Não sou o corpo no trabalho.
Sou a mente que foge a qualquer centésimo de segundo de oportunidade que se lhe apresente.
Não sou o corpo cotidiano.
Sou as vidas infinitas vividas nos intervalos da minha mente fugidia.
Não sou aquele que se dirige ao trabalho.
Sou a mente que experimenta todas as sensações possíveis da vida.
Não sou o autômato de cada dia.
Sou a rebelião ambulante que ferve minha mente convulsionada pelo inconformismo.
Não sou o repetitivo que veem.
Sou a metamorfose, da metamorfose. Todas as metamorfoses possíveis na mente inquieta que me dirige.
Não sou a apatia que carrego.
Aqui dentro um vulcão em constante erupção me impede definitivamente a apatia.
Não sou aquele em constante defensiva.
Sou o impulsivo incorformado, forjado nas vidas que tive e nas que sonhei.
Meu edifício vital é uma amálgama de vidas vividas, vidas sonhadas, vidas sentidas, vidas perdidas...
Grilhões mentais me prendem a esse edifício que arrasto ao longo da trajetória da vida.
Não sei se pela idade ou pelo tamanho do edifício a cada dia me parece mais difícil carregá-lo. Mas eu sou ele, e ele sou eu. Não há como desvencilhar-me dele.
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