domingo, 29 de junho de 2014

TDAH, POBREZINHO DESAJUSTADO...






Incrível como existem pessoas grosseiras e infelizes nesse mundo. Mesmo quando estão com a razão podem estragar tudo o que dizem com sua amargura, grosseria e preconceito. Recebi um comentário no meu último post cujo teor é aceitável até o ponto em que nos rotula de 'pobrezinhos desajustados'.
Esse rótulo infeliz denota preconceito, falta de educação, desconhecimento e ignorância de uma pessoa que escondeu-se confortavelmente no anonimato.
Concordo plenamente que nenhuma mulher (ou ser vivo) seja obrigado a aceitar ou suportar maus tratos, principalmente os físicos. Mas daí afirmar que nos 'escondemos' atrás do TDAH é uma agressão ignominiosa. Além da falta de caráter de esconder-se para vir num espaço dedicado ao debate franco e honesto, simplesmente para injetar seu veneno e sua estupidez, seu comentário só demonstra o atraso da medicina brasileira. Em qualquer país mais evoluído esse debate já foi ultrapassado sendo esses dinossauros do conhecimento já praticamente extintos e suas opiniões completamente desmoralizadas. Não aqui no Brasil. Aqui ainda existem pessoas mal intencionadas, ou simplesmente ignorantes, que se julgam no direito de tripudiar sobre o sentimento de outros seres humanos, simplesmente para defender suas ideias anacrônicas e nefastas.
Isto posto, vamos ao que presta desse infeliz comentário: não usei esse post ou o TDAH para justificar absolutamente nada; apenas relatei características existentes em grande parte dos portadores de TDAH.
Concordo com um outro comentário que credita esses ataques de fúria a outras doenças como bipolaridade, ou sei lá mais o quê. No meu caso, minha médica diagnosticou como Transtorno de humor. Mas andei pensando nisso, não acho que nossos ( ou meus) ataques de ira tenham a ver com as comorbidades (que claro, agravam todo o quadro) mas também com nossa absoluta incapacidade de lidar com pressões.
Aí entra o papel do parceiro(a). Ninguém é perfeito ou possui 'sangue de barata', mas o parceiro inteligente é aquele que não confronta o TDAH diretamente. Esse é o pior caminho, principalmente quando damos uma resposta impensada e imediata para um assunto que mereceria maior reflexão e análise. Se o(a) parceiro - não obrigatoriamente cônjuge, mas colega de trabalho e etc.- parar para analisar nosso comportamento, perceberá que damos uma resposta imediata, e muitas vezes agressiva, para muda-la mais adiante. Com um pouco de percepção e sensibilidade quem convive conosco observará que se deixar passar aquele momento, em breve estaremos aceitando argumentos e mudando nossas opiniões. Principalmente com a parceira, e aí falo por mim, é muito fácil conseguir as coisas, basta que seja com jeito. Confrontou, já era.
Só vim a perceber isso depois do diagnóstico.
Nesse último post tem um comentário de uma leitora que afirma que seu marido não mantém a palavra dada. Mas eu também não! Sou dado à bravatas no calor do momento que quase todo mundo que convive intimamente comigo sabe que não se realizarão. Mas podem se concretizar no calor do bate boca ou no momento da ira.
Acho que isso é inerente mais à nossa incapacidade de lidar com as pressões, de sentirmo-nos acuados, do que propriamente com um transtorno de humor. Desespero-me ao ver-me sem saída; ao notar que por mais que eu diga, a pessoa não me escuta; por mais que eu prove a pessoa não crê. Acusar-me injustamente é um fator desencadeador de um desespero que desaguará, fatalmente, numa explosão de ira.
Não estou justificando o injustificável. Apenas estou discutindo com cada um de vocês o que sentimos. Abro meu coração, minha alma, minha vida, para debatermos em alto nível os melhores caminhos para melhorarmos nossas vidas.
Mas, infelizmente, estamos sujeitos aos ataques dos boçais de plantão.

44 comentários:

  1. Aê galera do blog! vamos aproveitar que o Alexandre está com a corda solta, (ou com a corda toda, sei lá, rsrsr).

    É um post em cima do outro, respondendo aos comentários .... tá na fase boa. Tá até dando paulada nos abestado. É isso aê Alexandre.

    Quanto ao seu post,falando sério, eu nunca tive estas tais "explosões", "agressões", etc. Eu estou mais para um anônimo que escreveu no seu último post, ou seja, eu nunca conseguia reagir, mesmo quando devia.

    Tenho verdadeiros traumas de circunstâncias em que deveria ter reagido, explodido, e ... nada, fiquei calado.

    Agora, já burro véio, é que venho conseguindo dar "patadas" nas horas certas e, veja bem, tenho me sentido orgulhoso disto. Não sei se a minha apatia vinha do TDAH ou de uma comorbidade, ou seja, da minha grande baixa auto estima.

    Acho que pode ser os dois, pois tudo melhorou com o autoconhecimento e com a medicação. Ambos me trouxeram muito mais autoconfiança, mais segurança, e, agora, consigo fazer uma coisa que jamais conseguia antes: conversar com as pessoas olhando nos olhos delas, e, o que para mim é uma bela conquista: olhos nos olhos, dar uma bela patada quando é necessário.

    OBS: Infelizmente, para a minha surpresa e estupefação, já vi, no meu doce, meigo, gentil, e TDAH filho, duas explosões de verdadeira raiva e fúria. Realmente é de estarrecer, assusta qualquer um a "transformação". O ser amado vira, em uma fração de segundos, um "bicho", e se comporta como um total estranho. Mesmo para quem é e conhece o TDAH é "punk", imagine quem desconhece ...

    Grande abraço, meu amigo, e, cá prá nós, lendo seu post fiquei com uma dúvida: a fila andou, de novo, foi? tá solteiro, é?

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    1. Eu não revido, primeiro porque infelizmente, a errada da historia, a maioria das vezes, sou eu. Algum esquecimento, algo que confundi. Qualquer defesa minha não seria honesta, e irritaria o outro muito mais. E depois, pela minha lentidão pra pensar em uma resposta. E também, porque me sinto mal em qualquer situação de conflito, chego a adoecer. Já passei por muitas situações de conflito, e também aprendi tarde, que , quando alguém só quer guerra, a única saída é responder à altura, dando literalmente a cara ao tapa. Mas só quando estou certa. Ou um olho no olho pra mostrar que tem certeza do que está sendo falado.

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    2. Cara anônima, lhe respondi e lhe expliquei abaixo o que quis dizer com a expressão "apanhou" muito.

      Não sei se é uma característica do TDAH, mas eu só sei me expressar usando metáforas e abusando de "forças de expressão" o que realmente pode dar margem a equívocos.

      E, nesta linha, digo: adoro travar o bom combate, a boa luta, mas somente no campo das idéias, pois o resultado é sempre engrandecedor.

      Já disse um poeta, que não faço ideia de quem foi: Tudo vale à pena se a alma não é pequena.

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    3. Oi Walter, eu entendi sua força de expressão.
      Também admiro o "combate" através de idéias. Quando se está certo, não tem porque ficar com medo.

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    4. Meu amigo Walter, boa noite! Acho que sou absolutamente incapaz de lidar com pressões, principalmente se me sinto injustiçado. Tenho conseguido me controlar um pouco melhor, mas nem sempre.
      Abração e obrigado por sua presença
      Alexandre

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  2. Eu não neguei ou nego o aspecto biológico do TDAH ou qualquer outro transtorno mental, muito pelo contrário - tanto que acho que o portador(a) não pode prescindir de ajuda médica constante. O que me incomodou e motivou a comentar no post anterior foi a mensagem subliminar de alguns comentários, qual seja: "quem ama verdadeiramente se cala e até apanha diante dos ataques de fúria de seu marido(a)/namorado(a) TDAH". Walter Nascimento disse, ipsis literis, se referindo à esposa: "O que essa mulher suportou, apanhou, sofreu, não foi pouco não". Que história é essa? Isso é muito perigoso. Essa agressividade descontrolada pode levar a desfechos terríveis para o parceiro(a), para uma família inteira, e ele(a) não pode aceitar esse tipo de abuso só porque trata-se de uma doença biológica. Tem que ser franco com o parceiro portador do transtorno e exigir tratamento, senão cair fora do relacionamento enquanto há tempo. O borderline também tem traços biológicos e nem por isso eu acho que um homem ou uma mulher tem que suportar viver com alguém que vive no limite de suas emoções e oferece perigo constante. Percebo pelos seus posts que você é bastante honesto e vou ser honesta com você também: eu acho que esses seus ataques de fúria como consequência da sua dificuldade em lidar com conflitos inevitáveis tem menos ligação com o TDAH do que com o transtorno de humor e digo isso porque acho bastante temerário receitar Ritalina ou qualquer outro estimulante, ainda que o diagnóstico de TDAH seja confirmado. A Ritalina, sobretudo, pode agravar a impulsividade/agressividade do bipolar. E, pra finalizar, eu estava sendo irônica quando usei a expressão "pobrezinho desajustado" para homens que agridem as suas parceiras e depois se arrependem e choram como crianças, fazendo com que elas os perdoem e permaneçam na relação abusiva. Não estava me referindo diretamente a você mas, como já disse, à mensagem subliminar, ao tom de "se cale e espere passar", de alguns comentários no post anterior. Seja sincero como sempre e aceite que a maioria esmagadora dos casos de violência doméstica é cometida contra a mulher por um marido que "perdeu a cabeça momentaneamente".

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    1. Como é????? Me chamou de “espancador de mulheres”????? segura aí Alexandre que a “chapa vai esquentar”. Brincadeira, estou de férias, viajando, estou de bom humor. Enfim, vai abaixo a resposta em partes.

      PARTE 1

      PARA O BOM DISCUSSO É PRECISO QUE VOCÊ TENHA UM NOME. Eu acho que este assunto da agressividade pode tomar um rumo produtivo, mas, para isto, seriam bom que você adotasse um nome ou um pseudônimo, isto facilitaria a troca o diálogo, e demonstraria a sua real intenção de discutir o tema de forma honesta. Da forma que está, fica difícil, pois nem sei qual é o seu sexo, supondo eu que você seja mulher.

      MINHA ESPOSA, A “LINEUZINHA”. Conheci minha esposa aos 16 anos e, desde então, estamos juntos. Como temos 50 anos, significa dizer que temos 34 anos de convivência, com dois filhos, um deles TDAH “da gema”. Pois bem, o perfil da minha mulher é aquele de Lineu, personagem da série de televisão “A Grande Família”, daí que eu a chamo de “Lineuzinha” (Ela detesta e me faz prometer que nunca mais vou chama-la assim. Eu prometo, mas, assim que ela vira as costas … já viu, né, toma “Lineuzinha” nela.

      Ela é super-organizada, não admite mentiras, desrespeito a qualquer regra, ela não admite “boquinhas”, “furas-filas”; Para ela não existe “jeitinho”, “molhar a mão”, etc., para ela tudo isto é CORRUPÇÃO. Ela não pisa na grama, defende a ecologia, e por aí vai.

      Ela, assim como o Lineu, também é funcionaria pública de carreira. Se um dia você a encontrasse, você, e qualquer um de nós, ia adorar. Ela faz o possível e o impossível para resolver o problema do cidadão. Ela briga com os colegas, desafia os superiores, enfim, se o cidadão está precisando de ajuda ela vira um leão para resolver o problema. Os subalternos dela? Estes “se lascam”, pois o que ela bota os caras para trabalhar e cumprir horários não é brincadeira.

      Enfim, é uma verdadeira e autêntica “Lineuzinha”.

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    2. PARTE II


      "O QUE ESSA MULHER SUPORTOU, APANHOU, SOFREU, NÃO FOI POUCO NÃO". Dei acima o perfil de minha esposa para dizer que, quando eu escrevi esta frase, eu estava usando uma metáfora, que acredito e espero que a maioria tenha entendido. No seu caso, tenho a impressão que você “quis” entender de forma literal, se foi assim, você foi um pouco maldosa.

      Mas, afinal, o que eu quis dizer realmente quando disse que minha Lieuzinha tinha “apanhado”? Explico: o mote do blog do Alexandre era o que sofre os parceiros de um TDAH, com as burradas que estes fazem. Pois bem, imagine agora o seguinte: Eu e minha Lineuzinha nos conhecemos morando em bairros pobres, fomos crescendo financeiramente, e em um belo momento das nossas vidas, já casados, com filhos, Etc., fizemos uma viagem ao exterior, na qual pagamos, porque podíamos pagar, diárias de hotel na base de R$ 1.200,00, e isto para nós e para uma parente nossa que levamos conosco.

      Cerca de três meses depois desta viagem, fantasticamente cara e maravilhosa, eu fiz uma burrada gigantescamente que nos levou totalmente à ruína. Coisa de eu ter que ir para o mercado com R$ 50,00 no bolso, que era tudo o que tinha, para, fazendo conta, comprar o que desse para comprar com este valor. Como eu nunca fui bom de conta, quando dava R$ 45,00 na minha cabeça eu ia para o caixa, pois ficava com medo de ter calculado errado e ter que devolver produtos.

      E sabe qual foi a explicação que dei a minha Lineuzinha para o acontecido, para aquela bancarrota financeira? Nenhuma. Ela pedia, implorava, exigia uma resposta: “O que foi que aconteceu?”, “Me diga a verdade”. “Fale comigo”. “Diga alguma coisa, eu suporto tudo, menos o silêncio, menos o não saber nada”. Isto durou dias, semanas, meses. E eu? Nada falava, até porque, nem eu sabia o que tinha acontecido.

      Ela viu o ser amado crescer como pessoa e como profissional, se encheu de orgulho com os elogios que eu recebia. De repente, o ser amado vai do pedestal à lama, de forma pública e escancarada entre todos. E o que o ser amado disse para ela? o que lhe explicou? nada, silêncio total. Nem uma única palavra, explicação, ou qualquer outra reação, a não ser olhar para o chão e ficar calado.

      Minha cara anônima, se isto não é “apanhar”, não é “sofrer”, não sei então o que é. Mas, enfim, era a isto que me referia quando disse: "o que essa mulher suportou, apanhou, sofreu, não foi pouco não". E, pior, esta foi uma muitas coisas que ela teve que passar ao meu lado, vivendo com um portador desta merda de doença que é o TDAH.

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    3. PARTE III

      TENHO PAVOR, ASCO, DE ESPANCADOR DE MULHERES. Por volta dos 20 anos de idade eu presenciei um ato de violência doméstica de um parente meu. Foi algo que me abalou profundamente. Ver o repentino ataque de fúria de um marido que, de forma absurdamente inesperada, brutal e covarde, deu um violento chuta na sua esposa, mexeu realmente comigo. A cena nunca saiu da minha cabeça, e olha que já se vão bem uns 30 anos do acontecido.

      Esta covardia me marcou profundamente. Não admito, tolero, ou mesmo deixo passar, atos de violência contra as mulheres. A coisa foi tão impactante que não admito qualquer tipo de agressão covarde, seja qual for e contra quem for: mulheres, homossexuais, grupos étnicos, etc..

      Por fim, fique tranquila, lá em casa eu e minha Lineuzinha não admitimos nem que se fale uma simples “porra”. Isto mesmo, nem uma “porrinha, de nada”. Aliás, atos de covardia e desrespeito não toleramos mesmo, nem de um para com o outro, nem nos nossos filhos, nem de quem quer que seja.

      A resposta ficou enorme, mas ... se não fosse assim, não seria eu.

      Grande abraço a você e a todos os meus iguais aqui no blog.

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    4. Bem anônimo, entendi suas explicações, mas não mudo o que disse acima. Até por que você não é a única pessoa a pensar daquela forma, acabou como bode expiatório. Sim, minha médica fala que as explosões de fúria são fruto do transtorno de humor e não do TDAH; de qualquer forma, consigo me controlar muito mais do que antes, somente pelo fato de me saber portador de uma doença. Tenho muito menos explosões de fúria do que antigamente. Sim, sei que não é certo, principalmente quando o alvo são pessoas que amo e que me amam, mas as vezes nem mesmo o auto controle funciona.
      Mas luto, luto diariamente contra isso, e não desisto de um dia derrota-lo.
      Abraços
      Alexandre

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  3. Eu acho que quando o Walter disse "...apanhou...", foi só força de expressão!

    Eu namoro uma menina que tem tdah e também toma a tal ritalina. Mas eu entrei mesmo aqui no blog pra perguntar se todo tdah é meio desapegado ?

    Ela não tem ciúme nenhum, mas nenhum mesmo! Nem de mim nem de nada. E também não quer que eu tenha, vive falando que cada um tem que ter a sua individualidade. As vezes, noto ela totalmente alheia, perdida nos pensamentos.

    Varia muito o humor, ontem por causa de uma bobagem escrita no facebook, ficou irada, já notei que quando ela fica nervosa fica até com os olhos arregalados e nem pisca, mas não costuma descontar a raiva em ninguém, só quer ficar sozinha.

    Gosto muito dela, mas me sinto sem importância. Nos primeiros dias de namoro ela já falou que não era carente e nem precisava de atenção 24 horas por dia... e disse que esperava o mesmo de mim.

    Será isto um traço do tdah ou é da personalidade dela mesmo?

    Carlos

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    1. na minha opinião, por ela gostar e se sentir confortável em se sentir assim, deve ser da personalidade dela mesmo. Quem tem tdah, vive meio alheio sim, e se isola sim, mas não por escolha própria. Alguns não gostam de ter esse comportamento. Pra mim, quando a pessoa se sente bem em ser desapegada, acho que é mais da personalidade da pessoa.

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    2. Sempre desconfio de quem começa namoro cheio de discurso: "não sou carente", "não preciso de atenção 24h por dia". Será que essa moça não tá fazendo um joguinho com vc? Ou tentando esconder uma super insegurança, pagando de desapegada? Ou talvez ela tenha sofrido alguma desilusão amorosa, não se recuperou ainda e está evitando se apegar novamente. Quanto à ira dela, eu também tomo Ritalina e posso afirmar que quando o efeito vai passando a sensação de angústia e nervosismo é bastante acentuada.

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    3. Caro anônimo,

      Em primeiro lugar, queria lhe dar um grande beijo no seu coração. Você entendeu perfeitamente que eu simplesmente fiz uma metáfora, e isto, acredito, foi fácil para você porque você deve ter bom coração e por conviver com um TDAH.

      Muito obrigado pelo ato de solidariedade.

      Quanto ao seu relacionamento, infelizmente lhe afirmo, categoricamente, que você nunca vai saber se ela realmente te amo ou se não tem o mínimo de interesse em você.

      Esta é uma das características do TDAH, ou seja, não conseguir expressar os seus sentimentos aos parceiros.

      No meu caso, eu nunca fui ciumento. No início do namoro, minha esposa era, sim ciumenta, mas, aos poucos, fui tirando este sentimento dela, tanto que hoje tá demais, pois, realmente, um certo ciúme é bom para o ego do parceiro.

      De vez em quando eu brinco com ela: "ôh mulher, não vai ter ciúme do seu marido, não? deixou de me amar? arranjou outro? quer o divórcio?" rsrrsrsrs

      Enfim, conviver com um(a) TDAH é muito, mas muito difícil mesmo.

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    4. Valeu Walter, tem gente que leva muito ao pé da letra.
      Quanto a minha namorada, eu não acho que seja joguinho, nos conhecemos a 15 anos atras ela sempre foi assim, ela é meio estranha mas gosto dela.
      Carlos

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    5. Boa noite Carlos!
      Sou exatamente igual à sua namorada, não sinto ciúme de ninguém, nem de nada. Minha ex mulher dizia que podeira sair nua que eu não me importaria. E não me importaria mesmo!
      Não tenho ciúme de carro, roupa, casa ou nada disso.
      Mas gosto de atenção e sou atencioso, bastante até.
      Conviver com um TDAH nõ é missão fácil!
      Abraços
      Alexandre

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  4. Oi colegas, hoje ouvi uma música e lembrei muito de nós TDAH. O link da música é https://www.youtube.com/watch?v=_kASjW_aPbQ a música se chama 'Wonder' e a parte que identifico é Woah, oh we ain't falling under / Woah, oh we are full of wonder, significa -> Não estamos nos submetendo / Somos cheios de maravilhas. Assim somos nós.
    Muito boa, ouçam!

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    1. Ou seja, enquanto o mundo cai e nos matam a nossa mente está cheia de maravilhas e sonhos... Vivemos assim, nesse mundo da 'Alice', melhor que se submetermos ao pior né?

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    2. Olá,bem,eu sou o anonimo que do ultimo post que queria(quer) contar p/familia que tem tdah. Conheço uma música chamada sail,do awolnation,não sei se vocês já viram,ele fala sobre o dda,e a letra identifica totalmente as nossas emoções.

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    3. Anônimo, que fica fantasiando demais para contar aos pais que é TDAH e, assim não vai contar nunca, (cara arranje um pseudônimo, senão fica difícil conversar com você), eu fui ouvir a música recomendada por você, e......

      É realmente muito TDAH, mas, cara, aqui para nós, você ainda está no estágio 1, de 1000, para ficar ouvindo uma música dessa, é muito "barra pesada".

      Deixa ela para nós, (EU E ALEXANDRE) já calejados na guerra do TDAH, vocês estão muito novos para ir por aí.

      Mas, para os curiosos, a música está em: www.youtube.com/watch?v=PPtSKimbjOU&list=RDPPtSKimbjOU,

      E a tradução está em: http://www.vagalume.com.br/awolnation/sail-traducao.html


      OBS: ANÔNIMO, siga o conselho do Léo, ele deve ter aproximadamente a sua idade, a música que ele recomendou é FANTÁSTICA.

      A música está em:https://www.youtube.com/watch?list=RD_kASjW_aPbQ&v=_kASjW_aPbQ

      E a tradução está em: http://www.vagalume.com.br/naughty-boy/wonder-feat-emeli-sande-traducao.html

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    4. Não conheço nenhuma das músicas e estou na maior preguiça de conhecê-las.
      Aliás não sou um TDAH do tipo pesquisador, sou do tipo 'sentidor'. Meu blog é exclusivamente sobre sentimentos e experiências.
      Bem, de qualquer forma adoro ver essa discussão aqui no blog, obrigado por participarem ativamente.
      Abraços
      Alexandre

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    5. Muitos aqui dizem não ter paciência para ler ou fazer pesquisas. Como eu não tenho a hiperatividade, tenho mais o lado da desatenção, nunca tive dificuldade para a leitura, Sempre gostei de leituras e pesquisas. Em compensação, tenho outras dificuldades bem acentuadas, algumas desde criança e outras apareceram depois de adulta.

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  5. Oi pessoal,olá Walter. Bem,primeiramente acho que fui mal compreendido. Eu conheço muito sobre Tdah,pois,venho buscando,lendo muitas coisas sobre assunto. Já li relatos,videos e tudo que vai além de: Tdah é um distúrbio neurobiológico. E, estar lendo esse blog,diz que eu realmente passo por a maioria dos relatos do autor.

    Em comum,nós tdah,temos como igual os sintomas,tudo aquilo que todo mundo (que leu sobre o assunto profundamente ) tá cansado de saber. Okay. Mas bem,somos todos um,mas não somos iguais. Nossos sentimentos podem variar,a síndrome que temos pode levar a vários caminhos. Sei que é difícil se expressar,mas,tento ser o mais claro o possível. E sei que,com os fatos que passamos,devemos tentar com isso,ter a mente bem aberta,flexível.
    Tentar entender o que se passa ao nosso redor (pessoas,fatos),e entender nossos sentimentos. E,como uma pessoa muito sensível,peço para que tenham paciência comigo,não é fácil pra mim contar isso,porque como disse,sou uma pessoa extremamente diferente do que eu pareço ser( e,mesmo com tdah,tenho minhas outras características que devem levar em conta); parece que criei uma casca, por fora tento ser flexível para não me deixar cair, por dentro é o que escondo e deveria revelar. É confuso. E por isso,eu não sei como falar...será: pai,mãe,irmãos,tenho uma síndrome?. Sei que não vou aguentar,e vou acabar dizendo de qualquer jeito.

    Entretanto,a música,bem,não conheci o cantor só pelo sail. Eu curto ele. E parece que não,mas tudo o que ele diz,é o que eu já senti. Nós temos uma grande tendencia de cair em depressão,e uma vez,pensei que era o fim.Mas eu sempre soube,que um dia tudo vai ficar bem. É,ás vezes eu mandava um fuck you,mas hoje em dia,eu to tentando não fazer isso. E realmente,existe muitas músicas que nós expressam.
    Posso ser jovem,mas não me vejo como jovem. (isso não quer dizer que me acho adulto,sábio). E além,eu não comecei o tratamento,e ainda é difícil poder comentar muito sobre mim. Mas um dia eu sei que vou poder explicar melhor. E então,peço que tenham paciência,e me apoiem,pois é isso no momento que estou precisando. (e vou pedir o da minha família também,é claro,assim que contar.)
    O texto ficou meio confuso,mas espero que possam entender,pois é importante pra mim. Desculpem,se disse algo que não entenderam e fiquei,novamente mal compreendido,e como não disse ainda,meu maior problema é procrastinar e foi isso,procrastinando escrever esse comentário,não pude elaborar melhor.

    Ops,ia esquecendo,pode me chamar de sail,sei lá,já que comentei isso... pois navegar é a minha maior tendencia depois de procrastinar (assim como muitos). Sem falar que vou chegar atrasado na escola,e ainda esqueci de almoçar. Até.

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    1. Bem jovem anônimo, não acredito que seja fácil contar pra sua família. A tendência das famílias é desvalorizar a doença e achar que você é assim mesmo. Em geral a família prefere acreditar que somos uns cretinos idiotizados do que portadores de doença mental. Sugiro que você se prepare para essa conversa; até me surgiu uma ideia aqui: pegue as perguntas de um teste de TDAH e 'brinque' com sua família para ver se eles te reconhecem. Se o reconhecimento der positivo, mostre a origem das perguntas e sua preocupação com seu futuro, sua vida.
      Sei lá, é só uma sugestão, mas prepare-se para a negativa; nenhuma família quer um doente mental entre seus membros.
      Boa sorte
      Alexandre

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    2. SAIL,

      Na música que você mencionou, uma parte da letra diz o seguinte: "talvez eu seja de uma raça diferente".

      Para mim, é assim: Nós TDAH, pertencemos a uma espécie diferente, pois temos características que nos marcam. Mas não somos todos iguais, pois cada um tem um lado do TDAH que mais se sobressai.

      É mais ou menos assim: nós TDAHs somos todos ZEBRAS, mas, assim como a pelagem das zebras nunca são iguais, como digitais individuais, nós também temos nossas características únicas e singulares.


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    3. SAIL,

      por falar em letra de música, igualdades e diferenças, vá se acostumando aos altos e baixos do TDAH.

      Por exemplo, a letra da música indicada pelo Léo Ribeiro diz:

      "Posso vencer a noite, não tenho medo do trovão
      Sou cheia de luz, sou cheia de maravilhas

      Oh, oh, não estou me submetendo
      Oh, oh, sou cheia de maravilhas

      Apesar de nossos pés doerem
      O mundo está nos nossos ombros
      Não há jeito de falharmos
      Porque estamos cheios de maravilhas"

      Isto reflete um momento legal em que ele se encontra.

      Já a letra de sua música diz:

      "É assim como eu demonstro o meu amor
      Eu criei isso na minha mente, porque
      Eu culpo o meu Distúrbio de déficit de atenção querida

      É assim que um anjo morre
      Eu culpo o meu próprio suprimento
      Culpe o meu D. D. A, querida

      Talvez eu devesse gritar por ajuda
      Talvez eu devesse me matar
      Culpe o meu D. D. A, querida

      Talvez eu seja de uma raça diferente
      Talvez eu não esteja ouvindo
      Então culpe o meu D. D. A"

      Sabe qual é a diferença de Leo Ribeiro e você? nenhuma. Você vai estar na fase do Léo amanhã, e o Léo na sua, porque, infelizmente, é assim que nós, TDAHs, vivemos.

      Porque lhe digo isto?

      Primeiro, para você não se exasperar quando você estiver na fase em que você está, pois ela vai melhorar.

      Segundo, para que você, quando estiver na fase do Leo, se cuide e se policie para evitar, ou, pelo menos, retardar uma nova queda.

      Não é à toa que o Alexandre sempre começa o Blog com a frase do Guimarães Rosa:

      "Todo caminho da gente é resvaloso. Mas,também, cair não prejudica demais - a gente levanta, a gente sobe, a gente volta."

      É isto aí, força irmão, a luta é grande, mas vale à pena.

      Grande abraço à todos.

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    4. Um segredinho, conte até 10 e pense positivo e faça o melhor se não tudo vai a água baixo. Eu as vezes maltrato uma pessoa por causa desse distúrbio e depois me arrependo, coisa desse distúrbio também, se arrepender logo após algo feito.
      Força, foco e determinação para o lado positivo que tudo dará certo.

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    5. hey,se não com incomodo,me conte como você descobriu ter tdah. E como sua família reagiu. bjs.

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  6. *quer dizer,não sei qual ordem vem primeiro: procrastinar e navegar. Com certeza andam juntas,com um monte de outras coisas.

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  7. Boa tarde a todos,
    eu parei de tomar ritalina(comum), pois estava aumentando a pressão, porem eu fiz exames para verificar se estava com algum problema, e o resultado deu um "coração de atleta". Eu tomava 3 doses de ritalina por dia, sendo 20mg cada; dai queria saber se tem alguma forma para diminuir esse aumento, ou se a ritalina la seria uma forma ideal.

    Preciso de opiniões, pois só consegui, realmente, a estudar com produtividade graças à ritalina.

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    1. Ithalo,

      Eu tomo o CONCERTA LA, e ele aumentou a minha pressão, na média, de 1 a 2s pontos.

      Mas eu disse ao meu cardiologista: "sem a medicação para o TDAH eu não fico". Aí ele me passou um remédio para baixar a pressão e eu venho regulando bem assim.

      Como eu tomo o LA logo cedo pela manhã, eu já coloco no mesmo frasco o CONCERTA e o remédio da pressão. Acordei, nem bem abro o olho e engulo logo os dois.

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    2. Eu iniciei meu tratamento já sendo hipertensa e direto com o concerta la. Não notei piora. Em compensação, as dores de cabeça, as náuseas e uma enorme irritabilidade, passaram a ser minhas companheiras diárias. Esta semana vou iniciar um teste com ritalina comum e não la, para ver se os efeitos colaterais melhoram.

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    3. Ana, o caminho é este mesmo.

      Ir variando a medicação até achar a dose e a marca certa.

      O que não dá, é ficar sem ela.

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    4. Walter, verdade... depois passo para contar como estou me saindo. Estava com saudades de ver seus comentários!

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  8. Sail,

    Seu miserável, agora fico o tempo todo ouvindo a porcaria da sua música. A danada não sai da minha cabeça, você me deve uma.

    Já falou com sua família? você disse que ia falar hoje, mas, sendo você TDAH, tudo pode acontecer, inclusive, e geralmente, nada. rsrsrsr.

    Outra coisa, TDAH é hereditário e, na maioria das vezes, por parte de pai.

    Assim, veja qual dos dois tem ou teve diversos relacionamentos amorosos, tipo várias esposas (o Alexandre, na minha última contagem, teve seis espoas, mais como parei de contar, quem sabe quantas mais teve .... sorry Alexandre);

    Eu, com minha única, estou fora da curva;

    Veja quem de seus pais teve dificuldade de se manter no emprego; quem teve vários negócios falidos; várias idéias mirabolantes que não tinham como dar errado e ... deram; veja quem não tem a mínima ideia de quanto tem no banco, quem paga as contas em atraso, ou seja, quem é uma negação em finanças.

    Veja quem tem dificuldade em dirigir, que sai de casa para o trabalho e, quando percebe, chegou em outro planeta. Neste quesito, ponto para o Alexandre, ele diz que é ótimo motorista e dirige por horas sem problemas.

    Enfim, descubra quem de seus pais lhe deu este dom do TDAH e bote ele do seu lado. kkkkk

    COMO EU DESCOBRI QUE SOU TDAH? Cara, foi investigando os problemas de meu filho. Alguém disse, "seu filho tem algo diferente". Fui investigar e não deu outra, deu TDAH.

    Só que, ao fazer os exames, que são basicamente questionários para serem respondidos pelo investigado e pelos pais, tudo que eu colocava "sim" para ele, eu, no meu íntimo, botava "sim" para mim também.

    No fim, a neurologista me disse o óbvio, "seu filho tem TDAH e você também".

    QUEM PROCURAR? Procure nesta ordem: um Neurologista, ou Psiquiatra, ou psicólogo. MAS, ATENÇÃO, ATENÇÃO MESMO, SÃO POUCOS PROFISSIONAIS QUE TEEM EXPERIÊNCIA EM TDAH, SÓ VÁ SE VOCÊ TIVER CERTEZA DE QUE O CABRA, OU A CABRA, ENTENDEM DO ASSUNTO, CASO CONTRÁRIO ELES VÃO LHE PREJUDICAR MAIS AINDA, POIS VÃO FALAR UM MONTE DE BABAQUICE.

    MATERIAL PARA LER? Sail, nós somos TDAHS. Já viu TDAH ficar lendo por aí, principalmente textos longos e "científicos"? rsrsrsr.

    Brincadeira, já li muita coisa sim, inclusive textos científicos. A melhor fonte é a de um médico super especializado, chamado Paulo Matos, que tem vídeos e entrevistas pela Internet. Pode procurar.

    MELHOR CONSELHO SOBRE LITERATURA: Um Blog Fantástico de um cara chama Alexandre. Vá lendo tudo. Comece pelos primeiros, em que ele fala da infância, adolescência e vá lendo também os comentários.

    Lhe confesso que foi neste blog em que eu me conheci e, realmente, encontrei a paz de espírito entre vocês, os quais eu chamo de "meus iguais".

    Enfim, fique por aqui. Aqui a gente brinca, sorri, chora, pede ajuda, ajuda aos outros, aprende, ensina ... tudo entre pessoas iguais.

    Grande abraço.

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  9. Hey pessoal,eu queria esclarecer uma dúvida. Vi que o messi,dizem,tem sindrome de asperger,e esses tempos eu tava procurando sobre ela.. como eu não aguento ler muito,não me aprofundei muito,mas bem,dizem que as mesmas pessoas famosas que vi falando que tinha tdah,tem asperger. mas afinal,o que eles tinham realmente? ainsten,inventor da lampada... eles tinham os dois?

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    1. Olá anônimo, não tenho a mínima ideia do que você esta falando (asperger????), mas, aproveito para falar sobre "Ainster ter TDAH", e isto servir de consolo para nós, pois já vi vários comentários neste sentido.

      Não, se Ainsten realmente tinha TDAH, isto não serve de consolo nenhum. Ainsten tinha uma inteligência tão absurda, mas tão absurda, que ele poderia ter tido TDAH, síndrome de dow, metade de um cérebro, e o outro com Alzaimer, diabo no corpo, o que fosse.

      Cara, Ainsten estava adulto, trabalhando num serviço burocrático, e, um dia, andando de ônibus, olhou para um relógio que se distanciava e, com esta imagem, desenvolveu a Teoria da Relatividade, previu a curvatura da luz, os buracos negros, etc... tudo isto com fórmulas matemática e físicas fenomenais.

      Outra coisa, e se Hitlher, Gengiscam, e sei lá mais que infeliz tiver tido TDAH?

      O que é que nós, TDAHs, temos com isto? nada, irmão, absolutamente nada. Vamos cuidar da nossa mente, do nosso dia a dia, pois este negócio de comparação sempre gera uma discussão enorme e não leva á lugar nenhum.

      Grande abraço, tomem a medicação, e ... se cuidem. Um dia de cada vez.

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    2. Nunca saberemos se Einstein ou Leonardo da Vinci foram TDAH. Mas não importa. Importa que eu, você, o Walter somos. E precisamos lutar todos os dias para não naufragar.
      Força aí, amigo.
      Abraços
      Alexandre

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  10. Sail,

    Você está criando um suspense desnecessário.

    Você está fantasiando demais e, com isto, em verdade, você está procrastinando o assunto.

    Isto é uma característica do TDAH. Você vai ver que este comportamento tenderá a lhe seguir a vida toda, desde procrastinar assuntos mais simples, até os realmente importantes, e que está procrastinação provocará grandes danos à você a a terceiros.

    O que eu já me lasquei agindo como você está agindo agora não é brincadeira, digo até que é o meu pior perfil, procrastinar um assunto até que ele, de simples, vire uma tragédia.

    Não tem vídeo, preparação, nada. Vá e lá e conte. O que der, deu. A reação deles, que já sabemos que será de descaso, em primeiro lugar, você já está preparado, depois você vê como dar sequência ao assunto.

    Simples, assim, vá lá e conte.

    Depois conta, porque tá virando novela de Janete Clair e todo muito já sabe o final, mas tamos torcendo para saber realmente.

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  11. Sail, o Walter tem toda razão. O que ele descreve tb acontece comigo. A gente vai procrastinando até que uma coisa simples vira uma grande tragédia. Vá e conte. Tente não criar muito sobre o tema, simplifique. Tudo fica melhor quando simplificamos e não damos tanta corda pra nossa imaginação.

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  12. Como eu sou um vento... kkkk. Vcs lêem a minha mente? Porque olha,toda vez que escrevo algo aqui,eu fico o dia todo pensando e acabo falando fazendo correções na minha cabeça... e sobre o que eu escrevi,como vcs disseram e eu pensei tbm,é melhor simplificar tudo,porque né... eu sei..vcs sabem com certeza,se não simplifica fica tudo pior.
    ahhh ontem,tava planejado certinho,depois do almoço,antes do jogo. maaaaaaaaas,chega visita;almoça em casa,e vai embora assim que o jogo começa,começou o jogo? Todo mundo no sofa,e eu? Também hehe. Eu n gostava de futebol,mas acho que isso me prende,nao sei direito,foi a primeira vez que inventei de tentar assistir. Devo gostar! Ah,continuando,no meio do jogo,meu pai inventou de sair,e ai... voltou tardão.... (suspiro),ontem não foi o dia. AAAAAH,agora que eu conto! Prometo,mesmo,até 48 hrs eu estarei aqui contando o primeiro pedaço da novela kkkk.
    Ontem esqueci de agradecer,pois bem,agradeço imensamente por todos responderem meu comentário.
    Abraços. S.

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  13. Ana M,

    Leio o texto do Sail e penso, "ô, coitado! Mais TDAH impossível".

    O Sail sou eu, ontem, hoje e amanhã.

    Não sei se morro de pena dele ou de mim, acho que dos dois.
    rsrsrs.

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  14. Walter, se for pra sentir pena, me inclua neste pacote, rsrsrs. Somos todos iguais, e essa nossa interação é tão importante! Para identificar, para nos ajudar no autoconhecimento, para tudo!

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  15. olá primeiramente bom dia, sou Matheus, 17, e gostaria de compartilhar um pouco do meu conhecimento em TDA, quando eu tinha por volta dos 9 anos eu trazia muitos problemas da escola pra casa, eu era um verdadeiro inferno na sala e me encaminharam para fazer consulta, com o vai-e-vem no consultório médico a doutora me receitou Ritalina e Imipramina, porém na época como eu era muito novo e "serelepe" os remédios tinham um gosto ruim e eu sempre cuspia eles, mas eu não tinha qualquer noção do mal que isso me traria hoje, minha mãe acabou cancelando o tratamento e só depois de algum tempo que percebi que realmente o TDAH estava me fazendo mal, e desde aquela época até hoje em dia, por mais que eu não queira ser assim e faço o maximo de esforço possível mas mesmo assim sempre eu sou impulsivo em algum momento, acabo falando coisas que não divia, pensamentos fora da caixa e aquele jeitinho "lerdo", apesar que nesse meio tempo eu acabei me conhecendo melhor, depois de muito sofrimento e humilhação é claro, eu conheço melhor a doença e consigo criar formas de burlar alguns sintomas, mas enfim o motivo da minha vinda aqui é que realmente o TDAH vem me prejudicando de tal forma que eu procuro outras drogas para sanar o desgaste mental que me traz, e eu reconheço que existe um certo preconceito em relação a deficit de atenção, eu nunca tive coragem de compartilhar isso com meu circulo de amigos, talves eles pensem que é meu jeito, ou que eu sou doido, mas queria ter a oportunidade de recomeçar o tratamento, pois agora farei 18 e tenho que estar preparado para seguir em frente com estudos e empregos, nunca me deixei dominar pelo TDAH mas saber que todo sofrimento que passei na infancia e juventude pode ser sanado é uma ótima noticia, gostaria de saber da opnião de vocês se existe algum tipo de tratamento paralelo, ou algum remédio que não seja tarja preta para ao menos reduzir os sintomas, obrigado desde já!

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