Perenidade efêmera...
Eternidade passageira...
A longevidade de um átimo...
A espessura do vento...
O calor glacial...
Um freio no tempo...
Esse sou eu!
Ergo castelos na areia e torço contra as ondas, e o vento, e a chuva.
Invisto no efêmero e espero que seja perene.
Tantas expectativas...
Tanta ansiedade...
E a onda chega...
E o vento ruge...
E a chuva corrói...
Sob o manto glacial do meu rosto a raiva ferve...
Arrependo-me pela enésima vez ...
Anseio atirar-me contra o tempo...
Anseio atirar-me contra o vento...
Anseio atirar-me contra o mar...
Mas só consigo atirar-me contra o muro...
De novo, o muro...
De novo...
O muro...
E como dói...
Boa noite Alexandre. Mais um post incrível. Na expressão " Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é" gosto de acrescentar que cada um sabe o tamanho exato de suas feridas ainda não cicatrizadas, do quanto anda fortalecido ou extremamente frágil o teto de sua vulnerabilidade e se tem litros de força o suficiente ou se ela está na reserva. Somente depois de responder a essas perguntas, é que posso decidir se estou preparado para me atirar emocionalmente na vida novamente, e no meu caso, como a resposta às questões acima citadas é: Não! Prefiro, por enquanto, me manter na minha ilha isolada que pode até ser tediosa, mas me dá o bem mais raro e caro de todos: O do Controle Emocional; não existe amor, dinheiro ou promessa de futuro grandioso que me faça abrir mão do meu tão arduamente conseguido ( e ainda precário) equilíbrio das minhas emoções. Abraço afetuoso. Diego.
ResponderExcluirOi Diego, bom dia !
ExcluirDepois você me ensina a não me atirar emocionalmente na vida. Na verdade, dessa vez eu não me atirei; fui colhido pelo vagalhão de um tsunami. O que me incomoda não é o revés passageiro, mas a repetição de comportamentos que já se mostraram perniciosos. Abração, amigo, e muito obrigado pelas palavras carinhosas. Alexandre
Boa tarde Alexandre, tudo bem com você? Só tenho um desejo para 2014, e ele é relacionado ao TDAH: Conseguir a impossibilidade de estabilizar o meu humor e consequentemente a minha vida ( nenhuma relação com medicamentos estabilizadores de humor, como Depakote e cia, que para nós de nada valem). Pois ao contrário de um Bipolar, por exemplo, que fica satisfeito ao se ver estabilizado, sem fazer estragos maníacos ou sofrer de dores depressivas medonhas, nós que temos TDAH quando conseguimos nos estabilizar, não suportamos a estabilidade, pois ela é sinônimo de tédio, de sufocamento, uma verdadeira fonte de aflição para nós que somos eternos insatisfeitos e inquietos. Já tive num determinado momento da minha vida Alexandre tudo o que um homem "normal" gostaria de ter: Um emprego muito bom, um relacionamento amoroso com o ser humano mais incrível desse mundo, tinha a nossa casa do jeito que queriamos e amava essa pessoa, mas quem disse que isso tudo era o suficiente para combater, controlar, manter baixa essa sensação de inquietude interior, essa sensação de insatisfação crônica, essa angústia vazia, essa minha corrida interior que nunca pára, que não me dá sossego, sempre em busca de algo que irá me satisfazer, preencher ou aplacar a urgência de uma busca que no fundo de meu ser, sei que nunca irá ser aplacada. Abraço afetuoso. Diego.
ExcluirTambém invisto no efêmero esperando que seja perene, são as tais "idéias fixas"? Convivo com isto a vida inteira, vivo praticamente num mundo paralelo, perco um tempo enorme nestas viagens... Faço suposições a respeito de situações, pessoas, depois quando conheço a realidade, e é tudo diferente do que pensei, fico meio sem rumo.
ResponderExcluirSe fosse a primeira vez, não mereceria um post; mas a repetição...
ExcluirUm dia iremos aprender a viver o presente, sem investir num futuro que não podemos dominar.
Abraços
Alexandre
Como encontrar a própria vocação:
ResponderExcluirVeja o tipo de incomodidade a que você sobrevive mais confortavelmente, essa é a sua vocação.
Se você não se incomoda de ficar o tempo todo sujo de graxa, você é um mecânico de automóveis.
Se falar com malucos o dia inteiro não o abala, você é um psiquiatra.
Se não liga para ficar com cheiro de peixe, é um peixeiro.
Se tem infinita paciência com a burrice, é um professor.
E assim por diante.
Gostar de falar com loucos pode me fazer um deles, não necessariamente um psiquiatra. Gostar de ficar sujo de graxa pode ser por gostar da sujeira e não da profissão. Vocação é algo muitas vezes dificílimo de se detectar, nada é tão simples na vida, muito menos na vida de um TDAH. Alexandre
ExcluirE como doi ...., e como doi..., e como doi...,
ResponderExcluirDepois, a gente lambe as feridas e segue em em frente, mas, e como doi ...
Grande Walter! Seja bem vindo de volta à sua casa!
ExcluirLevantemos e sigamos nosso dolorido caminho.
abração com muito carinho
Alexandre
Aahhh e doi.....doi mesmo....doi muiitooo...e continua doendo....
ResponderExcluirComo uma faca de dois gumes aqui dentro.....ainda maais me sentindo pate do muro.
Não se preocupe, você não faz parte desse muro. E o problema não é o muro, é a repetição de um comportamento que me levou N vezes a bater nesse muro.
Excluirbeijos, com amor
Alexandre
Repito tantas vezes essa frase... : E como dói...!
ResponderExcluirO pior Ana, não é a dor, é a eterna repetição do comportamento que nos leva à dor.
Excluirabraços
Alexandre
Salve Alexandre! Rafael P.
ResponderExcluirEstava só de olho nos posts ultimamente, mas meio quieto pra comentar. A produtividade tá alta. Toda hora tem coisas diferentes. Assim que TDAH gosta. Novidade!
Ontem me acontece uma destas. Que chato. Quando a gente pensa que está indo bem, tem sempre uma onda, um vento, uma chuva como diz você mesmo, que vem sem forma, sem tempo, sem aviso. Aí ficamos inebriados com os neurotransmissores e tudo desaba. Pior é que sabemos o que fizemos e a ressaca moral é a pior de todas!
Abração amigo! Sua criatividade com as figuras é sensacional.
Rafael P.
Rafael, nada na nossa vida nos surpreende, tudo o que sofremos foi plantado por nós;ou por atos impensados,ou por expectativas irreais. Ou pior,a soma dos dois. Só colhemos o que plantamos. Obrigado por seu incentivo, abração
ExcluirAlexandre
Gente do céu depois que comecei a tomar ritlina fico nervoso com qualquer coisa e fora que ando muito irritado até o ar que respiro. Isso é normal? O que fazer?
ResponderExcluirForça e abraço s amigos!
Léo, minha filha tem as mesmas reações. A irritação dela chega a tal ponto que ela optou por ficar sem medicação. Converse com o seu médicos e tente novas dosagens, novas formas de tomar, ou mesmo mudar o medicamento.
ExcluirUm abraço
Alexandre
Nossa será? Eu tomo 10mg você acha que devo aumentar para 20 ou 30mg por dia?
ResponderExcluirIsso ajudará?
Obrigado!
É a dosagem mínima,não sei se aumentar vai resolver. Se não me engano vc esta iniciando o tratamento, isso pode passar com o tempo
ResponderExcluirem geral duas ou três semanas passam, mas isso varia de pessoa para pessoa.
abraços
Alexandre
Comecei com um medicamento hoje....não sei explicar tudo o que senti nesses anos todos....não sou mto bom com as palavras.....hoje eu iniciei uma nova esperança ..."não vou me entregar....apesar de as vezes eu achar q não tem saída....preciso achar a saída ...parece que estou preso nisso....não consigo aprender coisas novas.....dói muito....acho que minha família não entende.....tenho uma filha ...tenho medo de que isso prejudique na criação dela.....sou motorista de ônibus não falo o dia inteiro....mais o meu cérebro não para nem por um segundo.....obs; desculpe a bagunça com palavras e sentimentos nesse post....esse blog me ajuda muito.....essa eh a primeira vez que eu faço um comentario
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