sexta-feira, 8 de março de 2013
O TDAH E A FERMENTAÇÃO MENTAL
Esse blog é um aprendizado e uma fonte inesgotável de inspiração pra novos posts.
Uma amiga virtual mandou um comentário sofrido sobre o TDAH de seu filho, abaixo descrevo um trecho:
as vezes chora por algo que aconteceu muito tempo atrás.... é como se o acontecido tivesse acontecido ontem... ele guarda mágoas e quando se sente pressionado descarrega tudo achando que o assunto tá vivo na memória de todos... mas só tá vivo na memória dele.
Esse comentário avivou-me velhas características; a fermentação mental de fatos e sentimentos.
Quantas vezes guardei frases, gestos e momentos aparentemente inofensivos para despejá-los sobre o alvo em um momento de fúria. Em geral ao revolver essa sopa de sentimentos o opositor ( no meu caso, em geral, é opositora) é surpreendido por revelações bombásticas sacadas do fundo de um baú velhérrimo. Quase sempre a pessoa não se recorda de ter dito ou feito aquilo, ou então o ocorrido não teve qualquer importância para ela. Mas para mim foi uma frase capital, uma agressão gravíssima ou envenenada por segundas intenções.
O famosíssimo 'caçar chifre em cabeça de cavalo'.
A mente fermenta tudo aquilo e, como numa cultura bacteriana, o mal cresce e ali se multiplica tomando proporções gigantescas.
Então, você que não sabe do que se passa na minha cabeça, se aproxima e faz uma pequena observação casual, coisa simples e corriqueira.
Aquilo que entraria no ouvido dos 'trouxas' macio e redondo, nos nossos ouvidos sensíveis entra raspando e machucando até bater forte e pesado sobre nossa , em geral, baixíssima auto estima.
Sai de baixo amigo. Subitamente, aquele vulcão que parecia adormecido explode violentamente espalhando sua lava raivosa por todos os lados.
A vítima fica atônita, completamente surpresa com a reação desproporcional e virulenta.
Curtimos nossas falhas, nossos erros, e fermentamos nossa culpas à maneira de um recém egresso do sistema prisional. Tudo o que é falado, principalmente críticas, soa como uma menção ao último erro. Não importa quanto tempo já tenha decorrido. A culpa não permite que o erro se apague e nos tortura continuamente, nossa eterna companheira de quarto.
Sempre tememos encontrar testemunhas de nossas falhas; sempre nos sentimos julgados, como se dezenas de dedos estivessem apontados contra nós. Erramos, mas ao contrário do que pensam os 'trouxas', não somos desprovidos de caráter, muito menos amorais, somos pessoas normais que muitas vezes não conseguem controlar os próprios impulsos e passam longos períodos se cobrando, sofrendo em silêncio e tendo a mente envenenada por pensamentos de censura e auto punição.
Muitas vezes tive vontade de me mudar de cidade, de país, de vida, como forma de escapar da vergonha de algumas atitudes que tomei. Nem sei por que não o fiz. Mantive-me impávido externamente, mas numa luta interna terrível que levou-me a um maior isolamento e a um 'abandono' de relações de amizade e comerciais que hoje me fazem falta.
Se hoje estou melhor, ainda não me sinto completamente liberto da cobrança. Descobrir-me TDAH ajudou no processo de auto perdão. E aí está a chave de tudo: o conhecimento.
Não vamos cair na tentação de que tudo o que fazemos é fruto do TDAH ou que seríamos santos sem ele; nada disso. Mas o TDAH torna nossa luta mais difícil, nossas barreiras mais altas, nosso caminho mais pedregoso.
Alguém certa vez (desculpe se não me lembro o nome) me disse num comentário que o que precisamos é ganhar dois segundos. Precisamos de dois segundos para reprimir a palavra de ódio, a atitude impensada, o momento do desastre. É nisso que eu penso: cale-se! Esse não é você é a doença!
Confesso que nem sempre funciona, mas qualquer vitória é vitória; qualquer passo é avanço; qualquer silêncio é paz.
Pense nisso! São apenas dois segundos.
PS.: Pensando em quem convive conosco, creio que a melhor alternativa seja o diálogo pós explosão. Os envolvidos devem mostrar ao TDAH que aquele assunto já estava morto, sepultado e que os comportamentos de hoje não estão, necessariamente, vinculados àquele momento específico. Talvez seja esse o principal papel da família e dos cônjuges, desmistificar o erro, deseternizar a falha (sei que a palavra não existe mas o sentimento sim), mostrar ao portaDOR que a vida seguiu e aquele momento passou.
Mas por favor, deixem a dor diminuir um pouco antes de abordar o assunto e não aborde como censura ou conselho, mas como diálogo.
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E aí Alexandre! Essa temática sempre me faz ruminar muito! A culpa parece aquele espinho cravado no lugar mais inconveniente. É só a gte se mexer um pouquinho pra ela se fazer lembrar: "hellooo, estou aqui!". rs
ResponderExcluirMas vou ruminar agora em algo que passei a acreditar muitíssimo e que vc belamente expressou aqui: qualquer silêncio é paz...
(mais uma pro meu caderninho de frases impactantes! heheheh)
Grande abraço!
Oi Ana Beatriz, bom dia!
ExcluirEstou começando a ficar convencido, duas frases no seu caderno de frases impactantes... rsrs
Falando sério, ontem ocorreu um fato interessante: minha namorada falou umas coisas sem base, umas coisas bastante ruins de ouvir. Calei-me, esperei, depois que a temperatura interna baixou conversei no assunto. Foi ótimo! Sou muito bom pra DR, só preciso estar calmo. Foi o que fiz e funcionou.
Abração e obrigado por estar sempre por aqui. Adoro sua participação.
Alexandre
Olá, conheci seu blog há pouco tempo, já li quase todos os posts, e me identifiquei muito, parecia que você estava falando da minha vida.
ResponderExcluirFui diagnosticada com o tdah em 2007, o neurologista me receitou Ritalina. Procurei um médico porque não aguentava mais passar noites em claro estudando e só zerar nas provas.
Tomei o Ritalina durante pouco tempo, senti uma grande melhora, mas acabei largando. Hoje penso em procurar o neurologista e pedir a receita novamente.
Cheguei a ser jubilada na faculdade, fiz novo vestibular, passei e agora já faz 3 semanas que as aulas começaram e estou procrastinando, de tanta vergonha de aparecer por lá. Saí de lá me achando uma retardada.
O Deficit de Atenção está atrapalhando tanto a minha vida, que cheguei num ponto que preciso tomar uma atitude em relação a isto.
Está atrapalhando minha vida como estudante, atrapalhando minha vida pessoal, o meu trabalho.
Passei a minha vida inteira achando que era burra, com baixo QI, com o raciocínio lento, eu me sentia humilhada por ter dificuldade de aprender.
A minha falta de concentração me traz muitos problemas, tenho medo de dirigir na Br, andando na rua já quase fui atropelada, as vezes as pessoas me dão um recado, e 2 minutos já não lembro o que era...
Enfim, acho que se eu voltasse a tomar o medicamento, pelo menos nos estudos, eu iria melhorar. Queria te perguntar Alexandre, o que você pensa disto? Será que o Ritalina seria uma solução, pelo menos nos estudos?
Tenho 33 anos, ainda não consegui meu diploma, não tenho nada na vida e isto me preocupa.
As pessoas me acham uma pessoa sossegada, preguiçosa, mas por dentro tenho tanta preocupação que as vezes não consigo dormir...
E quanto mais eu me preocupo, me estresso, mais difícil fica encarar os problemas da vida com a cabeça fria.
Luísa
Oi Luisa, tenho uma historia parecida com a sua, tenho 43 anos estou a 16 anos na faculdade Eng. Mecânica na federal de Natal/RN, se eu poder ajudar em alguma coisa, passei e passo por tudo q vc passou e está passando, meu email é xandguimaraes@gmail.com e no Face é Alexandre Guimarães. um abraço
ResponderExcluirBom dia Xará!
ExcluirO comentário da Luísa virou um post: http://www.tdah-reconstruindoavida.com.br/2013/03/tdah-sem-vergonha.html
Se você ainda não leu, leia e de sua contribuição.
Obrigado
Alexandre
"As pessoas me acham uma pessoa sossegada, preguiçosa, mas por dentro tenho tanta preocupação que as vezes não consigo dormir..."
ResponderExcluirBom dia,
É exatamente como a colega acima comentou que acontece comigo.
Tomei conhecimento do assunto pela TV e me identifiquei com 99,9% dos sintomas.
agora no momento esto deprimida,não paro de chorar e provavelmente acordarei
para ir trabalhar no horário,faço um café,fumo um cigarro mas voltarei a dormir desanimada mesmo com inúmeras preocupações e depois acordarei novamente atrasada com um sentimento de frustração e irresponsabilidade enorme.recebendo ligações do marido,da mãe perguntando se estou doente,que não levo nada a sério e que minha loja não está indo pra frente porque não consigo cumprir um horário.
Coisas que planejo quando me deito,mas ao chegar o novo dia tudo se perde outra vez.
Sem contar as inúmeras contas atrasadas pela desorganização e desmotivação que me encontro.
Tudo está muito complicado,sempre perdi serviços porque não chegava no horário e tentava justificar como se eu estivesse sempre certa
Acho que tudo dá tempo,mais esse "tudo" não faço,muitas idéias ficam só na cabeça.
Estou desacreditada de mim,penso em morrer,me acho incapaz e frustrada todo tempo.
Meu marido até tem muita paciência,ele acredita em mim pois diz que tenho potencial para o sucesso,crescimento...mas não consigo cumprir metas ou terminar nada,me canso muito fácil das mesmas coisas(rotina/afazeres repetitivos).
Eu conquisto as coisas,mas logo as perco,estou sempre em busca de algo e não termino nada.
Minha mãe sempre brigava comigo por ter dificuldades nas notas da escola,distração e principalmente por muitas faltas na escola.parei no 3° colegial três vezes e mesmo a última vez ser supletivo(6 meses)foi uma luta pra terminar.Meu marido
brigava para eu ir pra escola,olha que vergonha.
Hoje ele faz isso com a minha loja,não consigo estipular um horário e cumprir para abri la e nem pra fechar também.
Me preocupo com as contas,com a loja,com minha vida pessoal(principalmente sou muito emotiva),mas o que passo para os outros e até eu penso é que sou uma inútil e que não faço nada da minha vida,fico me perguntando o que estou fazendo aqui.
Enfim,são inúmeros fatos que ocorrem comigo que hoje vendo a reportagem e pedi ao meu marido que pesquisasse sobre o assunto,só nos levou a enxergar o quanto tenho a ver com a doença.
Ele me perguntou se me abriu uma ponta de esperança sobre eu melhorar,mais acho que estou com depressão devido também a alguns acontecimentos recentes e com isso estou desanimada e com a auto estima super baixa e sem vontade de nada,só queria que Deus me levasse pois me vejo inútil pra tudo e pra todos.
Comecei a chorar desde o jornal e não parei até agora,estou cheia de dúvidas e
com medo de pedir ajuda e falarem que é frescura minha.
Meu marido encontrou seu blog Alexandre e ele é analista de sistemas,super perfeccionista,não sei nem como está comigo ainda,achou seu trabalho muito sério e este link competente por isso passou pra eu ler.
Gostei e por isso estou aqui desabafando.
Obrigada e desculpe as palavras.
Bom dia Vanesca!
ExcluirSei exatamente o que você está passando. Já tive três empresas mal sucedidas. Meu problema não é me atrasar, nunca atraso, mas me enrolo nos controles, nos projetos inconclusos e num desânimo de mudar as coisas imprssionante.
Procure no site da ABDA (Associação Brasileira do Deficit de Atenção) www.tdah.org.br se na sua cidade tem um médico ou psicólogo cadastrado. Se não tiver vá a um psiquiatra ou neurologista.
O TDAH tem um negócio que se chama comorbidade (doenças que geralmente vem acompanhando o TDAH) e a depressão é uma das mais comuns.
Você não precisa morrer pra se livrar de seus problemas, você precisa tratar-se. Trate-se e sua vida vai melhorar em 90%.
Enquanto você não vai ao médico, leia tudo o que puder sobr o TDAH e compare com sua vida e seus comportamentos. Saber que o que você tem é uma doença traz alívio , mas junto a responsabilidade de tratar-se e combatê-la. Ao saber que quem está agindo é a doença e não a Vanesca, você pode mudar esse comportamento.
Procure um médico agora!
Trate-se, você não merece viver assim!
Sua vida vai mudar, eu tenho certeza.
Se precisar, escreva a vontade. Esse espaço é pra isso mesmo, desabafo. É onde eu desabafo e vocês também.
Se precisar de algo, conte comigo!
Um abraço e boa sorte
Alexandre
Obrigada pela atenção Alexandre!!!
ResponderExcluirFiquei aliviada em ver que não estou sozinha nessa.Não desejaria a ninguém esses
transtornos que vivo e ver que ninguém me entende.
Mas ler o que aconteceu e acontece com vcs ser igual eu vivo,pra mim confesso que foi um alívio.
Mesmo com muitos ao meu redor,me sinto sozinha e mesmo meu marido apostando em mim,sei que ele sofre muito com minhas ações e com isso
acabo adquirindo problemas pra mim e pra todos.
Esse problema de horário é o que mais me perturba.Eu acordo no horário,mas não cumpro,dependendo do ânimo volto a dormir acredita?!!!
Meu sentimento de frustração é constante,sou impulsiva,não consigo controlar
dinheiro,detesto administrar algo,não pago as contas em dia,tenho muitos planos para minha empresa,mas não levo adiante logo porque perco o foco,aquele foco que eu nem tenho,rs.
Quero fazer,mas logo perco a vontade,cao alguém me pressione ou brigue comigo,pronto acaba meu dia e minha vontade de viver.
Hoje mesmo tirei o dia para limpar minha casa e adivinha onde estou?
No computador!!!!
Planejo tudo,até me empolgo em pensamentos e idéias novas,mas não sigo
e quando vou ver o dia já passou,o tempo já passou.
É mesmo um sofrimento louco e que as pessoas me julgam como imatura e irresponsável.
Tenho 27 anos e um filho de 6 anos.
Eu conquisto as coisas e não consigo mante las,só estou casada ainda porque
decidimos morar em casas separadas,pois senão acho quejá teria me separado de vez.
Era roupa pra passar qe deixava pra depois,um assunto da empresa que podia esperar,meus entiados que me acham uma folgada e que estou "afundando" o pai deles financeiramente.
É muito complicado,é uma frustração e uma infelicidade constante.
Adoro conversar e escrever...mais escrever...agora vejo que estou me isolando,
as pessoas adoram vir me pedir conselho e por obra do destino,graças a Deus sempre deu certo.
Mas eu mesma,não consigo me entender,sei o que é certo,o que pode melhorar,mas não consigo ir adiante.
Procurei no site mas não tem nenhum médico de Guarulhos cadastrado.
Vou entrar em contato com o meu convênio e marcar um Neuro,o que
também estou com medo,vergonha,sei lá...
Tenho receio dele achar frescura e não dar em nada.
Mas preciso me achar,não quero morrer sabendo que não fui nada de importante
pra ninguém,que não fiz nada que se concretizasse e ficasse marcado.
Queria ser alguém,mas como?Se nem eu sei o que sou,quem eu sou?!!
Choro facilmente e um dor incontrolável toma conta de mim,estou me isolando das pessoas.
Sei que só estou em pé ainda porque tenho um filho que depende de mim e estou ficando louca de ver tantas dividas e meu marido fazendo de tudo para manter o controle.
Um dia ele me disse que se sentia sozinho,mesmo estando comigo quando se trata de resolver as coisas,mesmo assim ele vive apostando em mim dizendo que sou capaz de crescer.
O tempo passa,fico maguada com os dizeres,os comentários sobre meu jeito de
levar a vida e isso está me consumindo frequentemente,e pior,guardo as coisas
que dizem e logo me revolto mesmo sabendo que estou errada.
Quanto sofrimento Alexandre,só eu sei o quanto dói e o quanto gostaria de acordar e ver que tudo não passou de um pesadelo.
As pessoas não compreendem e muitas vezes sou tachada como coitadinha,vítima.
Espero sim encontrar ajuda e seguir adiante com isso,só espero não deixar pra depois como sempre faço.
Você ainda tem dúvidas que sou portadora dessa doença?!!!
Obrigada mais uma vez.
Abraços e parabéns pela sua luta diária.
"as vezes chora por algo que aconteceu muito tempo atrás.... é como se o acontecido tivesse acontecido ontem... ele guarda mágoas e quando se sente pressionado descarrega tudo achando que o assunto tá vivo na memória de todos... mas só tá vivo na memória dele."
ResponderExcluirOBS:muito eu!!
Olá descubri ontem que tenho TDAH na verdade naum fui no médico ainda, mais a minha vida Toda sofri com isso nunca consegui ir bem nos estudos, Todos os sintomas eu tenho no extremo fiz um teste online e diz q o meu caso provavelmente é agudo, sempre fui hiperativo ao extremo tenho 21 anos e ja pratiquei todos os esportes q existem e naum fico satisfeito, nunca termino nada que começo, meu recorde em relacionamento foi 9 meses e meu recorde em trabalho foi 1 ano! minha familia se encomoda demais comigo acham q eu sou vagabundo pois nao paro e emprego e nunca consigo cumprir horarios esqueço as coisas muito facil acabo entrando em conflitos e tenho muita mais muita energia mais doq o normal as vezes não deixo as pessoas falaram pois falo demais e isso sempre me atrapalhou agora q descobri que isso tem tratamento vou correr atras e tentar arrumar minha vida!
ResponderExcluirOlá sou Silmara e tenho 36 anos 02 filhos.Estou me identificando muito com o que já li aqui.Sempre fui péssima na escola,me chamavam de preguiçosa,burra.Reprovei algumas vezes,mas terminei o 2° Grau e nunca sequer prestei vestibular por vergonha da minha burrice.Sempre li muito,gosto de ler.Mas não consigo escrever muito bem,não guardo como usar acentos,virgulas etc...dentro da minha cabeça as ideias são rápidas,depois vou ler o que escrevi e tdo vira um bolo confuso.Minha memoria é péssima pra tdo mas o pior pra mim é senso de direção,pra não esquecer como chegar ou encontrar um endereço diferente do que estou acostumada é tortura,sofro um mês antes quando sei que tenho que ir em algum lugar diferente do habitual,e o pior só dirijo na minha cidade,viajar nem pensar e sei que dirijo bem e dirijo a um bom tempo,mas é um medo paralisante,e já percebi que não é medo de acidentes e sim de fazer algo como entrar na contramão e a policia me parar me dar broncas,de outros motoristas gritarem comigo.Por que sei que quando algo assim acontece fico pra morrer,quero explicar mostrar o motivo que fiz aquilo e que tenho razão.Minha cabeça fica o tempo tdo com aquela vozinha fermentando,e não consigo fazer e nem falar mais nada,passo o dia falando o que aconteceu e me justificando pra família inteira.Depois qdo caio na real sinto uma vergonha e sumo,não quero falar mais sobre aquilo.
ResponderExcluirMas isso é só uma das coisas que me incomoda,meu humor muda de um dia ensolarado pra uma noite de inverno em segundos,meu marido fica chocado,magoado.E eu fico triste sem saber por que aquelas sensações,mas começam a surgir na minha cabeça lembranças ruins e é como se eu tivesse passando por tdo novamente.Minha vida é como uma gongara á dias que digo,vou procurar emprego e cuidar da vida mas logo depois vem a sensação de impotência,e fico na mesma.
Já fiz tratamento psiquiátrico,logo que meu 1° filho nasceu fiquei muito abalada.Aconteceram muitas coisas,mas acho que não fui bem orientada, pois o medico me enchia de calmantes e eu parceia um zumbi,fiz o tratamento por uns meses e nunca mais voltei.Depois procurei um psicologo, e abandonei logo.Tbém tenho problemas com intimidade,o negocio é assim falo muito quase sem parar falo de mim e de tdo mundo que conhece ate para estranhos,mas de repente soa um apito e pronto alguma coisa naquela pessoa não me inspira confiança,do nada isso acontece.
" marcar um Neuro,o que
também estou com medo,vergonha,sei lá...
Tenho receio dele achar frescura e não dar em nada."
Isso que a Vanesca disse tbém passa pela minha cabeça,já foram tantas decepções e pouco caso que a gente acaba se fechando,vc não acha?
Obrigada pelo conforto das palavras que encontrei.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa Noite Silmara,
ResponderExcluirTomei coragem,rsrsrs.Marquei minha primeira consulta com uma Neurologista.
Mas "de antemão" já perguntei logo se ela era especializada em TDAH e para
obras do destino,sim ela é.
Temos de seguir em frente e tomar atitude diante de nossas próprias lutas.
O Blog do Alexandre me deu coragem,medo,curiosidade,alívio...enfim acho que estou no caminho certo.
Espero que você também consiga.
Logo postarei o resultado da consulta.
Abraços e bom final de semana.
Vanesca Belasque,espero que de tdo certo.Preciso resolver alguns probleminhas de saúde que pedem urgência,mas depois vou procurar ajuda.Aqui encontrei uma luz e o conforto de saber que não estou sozinha.
ResponderExcluirBoa sorte,abraços
Silmara