Desse lado nada floresce.
Aqui tudo se perde.
Perde-se o tempo,
perdem-se as oportunidades,
perdem-se as pessoas,
perde-se a vida.
Daqui se consegue ver
o lado oposto.
O lado azul.
Conquistas fáceis.
Pessoas previsíveis.
Monótona felicidade.
Por quê?
Não há resposta.
Sequer há tempo para pensar.
Novos incêndios irrompem na vida,
novos problemas a cada palavra,
novas vítimas.
O turbilhão da vida arrasta.
Redemoinhos de impulsos.
Furacões de emoções.
Tsunamis de frustrações.
Quando haverá uma ponte onde ambos os mundos se encontrem
e possa,enfim, haver uma trégua para essas as mentes exaustas?
Voce já tentou participar de um teatro amador ou escrever um roteiro "script" para o teatro.
ResponderExcluirPois o material existente aqui é rico de situações do dia a dia ao qual daria uma otima historia para contar.
o Tema mais objetivo seria O diario de um TDAH, comece pequeno tenho certeza que isso no final será grandioso, pois existe muita mistificação sobre o assunto e nada mais direto e objetivo que o teatro para passar o recado.
Obrigado pelo comentário.
ExcluirNão, não havia pensado nisso.
Mas como bom TDAH, já passei a pensar nisso e achei extremamente sedutor.
Obrigado pela sugestão.
Um abraço
Alexandre
Você não acha que o tratamento pode ajudar? Pode não ser exatamente uma ponte firme entre os dois mundos, mas eu acredito que ele pode ser uma pinguela, pelo menos...
ResponderExcluirOi Alegria e Serenidade. Belo apelido, gostei!
ExcluirSim, o tratamento é uma ponte, mas uma ponte artificial. Ali o que sonho é o fim das diferenças, dos preconceitos, das cobranças.
Sonho mesmo!
Um abraço
Alexandre
Bem, aos que me são caros e mais próximos, consegui fazê-los atravessar, nem que parcialmente, minha pinguelinha. Hoje já me entendem melhor e convivemos com mais tranquilidade. Os que não conseguiram isso, foram embora da minha vida.
ExcluirGostei muito do que o Frank escreveu (lindo!). Também estou tentando trilhar esse caminho de me perdoar e acho que é mais frutífero do que esperar que o resto do mundo seja do jeito que eu quero.
Aceitar e tocar pra frente! Esse é o meu mote - por enquanto.
Sem dúvida é por aí, conviver com quem nos respeita e nos perdoar. Aos poucos vamos nos aperfeiçoando. E esse é a razão de ser desse blog, discutir, trocar, dividir. Temos um fardo pesado mas que ombreado por várias pessoas, fica mto mais leve.
ExcluirAbraços
Alexandre
Às vezes olho em volta... pra pessoas que nos julgam por nosso "comportamento estranho", por não 'sentirmos a monótona felicidade', por não conseguirmos 'conquistas extraordináias', e sinto uma vontade que elas fossem como eu e eu como elas... por algum tempo. Eu teria a tão preciosa 'treguinha' e essas pessoas teriam um pouco mais de senso.
ResponderExcluirComo deve ser isso, Ana?
ExcluirNem imagino.
Mas se mudarmos de lado será que teremos a sensibilidade de não agir como elas?
Isso é o mais importante.
Por isso precisamos desfraldar a bandeira do TDAH e esfregá-la na cara de todos. Exigimos ser respeitados.
Essa é a verdadeira trégua.
Abraços
Alexandre
Quando?
ResponderExcluirQuando haverá, finalmente,
o tão sonhado equilíbrio?
Quanto custará à nossa mente,
o peso de uma face sem brio?
Será que estamos tão errados
e nossos sonhos tão deturpados
e nossos atos tão desequilibrados
e nossos meios tão equivocados?
Por que?
Por que temos que nos adequar ao resto,
enquanto o resto
não faz questão nenhuma de entender?
Eu sou assim por alguma razão,
não que me orgulhe daquele palavrão,
não que me sinta feliz,
daquela pessoa especial que fiz tão infeliz.
Mas a vida é feita de ciclos,
num dia compro vários triciclos,
noutro não saio da cama,
o fato é que eu amo a vida e ela também me ama.
Cansei de me sentir inadequado,
nesse mundo redondo,
onde todo mundo é quadrado,
não deixo o padrão, em mim ir se impondo.
Já machuquei muita gente,
apesar da boa intenção,
sou um cara até inteligente,
apenas me falta atenção.
Cansei de achar que o errado sempre sou eu, meu amigo. Eu cometo meus erros, mas eu sou humano também, sendo 'normal' ou TDAH, todo mundo erra e isso é um fato. Não vou ficar me punindo mais, o caminho pra minha paz está na capacidade de ME perdoar. Se eu viver dependendo do perdão dos outros, vou morrer com o coração apertado. Eu me perdôo por aquilo que fiz e não vou viver no martírio de procurar sempre o perdão alheio. Obviamente, eu vou me esforçar pra não cometer os mesmos erros, mas o que passou, não pode ser apagado e hoje, fica para mim, como aprendizado.
abraço!!!!
Frank
Lindo, meu amigo!
ExcluirÉ isso aí!
O que vc diz complementa o que falei ali em cima com a Ana Beatriz. Não sei se conseguiremos ignorar as pressões e as cobranças, mas podemos OBRIGAR sermos respeitados. Não importa se da boca pra fora, mas terão de nos engolir. Já existe um projeto de lei no congresso nesse sentido e temos de fazer barulho em torno do TDAH para calar esses insensíveis ( e isso inclui nossa família e amigos) que não respeitam nosso jeito de ser.
Valeu, amigo.
Obrigado por enriquecer meu blog.
Volte sempre, irmão.
Alexandre