Sei que meu irmão TDAH Walter Nascimento vai me esculhambar, mas é possível viver sem remédio. Mesmo sendo TDAH.
Duvida? Pois eu esse ano ainda não tomei Ritalina; nem remédio nenhum pro TDAH. E venho vivendo a vida com bastante qualidade. E com algumas conquistas muito significativas. Pra começar fui trabalhar com venda externa; algo que sempre odiei e fiz muito mal. Quantas vezes, em empregos anteriores, estive parado em frente a empresas de clientes e não entrei. Sempre odiei me expor, ouvir não...
Mas agora, sabedor do meu TDAH, comecei a agir desde o primeiro dia; ao estacionar o carro diante do meu primeiro cliente, iniciei o mantra do meu trabalho: Eu posso fazer, sou maior que o TDAH. Pode parecer coisa de livro de auto ajuda, mas funcionou. O trabalho tornou-se leve como jamais foi.
Somado a esse trabalho de tempo integral, mantenho-me na manutenção de celulares à noite, trabalhando até as 23 horas em algumas ocasiões.
Bem, tenho esse blog, e mesmo escrevendo pouco, recebo um monte de emails, comentários, críticas e tudo o mais que ele acarreta e tenho que responder.
Tenho mulher, filha, pai, mãe, irmãs, que sempre exigem presença e atenção.
No meio de tudo isso, surgiu a oportunidade de lançar meu livro infantil sobre hiperatividade na bienal de São Paulo. Mas claro, um autor novo tem que bancar parte dos custos; e parti atrás de financiamento para edita-lo. Pois é, pra lançar um livro, é preciso escreve-lo. Já escrevi seis ou sete. São livros infantis, de poucas páginas, mas criei e escrevi. Isso toma tempo, ocupa a mente, desvia da atenção das coisas corriqueiras.
E aí esses dias me peguei pensando em voltar a tomar Ritalina pois minha memória não andava legal. Esqueci algumas coisas que não deveria e aquilo me chateou por vários dias. Até que, sem querer, percebi o tanto de coisas que faço e me achei o máximo!
Não tenho o direito de me criticar, muito pelo contrário; preciso louvar meu esforço e resultados.
Mas o remédio é inútil?
Jamais! O remédio ajuda muito, principalmente no início do tratamento.
Mas depois de cinco anos tomando Ritalina diariamente comecei a questionar seus efeitos positivos. Tive a forte sensação de que seus efeitos eram muito pequenos. Ao longo do ano passado comecei a fazer interrupções de um mês e não senti nenhuma diferença entre com e sem remédio.
O que uso hoje é um complexo vitamínico ( tipo Centrum, Lavitan) e me policio cotidianamente.
Toda decisão que tomo; todo desejo que sinto; todo caminho que escolho é precedido por um auto exame. Esta escolha/caminho/decisão é fruto da uma escolha consciente ou é um dos sintomas do TDAH? Se reconheço o TDAH agindo naquele momento, volto atrás e refaço. Se não, sigo em frente. Algumas vezes opto por aceitar uma decisão proveniente do TDAH. Normalmente quando reconheço que suas consequências não serão danosas, deixo o TDAH agir.
No mais, trabalho, sonho e vigília!
Em breve estarei lançando AS AVENTURAS DE PANDY; O PANDA HIPERATIVO!!!!
Sei direitinho o que você está passando. Já tomei remédio, não por tanto tempo como você, mas já percebi que as vezes não me adianta nada. Já tomei Ritalina e Venvanse. Sigo sem tomar remédio. O único problema é que às vezes me pego super agitada e sem foco no trabalho, nas vou contornando. O que acontece com a gente quando se fica mais velho é que a gente se conhece mais e se polícia mais. No mais vou levando apenas com a psicoterapia. Parabéns pelas suas conquistas e por perceber que existe vida além do remédio.
ResponderExcluirTambém notei isso, Eliane, ficar mais velho tem esse lado positivo. Inclusive mais calmo, ou menos nervoso. Perfeito não somos, com ou sem remédio, então optei sem remédio.
ExcluirUm abraço
Alexandre
Parabéns !! Fico feliz com suas conquistas , sou mãe de duas meninas com TDA uma com H . Hoje só uma toma medicamento .
ResponderExcluirObrigado! Muita força nessa sua luta com duas TDAHs em casa; mas com certeza o retorno em amor e carinho são impagáveis.
ExcluirAbraços
Alexandre
Fiquei sem medicamento por três anos. Nesse meio tempo estudei para um concurso para professora na UFMG e passei. Muito foco e organização do tempo, mas a custa de muito sofrimento. Tive que me trancar num quarto com tudo lá dentro (água, comida, por exemplo) para não desviar atenção para nada e ainda assim a mente vagava e eu me pegava lutando para voltar. A gente consegue sim, mas resolvi voltar ao medicamento por um tempo. O bom é saber que não dependo dele.
ResponderExcluirParabéns, Luciana! Que determinação impressionante!
ExcluirNão prego o abandono, amanhã ou depois se achar que está me fazendo falta, volto a tomar numa boa.
Um grande abraço
Alexandre
Entre ser diagnosticada com TDAH e começar a tomar primeiro Ritalina, e este ano Venvanse, estudei oito horas por dia e passei num concurso público, consegui fazer um intercâmbio na França, passear, me introsar com os colegas, estudar todos os dias e chegar na escola no horário, e ainda aprendi a dirigir. Não tomava nada, porque o profissional que me diagnosticou achou que se eu tinha vivido minha vida escolar inteira com sucesso, sem diagnóstico e sem remédio, talvez só com a TCC conseguisse superar minhas dificuldades. Comecei a tomar os remédios porque pedi, porque estava me sentindo lutando sem sair do lugar. Este ano, estava achando que o absurdo que gasto com o Venvanse está custando mais que o benefício que me dá, comentei isso com uma amiga com quem tenho bastante intimidade, e com quem vou viajar para a Austrália em outubro, e ela me disse que viajar comigo medicada é outra vida, que eu paro de perder a identidade e o cartão do banco, e me pediu que me mantivesse com o Venvanse pelo menos até a gente voltar de lá. Achei legal saber que faz diferença, porque a família tende a naturalizar o efeito dos estimulantes. Sei que não "preciso" do remédio, que posso conquistar coisar sem ele, mas poder contar com uma ajuda pra minha química disfuncional quando estiver presa num ponto da minha vida, também é bom. Me faz pensar que ter TDAH não é uma espécie de "sentença perpétua" a ter que esquecer tudo, ou nunca funcionar mais ou menos como as pessoas que não têm TDAH. Apesar disso, sei que existem dias em que não tem Venvanse que me traga a atenção, ou que sossegue o barulho da multidão que habita a minha mente, que me faça ter paciência pra me integrar com as pessoas e me tirar do meu isolamento. Eu não SOU o meu déficit, mas sempre terei o meu déficit.
ResponderExcluirOi Debora, adoro seus comentários! Verdade, pode até ser que eu consiga ser mais eficiente com o remédio, mas não consegui mais perceber esse ganho. Tomei Venvanse e não gostei, tinha sempre a impressão de ser um espectador da minha vida. Não me adaptei. Talvez por conviver com duas TDAHs (mulher e filha) eu não tenha obtido um feedback como o seu.
ExcluirMudando de assunto, que vida legal a sua, França, Austrália... Uma de minhas frustrações é não ter tido oportunidade de morar fora do Brasil, mas no meu tempo era dificílimo viajar para o exterior, viver então...
Aproveite a vida!!!
Abraços
Alexandre
CAPÍTULO I - A ARMADILHA INESCAPÁVEL
ResponderExcluir¨- Amô?
- …
- Amô?
- …
- A M Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô??? TÁ OUVINDO EU FALAR NÃO, É?
- Oi, amôzinho fofo, é que eu já estava quase dormindo.
- Tá. Você viu o novo post do Alexandre?
- Não. Tô dando, ¨um tempo¨ no blog, grupos de TDAH, etc, pois preciso focar mais no trabalho.
- Pois é, mas estou lendo o um post dele agora …
- Mas, amô, você não disse que não ia ler o Blog do Alexandre, pois era o meu espaço de TDAH, para as minhas coisas mais íntimas?
- Mudei de ideia, e já faz muito tempo que venho lendo, inclusive vi todos os seu comentários aonde você me chama de ¨Lineuzinha¨, e fica inventando que eu sou muito ¨braba¨. Para com isto senão você cai na porrada, viu?
- Mulé, deixa disso que eu quero dormir… amanhã vou à Recife e preciso dormir cedo.
- Ihhhhh, o Alexandre botou você no post….
- Mulééééé, para de ler, isso é armadilha do Alexandre. Ele sabe que eu ando sumido e aí ele bota meu nome para eu voltar a palpitar no blog dele, mas eu não vou cair nessa não, para de ler e vamos dormir…
- Ihhhhhhhh, ele está falando mal da medicação, dizendo que ele consegue, numa boa, ficar sem tomar a Ritalina, que é só ter autoconhecimento, força de vontade, …. Tá vendo, porque você também não consegue?
- MULÉ, AGORA TÔ FERRADO, DANOU-SE. Com um julgamento importante amanhã lá em Recife, aonde vou fazer uma sustentação oral, vem você com este texto do sac… do Alexandre e agora … já era, a minha cabeça vai travar na resposta para este miserável … ele me paga.
- Tem pressa não, tem um comentário de ¨DEBORA GRANDE¨ que já deu uma boa resposta para ele.¨
CAPÍTULO II – CÉU E INFERNO DESABARÃO SOBRE O ALEXANDRE
Aguardem o fim do julgamento …. vou pegar pesaaado.
Vou estourar uma pipoca...
ExcluirVou estourar uma pipoca...
ExcluirPois é Alexandre, esta nossa eterna luta tomar ou não tomar (o medicamento), eis a questão. Eu fui diagnosticado tardiamente já com mais de quarenta, mas gosto do efeito da ritalina. Mas mesmo assim sempre busco a "cura definitiva". Bem, apoio sua iniciativa e acho que pode dar certo, mas com as cacetadas que a vida me dá quando resolvo me automedicar aprendi algumas coisas. E talvez possa te ajudar. Você diz que toma centrum/Lavitam, ótimo cuidar das vitaminas e minerais, mas tem vários detalhes e um crucial é o balanço cálcio x magnésio. A relatos de que a dieta brasileira é pobre em magnésio. Outra questão é que os dois por similaridade competem entre si, quando você ingere muito de um atrapalha a absorção do outro. E no caso do Centrum, ele tem a relação cálcio/magnésio de 2,5/1 quando você deveria suplementar com mais magnésio. Já o Lavitam não contém nenhum nem outro, é neutro neste aspecto. Tenho lido sobre o magnésio e é na sua suplementação que tenho esperanças de poder reduzir os medicamentos. Fica a dica, lembre-se de suplementar o Magnésio, embora o centrum tenha magnésio, ele pode não ser absorvido devido ao maior teor de cálcio.
ResponderExcluirBoa sorte e nos mantenha informados.
Marcelo
Caraca, que aula! Obrigado, mas como complemento o magnésio?
ExcluirQuanto à Ritalina, inicialmente o efeito era ótimo, com o tempo comecei a perceber que tomar ou não fazia pouquíssimo efeito. Fiz experiências de vários dias com e sem, e acabei por parar. Tentei Venvanse mas não gostei do resultado, me senti meio aéreo, como se a vida passasse na janela e eu não participasse dela ativamente.
Um abraço
Alexandre
Que isso, é apenas um ponto de vista. O suplemento básico de magnésio é o cloreto de magnésio, que é encontrado em lojas de produtos naturais. Vem em envelopes que dão para um mês. Diluído o conteúdo em 1 ou 1 1/2 litros de água e tomamos uma dose ao acordar e outra ao deitar. É bom, antes, assistir no youtube o dr Arnoldo ou dr Lair Ribeiro falando sobre magnésio. Bem, como disse o cloreto de magnésio é o básico, nas apresentações no youtube vai ver que tem também o dimalato de magnésio entre outros. Mas não conheço, estou começando a suplementar o magnésio ainda. No geral posso dizer que me deu mais disposição, mas como tudo ainda tenho os altos e baixos. Veja o youtube e vai ver que é uma boa ajuda para superar/minimizar nossos sintomas.
ExcluirAbçs,
Marcelo
Marcelo vou comprar imediatamente o cloreto de magnésio valew
ExcluirBoa tarde Valter.
ExcluirVocê assistiu alguma apresentação no Youtube?
Depois passa aí se notou alguma melhora.
Parece que os efeitos podem levar até um mês pra gente perceber.
Marcelo
Boa tarde! Estou na verdade fazendo um comentário sobre um post mais antigo,mas seguindo a orientação dada. Eu não tenho todos os sintomas do Tdah, mas os q eu já percebi há muitos anos são a desorganização...meu quarto dificilmente fica muito tempo arrumado, não consigo manter a ordem... procrastino as coisas, tenho dificuldade pra terminar de ler um livro....e sou esquecida tb. Nunca pensei q poderia ter tdah porque consegui me formar..fiz pos graduacao e tal...mas no trabalho comeco a perceber um certo impacto, e posso estar passanda a ideia de ser uma pessoa irresponsavel e incopetente. Lendo os posts vejo q vale a pena investigar se tenho mesmo e buscar tratar e enfrentar as dificuldades.
ResponderExcluirBom dia, Glaucia!
ExcluirMinha médica é portadora de TDAH, a famosa dra Ana Beatriz, também. Muitos médicos acham que ser estudioso elimina o TDAH, mas não, portadores tem o hiperfoco; se vc gosta de algo é capaz de ficar horas e horas focado naquilo. Mas o resto da vida é um caos.
Pesquise, se vc for idagnosticada sua vida só irá melhorar.
Um abraço
Alexandre
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom dia, Marcos! A editora é a responsável pelas ilustrações, mas até agora não me apresentaram nada. Já estou apreensivo, a Bienal começa dia 26/08.
ExcluirCara, nem sempre vamos vencer todos os sabotadores e negativismos, ninguém é perfeito; o importante é jamais desistir, e se perdoar quando falhar.
Um abraço
Alexandre
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirOi alexandre, vi que você falou acima em suplementação com Centrun e magnésio. eu faço um tratamento de qualidade vida e meu médico me indicou também Arginina que combate o cansaço mental e o 5-hidroxitriptofano regula os níveis de ansiedade. Vale a pena dar uma pesquisada, mas estes suplementos principalmente o 5-HTP é com receita médica (o meu médico sabe que sou TDAH). Para mim tem funcionado bastante. Parece que a medicina tem olhado para a gente com outros olhos e começo a ver que existe vida além dos remédios tradicionais.
ResponderExcluirSerá que eu sou a única pessoa do mundo que, além de ter sérios problemas de concentração e atenção, praticamente não tem memória? Não me refiro apenas à memória de curto prazo, normalmente afetada pelo TDAH, mas também à de longo prazo, até mesmo visual.
ResponderExcluirSimplesmente não lembro da maior parte da minha vida. Tenho 21 anos de idade, curso administração em uma instituição privada renomada, vou relativamente bem, na medida do possível, mas sinto que não aprendo absolutamente nada. E sempre foi assim. Nos tempos de colégio, passava o bimestre todo sem mal saber do que se tratava a matéria. Na véspera, pegava toda a matéria e dava um jeito de aprender, de alguma forma, e conseguia ir bem, ou pelo menos passar na média. Nunca peguei uma recuperação. Porém logo após a prova, mesmo que eu tirasse um dez, vinham me perguntar que resposta havia colocado em determinada questão, e já nem me lembrava quais eram as questões, quem dirá as respostas e a própria matéria. Então, na época do vestibular, estes problemas de concentração e organização ficaram mais aparentes, e decidi investigar. Fazia terapia, por ser um tanto quanto agressivo e explosivo, e, frequentemente, antissocial e pouco confiante. Primeiro foi constatado que sofria de depressão. Tomei sertralina por uns tempos. Houve uma sucinta melhora no meu humor, porém pouquíssimo progresso na minha concentração. Como pretendia cursar medicina para atender às expectativas da minha mãe e me equiparar aos meus primos, ambos formados em medicina, falhei, embora tenha ido relativamente bem no vestibular, para quem não havia estudado nada.
Obviamente, conseguia algum êxito nas provas objetivas, pois, quando se tratava de uma prova dissertativa, principalmente de exatas, não conseguia resolver absolutamente nada. Caso se tratasse de alguma matéria pela qual me interessasse, ainda conseguia desenvolver alguma coisa, embora não uma resposta à altura de um vestibular de medicina.
Decidi fazer um ano de cursinho. Carga horária muito mais elevada do que no colégio, muito mais matéria, muito menos moleza e muito menos cobrança, estuda quem quer, porque sabe que é necessário. Não estudei, não conseguia estudar.
Concluí que deveria ter TDAH.
Passei por uns 3 neurologistas diferentes, até que um finalmente conferiu credibilidade às minhas queixas e me prescreveu a Ritalina.
Tive uma boa melhora na disposição e no humor. Conseguia manter o foco nas aulas. Mas chegava em casa e já não lembrava de nada, como de praxe, e desanimava de estudar. Então, após insistir por um tempo na Ritalina comum, meu neuro me passou a LA.
Continuei com melhoras sutis, porém fiquei extremamente irritado, como é costumeiro da Ritalina LA.
Então, após um tempo, desisti da Ritalina, acreditei que fosse tudo coisa da minha cabeça, e fui diagnosticado com transtorno bipolar, o que era, até então, uma comorbidade. O grande problema destes transtornos é a dificuldade de se definir qual é o verdadeiro transtorno e qual é a comorbidade, a consequência. Consequentemente, dificulta ainda mais o tratamento. Cortei a Ritalina e passei a tomar Reconter e Carbonato de Lítio. Falhei miseravelmente no vestibular de medicina, e acabei optando por estudar administração com comércio exterior no Mackenzie. Hoje estou prestes a começar o sexto semestre. Passei a minha vida acadêmica toda sem Ritalina, embora esteja claro que tenho TDAH.
Tenho um desempenho razoável, já peguei algumas DPs, mas no geral vou bem, passo com notas boas e vou melhor do que a maioria dos meus amigos e conhecidos que não têm TDAH (estes, sim, preguiçosos).
ExcluirDurante as férias, trabalho com o meu pai na empresa dele. Como ele é engenheiro, ao passar o dia com ele, fica cada vez mais clara a minha dificuldade, ao tentar entender as coisas que ele me explica e me perder completamente até nas coisas mais simples. Há umas 3 semanas voltei no meu neuro, conversei com ele, expliquei o que sinto e ele novamente me prescreveu a Ritalina, em conjunto com os outros remédios que tomo, que não podem ser cortados repentinamente. Na primeira semana me senti ótimo. Disposto, com vontade de fazer mil coisas, mais prestativo e útil. Porém, na segunda semana já estava acomodado, desanimado e desesperado como antes.
Fiz um texto gigantesco, cheio de digressões, e acabei fugindo ao ponto principal de questionamento que todo dia juro a mim mesmo tentar responder, ou pelo menos buscar uma resposta: memória extremamente ruim.
Alguém mais padece deste mal? Li que alguns por aqui têm uma memória fantástica e lembram de coisas absurdas e inusitadas, embora sejam "esquecidos" (desatentos).
Já eu não. Tenho apenas 21 anos de idade, e não me lembro de praticamente nada da minha infância. Não me lembro do que fiz semana passada, muito menos do que fiz mês passado.
Fiz algumas viagens para o exterior, e não me lembro de quase nada delas, e, o pouco que lembro, é pelos comentários de outras pessoas que estavam lá e se recordam, meio que implantando suas memórias em mim.
Tive diversos relacionamentos, e nem me lembro dos nomes da maioria das mulheres com quem me relacionei.
Conheço ou sou apresentado a pessoas, e depois não me lembro mais delas. Não apenas do nome, às vezes encontro com a pessoa meses depois e simplesmente não me recordo de já tê-la visto, como se fosse a primeira vez. ALÉM disto tudo, também sou absurdamente esquecido e tenho péssima memória de curto prazo, típico de um TDAH.
Me preocupo muito com isto e gostaria de saber se alguém também sofre com isto como eu. Não conheço minha genética, sou adotivo.
Meus pais são extremamente inteligentes, meu pai é muito conhecido no segmento dele, minha mãe, embora não tenha tido a oportunidade de fazer a faculdade de medicina com a qual tanto sonhou, é muito inteligente e bem-informada.
Ambos têm ótima memória.
Já eu não tenho como saber, justamente por ser adotivo. Também sempre tive problemas de alimentação, era muito seletivo com comida e acabava não comendo quase nada de saudável, como peixe, frango, ovo, carne em geral. Sempre repudiei. Só comecei a comer de tudo recentemente, especialmente por conta da academia, e também para tentar melhorar meu desempenho cognitivo. Como a alimentação é essencial para o desenvolvimento da química cerebral, talvez isto tenha me deixado algum tipo de sequela. Infelizmente, por mais que meus pais insistissem, eu passei boa parte da minha infância comendo apenas coisas que não me enojavam, que eram poucas.
Vou inúmeras vezes em um mesmo lugar, mas sempre me confundo bastante com o trajeto, como se todas as ruas fossem iguais. Às vezes, nem faço a menor ideia de como ir a determinado lugar, por mais que já tenha ido anteriormente neste exato local ou passado por ele.
Peço mil desculpas pelo texto gigantesco, mas precisava desabafar. Converso muito com meus pais, eles me dão todo o apoio possível, são compreensivos com as minhas limitações, mas sinto que às vezes nem eles entendem, que acham que é um pouco de exagero da minha parte, coisa da minha cabeça, e que na verdade eu sou capaz de muito mais, me superestimando.
Na verdade eu que sempre me subestimo.
Cara, vive coisas parecidas. No segundo grau (atual ensino médio) eu fazia os exercícios de física e na semana da prova tinha que refazer, pois não me lembrava de nada. Os filmes que assisto, com exceção dos que realmente gosto, passados vários meses, assisto como inéditos. Assim foi a minha vida até por volta dos 40 anos, quando fui diagnosticado TDA. Procurei ajuda médica, porque não me lembrava como fazer tarefas que já havia feito. Depois da ritalina, percebo que fixo mais as coisas. Mas passei a usar de truques que já usava na época do estudo. Eu não fixo o que não utilizo, portanto após fazer uma coisa, se eu preencho um relatório sobre isso, acabo fixando muito mais detalhes. Com a situação ainda fresca na memória, a sua utilização fica fácil e permite fixar melhor na memória. Mas aquilo que não acho relevante, mesmo que tenha algum valor, acaba dissipando na mente. Você falou de alimentação e hoje em dia tenho valorizado isso. Ao longo dos anos vi minha capacidade intelectual reduzir, embora natural o envelhecimento acho que no meu caso foi um pouco acelerado. Últimamente assisto no youtube apresentações do Dr Lair Ribeiro e Dr Arnoldo Velloso da Costa. Pelo que assisti a suplementação é algo inevitável para uma vida saudável. Veja a importância do magnésio para a saúde geral e cerebral neste link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=eJe6n7H-5WM . Estou procurando um bom médico ortomolecular para me consultar, mas é uma especialidade nova e não há muita coisa disponível.
ExcluirBem, já viu que não é só com você. O problema não é preguiça, mas você tem que se virar para encontrar ajuda. Muitos médicos não reconhecem nosso problema, outros só tratam com ritalina, buopropiona, etc. Acho que a solução passa pela ritalina (ou outro), troca de informações em blogs e muito mais.
Boa sorte.
Marcelo
"Será que eu sou a única pessoa do mundo que, além de ter sérios problemas de concentração e atenção, praticamente não tem memória? Não me refiro apenas à memória de curto prazo, normalmente afetada pelo TDAH, mas também à de longo prazo, até mesmo visual."
ExcluirIdentifiquei-me principalmente com esse trecho inicial do texto. Sinto perfeitamente como é isso! Que bom que você se deu conta disso bem mais cedo do que eu (Tenho 41 anos). Entretanto, na infância e no começo da adolescência, minha mãe viu que eu tinha algumas dificuldades na escola, era distraído, lento pra pegar as aulas do quadro negro e etc. Ela me levou à psicóloga e passei a ter um acompanhamento, tomar certos medicamentos na época e fazer alguma atividade física pra melhorar a coordenação motora. Nesse tempo sequer se tinha ouvido falar em TDAH, algo que só vim a descobrir à duras penas já tardiamente, com consequências desoladoras. Do período que frequentei o consultório da psicóloga, aqui na minha querida cidade de Hellcife(Recife), até a minha entrada no colegial, segundo grau, atual ensino médio, muita água passou embaixo da ponte, reprovações, sensação de inadequação, baixa auto estima e etc.
Aos trancos e barrancos consegui chegar à faculdade de História. A quantidade de material pra ler era imensa, cada professor que achasse que só tínhamos suas disciplinas pra estudar. Aí foi que percebi que havia de fato algo errado comigo. Via o desempenho dos colegas bem acima do meu em algumas cadeiras e sentia o desânimo cair com tudo em cima de mim, com isso a depressão. Foi aí que eu fui em busca de ajuda. Fui ao psiquiatra, narrei os fatos e blá blá blá, passei a tomar medicamentos pra depressão e ansiedade e depois de muito quebrar a cabeça procurando uma causa, eis que surge a sigla famosa, TDAH! Que danado é isso? Fui ao médico novamente, passei a tomar Ritalina, mas infelizmente o estrago já tava feito. Já tinha perdido muita coisa, vi meus amigos se formarem, fui ficando pra trás, acabei abandonando a faculdade. Enfim, é uma longa história!
Passei um tempo fazendo psicoterapia, tinha voltado a tomar Ritalina, mas parei. Infelizmente a Ritalina não surtiu o efeito que eu esperava, só minimamente, não digo que foi de todo ruim, talvez eu tenha esperado demais do medicamento e não me empenhei o suficiente. O que eu senti foi como se meu tempo tivesse se esgotado, o que eu não aprendi, não conseguirei mais aprender e o que eu aprendi, faço um esforço colossal pra lembrar e muitas vezes não consigo. O que me faz sofrer mais ainda hoje em dia é isso o que você relatou com relação à memória, é como se eu não conseguisse aprender, nem lembrar mais nada! E me deixou mais frustrado e receoso com o tratamento medicamentoso, como se fosse algo que a indústria farmacêutica criou pra nos manter dependentes do consumo pra seguir adiante (Muito embora saiba da necessidade de alguns remédios desse tipo).
Enfim, acabei me estendendo demais, mas desejo boa sorte a todos que fazem o tratamento medicamentoso, cada um reage de forma diferente a diferentes abordagens. Abraço!
S.L. 1974
Hellcife 2016
Agradeço a ambos pela resposta.
ExcluirÉ uma sensação muito estranha, um sentimento angustiante de passividade diante da vida, de impossibilidade de tomar as rédeas da própria vida.
Sinto como se estivesse paralisado no tempo. Os anos se passam e eu continuo estagnado, exatamente como antes, sinto como se nada tivesse aprendido ou absorvido a cada ano que passa, e pelo contrário, parece que vou regredindo e o conhecimento vai sendo drenado da minha mente. Vejo meus amigos, conhecidos e parentes se formando, alguns trabalhando nas suas respectivas áreas, outros sequer cursaram uma faculdade, mas são bons em algo, fizeram cursos e estão trabalhando com isso, e eu simplesmente não saio do mesmo lugar.
Por mais que eu sempre tente dar uma de durão e passar uma imagem de confiante para todos ao meu redor, me sinto a pessoa mais inocente e despreparada do mundo. Não entendo as coisas que acontecem ao meu redor, as interações entre as pessoas, o que cada um está fazendo ou dizendo.
Auto estima vive oscilando, havia períodos em que me sentia até bem demais (quando não tinha nenhum compromisso), mas no fundo sempre persiste aquele sentimento e pensamento de inferioridade em relação a tudo e todos. Sempre contei com o fato de o meu pai ter empresa para imaginar que teria um futuro garantido e, talvez, até próspero.
No entanto, por mais que ele seja muito conhecido, é uma empresa pequena e que depende 100% dele.
Com a crise, estamos à beira da falência.
Eu fico o dia todo atrás dele, ajudo no que consigo, mas não absorvo nada.
Me sinto deslocado quando estou na minha própria empresa,me sinto deslocado quando estou em algum cliente, me sinto deslocado quando estou com amigos, assim como me sinto deslocado na faculdade.
O único lugar em que não me sinto mal é em casa.
Odeio ter que falar ao telefone, quando meu pai pede para eu ligar para alguém e perguntar ou cobrar alguma coisa. Me enrolo todo. Não sei discutir e expôr minha situação e minha necessidade por tal coisa, até porque muitas vezes nem eu mesmo sei.
Cara, é isso mesmo. Seus relatos me fazem lembrar de minhas angústias anos atrás. Não sei explicar porque, mas parece que o nosso tempo é mais lento, mas seja persistente. Mesmo que não saiba o porque, simplesmente faça o que te for passado. Na hora adequada você vai entender o porque e a coisa vai funcionar. Não desperdice a oportunidade que cada desafio representa. Não importa que para outros seja uma coisa simples, pra gente é difícil mesmo, mas só no começo.
ExcluirNos mantenha informado da sua evolução.
Ah, se não quiser colocar seu nome arruma um apelido, rss. Pra gente saber quando vc voltar.
Abçs,
Marcelo
É desse jeito que me sinto na maioria das vezes, uma inércia constante me paralisando, me estagnando e fazendo com que me sinta cada vez pior. Tenho muita vergonha da minha condição, mas muita vergonha mesmo! Acho até que sou um bom ator por saber fingir tão bem e mascarar essa minha condição. Desempregado, vivendo da caridade da minha mãe, me sentindo um bosta por não conseguir dar a volta por cima e pra completar ainda tem aquele vazio imenso da sensação de não ter aprendido nada e de que não aprenderei mais nada nessa vida. Outra coisa é a sensação de isolamento, de não ter ninguém que te compreenda de fato e que te estimule a se tratar, a melhorar, a reaprender as coisas de modo que tudo venha a ter um novo panorama, um pouco de esperança.
ExcluirO bom desse blog é isso, achar pessoas que fazem parte do seu mundo, que sofrem as mesmas agruras que você, uns em maior e outros em menor grau, obviamente, mas todos no mesmo barco. Me identifiquei com o teu caso instantaneamente pelo que você relatou a respeito de problemas com a memória e aprendizado, sofro muito com isso, mas percebi também que és um sujeito bem articulado, escreves bem e como és mais jovem que eu, torço pra que não venhas a passar o que passei e ainda passo. Espero que compartilhes algo de bom aqui conosco pra que possamos ampliar as diversas abordagens do nosso problema e que achemos uma alternativa que nos dê leveza ao nosso fardo. Gostaria de agradecer ao Marcelo que postou essas palavras de otimismo aí, é mais do que necessário esse incentivo pra buscarmos uma melhora.
Abraço a todos e bom fim de semana!
P.S. Um abraço especial ao Alexandre que nos proporcionou esse blog, desejo muito sucesso no lançamento do seu livro!
S.L. 1974
Hellcife 2016
Olá,
ResponderExcluirTenho TDAH, o médico receitou Imipramina 2 comprimidos antes de dormir e 1 de ritalina antes das aulas.Isso e normal?
Estou com medo dos efeitos colaterais e de remédios execivos.
Ele me passou os remédios logo na 1 consulta, fiquei meio decepcionado com isso, achei rápido de mais a medição.
Oi!
ExcluirMeu nome é Marcelo Winter, se você não quiser se identificar escolha um nome fictício para quando conversarmos sabermos que é você.
Também passei por uma situação parecida e entendo a sua preocupação. Lá vai TEXTÃO... O uso indiscriminado de medicamentos, tanto pela automedicação como por maus profissionais da saúde, é muito comum hoje em dia. No meu caso, eu tinha acabado de mudar de cidade (sozinho) para estudar em uma universidade federal, no curso de engenharia e ciente das dificuldades que teria pela frente (ainda não tinha o diagnóstico de TDAH). Desesperado, depois do primeiro mês de aula, decidi procurar ajuda psiquiatra já com a intenção de que me receitasse a Ritalina. Durante a consulta não fui tão objetivo solicitando de cara o medicamento, pelo contrário, fiquei meio receoso e apenas expliquei as dificuldades de concentração que sofro desde a infância. Não deu outra... A Psiquiatra me prescreveu a Ritalina sem dar muitas orientações, fazer qualquer exame ou testes. Foi simples assim, como comprar pão na padaria, só que ao custo de R$190,00. Dali em diante usei o remédio por três meses seguidos (10mg/dia). Só que nesses dois meses seguintes não houve consulta, eu apenas comprei as receitas dela no valor de R$20,00 e a Psiquiatra não tinha nem interesse em saber se eu tive qualquer reação contrária. Depois disso comecei a ficar preocupado, pois eu estava mais agitado, com dificuldades de dormir e também pela postura da médica. Decidi parar com a medicação por conta própria. Um ano depois desisti da engenharia, voltei para minha cidade e foi então que procurei uma psiquiatra e contei a ela essa história. Ela, então, teve uma postura. Me solicitou uma bateria de exames de sangue, urina, eletroencefalograma e a testagem para TDAH com uma Psicóloga. A Psiquiatra explicou que primeiro queria descartar algumas possibilidades antes de prescrever qualquer medicamento, pois, às vezes, o problema pode ser hormonal, estresse, depressão, etc.. Daí sim dei mais credibilidade. Realizei todos os exames e eles apresentaram normais, exceto a testagem com a Psicóloga, pois o diagnóstico é de que tenho mesmo o TDAH. Tudo isso teve um custo maior, mas é o preço que se paga (infelizmente) para ter um atendimento de qualidade em um serviço que não deveria haver margens para tamanho descaso. E vou te dizer, ainda não estou totalmente satisfeito com a minha Psiquiatra, apesar dela ter agido corretamente. Fiz todos os exames e fui diagnosticado com TDAH, mas para seguir no meu tratamento já estou em busca de outra(o). Depois de algum tempo, com essas experiências, aprendi e estou aprendendo que o tratamento para uma vida melhor não depende apenas do comprimido. É preciso encontrar bons profissionais (Psicólogos, Psiquiatras, Neurologistas...) que a gente sinta confiança e fique a vontade, é quase um casamento, sério - heheh - e não é fácil de achar, tanto que já passei por uns 10 psicólogos. As pessoas que depositam todas suas esperanças em cima da Ritalina e são facilmente iludidas com a idéia de que tudo vai se resolver apenas tomando o remédio, e ele (o remédio) pode realmente nos fazer acreditar nisso, principalmente nas primeiras doses. Baita engano! Com o passar do tempo, sem acompanhamento médico e boas práticas, a tendência é que mais pessoas desistam por conta própria e, pior, desistam do tratamento. A falta de informação leva (continua...)
(Continuação Marcelo Winter..)
Excluirleva muitos a escreverem coisas ruins sobre a Ritalina, o que não é plena verdade. Então, o que sugiro é que busque outros profissionais que realmente lhe dêem a devida atenção e segurança no que estão dizendo. Não ignore a sua preocupação e vá atrás! A Ritalina é apenas uma parte do tratamento, você precisa manter contato com seu médico para ir ajustando a medicação até que se sinta bem, ou até o momento que achar que precisa dar um tempo. Fazer terapia também é fundamental. Mesmo que não tenha recursos financeiros, existem tratamentos públicos que tu podes encontrar aqui: "http://www.tdah.org.br/". Quando comecei a fazer os meus exames, fiz pelo plano de saúde da empresa que trabalhava e hoje estou desempregado porque pedi demissão, mas continuo dando meus pulos para não deixar para trás o tratamento. Vamos juntos nos ajudando.. Forte abraço!
Marcelo Winter.
Olá Alexandre, acabei de conhecer o seu blog e estou maravilhado com os seus posts. Suas experiências são muito bem relatadas e me deixam seguro em me reconhecer com Déficit De Atenção (DDA). Estou começando o meu tratamento com Ritalina então ainda possuo muitas duvidas e receios. Parabéns e obrigado pela sua iniciativa, com certeza você já ajudou muita gente.
ResponderExcluirOi pessoal, eu descobri o TDA a pouco tempo, vou começar o tratamento com a ritalina amanhã. Eu estou esperançosa, pq no momento a minha vida está uma bagunça, espero que com o tratamento eu consiga colocá-la nos eixos. Sem o remédio eu não acredito que posso conseguir por enquanto. Tenho medo do remedio não ser suficiente. Bem, mas agora eu mais uma vez recomeço do zero, dessa vez de uma forma diferente pq agora sei qual o problema e não vou desistir de tomar as rédias das minhas ações, da minha vida.
ResponderExcluirOi pessoal, eu descobri o TDA a pouco tempo, vou começar o tratamento com a ritalina amanhã. Eu estou esperançosa, pq no momento a minha vida está uma bagunça, espero que com o tratamento eu consiga colocá-la nos eixos. Sem o remédio eu não acredito que posso conseguir por enquanto. Tenho medo do remedio não ser suficiente. Bem, mas agora eu mais uma vez recomeço do zero, dessa vez de uma forma diferente pq agora sei qual o problema e não vou desistir de tomar as rédias das minhas ações, da minha vida.
ResponderExcluirNilma, se possível me conte os resultados de seu tratamento.
ExcluirBoa noite!! Fui diagnosticada com 28 anos, hoje tenho 46 e nunca me mediquei (por orientação médica), fui aconselhada a não dirigir, de resto é tudo normal...A dislexia e memória é o que mais me incomoda mas não chega a afetar minha vida...hoje mesmo, esqueci a nossa moeda, tinha que responder uma cliente no face e não lembrava, pesquisei rápido no google. É complicado em alguns momentos, mas como nunca me mediquei não tenho ideia de quanto seria melhor.
ResponderExcluirAlexandre, descobri seu site há pouco tempo e, assim como várias pessoas que tive a oportunidade de ver nos comentários, me encontrei nos seus relatos. Seus textos parecem nossos, como se alguém mergulhasse em nosso íntimo e saísse descrevendo-o. Deus, como pode alguém saber tanto de mim???
ResponderExcluirMas o fato é que lido, sem sucesso, com o transtorno, patologia ou carma que seja. Tomo 50mg de ritalina diárias associadfo a um antidepressivo e um estabilizador de humor. Tratamento convencional. Mas não estou vendo resultados efetivos no meu dia a dia. Repito padrões e me saboto incontáveis vezes.
Vi que faz referência à Doutora Valéria Modesto. Me interessei em consultá-la. Ela é a sua médica? Qual o tratamento que ela adota? Como funciona exatamente o biofeedback?? Vc saberia informar?
Vejo em vc uma absoluta consciência de si e de sua condição. Quero, como vc, vencer o rótulo, aprender a lidar com as frustrações e ao mesmo tempo otimizar minha vida que vem de derrocada em derrocada, (como haveria de ser diferente?). E eu continuo repetindo padrões de comportamento equivocados sem saber como fazer diferente. Enfim, to perdida.
Poderia me ajudar? Dar uma luz?
Desde já agradeço demais a atenção...
Natália Peçanha.
LAVITAN MULHER
ResponderExcluirR$ 25,00
Muitas mulheres que têm uma rotina intensa, trabalho, casa, amigos, família, acabam gastando muito energia no seu dia a dia e com isso precisam recorrer a suplementos, vitaminas, e outras coisas que contribuam para uma vida saudável e com disposição. A indústria de cosméticos, e até mesmo de medicamentos, está cheia de opções para quem precisar de força para aguentar a rotina diária. Os suplementos, chamados de nutri cosméticos são os mais procurados, e entre eles um está fazendo muito sucesso atualmente, o Lavitan Mulher.
Para maiores informações sobre este produto, acesse:
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom... sou um jovem trabalhador e universitário que teve em 2016 uma confirmação de algo que eu já sabia há anos, o TDAH. Sempre tive um comportamento diferente de meus amigos de sala, uma inquietação fora do normal, como também uma dificuldade de concentração muito além. Escrevo este breve comentários após um exaustivo final de semana de estudos para as avaliações acadêmicas, e com uma certa tristeza em saber que tudo poderia ser mais fácil se eu conseguisse me concentrar mais nas aulas.
ResponderExcluirFaço Psicoterapia há alguns meses, não tenho visto melhoras significativas. peço em abandonar e correr logo para um psiquiatra e pedir que me indique este medicamento (A Ritalina). será que este medicamento pode mesmo me ajuda??
Boa noite, adorei o seu relato. Apesar de eu ter concluído os estudos e até mesmo ter conseguido me graduar na faculdade de Direito, sempre fui muito dispersa, muito aérea a ponto de colecionar apelidos de uma pessoa lesada. Agora, aos 43 anos de idade, procurei ajuda para mim, pois meu marido foi diagnosticado com esquizofrenia não conseguindo mais trabalhar. Pois bem: o meu laudo saiu e o que eu já desconfiava foi confirmado: tenho TDA, ou seja, desatenção e déficit de planejamento. Já comecei a tomar a ritalina e vou começar a fazer psicoterapia. Não tem sido nada fácil, mas tenho esperança de que vou melhorar. Quero começar uma outra graduação é preciso muito de foco.
ResponderExcluireu tenho tdah e misturo bebida alcóolica eu gosto muito do wisky jack daniels e fumo dois maços de cigarro por dia
ResponderExcluireu tenho todas as caracteristicas do tdah eu fui diagnosticado com tdah desde dos 12 anos
ResponderExcluire quase desenvolvi transtorno de conduta na adoslecencia e fiz varias tatuagens
ResponderExcluirja tomei ritalina tambem mais parei agora eu tomo respiridona e carbamazepina
ResponderExcluireu gosto muito de tomar café devo beber uns 2 litros de café por dia
ResponderExcluirja fumei maconha e usei cocaína tambem mais fui internado nos dependentes quimicos da minha cidade e parei de usar
ResponderExcluiro meu passa tempo eu gosto muito de jogar texas holdeem poker no facebook
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