domingo, 28 de junho de 2015

TDAH: VOCÊ ACREDITA NA SUA DOENÇA?






Acabei de ver no Esporte Espetacular a uma reportagem sobre uma atleta acometida por uma doença rara, fatal e incurável. O médico lhe deu dois anos de vida; há dez anos...
A repórter disse que a atleta luta diariamente contra sua doença, e tem dias que ela perde...
Imediatamente associei ao nosso TDAH. E fiquei a pensar: A moça não se culpa pelas derrotas; a moça não fica com raiva de si própria quando tem uma recaída. Porque conosco é diferente?
Simples, não acreditamos em nossa doença.
Menosprezamos nossa doença.
Esquecemos  por querer?
Procrastinamos por opção?
Não. Por algum curto circuito em nosso cérebro o que deveríamos lembrar é substituído por outra coisa; ou simplesmente desaparece de nossa mente. Que culpa temos disso? Nenhuma, somos vítima de nossos cérebros imperfeitos como os cardíacos são de seus corações doentes; ou os diabéticos de seus pâncreas que não produzem insulina.
Nosso cérebro falha; e ponto final! Não é distração, desimportância, irresponsabilidade, cretinice, infantilidade... Nada disso, nosso cérebro é doente e falha. Não temos culpa.
- Ah, mas você podia ter anotado, dirá um trouxa.
- É só você sair mais cedo, dirá um outro detrator qualquer.
- Isso é por que você é uma moça inteligente e aí relaxa; palavras que um pseudo psiquiatra disse à Letícia para duvidar de seu TDAH.
Mentiras! Melhor ainda, Sofismas!
Sofismas são mentiras formadas a partir de verdades.
Não anotamos por que somos TDAHs e nosso cérebro funciona de maneira diferente.
Não saímos mais cedo por que nosso cérebro tem sua própria maneira de processar o tempo, e não nos permite sair mais cedo.
Nós não relaxamos, nós somos doentes e pensamos e agimos sob o efeito dessa doença.
Não procrastinamos por prazer. Procrastinamos por medo. Medo do que pode acontecer ao enfrentarmos essa ou aquela situação.
- Mas é algo tão simples, dirão os idiotas da objetividade.
Simples pra você, oh cretino de concreto armado. Somos feitos de emoções, sentimentos e muitas das vezes eles nos paralisam. Mesmo sabendo que pode ser fruto da doença, haverá dia que não teremos forças para combatê-la. Nossa mente ficará avisando de que aquilo pode ser perigoso, que podemos sofrer, que pode ser arriscado. E nos paralisamos. E os dias vão passando. E o mesmo cérebro que nos avisou dos possíveis riscos agora nos tortura por que não efetivamos aquela ação.
E ficamos entre a cruz e a espada. E nos torturamos. E nos criticamos. E ainda contamos com as críticas daqueles que deveriam nos apoiar, estar ao nosso lado.
Mas não. Estamos sós. Portadores de uma doença invisível, sorrateira e incurável.
Uma doença que nos desclassifica, nos diminui, nos ridiculariza.
E o que fazer?
A atleta do Esporte Espetacular, Suzana creio ser seu nome, descobriu na natação em doses maciças uma maneira de paralisar, ou retardar os efeitos de sua doença.
A nossa eu não sei. Ritalina, TCC, Coaching, Auto conhecimento..
Não sei, e estou aberto a sugestões.
Ando ouvindo falar maravilhas da meditação. Será esse o caminho?
Pode ser, mas só chegaremos a esse caminho se pararmos de nos criticar a e a dar ouvidos aos idiotas da objetividade e aos trouxas que pululam a nossa volta.
Somos doentes, e como todos os outros doentes do planeta, não escolhemos essa doença; somos suas vítimas.

45 comentários:

  1. Por acaso assisti essa matéria, e foi impossível não associar a historia dessa mulher a minha vida. ah e uma dica para os leitores curtam a pagina desse blog vocês serão avisados para textos novos: https://www.facebook.com/pages/Tdah-Reconstruindo-a-Vida/198426893519719?fref=ts

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  2. Li este texto e achei interessante postá-lo aqui. Não o colocarei na íntegra. A fonte se encontra ao final dos excertos:

    "A neurociência confirma que as pessoas altamente criativas pensam e agem de forma diferente da pessoa média. Seus cérebros trabalham de uma forma única. Ocorre que esse dom, muitas vezes, pode prejudicar relacionamentos."

    [...]

    "Se você ama uma pessoa altamente criativa, provavelmente vai experimentar momentos em que parece que ela vive num mundo completamente diferente do seu. A verdade é que ela vive mesmo. Mas é bom que se saiba: tentar mudá-los não é tão eficaz quanto tentar compreendê-los."

    "1- Eles têm uma mente que nunca se desacelera."

    [...]

    "2-Eles desafiam o status quo.

    Duas perguntas são feitas por pessoas criativas mais do que qualquer outro: 'E se?' e 'Por que não?'."
    [...]

    "3- Eles abraçam o seu gênio mesmo que os outros não o façam.

    Pessoas criativas preferem ser autênticas a serem populares. Mantendo-se fieis a quem de fato são, sem compromisso com aquilo que os demais reputam como correto. Essa é a sua definição de sucesso, mesmo que em virtude disso venham a ser mal interpretados ou marginalizadas.

    4- Eles têm dificuldade em permanecer na tarefa.

    Pessoas altamente criativas são energizadas por grandes saltos mentais e pela adrenalina de começar coisas novas. Projetos existentes podem se transformar em chata monotonia quando a promessa de algo novo e excitante agarra sua atenção.

    5- Eles criam em ciclos.

    Criatividade tem um ritmo que flui entre os períodos de alta, às vezes maníaco, e tempos lentos que podem ser sentidos como “quedas”. Cada período é necessário e não pode ser ignorado, assim como as estações naturais são interdependentes e necessárias.

    [...]

    "9- Eles sentem profundamente.

    A criatividade é a forma de expressão humana que o torna o artista capaz de dizer daquilo que, em si, há de mais profundo. É impossível dar o que você não tem e você só pode levar alguém a algum lugar quando você já tiver ido sozinho, mesmo que em suas fantasias. Uma pessoa criativa deve sentir de modo profundo para que possa comunicar-se também profundamente.

    10- Eles vivem entre a alegria e a depressão.

    Essas pessoas sentem tudo com intensidade e por isso são altamente criativas. Muitas vezes podem mudar, em fração de segundos, da alegria à tristeza ou até mesmo à depressão. Seu coração sensível, enquanto a fonte do seu brilho, é também a fonte do seu sofrimento.

    11- Eles pensam e falam em histórias.

    Uma explicação nunca vai mover o coração humano tanto quanto uma história bem contada. Pessoas altamente criativas, especialmente artistas, sabem disso e contam histórias em tudo o que fazem, deixando que cada um tire por si as suas próprias conclusões.

    12- Eles lutam e resistem diariamente

    Steven Pressfield, autor de The War of Art, escreve:

    “A maioria de nós tem duas vidas. A vida que vivemos, e a vida não vivida dentro de nós. Entre as duas, bancadas de resistência”. Pessoas altamente criativas acordam todas as manhãs, plenamente conscientes da necessidade de crescer e motivar-se. Mas há sempre o medo, “resistance”, como Pressfield chama, de que não consigam fazer aquilo que de fato necessitam. Não importa o quão bem sucedida a pessoa seja: o medo nunca vai embora. Ela simplesmente aprende a lidar com o medo (ou não)."

    [...]

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    1. "14- Eles têm dificuldade de acreditar em si mesmos.

      Mesmo a pessoa criativa aparentemente autoconfiante muitas vezes se pergunta: Eu sou bom o suficiente? Estão sempre a comparar seu trabalho com o dos outros e deixam de ver o seu próprio brilho (que pode ser óbvio para toda a gente).

      15- Eles são profundamente intuitivos.

      A ciência ainda não consegue explicar o mecanismo da criatividade. No entanto, indivíduos criativos sabem instintivamente como fazê-lo fluir. Se questionados, vão dizer que a criatividade não pode ser entendida, só experimentada.

      16- Elas costumam usar a procrastinação como ferramenta.

      Criativos são procrastinadores notórios porque muitos fazem melhor o seu trabalho sob pressão. Eles subconscientemente, e às vezes propositadamente, retardam seu trabalho até o último minuto simplesmente para experimentar a adrenalina do desafio.

      17- Eles são viciados em fluxo criativo.

      As recentes descobertas da neurociência revelam que “o estado de fluxo” pode ser a experiência mais viciante na terra. A recompensa mental e emocional é por que as pessoas altamente criativas irão sofrer com os altos e baixos da criatividade. Em um sentido real, eles são viciados na emoção de criar.

      18- Eles têm dificuldades de terminar projetos.

      A fase inicial do processo criativo é um movimento rápido e carregado de emoção. Muitas vezes, eles vão abandonar projetos que são demasiado familiares a fim de experimentar o fluxo inicial de um projeto novo.

      19- Eles são bons em conectar pontos.

      A verdadeira criatividade, Steve Jobs disse uma vez, é pouco mais do que ligar os pontos. É ver padrões antes que se tornem evidentes para todos os outros.

      20- Eles nunca vão crescer.

      Criativos serão eternas crianças que nunca perdem a capacidade de sentir, de se admirar, de se mostrarem perplexos. Para eles, a vida fala de mistério, aventura, superação. E assim, todo o resto, embora exista, deixa de ser uma verdade aos criativos."

      Por Kevin Kaiser

      Do original "20 Things Only Highly Creative People Would Understand"


      Fonte:
      http://www.contioutra.com/20-coisas-que-so-pessoas-altamente-criativas-entenderao/

      Fonte original (idioma inglês):

      http://www.lifehack.org/articles/communication/20-things-remember-you-love-highly-creative-person.html

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    2. Tudo isso que você escreveu somente reforça o que eu escrevi: VOCÊ NÃO ACREDITA NO TDAH COMO SENDO UMA DOENÇA.

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  3. "Mas é algo tão simples"
    As pessoas não fazem idéias de como essa frase machuca a gente.
    Sei que é algo simples. Mas não consigo fazer. Por mais que eu me esforce.
    E pior que não temos como explicar nossas atitudes. Ninguém entende. Só quem carrega esse fardo.
    Por mais que o tratamento ajude tem coisas que vamos ter que carregar pra sempre.
    O jeito é se acostumar com essa sub-vida!

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    1. Eu ouço direto isso
      É um sofrimento pra mim, mas também é um sofrimento enorme pra quem convive comigo
      Tem pessoas que vêm com aquele sermão: " Eu já superei tantas dificuldades e você se afogando em copo d'água !!! "
      Tive uma colega de trabalho, que se irritava tanto com minha dificuldade pra fazer coisas simples, que uma vez ela até chorou de raiva de mim. Eu não conseguia acompanhar o ritmo dos outros e por consequência, eu sobrecarregava todo mundo. Eu sofria pra tentar ser mais esperta e ela sofria e muito por ver todos sobrecarregados por minha culpa. Sem contar as alfinetadas que eu tinha que ouvir o dia inteiro : " Ninguém me ajuda! Vou ter que me virar como sempre! Eu faço tudo sozinha! Ninguém faz nada! Dá pra ajudar ou tá difícil, bla bla.." E eu me matando pra fazer tudo o mais rápido possível.
      É um sofrimento muito grande para os dois lados.

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    2. Verdade. E de certa forma não podemos reclamar das pessoas que nos cercam. É muito difícil de entender mesmo. Mas como o Alexandre falou não temos culpa disso. Devemos erguer a cabeça e tentar dar o nosso melhor.

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    3. É impressionante como agarro nas coisas simples. Quanto mais simples mais me enrolo para cumprir.
      Um saco!

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    4. Existe uma voz no fundo da mente, e ela não fala nenhuma língua, ela é abstrata. Ela diz: "Você pode fazer isso depois", ou, "isso é fácil, deixa para depois."

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  4. "Não procrastinamos por prazer. Procrastinamos por medo. Medo do que pode acontecer ao enfrentarmos essa ou aquela situação."

    Há quem não acredite, ou quem acredite no TDAH. A aceitação é uma parte do processo, não o torna mais fácil. torna-o tão difícil quanto. Temos problemas e precisamos enfrentá-los, mas tem horas que a coragem falha e deixamos mais uma vez tudo para amanhã. Longo caminho de recomeços.

    Lala

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    1. Sim, um longo e interminável caminho. Após essa semana que passou minha vontade é abandonar a mim mesmo. Fugir pra um lugar onde eu e minha vida não estejam.

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  5. Genial o seu relato! Sou terapeuta cognitivo comportamental e precisava encontrar em pessoas que sofrem desta dificuldade o apoio para seguir trabalhando. Porque os profissionais com quem convivo estão pouco preparados, tem pouco conhecimento (usam do senso comum) e não estão se esforçando em estudar a fundo e com evidências científica casos de TDAH. Estou farta da forma como as pessoas tratam/lidam/convivem com quem é TDAH como se fosse "falta de vontade", "preguiça", "pouco esforço". E não reconhecem o lutador que há dentro deste "sistema cerebral" danado... Espero acompanhar suas publicações e, a partir de seus relatos, ganhar ferramentas para falar de maneira menos técnica com familiares, professores, colegas, sobre esta luta. Somos tão ignorantes do sistema complexo cerebral que, o que é "da mente", achamos que pode ser alterado "com muita força de vontade!"... Força... nesta construção diária!

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    1. Olá, aproveito para perguntar se você tem alguma opinião sobre a influência do nosso pensamento e da química dos remédios. Digo, a mistura entre química e força de vontade, compreende? Os limites, estratégias, métodos. Pergunto isso porque atualmente as pessoas estão estudando (lendo) tanto sobre substâncias e sua ação no cérebro, na manutenção das substâncias, que elas estão desacreditando na parte psicológica. É só você perguntar aqui quantos fazem acompanhamento psicológico, ou, se fazem, se estão acreditando, ou aqueles que começaram o tratamento com o medicamento, mas igniraram ou estão postergando há anos as consultas no psicólogo.

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    2. Em primeiro lugar, obrigado!
      Sim, as pessoas teorizam sobre o que é ou o que não é TDAH. Mas ninguém consegue avaliar o que é esse labirinto infindável da nossa mente. Me perco diariamente nele, e é um custo para retomar o caminho.
      Obrigado por nos ajudar.
      Abraços
      Alexandre

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  6. Pessoal,

    alguém ai já tomo Stavigile? Andei vendo alguma coisa sobre este remédio: http://marcelotoledo.com/2014/04/29/a-pilula-da-inteligencia-mais-usada-no-mundo-modafinil/ .Aquele cara do bulletproof recomenda para pessoas saudáveis e os efeitos seriam exatamente atenuando alguns sintomas do TDAH. Nos EUA ele não é recomendado para o TDAH para crianças, mas para adultos não teria o mesmo motivo para não ser recomendado, mas é ignorado. Fiquei com vontade de experimentar. Acho que vou comentar com meu psiquiatra, que também é TDA. Se alguém tiver alguma experiência com o medicamento favor postar ai.
    Marcelo

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    1. Já vi relato de pessoas, aqui no blog, que tomavam Stagivile. Mas não me lembro se falavam bem ou mal. Ajudei pra caramba, kkkkk. Desculpe-me. A única utilidade dessa resposta é que alguns TDAHs utilizam o Stagivile. Se não me engano a Aline, do Blog Alice luta diariamente contra os jaguadartes, usa o Stagivile. Mas não tenho certeza.

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    2. Valeu,
      vou ver no blog dela. Mas a sua resposta é muito importante, mesmo que fosse pra falar que não sabia. Nós sabemos o quanto, às vezes, é mais fácil deixar de fazer alguma coisa, mas também para nós um simples "OI" pode fazer um bem enorme.
      Valeu, abçs,

      Marcelo

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  7. Olá.
    Acho que farei parte dessa turma. Fiz uma consulta médica essa semana - neurologista e psiquiatra - diagnóstico clínico: sou DDA,.... e tudo mais que todos aqui já sabem como funciona.

    Comecei a tomar ritalina LA 20, percebi seus efeitos por umas 3 horas, mas ainda conseguia me distrair com alguma coisa. Falei com o médico, passamos para 40mg. Melhorou muito pouco.

    Estou com uma dúvida. Não sei se estou ansioso com o efeito do remédio, ou seja, uma sensação de que meu corpo está em guerra com os efeitos do remédio ou se de fato a dosagem ou o remédio são fracos pra mim.

    Alguém já passou por isso? Alguma coisa sobre os efeitos serem fracos ou reagir muito pouco?

    Diogo

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    1. Rapaz... Eu tomei Ritalina de 10mg por alguns dias (nem imagino como deve ser tomar 40mg), sentia diferença, mas nada fora da realidade, lembrando também que o remédio não pode fazer tudo sozinho você precisa de muita força de vontade... Uma coisa que acontece comigo é que às vezes a Ritalina faz diferença e às vezes parece não servir para nada.

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    2. Concordo. tb tomo 10mg e acho que depende muito do estado de espirito. Às vezes nao ajuda.

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    3. É isso mesmo. Relaxe e usufrua do seu remédio, nunca será como você imagina.
      Aproveite as horas de efeito...

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  8. Ola pessoal, Vocês ja se sentiram sem "Forças" para fazer nada como se estivessem paralisados diante de alguma responsabilidade muito seria, é como se você deixasse de enxergar a verdadeira importância daquilo naquele momento e por mais que você queira fazer não consegue nem sair do sofá rsrs.

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    1. Sempre!! kkkkkk [2]

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    2. Ah Valter, nem me fala.
      Uma pedra invisível gigantesca sobre nosso colo nos impede de mover um músculo.
      Sim, quase sempre.
      Abraços
      Alexandre

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  9. Pergunta aos homens diagnosticados com TDAH e a todos os estudiosos no assunto:
    Vocês percebem alguma correlação entre o TDAH e disfunções sexuais? Ereção insuficiente, ejaculação precoce...

    Alguém já viu algum estudo sobre essa correlação?
    Vocês sofrem também com esse problema?

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    1. Eu tenho problemas e nunca fiz essa correlação. Agora que me fez pensar... será????
      (desculpem-me pelo anonimato, mas o motivo é obvio)

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  10. “A mente intuitiva é um dom sagrado e a mente racional, um servo fiel”, disse um dia Albert Einstein. “Criamos uma sociedade que honra o servo e se esqueceu do dom.”

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  11. A vida moderna valoriza o fato de ficarmos sentados na escola ou num escritório, focando nossa atenção em uma coisa de cada vez, valorizando ainda uma postura de atenção que pode nem sempre ter valido a pena no começo da história humana. Alguns neurocientistas argumentam que, em momentos fundamentais, a sobrevivência na vida selvagem pode ter dependido de uma rápida troca da atenção e da ação ligeira, sem hesitação para pensar no que fazer. O que hoje diagnosticamos como déficit de atenção pode refletir uma variação natural nos estilos de foco que teve vantagens ao longo da evolução e, dessa forma, continua se misturando ao nosso reservatório genético.

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  12. Queria só deixar minha admiração silenciosa do blog! E do encontro maravilhoso que há nele, Alexandre e Walter, que prazer ler vcs dois e como a sabedoria de um completa o outro! Leio sempre, me alimenta e fortalece, obrigada! Vcs já se conhecem pessoalmente? Mereceria um post esse encontro :) ;*

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  13. O TERCEIRO OLHO

    Pessoal ,este texto não é científico, mas achei muito interessante. Espero muito que exista alguma verdade nisto, pois parece ter muito a ver com imaginação, psicodelismo e espiritualidade; Abaixo dois parágrafos do texto (Podem ignorar o primeiro e o segundo parágrafos no link):

    "Localizada no cérebro humano, a glândula pineal tem a estrutura similar a de um olho. As suas células funcionam como receptores oficiais de luz, funcionalidade similar a da retina presente nos olhos. A glândula também tem uma estrutura semelhante com a do vítreo, que é uma substância nos moldes de um gel localizada entre a retina e a lente ocular, tendo então uma funcionalidade muito parecida com a dessa lente em questão.

    Até mesmo os próprios cientistas ainda estão aprendendo bastante sobre a glândula pineal, ainda há muito o que se descobrir, ainda mais levando em consideração, que a glândula é conhecida como uma grande sede da consciência existencial humana tanto no espiritualismo oriental quanto na filosofia ocidental. Essas crenças orientais também reproduzem essa concepção de que em outros planos de existência, os olhos podem ser visualizados por todo corpo, além de associar a glândula pineal ao chakra frontal diretamente ligado à visão e ao contato com planos conscienciais e existenciais diferentes. E mesmo a ciência ocidental que é pautada no ceticismo e no tangível está gradualmente interpretando a glândula pineal como um terceiro olho de fato."

    http://www.fatosdesconhecidos.com.br/voce-tem-um-terceiro-olho-e-nem-sabia-disso-duvida-a-gente-te-explica/

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  14. Valter...
    já faz algum tempo que me sinto exatamente assim. Com tanto para fazer, mas não consigo sair do sofá em determinados momentos. Aí o tempo passa e vem a frustração de não ter feito o que precisava. Muito chato isso.

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  15. Oi, Alexandre.

    Há mais de um ano que eu acompanho o seu blog, porém nunca postei nada aqui.

    Quero relatar que o seu blog foi de muita importância para que eu conhecesse contra o que eu estava lutando, para poder traçar táticas para o combate contra o TDAH.

    Antes mesmo de ser diagnosticado como TDAH, procurei no Google sobre alguns problemas meus, que no meu caso a minha memória é o que mais me incomoda. Depois de algumas horas procurando, achei bastante conteúdos sobre TDAH, dentre os quais o seu blog, e me identifiquei totalmente. Seria aquilo que o pessoal relata bastante quando começa a ler a respeito: - "Nossa, parece que esse cara descreveu a minha vida e os meus problemas.".

    Com toda certeza, serei e já estou sendo um bom disseminador de informações sobre o nosso problema, ajudando sempre aqueles que tiverem precisando de conselhos, apoio, compreensão, dentre outros, pois como nós sabemos, apenas quem está em nossa situação sabe contra o que estamos lutando.

    Desde esta terça-feira até hoje, estão sendo os melhores dias da minha vida, sem nenhum exagero. E olha que não é o primeiro dia que eu estou tomando Ritalina. Comecei há um tempo atrás com ela, e o primeiro dia pareceu muito bom, como você compara com um míope usando óculos pela primeira vez. Mas após um tempo, já tive uma fase bem deprê, mas que pelo fato de eu estar me tratando certinho, com neurologista e psiquiatra, os remédios conseguiram fazer com que eu não caísse totalmente e retomasse o meu rumo.

    Após isso, comecei a focar no que era importante, mudei minha mentalidade, comecei a ser mais família, coisa que nunca fui tanto, comecei a ser mais organizado e metódico com as coisas, utilizando o máximo de recursos disponíveis, para não confiar totalmente na minha memória. Nesses dias, estou sendo altamente produtivo no trabalho, causando estranheza a todos, já que nunca fui muito pró-ativo, sempre estava viajando e sem conseguir acompanhar uma conversa.

    Agora quero ficar a par de tudo, e pelo fato de eu lembrar das coisas (antes do tratamento não conseguia lembrar bem de filmes, por exemplo, mesmo tendo acabado de assistir, nunca li um livro completo e por aí vai), a minha motivação em fazer coisas que gosto está lá no alto.

    Finalizando, gostaria de agradecer a você, Alexandre, e aos demais usuários ativos deste blog pela iniciativa em criar e manter este canal, sempre visando a troca de informações e experiências, ajudando assim outras pessoas que podem, mesmo distantes, sofrer muito em silêncio, e sem o conhecimento deste mal que subitamente pode nos tirar a vontade de viver plenamente.

    Um grande abraço de seu fã, Allan Gregório. =]

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    1. Allan, vc fala em psiquiatra e neurologista, mas o seu tratamento além de remédio está complementando com mais o quê? Você está tomando apenas ritalina, mesmo?
      Que bom que vc achou uma maneira de produtivo. Deve ser muito gratificante este estado. Parabéns pelo sucesso no tratamento. Se puder dar umas dicas pra gente, podem ser muito úteis.
      Que seu tratamento continue no caminho certo.

      Marcelo

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    2. Olá, Marcelo. Tudo bom?

      Claro que devemos complementar nosso tratamento com outras coisas. Isso é totalmente válido.

      No meu caso, o que funciona bastante é o esporte, e arrumar jeitos que me facilitem. Quando estamos com memória ou concentração fracas, não queremos saber de nada, e tiramos o corpo fora de compromissos. Mas o que percebi, é que quanto mais eu me comprometo e boto a minha cara à tapa, é quando eu fico melhor. Engraçado, não?

      Esse é o chamado de estado de fluxo, de acordo com a psicologia, onde fazemos tudo certinho, e sentimos muito prazer de ter feito tal coisa da maneira correta.

      Quanto ao esporte, sou apaixonado por tênis de mesa, e já voltei aos treinos como atleta, porém quero abrir minha própria academia de tênis de mesa, não visando lucro, e sim o meu bem estar e a cabeça sabendo que posso melhorar vidas de outras pessoas, através do esporte. Tenho um dinheiro guardado, e pretendo investir 3.000 reais no projeto, pois necessita de pouca coisa. Se eu não tiver retorno financeiro, mas tiver bons alunos, ainda que não possam pagar pra treinar, estou satisfeito. Amo o esporte. Fazer algo do tipo nos meus tempos livres me dará uma satisfação imensa.

      Quando à coaching, terapia comportamental, etc, creio que não funcione tanto para mim. Prefiro o autoconhecimento e a autoanálise, pois posso demorar a analisar o meu comportamento, mas eu consigo de vez em quando. E analisar o feedback das pessoas próximas, e daquelas que a gente ama, sem armar um barraco, é muito bom. Corrigimos a nós mesmos.

      Posso te falar que estou com vários projetos legais, e todos que quero implantar logo, não visam dinheiro, e sim a vontade de fazer algo pelo próximo. Sem demagogia, o retorno não financeiro que temos com coisas assim é enorme e gratificante. Pense como o melhor, mais eficaz, e mais caro antidepressivo do mundo. É isso que estou buscando. =]

      Para finalizar, pretendo criar e manter um blog, não especificamente sobre TDAH, mas falando coisas que ajudem a vida de qualquer um. Claro que o TDAH será abordado de vez em quando, mas na minha concepção, criar um blog geral e ele se tornando popular, terá mais credibilidade quando o assunto for de TDAH. E isso poderá atingir a muito mais pessoas, que podem ter este problema que tanto nos atrapalha. Esse é um dos meus principais objetivos.

      Dinheiro é necessário, mas já corri atrás disso e hoje estou tranquilo. Não cursei faculdade até o momento, pois sabia, na época, que não aprenderia grandes coisas. Mesmo com minha memória fraquíssima, me esforcei cinco vezes mais que uma pessoa comum, e passei em 22º no concurso para o meu atual emprego, com 8.185 inscritos. As múltiplas alternativas ajudam e muito quem é TDAH. Podemos não ir bem em coisas dissertativas, mas quando há opções, nosso cérebro vai lembrando e conseguimos ir bem. Isso não é o Allan falando. Minha neuropsicóloga que me contou isso, e é a mais pura verdade.

      Para não me estender mais ainda, termino o comentário por aqui, agradecendo os seus votos de sucesso no tratamento.

      Um abraço, Marcelo. Estou sempre de olho aqui no blog do Alexandre. Se quiser falar comigo, fique à vontade.

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  16. Eu sou tão inteligente que mudei de cidade, abri uma nova conta no banco pra tudo ficar mais fácil, não cancelei a conta antiga e não comecei a usar a nova. Resultado: estou em dívida agora, porque as taxas ficaram sendo cobradas em cima do cheque especial. E nem abri o envelope que vem com o cartão de crédito. Desde o ano passado. E isso é só uma das milhares de coisas descabidas que faço, que me trazem prejuízos enormes e me prejudicam imensamente.

    Meu marido é bastante compreensivo comigo, mas ainda acha que posso "fazer mais". É difícil pra uma pessoa normal entender que esse "mais" nos causa agonia. As consequências de não fazer mais nos parecem até menores que o sofrimento de fazer. Mas mesmo assim ele me ajuda, e acredita que não estou sendo relaxada. E também admira meu hiperfoco, que realiza façanhas memoráveis. Ele entende que meu cérebro realmente funciona de maneira diferente.

    Alexandre, achei mais fácil ficar sem celular que ter "todo o trabalho" de enviá-lo pra Samsung ou pra você. To esse tempo todo sem um aparelho, e ainda não arrumei um despertador. Devo ter muita inteligência mesmo, acumulada, de tanto ficar sem uso.

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  17. Alexandre meu amigo! Cadê você? Sentimos sua falta. :)

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  18. Olá, Alexandre! Parabéns pelo blog!
    Na verdade, leio o blog de vez em quando, há cerca de dois anos, sempre quando meu marido TDAH me deixa muito brava! Ler seu testemunho e os comentários dos leitores me faz sentir mais compaixão pela condição do meu marido e por seus comportamentos "irresponsáveis". Ele resiste em levar o TDAH a sério, minimiza o transtorno e suas consequências, reincide nos erros de novo e de novo, inverte o discurso, afirma não ter dito o que disse, diz que a louca sou eu... Tem 30 anos, não se formou, tem um emprego sem estabilidade, vive correndo atrás de projetos loucos, abriu um negócio com dinheiro emprestado, encerrou as atividades endividado, é incapaz de cumprir horários, prazos e regras simples... Não cuida da própria saúde, come desregradamente, é sedentário, está bem acima do peso, tem enxaquecas, azia, dores nas articulações, problema renal... Temos dois filhos pequenos que só chegam atrasados na escola, um carro que faz um barulho de calhambeque, e eu sustentei a família sozinha durante seis anos. Eu imponho regras às crianças, e meu marido faz concessões. Eu estabeleço horários pras crianças, e meu marido não cumpre. Eu digo não, ele diz sim. Eu ensino a comer brócolis, ele ensina a comer cachorro-quente. E mesmo quando concordamos, ele quebra o nosso acordo.
    Assim, a convivência com um portador é extremamente exigente. Eu me tornei chata e desconfiada, sempre checando, sempre enviando lembretes, sempre assumindo parte das tarefas dele, sempre tomando a iniciativa pra resolver problemas práticos, sempre me queixando das falhas dele, sempre me decepcionando com as promessas não cumpridas, sempre me irritando com as reincidências... Ele joga minha ansiedade pras alturas, força minha paciência pra além do limite, me sobrecarrega, me negligencia, me enlouquece... E não reconhece nada disso.
    Então, quando acho que não aguento mais, eu leio o seu blog e isso me desarma. Retomo a consciência de que as falhas não são por querer, que os esquecimentos fazem parte do quadro, que vocês pagam um alto preço por serem portadores de TDAH.
    Estou fazendo um esforço enorme pra enxergar o lado bom do transtorno. Admiro o coração sincero do meu marido, o pai amoroso que ele é, o esforço que ele faz pra tocar a vida, a vontade de acertar, a imensa capacidade de dar a volta por cima, de improvisar, de se reerguer, de manter a calma diante dos problemas que ele mesmo cria, de reconhecer cada dia como novo e cheio de possibilidades, de manter o coração sempre cheio de esperança num futuro melhor. Admiro a "leveza", a alegria infantil diante de coisas simples, a criatividade, o viver no aqui e agora, dando tudo de si a cada momento.
    Devo reconhecer que conviver com um TDAH me força a amadurecer na marra. Viver sendo sempre tão exigida me levou ao autoconhecimento, me conduziu a reflexões existenciais, me fez buscar a espiritualidade, me fez recorrer à psicologia. Ter que cuidar das coisas que meu marido não dá conta muitas vezes me levou a descobrir uma força que eu não sabia que tinha. Não descrevo esse período que temos vivido juntos como exatamente feliz, mas foi sem dúvida intenso e cheio de aprendizados.
    O futuro vai dizer se essa união será duradoura ou não...
    Por isso, agradeço imensamente pela existência deste blog! Como meu marido raramente se abre comigo, o relato de todos vcs é extremamente precioso pra mim, pois me dá uma noção de como meu marido vive, sente e reage. E a compreensão da condição do portador de TDAH é fundamental pras pessoas que convivem com ele. Obrigada!

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    1. Nossa com certeza isso que você falou é o que as pessoas pensam de min também, eu não me abro com ninguém nunca, não sei por que, acho que é como uma trava na minha cabeça faz sentido, mas se eu falar soa estranho, ao mesmo tempo tenho um orgulho gigante sempre preciso dizer pra min mesmo que sou o melhor e estou a todo momento pensando que as pessoas estão querendo me atacar/ferir e que nunca devo pedir ajuda, mas ate ai tudo bem porque eu ainda tenho consciência do que esta acontecendo mas e quando não tenho saio falando ou agindo da forma mais estranha o possível, não ta no gibi o tempo que venho tentando ser uma pessoa melhor lendo textos quase que diariamente sobre psicologia, pessoas, transtornos, etc. mas é assim mesmo acredito que só fracassamos quando desistimos.

      Acho que uma estratégia é não bater de frente com o seu TDAH, tem um texto aqui no blog sobre isso: http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2015/05/tdah-o-confronto-desnecessario.html, tentar entender e encontrar outras maneiras de abordagens é o melhor a se fazer.

      Mas sinceramente às vezes nem me reconheço, a química do cérebro de um TDAH muda muito eu sinto como se tivesse alguém lá dentro estagiando em química e a todo momento fazendo testes "Joga dopamina nessa área", "Cortisol aqui", "Adrenalina agora", “Ops errei não podia fazer isso” e por ai vai rsrs

      Outra coisa quando eu emburro a cara já era não tem beijinho ou conversa que me faça voltar atrás! Éé tenho pena da minha família kkk

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  19. "Somos feitos de emoções, sentimentos e muitas das vezes eles nos paralisam. Mesmo sabendo que pode ser fruto da doença, haverá dia que não teremos forças para combatê-la. Nossa mente ficará avisando de que aquilo pode ser perigoso, que podemos sofrer, que pode ser arriscado. E nos paralisamos. E os dias vão passando. E o mesmo cérebro que nos avisou dos possíveis riscos agora nos tortura por que não efetivamos aquela ação.
    E ficamos entre a cruz e a espada. E nos torturamos. E nos criticamos. E ainda contamos com as críticas daqueles que deveriam nos apoiar, estar ao nosso lado."
    isso é o que eu passava, e não conseguia explicar..
    passavas dias simplesmente paralisada....
    tinha uns impulsos... mas logo vinha um desanimo pior.....
    mas hoje Deus está me dando a graça de lidar comigo mesmo!

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  20. Alexandre, descobri hoje o seu Blog quando procurava blogs pra ver se alguém já tinha feito um blog do jeito que eu pensei em fazer, pra me ajudar a entender o que sentia, trocar experiência com quem também passava pelo mesmo problema e de quebra me motivar e ajudar a ser mais focada e finalmente levar algo adiante.
    Claro, não sou a única e vi que vc teve a ideia antes, quem mandou eu procrastinar tanto? kkkkk

    Bom nem preciso repetir e já repetindo o que todos já disseram, "O que é dito aqui parece ser escrito pra mim".

    Tenho praticamente todos os sintomas citados, lembro-me de reparar que de tempos em tempos ficava tão desfocada que precisava forçar o olhar pra prestar atenção em quem falava comigo, ia nas reuniões e mesmo anotando, voltava arrasada pq sentia que não conseguia focar na metade do que o cliente explicou e teria que trabalhar com o que tinha em mãos e depois apresentar e rezar pra no dia da apresentação, já ter saído dessa nuvem que me tomava e aí sim eu parecia um vulcão, tirava ideia de não sei onde, mudava completamente, ficava mais focada, pró-ativa, lembrava de coisas que geralmente não era o meu forte, dava ideias boas de campanha, colocava coisas em dia mas era tão rápido que logo voltava para o de sempre.
    Cheguei até a pensar que variava de acordo com o meu ciclo menstrual pois reparei que muitas vezes tinha essas alterações de acordo com a menstruação.

    Certa vez, fui em uma palestra sobre organização de tempo e a pessoa colocou um vídeo sobre procrastinação que quando assisti, tive uma crise de risos, daquelas que não conseguimos parar, as lágrimas rolavam e já não podia mais assistir pra ver se me controlava. Era um riso nervoso achando engraçado ver algo tão parecido comigo e saber que isso era muito ruim pra mim.

    Bom, hoje vivo em um momento complicado em que preciso melhorar urgentemente pra minha vida ser normal. Na verdade tem apenas 3 anos em que tudo que achava que era apenas um mero defeito meu, ficou mais claro e passou a ser o meu maior pesadelo, eu durmo e acordo pensando em como posso melhorar, resolver, criar algo novo, um novo negócio, algo que eu goste de fazer e não abandone logo que pareça dominado.

    Sempre tive uma inquietude por dentro, uma grande vontade de revolucionar, achando que criaria algo inédito, faria algo memorável, assisti o filme do Facebook e Jobs, e não consegui dormir de tanta ansiedade, parecia até que eu era igual a eles, kkkkkkk mesmo não tendo um décimo da capacidade deles. Mas aí vinha logo em seguida aquele gás paralisante que nõ me permitiam nem realizar as atividades do dia a dia, quem dirá, algo memorável, incrível ou inédito...

    Ultimamente tenho pensado em meditar pois dizem que é muito bom e também passei a usar caderninhos, comprei alguns diferentes, coloridos, capa dura, canetas coloridas, tudo que me anima pra anotar coisas, seguir uma ordem de coisas pra fazer no dia e ter uma vida mais organizada, comecei e luto pra continuar.

    Nossa, ficou enorme mas precisamos muito falar disso pra ver se espantamos um pouco os males.

    Obrigada por esse espaço, se eu criar o meu blog será pra complementar seu maravilhoso trabalho que ajuda a tanta gente, também gostaria de poder ajudar, isso é uma das coisas que me motiva!

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  21. Olá Alexandre!Fui diagnosticada há 1 semana com tdah pela psiquiatra que me trata e que tem me tirado do fundo do poço após mais de 10 anos buscando uma melhora na minha qualidade de vida. Comecei a tomar Ritalina e tbm a pesquisar mais sobre meu novo diagnóstico que nunca passou pela minha cabeça que pudesse fazer tanto estrago na nossa vida. Nessa pesquisa encontrei seus posts específicos respeitosos e razoáveis, eles não nos coloca como vítimas mas respeita o fato de vermos as coisas de um modo diferente e que nos traz muitas consequências. Tenho algumas perguntas a fazer mas vou fazer isso aos poucos. Uma delas é que depois que passei a tomar o remédio de acordo com a prescrição médica, eu senti alguns efeitos imediatos. Por exemplo: meu sono melhorou, as coisas que eu precisava pensar muito pra fazer agora elas são automáticas, as coisas que antes era um desafio agora é simples, e outras muitas melhoras que estou percebendo e tbm meu marido e amigos achegados. Aconteceu algo parecido com vc?(Me desculpe se vc já postou algo sobre isso eu estou lendo aos poucos todos os seus artigos!)

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    1. Sim Priscila, o efeito da Ritalina é imediato. Ela melhora a concentração e a disposição; com isso nossa auto estima e nosso desempenho melhoram.
      Boa sorte e siga firme em seu tratamento.
      Um abraço
      Alexandre

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