terça-feira, 1 de janeiro de 2013
TDAH FORJADO NA INFÂNCIA
Saltos impossíveis, escaladas improváveis, velocidades impensáveis.
Ambientes opressores, caminhos ásperos, esquinas pontiagudas.
A vida que não me cabia, a escola que não me absorvia, as ruas que não tinham saída.
Pipa, bola de gude,bicicleta, futebol, carrinho de rolimã, a sofreguidão do sonho.
O riso nos olhos, o riso na boca, o riso na alma, rindo da vida, sorrindo pra vida.
Atiradeira, brigas de rua, brincadeiras cruéis, o obscuro lado infantil.
Mas o sol surgia e no horizonte da vida a alma infantil voltava a brilhar.
E tome futebol, o goleiro incansável; o kamikase da bicicleta; o perdedor irascível das bolinhas de gude; o pé de vento que, antes de todos, pegava as pipas à deriva no céu.
Não conhecia o passo, apenas o salto; não conhecia o silêncio, sempre a música e o assobio; não conhecia o limite, tinha de rompê-lo; não conhecia o não, tinha de contradizê-lo.
Naquela vida em hiper velocidade, na hiper sofreguidão dos sonhos inalcançáveis; na hiper frustração diante do não; na hiper sensação de ser o último dia; forjava-se o edifício do TDAH.
A inconsequência infantil levada ao extremo na vida adulta, a velocidade dos passos transmuta-se em velocidade de decisões e atitudes impensadas; os saltos, outrora físicos, tornam-se subjetivos, mas ainda mais perigosos, atirando-me em abismos emocionais sem volta e sem reparação.
De novo no fundo do abismo, o TDAH me dá forças para reerguer-me pela enésima vez, curar minhas feridas (?) e enfrentar um novo ciclo de vida.
O menino hiperativo, de quem jamais me livrei, salta dentro de minha cabeça cobrando adrenalina, cobrando velocidade, cobrando o confronto com o desconhecido.
Tenho de mostrar a esse menino que o tempo passou, que o lugar dele é no passado, na saudade, nas gargalhadas das lembranças de família. Não será tarefa fácil, é um garoto sedutor, simpático, alegre, e queira eu ou não, é minha origem.
Não vou matá-lo, apenas nina-lo para que durma na macia cama dos sonhos e das lembranças.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gosto muito de ler o que escreve. Não só pelo TDAH em si, mas porque é uma leitura super gostosa!
ResponderExcluirMas, uma pergunta...
Mesmo medicado e fazendo o tratamento corretamente, ainda assim vejo você comentando dos sintomas da doença.
Não melhorou?
Bom dia, Alegria e Serenidade!
ExcluirObrigado!
Quanto ao tratamento eu acho que é um conjunto de coisas, eu fui diagnosticado aos 50 anos, minha mente está programada pra agir de determinadas maneiras a estímulos específicos. Eu precisava ter um apoio regular de uma psicóloga, mas a grana não dá no momento. Outro fator é o sentimento, mesmo tratado, o sentimento vem, conseguimos ou não domá-los. O TDAH não tem cura, o remédio ajuda muito, mas não é uma aspirina, tomou passou.
Muitas das coisas que estou sofrendo são consequências do meu período prém tratamento que estão estourando agora ou estou colhenso os resultados agora.
Uma última questão é que os posts muitas vezes nascem de comentários, ou observações diárias, ou simples inspirações. Às vezes uso sentimentos que tenho mas já controlei, outras vezes estão em plena efervescência.
Um abraço
Alexandre
Alexandre,
ResponderExcluirMe chamo Thiago tenho 28 anos e descobri há 8 meses que sou TDAH. Passei 2 anos com tratamento psicológico e toda vez q eu voltava pra casa parecia mais confuso. Até que minha psicóloga entrou de férias e foi aí entaõ que eu mergulhei no mundo da ciência e descobri. Foi o máximo, parei o tratamento com a psicóloga, pedi ao psiquiatra pra me receitar a Ritalina ao invéz do carbolitium, (imagina eu sendo tratado como bipolar), um cara alegre, pra cima como eu. Enfim, ainda não li tudo no Blog, mas, já li o bastante pra amenizar o sentimento de "só eu sou assim na face da Terra". Sou casado, mas, já me separei umas 10 vezes kkkkkk (isso em apenas 2 anos de casado). O lado bom do nosso "jeito de ser" é que sempre temos histórias pra contar!
Como faço para me inscrever no Blog? Desculpa escrever tanto,mas, você sabe bem como é né!!
Forte abraço!!
Bom dia, amigo.
ExcluirSaúde é um negócio muito sério e nem sempre acertamos com os profissionais na primeira vez. Você vê como é importante tirar férias(rsrsrs) no caso pra você e não pra sua psicóloga. Alguém me disse em um comentário que seu objetivo é ganhar dois segundos antes de dizer as coisas e ofender as pessoas. Tente isso antes de se separar da sua esposa.
Pra seguir o blog clique acima à direita em seguir este site e faça o seu cadastro.
Um grande abraço e obrigado
Alexandre
Em poucas palavras vc consegue descrever sentimentos tão confusos. Parabéns e não desista nunca!!! Um abraço!!
ResponderExcluirOi, Polly, obrigado!
ExcluirVocê é muito generosa, e com certeza não desistirei. Desistir do TDAH, do blog é desistir da minha vida e isso, está fora de cogitação.
Abraços
Alexandre
É Alexandre, entendo perfeitamente o que quer dizer. O duro é que na infância nossos limites são facilmente superados pela hiperatividade, pois o desafio de pular um muro enorme para a gente é moleza. Mas, na fase adulta a única ajuda que temos da hiperatividade é o desejo de estarmos nos superarndo sempre.
ResponderExcluirAté mais!
Oi Aline
ExcluirPois é, a hiperatividade mental é terrível, nos cobramos, não nos aquietamos jamais. Quando tudo está bom, mudamos. E nem sempre pra melhor.
Abração e obrigado por participar.
Alexandre
O TDAH é realmente incrivel, na maioria das vezes nos derruba com tudo, sempre batendo cabeça e cometendo os mesmos erros. Porém a capacidade de se reerguer é muita rápida, de certa forma isso é ruim porque penso que não aprendemos com nossos erros porque mudamos o foco muito rápido e não refletimos com nosso erro.
ResponderExcluirConversando com algumas pessoas,venho aqui dá um conselho que vou seguir este ano.
É um consenso geral que precisamos melhor? Sim, somos inconsequentes, nos sabotamos, repetimos os mesmo erros. Decidi que vou sim fazer terapia, para me ajudar com o TDAH e com os traumas do passado, provindos ou não do TDAH( é certo que muitos traumas que temos, consciente ou subconscientemente que moldaram nossa personalidade e nossas ações presentes vem do TDAH, outros não). Vou tomar a ritalina, porque não faz milagre mas ajuda muito mesmo, vou me policiar. Porém também decidi que não vou me transformar em outra pessoa, não vou perder minha essência para me moldar numa sociedade que parece querer robôs. Eu vejo pessoas maravilhosas, que não são TDAH´s, que são calmas e super sociáveis sendo caluniadas, sendo excluídas. Vou mudar o que acho que me prejudica, para meu bem estar, para ser feliz e não pelos outros. Obvio que algumas coisas vai melhorar com as pessoas, nossa impulsividade, nossa falação, nossa impossibilidade de calar mesmo achando que estamos certos, nossa inconsequência.
Vou focar em coisas que realmente quis fazer, vou arranjar formas de descarregar meu excesso de energia mental e física.
Estou falando isso, porque as vezes as pessoas falam: Vc precisa mudar, se não vai ficar sozinha pro resto da vida, não sei se por ser TDAH aprendi a aceitar os defeitos dos outros, porque infelizmente seu defeito sempre se sobressai mais que as qualidades. Eu ouvia isso e muitas vezes fiquei mal, sempre achei que se alguém e seu amigo, ele tem que lhe aceitar como você é, acho que a sociedade precisa aceitar mais as individualidades. O que eu fizer de mudança na minha vida como disse antes, vai ser por mim. Não quero perder minha essência de TDAH.
É o que eu falo pra vocês. Não sei ficou muito confuso meu texto kkkkkk...
Poxa tinha escrito um testo tão legal sobre mudanças...Não sei aonde foi parar.
ResponderExcluirCom uma boa TDAH não tenho saco para escrever de novo.
Esse ano além de fazer tarapia e tomar a Rita, que não faz milagres mas ajuda muito. Eu decidi fazer as coisas que sempre quis fazer sabe, tipo aula de canto, aula de instrumento, dança, academia. Vou achar uma forma de descarregar minah energia mental e física, para evitar as verborragias sabe.
O diferente é que, vou fazer isso simplesmente por mim sabe, tudo por mim, para melhorar meu bem estar e não pelo outros. Não pelas pessoas me me criticaram, e olha que ja fui muito criticada, pela frente e pelas costas. Diziam que se eu não mudasse, eu iria ficar sozinha e coisas do tipo. Vou fazer terapia e melhorar meus traumas, causados ou não pelo TDAH.
No entretanto,não quero mudar minha essência TDAH sabe, continuarei a ser a mesma pessoa, só que melhor. Para ser feliz, porque o coisa difícil para um TdAH, essa tal de felicidade. Sempre lamentando o passado e pensando no futuro, e ferrando o presente.
É o que eu falo pra vcs, melhorem, mas por vcs não pelas criticas das pessoas que nãote aceitam, porque as pessoas não aceitam as diferenças. Não acontece apenas com os TDA´s e TDAH´s, vejo pessoas maravilhosas e calmas sendo caluniadas e excluídas. Então não vale a pena querer se padronizar para se encaixar, acho que amigo te aceita como vc é. As pessoas sempre vão criticar, porque os defeitos sempre são mais importantes para a maioria do que as qualidades.
Então é isso, acho que falei tudo de novo. Olhem meu texto a poucos dias atras, é mesmo TDAH né? Uma mudança tão rápida.
PARTE DO DEPOIMENTO
UM TDAH NO INSTITUTO SUMMUS
Anônimo21 de dezembro de 2012 22:56
Estou ficando louca, não consigo tomar a ritalina todo dia. Na verdade estou desempregada e não consigo ir pagar a consulta nem fazer uma terapia.
Desculpem pelo TESTO, nossa, preciso trocar o vicio da TV pela leitura. Tá ficando terrível.
ExcluirParabéns pelo seu texto e, principalmente, por sua reação diante do TDAH. É exatamente isso, você é a pessoa mais importante do universo e tem o infinito poder de mudar sua vida. Minha coach sempre me diz: Alexandre, vida é carreira solo! Não dependemos, nem podemos nos escorar em ninguém. Nossa vida nós é que fazemos.
ExcluirParabéns novamente, esqueça as pessoas, falarão mal de todo mundo, sempre.
Erga sua cabeça e mude a sua história.
Um grande abraço com admiração
Alexandre
Deixei um comentário aqui falando que ia tentar fazer você conhecer um outro tdah do rio de janeiro mas, não ví sua resposta, pois não lembro em qual post fiz o comentário. Lembro que pedi seu e-mail. Fiz um outro comentário longo no post muro das lamentações" esse eu lembro mas o último não sei onde eu deixei, estou muito curioso pela sua resposta
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirTambém não me lembro onde foi, mas segue aí o meu email: schubertsax@gmail.com.
Quanto ao carioca, terei enorme prazer em conhecê-lo.
Um abraço
Alexandre
Quando eu era mais nova; eu queria mudar o mundo! Não me conformava com as religiões, , com o sistema, com a sociedade, com a rigidez da escola. A diplomacia, a arrogância e o orgulho humano eram quase que insuportáveis. Quando mais jovem eu não acreditava em um Deus único, mas sim em um Deus todo, na fonte, no universo e na força cósmica. Quando mais nova eu era ativa, espontânea, livre, vivia do meu jeito e sentia perceber e enxergar o que muitos não percebiam... Quando mais nova sentia carregar consigo uma missão.
ResponderExcluirO tempo passou...
E o mundo quis me moldar!
Meus pais, sim eles; impuseram as regras em mim e mesmo contra a minha vontade, mesmo que duvidando, com um questionamento insuportável, as segui... Fechei a luz que emergia a minha alma para que assim fosse feita a vontade deles. Me tornei uma pessoa doente, não ouvia e nem seguia o meu coração. Me tornei desonesta mas a missão ainda continuava ali, gritando, berrando, latejando, pedindo por socorro. Querendo explodir em meu peito... e eu a deixei de lado, passei a ignorá-la.
Minha mente foi radiada por pensamentos ruins, ondas depressivas e vícios perturbadores, neurótica em pensamentos suicidas...
Eu me tornei doente por seguir a mente da sociedade pela qual eu não pertencia. Minha mente sempre foi diferente, eu sempre soube.
Eu nagava a força de dentre de mim e demônios me perseguiam.
Hoje me tornei uma pessoa doente, acreditando nesses demônios.
Doente; passei a viver a beira dos meus caprichos...
Tomei remédios... me tornei mais conformada, passei a seguir as regras pelas quais não fui eu quem as criei... pelas quais não pertenciam a mim. Eu não queria dinheiro, me disseram que eu iria me tornar alguém melhor se eu tivesse dinheiro... Eu queria sorrir quando quisesse apenas, realizar os meus sonhos, simples assim.
Deixei de lado o grande foco que eu tinha em fazer as coisas que eu era apaixonada... Deixei de lado a minha espontaneidade, deixei de lado a minha inquietude e minha mente questionadora. Até de Deus eu me esqueci por um tempo. Me tornei mais burra porem mais satisfeita... Deixei de lado o meu carisma, minha simpatia e a minha vontade de viver a infância que sempre carreguei em mim.
Minha alma calou-se, por um tempo, hoje vivo do automático antipático.
Enxerguei o mundo; ah, o mundo é chato" Não me agradou, mas só no inicio.
A sensibilidade e a intuição, tudo se foi!
Ok, os remédios funcionaram...
Acreditei nas religiões, por medo, me sinto bloqueada? O que houve?
Ah, sei lá, dane-se. Pelo menos me sinto segura.
Meus sonhos não são tantos agora, sou mais madura.
É, que chato!
Bom dia!
ExcluirPois é, a vida nos molda. Nos padroniza.
É difícil, ou impossível, imaginar como seria sua vida se seguisse aquele caminho da adolescência. Você estaria melhor, mais feliz, ou suas opções a teriam levado a ter uma vida meio 'marginal' 'underground'. Seria esse o caminho da felicidade?
Nós TDAHs temos o hábito de ficarmos sonhando retroativamente; minha coach, Luciana Fiel, sempre me diz o seguinte: dá pra você mudar? Se não, esquece e construa sua vida a partir desse ponto.
Essa é sua vida atual, amiga, o que você pode fazer a partir dela? Nunca se esqueça, o mundo é você. Sem você seu mundo acaba, faça dele o melhor possível.
O que você foi, fez e pensou de alguma forma faz parte da pessoa que você é hoje e nunca sairá de você, mas aquele tempo passou e a pessoa que você é hoje precisa se desamarrar do passado pra caminhar mais leve para o futuro.
Um grande abraço e obrigado por seu belo comentário. Por que você não escreve mais, pense nisso, ponha isso pra fora, desabafe. Muita gente vai se identificar com você.
Alexandre
Eu era igualzinha a você quando criança e adolescente... Hoje, já adulta, entendo como você se sente também... Acho que mesmo p/ as pessoas q não tem este transtorno, a vida muda muito quando assumimos a responsabilidade de ser "responsável por nós mesmos" e depois por outros... Não dá p/ dar um só diagnóstico a tantas pessoas diferentes, com tantas experiencias diferentes vivenciadas a partir do útero... Estou aprendendo que remoer os problemas não os resolve... Que às vezes, nem é um problema de verdade, é só como nós o enxergamos, então temos q trocar de óculos... Não sou religiosa mas gosto muito de uma frase do Chico Xavier "não podemos voltar no tempo e construir um novo passado, mas a partir de agora podemos construir um novo futuro" (+ou- isso). Ou num ensinamento budista "você tem um problema, pode resolvê-lo? Se sim vá, resolva e fique tranquilo, se não p/ quê se preocupar, fique tranquilo.
ExcluirBom dia!
ExcluirMas é exatamente por existirem comportamentos tão semelhantes em pessoas com histórias de vida tão diferentes que começaram a suspeitar de que o TDAH poderia ser uma doença. E é. Uma doença física, neurobiológica. A deficiência de um neuro transmissor deságua no comportamento. Claro que concordo com você, não podemos nos prender ao passado, mas temos de usá-lo como lição de vida e como exemplo a não ser repetido.
E concordo com você que devemos trocar de óculos, no nosso caso essa nova ótica é o tratamento que repõe os neuro transmissores perdidos.
Minha coach sempre diz: você pode resolver o problema? Se não, siga em frente.
É a mesma coisa. E estou tentando aprender.
Um abraço
Alexandre
Boa tarde, Alexandre! Obrigada por responder! Eu já tinha sido diagnosticada com TDAH quando criança (8 anos), mas a minha mãe não quis fazer o tratamento (medo dos efeitos colaterais). Então, fui empurrando a vida com a barriga e passe por experiências idênticas que são descritas aqui... Tive depressão, e depois de 2 anos tomando remédios (fluoxetina,escitalopram,rivotril), a depressão continuava mesmo tomando doses altas. Após uma crise muito forte, troquei de psiquiatra que na PRIMEIRA consulta me disse que eu era bipolar... Lá vou eu tomar lítio (tive uma reação fortíssima ao medicamento), e depois outros antipsicóticos... Minha falta de atenção piorou demais... Um dos remédios me deixou muito impulsiva e numa briga em casa tomei um vidro de rivotril... Após todo o drama do hospital, achei que ninguém poderia resolver meu problema, e como alguém aqui postou, fui lendo artigos científicos sobre doenças que são confundidas com bipolaridade, e achei a TDAH... Para a minha surpresa e ignorância, a doença permanece na vida adulta... Achei um especialista na minha cidade (3 meses de espera p/ consulta), que quando me atendeu, descreveu a minha vida sem que eu terminasse de contar um fato por completo... Me recomendou uma psiquiatra e uma Psicóloga para fazer os testes necessários para a confirmação do diagnóstico de TDAH. Finalmente encontrei esperança de ser "normal". Mas como ele disse e comentei acima, além de tomar medicamento, temos que fazer nossa parte... Temos que tratar as comorbidades (quando há alguma) e não esperar que o medicamento nos torne "outra pessoa", mas uma pessoa melhor...
ExcluirPS: Desculpa ter escrito tanto... Aproveitei p/ fazer um desabafo que talvez ajude outras pessoas também... E não vou me identificar, porque tenho vergonha... Abraços PS[2]: Já adicionei seu blog aos favoritos*
Sofri bullying naminha nocomeçoda minha adolescência por ser ateia, inclusive da minha professora que era evangélica ferrenha mas praticava as coisas do jeito torto dela.
ResponderExcluirAssumir-se ateu precisa de muita coragem. Na faculdade de filosofia eu era um ET por afirmar-me agnóstico que, digamos, é um ateu ligth.
ExcluirParece que você também quis enfrentar a professora crente. Pra ela você deveria ser a reencarnação do demo. rsrsrs
Em geral a visão dos evangélicos é muito estreita e não conseguem conviver com as diferenças.
um abraço
Alexandre
Nossa ela fez uma coisa horrível, porque não foi só pra mim, ela me humilhou na sala de aula, perante todos os alunos. Falando que tinha pena de mim e outras coisas.
ExcluirHoje quando falo que sou ateia, as pessoas até coloca a culpa dos meus fracassos porque sou ateia, isso é tão ilógico.
Outra coisa, as pessoas resistem em acreditar que sou TDAH, nem conto mais pra ninguém.
Em geral os evangélicos são bitolados e autoritários, mas a cultura de Deus é muito forte e as pessoas não dão conta de viverem sem a onipresença Dele. A existência de Deus reduz a responsabilidade das pessoas sobre a própria vida. Repito o que disse ali em cima: ser ateia requer muita, muita coragem. As reações contrárias podem beirar a agressão; como da sua professora.
Excluir