Quando a vida se acinzenta.
Quando tudo se perdeu.
Quando de tudo se abriu mão.
Quando nada parece ter sentido.
Surge o TDAH em sua plenitude.
A realidade árida é sobreposta por feéricos sonhos que se sobrepõem e se antepõem a esquálida vida cotidiana.
Não há momentos de tédio ou de reflexão, ao menor sinal de desocupação, uma fantasia salta diante dos olhos.
O TDAH que destruiu a realidade oferece os lenitivos para que essa dor não pareça tão lancinante.
Saltando de fantasia em fantasia não se sente a dor, mas não se aprende com ela.
Seguimos dopados, anestesiados pela overdose ficcional e blindados a qualquer chance de aprendizado com a dor e a vida.
Imunes à dor, mas por isso mesmo, com o peito aberto e exposto à novas e intermináveis dores.
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