sábado, 20 de agosto de 2011

O QUE RESTA É A DOR.





A dor da perda.
A dor de enxergar que a intolerância, a inveja, o egoísmo, a ambição, enfim venceram.
Não sei o fim disso tudo, mas sei a dor que sinto. Uma dor na alma; a dor do abandono; a dor da derrota; a dor da impotência.
Um único caminho abruptamente bifurcou-se, e ela tomou um caminho diverso. Ainda posso vê-la, ainda posso ouvir sua voz, mas já não posso tocá-la.
Na sua meninice não conseguiu suportar as pressões externas.
Seus olhos doces, seu sorriso franco estão mais distantes.
Levarei impresso em minha alma cada gesto, cada palavra, cada momento, responsáveis pela construção de um sonho, um sonho bom, que começou a concretizar-se profissionalmente, mas, ao que parece, naufragou na reta final.
Não importa o resultado final, o que resta é a dor.
A dor de constatar que seres humanos trabalham deliberadamente para solapar a vida de quem deveriam desejar o melhor.
A dor de descobrir um sub mundo, negro e fétido, onde ratazanas correm livremente semeando a discórdia, a intriga, a desavença, a infelicidade. Prendem-se a sentimentos mesquinhos que, ao mesmo tempo, destroem a vida alheia, e as escravizam nesse sub mundo de onde só sairão quando erguerem a cabeça e descobrirem que a vida é muito maior do que sua tacanha visão consegue abarcar.
Mas até lá, a peste que disseminam terá feito suas vítimas e só restará a dor.
Mas toda a dor do mundo será incapaz de toldar a minha visão ou embotar minha memória à importância que uma menina, pouco mais do que uma criança, teve, tem e sempre terá na reconstrução de minha vida.
Mentora e artífice de minha nova vida profissional, essa menina enfrentou a ira e a inveja dos maledicentes, e de cabeça erguida caminha(va) ao meu lado.
Há algum tempo, os sucessivos golpes perpetrados pelos maldosos começaram a abalar-lhe as forças. Hoje ela tombou, cansada tomou uma trilha paralela sem saber direito onde vai dar.
Nem eu sei. Ninguém sabe.
Só sei que resta uma dor imensa, funda e inclemente.
Mas nenhuma dor me impedirá de ser-lhe grato enquanto viver.
Obrigado Jaque!
Com amor,
Alexandre

8 comentários:

  1. Força, Alexandre! Agora é o momento de reunir muita força para não descuidar do tratamento, pois ele vai te ajudar.
    Fique alerta, é na madrugada que as ideias ficam mais confusas. Para qualquer ação, espere o dia clarear (e você tomar a primeira dose da ritalina).
    Ainda que a mudança seja permanente e a dor inevitável, desta vez você está diferente.
    Confie nisso!!!
    Boa sorte!
    beijos

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  2. Tudo vai ficar bem!!! Tenho certeza!

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  3. Dê tempo ao tempo, meu amigo.....Um grande abraço

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  4. Oi Mari. Muito obrigado por suas palavras.
    Eu também creio que tudo vá acabar bem. Apesar do tom de despedida ainda creio no futuro, mas a dor estava muito forte naquele momento, eu precisava desabafar. Esse blog é uma maravilha, receber comentários como os seus e do meu amigo Anônimo ali de cima é muito legal, muito reconfortante.
    Muito obrigado, do fundo de meu coração.
    Abraços

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  5. Lidar com perdas e mudanças é difícil pra todo mundo. Porém, elas são necessárias pro nosso crescimento pessoal e espiritual. Toda e qualquer adversidade que cruza nosso caminho é uma oportunidade de aprendizado e uma nova chance de ser feliz, basta olhar pela perspectiva certa! A palavra que te deixo é resiliência.
    Um beijo!

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  6. ALEXANDRE SCHUBERT,PELO QUE PUDE VER VC A AMA DEVERDADE,VC A ADMIRA,ISSO ´R MUITO PURO E VERDADEIRO....LUTE PRA FICAR COM ESSA MENINA QUE TE FAZ TÃO FELIZ.NÃO A DEIXE,E NÃO DEIXE NADA É NINGUÉM INTERFERIR EM SUA VIDA... ESTOU SEMPRE ACOMPANHANDO SEU BLOG.UM GRANDE ABRAÇO

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  7. Oi Avoada!
    Obrigado por suas 'visitas' e comentários, é muito legal ter com quem debater. Trocar experiências é muito bom.
    A palavra que me deixa é muito boa, o difícil é conseguir manter-se sereno e equilibrado vendo uma pessoa tão boa e importante partir por interferências externas. Mas parece que a tempestade está se acalmando e, aos poucos,vamos retomando nosso caminho comum.
    Acredito muito nesse relacionamento.
    Beijo
    Obrigado

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  8. Oi amigo Anônimo, obrigado a vc também por suas palavras. E vc tem razão em tudo o que disse. Não vou abrir mão desse relacionamento. A Jaque me faz muito bem e não permitirei que estraguem esse relacionamento.
    Um abraço.

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