existe uma supervalorização da interação e da amizade. Claro, amigo é bom; encontrá-los é ótimo, mas prefiro a mim mesmo e à minha mulher e filha.
      E não me sinto só.
      E tenho dito!
      Abração
      Alexandre

      Excluir
  8. Gosto da minha solidão e também gosto de ter amigos. O problema é que pra ter amigos sempre a sua volta de alguma forma você tem que contribuir com a amizade. Criar situações para encontros, ter idéias de diversão e histórias pra contar. Eu gosto de estar no meio de pessoas, meu problema é que minha mente falha em me ajudar a criar material interessante para manter dialogos. Aí nada é produtivo e passa a ser exaustivo. Mas gosto dos dois mundo tanto a solidão quando rodeado de pessoas. Porque por mais que eu goste de solidão as melhores lembranças que eu tenho são com outras pessoas, as mais divertidas e diferentes. Então acho que vale o esforço, porque mesmo não se tornoando o sucesso da festa ou da reunião de amigos, ótimas experiências vão surgir.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hum, sei não. Acho que minhas melhores lembranças são solitárias. Não acredito que a felicidade só seja possível em grupo. Sou assim desde a adolescência.
      Abraços
      Alexandre

      Excluir
  9. Alexandre, esse blog vai além de apenas uma página, todos os dias faço uma visita por aqui, esperando ansiosamente por mais um texto sobre mim mesma, ler em palavras esse mundo de nós TDAHs, é um consolo saber que temos companheiros nessa loucura de ser diferente, especialmente este texto me aliviou da culpa de não conseguir viver rodeada de pessoas, eu amo minha companhia, e aceitar que “ser sociável“ não é uma obrigação, nos dá mais tempo para viver pequenas coisas, e se maravilhar com elas, com por exemplo a solidão que tanto nos ensina. Amigos TDAHs...juntos na caminhada! Grande abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Juntos na caminhada, mas cada um dentro de si mesmo. kkkkk
      Que bom que você gostou. Confesso que me faz muito bem também ler os depoimentos de pessoas parecidas comigo. Dá um alívio...
      Valeu, abraços
      Alexandre

      Excluir
  10. Desde a infância tenho o que costumo chamar de "poucos e bons amigos". Nunca fiz parte de grandes turmas, como meus amigos. Estes poucos e bons bravos amigos mostram que me amam, pois resistiram aos meus rompantes sem me abandonar. Sempre oscilei entre fases mais sociáveis e outras nem tanto. Mas não gosto de solidão completa, porque não me acho boa companhia. Ficar só com meus pensamentos - e todos sabem como são desordenados nossos pensamentos TDAH - nunca me parece uma boa ideia e a chance de sair arrasada de um encontro comigo mesma é bem grande. Eu costumo dizer que tenho preguiça de gente...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Ana, sim eu tenho preguiça de gente. E eu digo sinceramente: não tenho nenhum amigo 'ativo'. Amigo que eu encontre e veja com frequência. Nenhum.
      Abraços
      Alexandre
      Obs. Me manda seu email, por favor. Pode ser através desse aqui: alephbuendia@gmail.com ou schubertsax@gmail.com. obrigado

      Excluir
    2. Já mandei, verifica lá se recebeu... abs! Ana

      Excluir
  11. Vou colocar São Francisco de Assis neste blog: "A riqueza não se mede pela quantidade de bens que possuímos, mas no número de amigos verdadeiros e de pessoas que nos amam"

    Ou seja, pelo visto estamos todos falidos, rsrsr.

    Mas, realmente, não sinto falta alguma deste "convívio social", eu o detesto.

    Entre os meus ditos "amigos", conhecidos seria uma expressão mais precisa, tem aqueles que, após um tempo sem nos encontrarmos, vem uma "ladinha", um "moído", insuportável, do tipo: "poxa você não me procura, não liga para saírmos, some, etc, etc, etc," uma cobrança danada, um porre.

    Ao revés, tenho um conhecido, que aí já quero colocar no rol de "amigo", que passo um, dois, três anos sem ver. Aí, quando nos encontramos, não existe a mínima cobrança do tal "convívio social", damos sequência a conversa como se tivessemos nos encontrado no dia anterior.

    O que quero é ver, e ser visto, quando der vontade (quase nunca, rsrsr), sem cobranças.

    Grande abraços à todos.

    P.S.: Porque só eu tenho foto colorida no meu nome? com este blog agora todo DARK, fiquei "iluminado", parecendo um "alvo". Se descobrir como, vou tirar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. kkkk deixa de ser chato, vc está lindão em cores.
      Somos muito parecidos; detesto essa conversa de 'me liga', 'aparece la em casa', um saco.
      Prefiro eu mesmo.
      KKKKK
      Abração, meu irmão!
      Alexandre

      Excluir
  12. Já eu não 'odeio' tanto sair de casa na verdade eu até queria ser mais festeiro sair com a galera me divertir mesmo, o problema e justamente sair da zona de conforto essa é a parte mais difícil sem falar da minha timidez crônica na minha cabeça e como se eu tivesse sendo observado e julgado o tempo todo por isso preciso ser perfeito algo que com certeza ninguém nunca será. Mas acredito que devo construir minha vida social em pequenas atitudes todos os dias começar de baixo como se estivesse zerando um jogo acredito também que se temos uma característica e não gostamos dela temos que correr atrás para modificá-la eu sei que isso se torna mais difícil para um TDAH... pelo menos sabemos que não é impossível ;D.

    ResponderExcluir
  13. Desde que eu descobri que estava com TDAH senti uma certa necessidade de me isolar, pra ser sincera, fugir até do convivio famíliar, sempre achei que era por medo do que as pessoas iriam falar. Mas depois de um tempo percebi que não era, eu adorava e adoro estar sozinha, mas não por muito tempo, mas detesto estar em ambientes com muitas pessoas, acaba me irritando.

    Obs: sou nova, as matérias que eu li são ótimas, me identifico bastante. :)

    ResponderExcluir
  14. Oi Alexandre, descobri seu blog hoje. Que oásis!! Estou lendo todas as postagens da mais nova para a mais velha e até agora esta é a minha favorita!Fui diagnosticada há poucas semanas e é muito bom finalmente entender a razão de ser como sou. Amo ficar sozinha. Me acho a minha melhor cia. Lugar com muita gente me apavora. Sentar na mesa de um bar, até com poucos amigos, me exaure. E sempre fui muito criticada por isso, por amigos e pela família. E por causa dessas criticas sempre me cobrei por ser tão diferente. Tentei me forçar a mudar, sempre em vão. Hoje, principalmente em razão deste post e dos comentários, me perdoei. Ainda acho que as pessoas precisam conviver com outras, faz bem. Mas não tem que ser sempre, e não tem que ser por obrigação.
    Um grande abraço e obrigada pelo blog!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tem gente que assusta quando digo que NÃO tenho amigos; até por que vivemos uma ditadura dos amigos, todo mundo tem que ter montes de amigos...
      Convivo com minha família, e só.
      Claro, colegas de trabalho, essas pessoas, mas amigos de sair e visitar; nenhum!
      Abração
      Alexandre
      Ahhh, obrigado pelos elogios ao blog!
      Use e abuse...

      Excluir
  15. Me identifiquei muito, eu sempre achei q isso não é normal, mais não gosto de muita gente por perto, gosto de ficar sozinho na minha meus pensamentos minhas ideias, só eu meu celular e meu fone de ouvido q maravilha kkk sim tenho amigos e amigos q considero irmão, mais quando me chamam pra sair eu arrumo tanta desculpa, as vezes até saio me divirto até pareço uma pessoa normal kkk mais quando penso q estar só é melhor, me arrependo de ter saído kkk, outra coisa eu converso super bem quando tem eu e outra pessoa Ja já se chegar a terceira pessoa eu não consigo me envolver na conversa, quando é domingo e vem visita aqui em casa, fudeu kkk eu não disfarço fico na minha, muitas vezes fico no quarto ou só converso com uma pessoa no máximo, ficar em grupo? Não gosto nossa odeio kkķ as pessoas são chata quando ficam juntas kkk eu prefiro ficar só, é até engraçado tenho um amigo q considero pra caramba e ele mora perto da minha casa e quando ele me chama pra ir junto com ele pra ir trabalhar eu sempre arrumo justificativa kkk eu prefiro ir sozinho escutando música,gosto de conversar mais não toda hora

    ResponderExcluir