terça-feira, 23 de dezembro de 2025
TDAH: OS SINTOMAS SE ENTRELAÇAM
terça-feira, 16 de dezembro de 2025
TDAH E O PARADOXO DOR E SONHO
sábado, 13 de dezembro de 2025
TDAH DE FORA PRA DENTRO
segunda-feira, 10 de novembro de 2025
O TDAH E O TORNADO MENTAL
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
UM TSUNAMI DE TDAH!
Um terremoto ou um vulcão nas profundezas do oceano libera uma quantidade absurda de energia capaz de criar ondas gigantescas que viajam em alta velocidade até atingir tragicamente a costa, arrasando tudo o que encontram pela frente.
Quem vê o tsunami se aproximando ou quem é atingido por ele jamais será a mesma pessoa. A dor devastadora de um tsunami é inesquecível. Mas o tsunami não sabe disso. Na sua mente, o terremoto ou o vulcão que o originaram são visíveis a todos os atingidos pelas ondas trágicas. Um tsunami de impropérios e agressões verbais deixa, normalmente, o objeto do tsunami completamente paralisado, indefeso, aterrorizado. Quem assiste à chegada das ondas desembestadas estarrece-se com a malignidade de suas consequências. As feições do tsunami alteram-se, a raiva domina cada músculo da face, mostrando-se no olhar quase ensandecido. A violência das ondas atinge em cheio sua vítima. Dores passadas aparentemente esquecidas, traumas não curados, conexões mentais entre fatos desconexos, paixão descontrolada desabam inclementemente sobre a "vítima" da vez. Na mente tsunâmica, uma espiral de raiva alimenta-se da frase anterior, do sentimento precedente e escala vertiginosamente. Na virulência das palavras, a visão tolda-se de um vermelho vivo e a raiva cega arrasa o que se lhe interpõe. Ainda que provocados por terremotos pretéritos, por vulcões recentes, a destruição de proporções bíblicas deixa o tsunami exposto a todo tipo de críticas e cobranças. A razão que o causou, na maioria das vezes, não justifica a catástrofe provocada pela resposta desproporcional. A onda arrasadora reflui e desaparece, seja porque a vítima já está aniquilada, seja pela intervenção externa. Abruptamente como chegou, vai-se. O saldo é tragédia, um rastro nefasto e destruidor. Mas o tsunami já se recolheu ao oceano. E a fúria desapareceu. Magicamente desapareceu. Aqui começa a segunda etapa: a culpa. Nem sempre o arrependimento, mas sempre a culpa pela magnitude do estrago.
Não há liberdade definitiva para as explosões titânicas do TDAH. Tsunamis, terremotos, vulcões, tragédias ambulantes, o portador de TDAH é uma hecatombe prestes a ocorrer.
Segundo o filósofo Baruch Spinoza, "quando entendemos nossas emoções, nos aproximamos da verdadeira liberdade, pois essa compreensão nos permite agir com clareza e consciência, em vez de sermos dominados por paixões e impulsos." É isso! Mergulhe em você e no TDAH. Viva seu TDAH! Pense nele diariamente, pense em quem você realmente é e onde o TDAH atua em você.
Assim, você entenderá que calar-se é maior do que explodir, retirar-se é melhor do que destruir o outro e tornar-se o culpado. Ninguém se lembrará do que ele disse, mas do tsunami que desaguou sobre ele de maneira violenta e desproporcional. Parece simplista, mas não é; parece fácil, mas não é. Muito menos é infalível. Os medicamentos atuam parcialmente, nesse ou naquele sintoma. Às vezes, em alguns dos sintomas, mas a variação de humor costuma ser combatida com outro medicamento. E, assim, vai-se entupindo de tarjas pretas que não solucionam integralmente.
Sinta antecipadamente o gosto amargo da fúria que se aproxima. Anteveja o toldo vermelho que se formará diante de seus olhos. Mude a trajetória do tsunami. Proteja-se!
Não traga para sua vida mais esse ônus de ser o culpado de estragos irreparáveis.
Já temos acusações demais a carregar.
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
O TDAH COMO UM CONJUNTO DE AUSÊNCIAS
O TDAH não existe como persona. O TDAH é um conjunto de ausências
Ausência de memória prática, ausência de controles executivos, ausência de foco, ausência de sentido de continuidade...
Seu controle exige armas que não temos: atenção, foco, persistência...
Conheça-se! Pense sobre você. O que realmente gosta, o que sente, quem é você quando ninguém está vendo, quem você gostaria de ser... Não como profissão, como pessoa.
Conheça o TDAH! Leia e se informe e confronte com aquilo que você realmente é, aquilo que realmente sente. E você começará a enxergar onde o TDAH atua em você. Você queria ser focado, mas é dispersivo... A dispersão é o TDAH. Procure ajuda. Ajuda de quem te ama em primeiro lugar. Se essa pessoa não acredita na doença procure uma amizade, uma ajuda médica... Não enfrente solitariamente. Palavras de quem enfrentou e perdeu. Abra seu coração a alguém de confiança: me ajude a perceber que estou me dispersando.
Se não for possível, tente roteirizar seu dia, sua vida. Inunde-se de lembretes, gatilhos, estímulos que te faça retomar o rumo do seu objetivo ou de sua necessidade. Tenho um grande amigo de TDAH que tem uma secretária que é seu anjo da guarda. Cuida de tudo em sua vida. Uma ajuda externa não TDAH é de enorme valia. Se não for possível, use os grupos de TDAH, leia sobre o assunto, não deixe que ele adormeça. Alguém me disse certa vez: A FÉ DEVE SER PRATICADA! É isso, o TDAH também. Por isso retomo o meu blog, retomo o grupo do Facebook, retomo o controle do TDAH. Perdi muito por tentar enfrentá-lo sozinho. Hoje já tenho apoio externo, mas quero poder dividir esse apoio com cada um de vocês. Apoiando e sendo apoiado.
terça-feira, 7 de outubro de 2025
A BATALHA DO TDAH
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
TDAH, VIVER PARA AMAR!
Há quem acumule dinheiro,
Há quem acumule conhecimento,
Há quem acumule títulos.
Eu? Eu acumulo amor.
Não rasgo dinheiro,
Não desprezo o conhecimento,
Muito menos os títulos...
Nada disso me fascina,
Só o amor me faz vibrar a alma,
Só o amor me toca o coração,
Me sinto pleno quando amo
Mais criativo
Mais motivado
Mais feliz...
Amar transforma a vida
Amar faz a vida melhor...
Porém,
Não duvide do meu amor,
Não tripudie do meu amar,
Isto fere de morte uma almardente...
E não há salvação!
Sei que o mundo despreza tal entrega,
Sei que muitos hão de zombar de mim,
O que me importam os cartesianos?
Nada! Absolutamente nada!
Sou irrecuperável, sou vítima do TDAH:
TRANSTORNO DO AMOR HIPERATIVO!
terça-feira, 30 de setembro de 2025
A LENDA DO PRÍNCIPE COM TDAH: O MONSTRO DA INSATISFAÇÃO E O CASTELO DA SOLIDÃO
Nota do Autor (Atualizada em 2025): Escrevi esta lenda há anos, mas ela nunca foi tão atual. Ela fala sobre o "custo invisível" do TDAH não tratado: a insatisfação crônica que corrói sonhos e patrimônios. Muitos de nós crescemos ouvindo que éramos "príncipes" (cheios de talento), mas acabamos nos sentindo mendigos de nossa própria vontade. Se você já se sentiu um estranho no seu próprio castelo, esta lenda foi escrita para você.
Após um início promissor em quase tudo que experimentava, o príncipe era invadido por uma insatisfação que o dominava completamente, paralisava sua vontade, suas ações, sua coragem. E ele abandonava mais aquela tentativa. Ganhava mais uma cicatriz, mais uma marca naquela alma já tão repleta delas.
Um sofrimento difuso e silencioso tomava cada fibra de seu corpo, lhe oprimia o peito e tolhia sua iniciativa de reerguer-se.
Mas lá dentro, na solidão escura do castelo, o príncipe lutava para abrir as janelas enferrujadas e emperradas na desesperada esperança de que a luz do sol e o ar puro renovassem suas forças , as forças de sua alma, e iluminassem um novo caminho em sua vida; menos sujeito à ação desse terrível monstro da insatisfação.
"Reflexão de 2025: A boa notícia é que, ao contrário da lenda, nós não precisamos mais esperar que os cientistas do reino descubram a cura. Hoje, a ciência já abriu as janelas desse castelo. O diagnóstico e o tratamento multimodal são a luz do sol que o príncipe tanto buscava. Se não trouxe a cura, trouxe um convívio mais saudável e produtivo para os portadores de TDAH. A insatisfação ainda pode nos visitar, mas ela já não tem as chaves do nosso castelo."
Para entender como reerguer o seu reino interno, procure ajuda especializada e conheça o trabalho da
Você já sentiu que o seu 'castelo' estava desmoronando por causa da insatisfação? Deixe seu comentário e vamos reconstruir nossas histórias juntos."
MEU AMOR É TDAH! E AGORA?
sábado, 23 de agosto de 2025
TDAH: DESATENÇÃO É MAIS QUE ESQUECIMENTO!
Nota do Autor (Atualizada em 2025): Descobri o TDAH aos 50 anos. Até lá, fui rotulado de "egoísta", "irresponsável" e "desatento". Este texto é um desabafo e uma lição: a desatenção não é apenas esquecer a chave; é ler um contrato e não ver a cláusula que vai te prejudicar. É um modo de vida generalista que cobra um preço caro nos detalhes. Se você recebeu seu diagnóstico tarde, saiba que a culpa não era sua, mas o tratamento agora é sua responsabilidade.
sábado, 26 de julho de 2025
SAMBA DO TDAH DOÍDO: UMA PARÓDIA SOBRE A VIDA COM O TRANSTORNO
Nota do Autor (Atualizada em 2025): Encontrei esta paródia perdida nos meus arquivos e não pude deixar de compartilhar. Inspirado no mestre Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta), fiz essa letra para contar como foi crescer TDAH em Juiz de Fora, na terra do Itamar Franco, quando a gente era chamado apenas de "insolente". É uma forma leve de olhar para uma história de "muita derrota e pouca glória". Alô, sambistas de plantão: quem topa gravar esse som comigo?
PARÓDIA DO SAMBA DO CRIOULO DOIDO DE STANISLAW PONTE PRETA
Os mais velhos certamente se lembrarão de Stanislaw Ponte Preta (pseudônimo do jornalista Sérgio Porto). Uma de suas obras mais conhecidas foi o SAMBA DO CRIOULO DOIDO, uma enorme gozação com a história do Brasil. Há tempos atrás eu fiz uma paródia desse samba e, nem sei por que, não a publiquei.
Publico agora e peço a todos um favor: se algum de vocês fazem parte, ou conhecem quem faz parte, de um grupo de samba ou pagode, eu gostaria de fazer um vídeo de samba pra postar no blog. Cantado é mais legal do que lido.
Aí vai; gostei bem do resultado: em negrito está a minha versão, abaixo dela a letra original.
(foi em Diamantina, onde nasceu JK)
Que a ironia do destino me fez nascer TDAH
(e a princesa Leopoldina arresolveu se casar)
Era o Brasil, de JK presidente
(mas chica da silva, tinha outros pretendentes)
E um menino hiperativo era visto como insolente
(e obrigou a princesa a se casar com Tiradentes)
La, la, la,la, la, la, laia,
(o bode que deu vou te contar)
(La,la, la, la, la, laia)
A vida começou a complicar
(o bode que deu vou te contar)
Impulsividade,
( Joaquim José)
Desatenção.
(que também é)
Hiperatividade
( da Silva Xavier)
Eu era ligado na tomada
(queria ser dono do mundo)
Prenúncio de uma vida complicada
(e se elegeu Pedro segundo)
Era pipa e pião, era briga de rua, pulava carniça,
(das estradas de minas seguiu pra são Paulo e falou com Anchieta)
Futebol na calçada, banho de enxurrada, não tinha preguiça,
(o vigário dos índios aliou-se a d Pedro e acabou com a falseta)
Era irrequieto, sonhava acordado, andava no teto,
(da união deles dois ficou resolvida a questão)
Um TDAH não descoberto
( e foi proclamada a escravidão)
Assim eu conto a minha história
(assim se conta esta história)
Muita derrota e pouca glória
(que é pros dois a maior glória)
Não fiquei casado com ninguém
(D. Leopoldina virou trem)
E hoje não tenho nem um vintém
(D Pedro é uma estação também)
Oooooo o meu tratamento enfim chegou
(oooooo o trem tá atrasado ou já passou)
"Reflexão de 2025: Se a história do Brasil já é uma confusão, imagine a história de um TDAH não diagnosticado. 'Andar no teto' e 'sonhar acordado' eram a nossa rotina. Se você é de Juiz de Fora ou de qualquer lugar desse Brasil e tem um pandeiro na mão, entre em contato! Vamos transformar esse post em música real.
Para entender a história real (e não a paródia) do TDAH, dê um pulo no site da
. ABDA O que achou da letra? Consegue ler sem entrar no ritmo do samba?"
domingo, 16 de março de 2025
TDAH: EXISTE VIDA SEM ELE?
sábado, 15 de março de 2025
NÃO SOU !
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
E AGORA, JOSÉ ? O TDAH E O DESERTO DO ISOLAMENTO
Nota do Autor (Atualizada em 2025): Peço licença ao mestre Carlos Drummond de Andrade para emprestar seus versos imortais. Este poema nasceu de um momento de desamparo, quando a gente percebe que nem a Ritalina, nem o Coaching, nem a Terapia são muletas eternas. No fim do dia, somos nós e o nosso cérebro. É um texto sobre o peso de continuar, mesmo quando tudo parece ter mofado.
E agora, José?
A ritalina acabou,
a terapia acabou,
o coaching encerrou,
E agora, José?
e agora, você?
como vai viver,
você que esquece,
você que adia,
você que se irrita,
e agora José?
está sem mulher,
está sem emprego,
está sem tratamento,
e agora José?
você não deve beber,
você não deve fumar,
se controlar você não consegue,
a motivação esfriou,
a cura não veio,
a vida nova não veio,
o novo emprego não veio,
só veio a utopia,
e tudo acabou,
e tudo fugiu,
e tudo mofou,
e agora José?
E agora José?
sua doce ilusão,
seu instante de sonho,
seu devaneio e realidade,
a conta vencida,
sua ilusão de ouro,
sua força de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com o frasco na mão,
você quer mais ritalina,
não existe ritalina,
quer saltar do abismo,
o abismo acabou,
você quer sua coach,
mas coach não há mais,
José e agora?
Se você cumprisse,
se você persistisse,
se você lembrasse,
se você amasse,
se você terminasse,
se você pensasse,
se você curasse.
Mas você não cura,
não tem cura, José.
Sozinho na vida,
um tdah isolado,
sem psicologia,
sem o coaching
para se encostar,
sem o seu remédio
que te impeça as fugas,
você continua, José!
José, pra onde?
Perdoe-me Carlos Drumond de Andrade.
"Reflexão de 2025: O 'José' do poema está sozinho, mas você não precisa estar. O TDAH não tem cura, é verdade, mas tem manejo, tem comunidade e tem compreensão. O isolamento é o maior inimigo do José; a conexão é o seu maior aliado.
Se você se sente nesse deserto, sem Ritalina ou sem norte, saiba que o caminho continua. Conheça recursos e redes de apoio na
. ABDA E agora, José? Para onde você vai quando o chão some? Vamos conversar nos comentários."







