segunda-feira, 10 de novembro de 2025
O TDAH E O TORNADO MENTAL
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
UM TSUNAMI DE TDAH!
Um terremoto ou um vulcão nas profundezas do oceano libera uma quantidade absurda de energia capaz de criar ondas gigantescas que viajam em alta velocidade até atingir tragicamente a costa, arrasando tudo o que encontram pela frente.
Quem vê o tsunami se aproximando ou quem é atingido por ele jamais será a mesma pessoa. A dor devastadora de um tsunami é inesquecível. Mas o tsunami não sabe disso. Na sua mente, o terremoto ou o vulcão que o originaram são visíveis a todos os atingidos pelas ondas trágicas. Um tsunami de impropérios e agressões verbais deixa, normalmente, o objeto do tsunami completamente paralisado, indefeso, aterrorizado. Quem assiste à chegada das ondas desembestadas estarrece-se com a malignidade de suas consequências. As feições do tsunami alteram-se, a raiva domina cada músculo da face, mostrando-se no olhar quase ensandecido. A violência das ondas atinge em cheio sua vítima. Dores passadas aparentemente esquecidas, traumas não curados, conexões mentais entre fatos desconexos, paixão descontrolada desabam inclementemente sobre a "vítima" da vez. Na mente tsunâmica, uma espiral de raiva alimenta-se da frase anterior, do sentimento precedente e escala vertiginosamente. Na virulência das palavras, a visão tolda-se de um vermelho vivo e a raiva cega arrasa o que se lhe interpõe. Ainda que provocados por terremotos pretéritos, por vulcões recentes, a destruição de proporções bíblicas deixa o tsunami exposto a todo tipo de críticas e cobranças. A razão que o causou, na maioria das vezes, não justifica a catástrofe provocada pela resposta desproporcional. A onda arrasadora reflui e desaparece, seja porque a vítima já está aniquilada, seja pela intervenção externa. Abruptamente como chegou, vai-se. O saldo é tragédia, um rastro nefasto e destruidor. Mas o tsunami já se recolheu ao oceano. E a fúria desapareceu. Magicamente desapareceu. Aqui começa a segunda etapa: a culpa. Nem sempre o arrependimento, mas sempre a culpa pela magnitude do estrago.
Não há liberdade definitiva para as explosões titânicas do TDAH. Tsunamis, terremotos, vulcões, tragédias ambulantes, o portador de TDAH é uma hecatombe prestes a ocorrer.
Segundo o filósofo Baruch Spinoza, "quando entendemos nossas emoções, nos aproximamos da verdadeira liberdade, pois essa compreensão nos permite agir com clareza e consciência, em vez de sermos dominados por paixões e impulsos." É isso! Mergulhe em você e no TDAH. Viva seu TDAH! Pense nele diariamente, pense em quem você realmente é e onde o TDAH atua em você.
Assim, você entenderá que calar-se é maior do que explodir, retirar-se é melhor do que destruir o outro e tornar-se o culpado. Ninguém se lembrará do que ele disse, mas do tsunami que desaguou sobre ele de maneira violenta e desproporcional. Parece simplista, mas não é; parece fácil, mas não é. Muito menos é infalível. Os medicamentos atuam parcialmente, nesse ou naquele sintoma. Às vezes, em alguns dos sintomas, mas a variação de humor costuma ser combatida com outro medicamento. E, assim, vai-se entupindo de tarjas pretas que não solucionam integralmente.
Sinta antecipadamente o gosto amargo da fúria que se aproxima. Anteveja o toldo vermelho que se formará diante de seus olhos. Mude a trajetória do tsunami. Proteja-se!
Não traga para sua vida mais esse ônus de ser o culpado de estragos irreparáveis.
Já temos acusações demais a carregar.
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
O TDAH COMO UM CONJUNTO DE AUSÊNCIAS
O TDAH não existe como persona. O TDAH é um conjunto de ausências
Ausência de memória prática, ausência de controles executivos, ausência de foco, ausência de sentido de continuidade...
Seu controle exige armas que não temos: atenção, foco, persistência...
Conheça-se! Pense sobre você. O que realmente gosta, o que sente, quem é você quando ninguém está vendo, quem você gostaria de ser... Não como profissão, como pessoa.
Conheça o TDAH! Leia e se informe e confronte com aquilo que você realmente é, aquilo que realmente sente. E você começará a enxergar onde o TDAH atua em você. Você queria ser focado, mas é dispersivo... A dispersão é o TDAH. Procure ajuda. Ajuda de quem te ama em primeiro lugar. Se essa pessoa não acredita na doença procure uma amizade, uma ajuda médica... Não enfrente solitariamente. Palavras de quem enfrentou e perdeu. Abra seu coração a alguém de confiança: me ajude a perceber que estou me dispersando.
Se não for possível, tente roteirizar seu dia, sua vida. Inunde-se de lembretes, gatilhos, estímulos que te faça retomar o rumo do seu objetivo ou de sua necessidade. Tenho um grande amigo de TDAH que tem uma secretária que é seu anjo da guarda. Cuida de tudo em sua vida. Uma ajuda externa não TDAH é de enorme valia. Se não for possível, use os grupos de TDAH, leia sobre o assunto, não deixe que ele adormeça. Alguém me disse certa vez: A FÉ DEVE SER PRATICADA! É isso, o TDAH também. Por isso retomo o meu blog, retomo o grupo do Facebook, retomo o controle do TDAH. Perdi muito por tentar enfrentá-lo sozinho. Hoje já tenho apoio externo, mas quero poder dividir esse apoio com cada um de vocês. Apoiando e sendo apoiado.
terça-feira, 7 de outubro de 2025
A BATALHA DO TDAH
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
TDAH, VIVER PARA AMAR!
Há quem acumule dinheiro,
Há quem acumule conhecimento,
Há quem acumule títulos.
Eu? Eu acumulo amor.
Não rasgo dinheiro,
Não desprezo o conhecimento,
Muito menos os títulos...
Nada disso me fascina,
Só o amor me faz vibrar a alma,
Só o amor me toca o coração,
Me sinto pleno quando amo
Mais criativo
Mais motivado
Mais feliz...
Amar transforma a vida
Amar faz a vida melhor...
Porém,
Não duvide do meu amor,
Não tripudie do meu amar,
Isto fere de morte uma almardente...
E não há salvação!
Sei que o mundo despreza tal entrega,
Sei que muitos hão de zombar de mim,
O que me importam os cartesianos?
Nada! Absolutamente nada!
Sou irrecuperável, sou vítima do TDAH:
TRANSTORNO DO AMOR HIPERATIVO!

